Questões de Serviço Social da Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista (VUNESP)

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Para os profissionais do Serviço Social, o estudo da ética, em seus fundamentos teóricos e sócio-históricos, é condição primordial para a compreensão da ética profissional. Nesse sentido, destaca-se que o Código de Ética dos assistentes sociais, em sua fundamentação teórica, está baseado na ontologia do ser social. Enquanto valores éticos, o Código baseia-se em um projeto profissional democrático. A prática política do Serviço Social, nessa perspectiva, é o espaço de

  • A. consenso entre políticas de classe.
  • B. cisão entre o indivíduo e a comunidade mais ampla.
  • C. luta ideológica.
  • D. reforma da sociedade burguesa.
  • E. proposta do sistema capitalista.

Em se tratando do exercício profissional, para realizar suas atribuições socioprofissionais, o assistente social intervém por meio das políticas e/ou dos serviços sociais, criando condições favoráveis à reprodução da força de trabalho ocupada e excedente, com base nas formas de regulação social impulsionadas pelo Estado burguês. Nesse sentido, as respostas instrumentais, dadas pelos assistentes sociais, atuam sobre determinado nível de um dado contexto, são apoiadas em um projeto de sociedade, são fundamentadas teoricamente e são baseadas em valores e princípios éticos para

  • A. dar uma determinada dimensão estratégica à intervenção profissional.
  • B. contribuir e fortalecer as contradições próprias do capitalismo tardio.
  • C. reforçar o compromisso com a doutrina católica.
  • D. colaborar reforçar o compromisso com a doutrina católica.
  • E. determinar a urgência da necessária mudança estrutural.

A questão do envelhecimento no Brasil era entendida ora como questão privada, por apresentar ônus para a família, ora como caridade pública aos idosos pobres, presente no âmbito do Estado a ideia de que a população idosa constitui um problema social. Uma importante questão sociológica é a compreensão do movimento de transformação desse fato particular que é o envelhecimento, visto como problema social, passando a ser pensado como questão pública, na medida em que o crescente número de idosos na sociedade contemporânea interfere nas esferas do poder, do trabalho, da economia e da cultura, provocando

  • A. sua retração.
  • B. seu avanço.
  • C. sua reorganização.
  • D. sua manutenção.
  • E. seu progresso.

Na América Latina, o Movimento de Reconceituação do Serviço Social representou um marco histórico da profissão. Foi um movimento de grande importância ao destacar questões fundamentais ao exercício profissional, principalmente nos países de capitalismo dependente e desigual, tal como configurado nas sociedades latino-americanas. No Brasil, o foco do debate, até meados dos anos 70, adquiriu contornos diferenciados dos conteúdos priorizados na maioria dos países desse continente. Nessa perspectiva, é correto afirmar que, no Brasil, o choque do movimento de ruptura com o Serviço Social tradicional reverteu-se, naquele contexto histórico, em uma modernização da profissão que atualizou

  • A. seu caráter simbólico.
  • B. seu compromisso com o funcionalismo.
  • C. sua herança conservadora.
  • D. sua plataforma construtiva.
  • E. sua estratégia tática.

Os assistentes sociais encontram limites concretos para a ação ética em defesa da concretização dos direitos humanos, limites esses impostos pelas contradições da sociedade brasileira capitalista, marcada pela desigualdade social e pelas diversas formas de exclusão que se sobrepõem à plena realização dos indivíduos. Vencer esses limites supõe estabelecer atitudes críticas da parte dos profissionais, enquanto agentes éticos, para avançarem em suas práticas, no compromisso com os trabalhadores, na garantia da realização dos direitos humanos e na construção de uma sociedade igualitária para todos. Supõe, ainda, compreender o