Questões sobre Assistente Social

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Um Assistente Social ao ser chamado para desenvolver um trabalho interdisciplinar com um grupo de servidores que vem apresentando absenteísmo no serviço, deverá

  • A. abordar o caso, a partir do próprio trabalho teórico e metodológico do Serviço Social, considerando a justaposição das diferentes áreas do conhecimento que é característica de um trabalho interdisciplinar.
  • B. defender a visão unidimensional inerente à realidade social expressa em seu cotidiano profissional referente às situações enfrentadas por esse grupo de servidores.
  • C. propiciar a discussão da realidade e análise dos dados, contribuindo para que a interpretação de cada área seja realizada de tal forma que o objeto pensado seja único e compreendido em suas múltiplas dimensões.
  • D. apoiar a junção dos profissionais para que se acomodem os interesses das várias áreas do conhecimento sobre a situação apresentada.
  • E. defender uma teoria específica e um método novo de intervenção, que é característica da ação interdisciplinar.

O Assistente Social do TRT recebeu denúncia de que, em uma unidade de saúde, uma trabalhadora apresentava-se como Assistente Social. No entanto, sua formação não correspondia à função. Diante dessa situação, sua providência deve ser

  • A. comunicar o fato ao setor de fiscalização do TRT para que emitam uma notificação formal à trabalhadora por falsidade ideológica.
  • B. comunicar o fato ao Conselho Regional de Serviço Social que tem como atribuição, entre outras, fiscalizar e disciplinar o exercício da profissão de Assistente Social na respectiva região.
  • C. apresentar denúncia sobre o fato ao Conselho Municipal de Saúde por ser a instância com investidura para o controle social dessa política pública.
  • D. comunicar o fato, em requerimento próprio, ao Conselho Nacional de Assistência Social, pois este, a partir de 1993 assumiu as funções do Conselho Nacional de Serviço Social − CNSS.
  • E. representar o trabalhador junto ao Ministério Público Federal dada a gravidade da denúncia de falsidade ideológica.

Considerando a necessidade de ações preventivas sobre o uso indevido de drogas, um Assistente Social deverá propor projeto de socialização de informações e capacitação entre os trabalhadores da instituição. Para tanto, deverá tomar como parâmetro as diretrizes da política nacional sobre drogas no que se refere a:

I. dirigir as ações de educação preventiva, de forma continuada, com foco no indivíduo e seu contexto sociocultural, buscando desestimular o uso inicial de drogas, incentivar a diminuição do consumo e diminuir os riscos e danos associados ao seu uso indevido.

II. promover, estimular e apoiar a capacitação continuada, o trabalho interdisciplinar e multiprofissional, com a participação de todos os atores sociais envolvidos no processo, possibilitando que esses se tornem multiplicadores, com o objetivo de ampliar, articular e fortalecer as redes sociais, visando ao desenvolvimento integrado de programas de promoção geral à saúde e de prevenção.

III. fundamentar as campanhas e programas de prevenção em pesquisas e levantamentos sobre o uso de drogas e suas consequências, de acordo com a população-alvo, respeitadas as características regionais e as peculiaridades dos diversos segmentos populacionais, especialmente nos aspectos de gênero e cultura.

Está correto o que se afirma em

  • A. I e II, apenas.
  • B. II, apenas.
  • C. I e III, apenas.
  • D. III, apenas.
  • E. I, II e III.

O trabalho do Assistente Social se realiza no âmbito das instituições que estão envoltas num desenho burocrático e, muitas vezes, acabam por definir um campo de tensionamento. Segundo Berenice Couto, cabe ao profissional

  • A. desenvolver projetos e práticas profissionais cujas soluções se mantenham circunscritas nos requisitos da instituição e, em caso de necessidade, reinterpretando as demandas da população para que se ajustem sempre às ofertas da instituição.
  • B. reproduzir o projeto institucional, na medida em que os desenhos institucionais sempre se pautam pelo saber científico definido a cada membro da equipe multiprofissional, constituindo um campo de atuação que respeita seu saber técnico- científico.
  • C. conhecer com profundidade os posicionamentos éticos da instituição e cumpri-los, mesmo que estes estejam em dissonância com o código de ética profissional, pois nesse campo de tensionamento a estrutura burocrática tem prevalência.
  • D. estabelecer um campo de ação e projetos que sejam pontos de agregação da população demandatária. O profissional deve pautar-se e se posicionar claramente sobre como pretende atender às demandas e como a população pode exercer o controle do trabalho a ser executado.
  • E. conhecer os projetos interventivos de outros profissionais e estabelecer um campo de forças e de disputa, pois a estrutura burocrática se representa por sua dominação e disciplina, que emergem nas instituições tidas como garantidoras de direitos sociais. Nesses casos não existem escolhas estratégicas.

A dimensão técnico-operativa do Serviço Social, na relação entre o/a assistente social e a população usuária dos serviços, se apoia, fundamentalmente,

  • A. no pragmatismo.
  • B. na linguagem.
  • C. na complexidade.
  • D. no método.
  • E. na orientação ideológica.

Os Assistentes Sociais devem conduzir sua prática profissional por um código de ética. Para Lúcia Barroco, a conduta ética do Assistente Social, considerando os limites da sociedade burguesa, se objetiva por meio

I. de um conjunto de valores que se estabelece pela égide moral e religiosa na medida em que ao longo da história nunca foi possível se desvestir dos preceitos religiosos, incidindo nos compromissos com o bem comum e com os direitos sociais. Nesse caso, o bem comum está concebido pelo pensamento hegemônico.

II. de ações conscientes e críticas, do alargamento do espaço profissional, quando ele é politizado − o que implica o compartilhamento coletivo com outros profissionais e o apoio das entidades e dos movimentos sociais organizados. Isso torna possível uma ação ético-política articulada ao projeto coletivo, adquirindo maiores possibilidades de respaldo nos momentos de enfrentamento e de resistência.

III. da categoria histórica e social que, em relação às formas diferenciadas de cultura e princípios valorativos, respondem à ação ético-política da classe dominante com determinações que se integram no âmbito intencional subjetivo, sobretudo porque permitem a construção de um arcabouço temporal de valoração.

Está correto o que se afirma em

  • A. I e II, apenas.
  • B. II, apenas.
  • C. I e III, apenas.
  • D. III, apenas.
  • E. I, II e III.

O cotidiano profissional está repleto de situações que exigem do/a assistente social parâmetros para análise dessas situações. Sendo assim, o/a assistente social deve assumir procedimentos investigativos fundamentado em referenciais teóricos que abordem as relações sociais constituídas historicamente. A partir disso é possível estabelecer a relação entre

  • A. particularidade e singularidade.
  • B. particularidade e objetividade.
  • C. universalidade e singularidade.
  • D. subjetividade e universalidade.
  • E. coletividade e individualidade.

Grande parte das famílias pobres brasileiras, no universo simbólico, atribuem ao homem a autoridade moral da família diante da sociedade, e ainda coloca a mulher como chefe da casa, enquanto o homem é o chefe da família. Ou seja, a presença masculina é sinal de segurança tanto emocional, quanto material. Em famílias compostas por mãe e filho(s), é considerado como um reparador moral:

  • A. a mudança de cidade.
  • B. o casamento.
  • C. o trabalho.
  • D. dar o filho para adoção.
  • E. dar o filho para própria família criar.

O profissional de Serviço Social que atua na Seguridade Social, especificamente na Previdência Social, tem que ter clareza das problemáticas e complexidades implícitas nessa política. Assim, entender que os desequilíbrios na Previdência Social têm sido crescentes e sucessivos, nas últimas décadas, revela um modelo de sistema com algumas fragilidades. Essa situação tem levado o governo a promover frequentes modificações nesse sistema, seja para reforçar suas fontes de custeio, seja para ajustar as prestações integrantes do seu plano de benefícios. Nesse sentido, considere:

I. Deve-se ver como natural que, ao longo das décadas, as regras de um sistema previdenciário passem por revisões, menores ou maiores, com alguma regularidade, dado que o sistema previdenciário deve acompanhar a evolução das características da respectiva sociedade que o instituiu.

II. As modificações no sistema previdenciário são feitas adequando-se os benefícios às suas específicas finalidades, ou promovendo-se sua compatibilização com a realidade das respectivas bases de financiamento.

III. O Regime Geral de Previdência Social − RGPS apresenta, hoje, algumas necessidades de aperfeiçoamento, no que se refere exclusivamente à sua estrutura de custeio.

IV. Os problemas verificados no Regime Geral de Previdência Social − RGPS não decorrem, necessariamente, dos parâmetros gerais configuradores da proteção social previdenciária brasileira, tais como os eventos e riscos cobertos, os segmentos de trabalhadores abrangidos ou as fontes de financiamento expressamente estabelecidas, grande parte das disfunções resulta, sim, de opções equivocadas. Por vezes, estas decisões confundem previdência com assistência social ou com outras políticas compensatórias.

Está correto o que se afirma APENAS em

  • A. I, II e III.
  • B. I, II e IV.
  • C. II, III e IV.
  • D. I e III.
  • E. II e IV.

O Assistente Social atua no âmbito sócio-institucional das políticas sociais. Ao tratar do exercício profissional, competência e habilidades nesse campo, Vera Maria Ribeiro Nogueira contextualiza o avanço do modelo neoliberal. Diante disso, ela afirma que há necessidade dos Assistentes Sociais se posicionarem

  • A. de forma a negar a ruptura com o conservadorismo e firmar o compromisso com a justiça social, com os direitos humanos e com a democracia, pois tais pressupostos figuram no âmbito da luta política mais ampla e não se restringem ao campo profissional.
  • B. pela ação conformista e alienadora individual, evidenciando a legitimidade da atual postura ético-política aceita e praticada pela categoria profissional, no entanto, ela defende a necessidade dos trabalhadores de serviço social se organizarem por meio de produção.
  • C. valorizando a dimensão política de contestação a uma ordem hegemônica perversa, viabilizando ações criativas na linha de sedimentar forças políticas, a partir do reconhecimento do quadro de necessidades sociais que deixam de ser atendidas em nome de prioridades econômicas excludentes.
  • D. reconhecendo que o projeto neoliberal não traz grandes transformações, no campo social, que incidam no cotidiano dos Assistentes Sociais. Portanto, torna-se imperioso que haja aprofundamento desse debate no campo do ensino e pesquisa.
  • E. a favor de que as análises macroscópicas do fenômeno neoliberal não refletem a realidade cotidiana dos Assistentes Sociais, que, em sua maioria, reconhecem a ampliação dos direitos sociais como consequência da concessão do Estado.
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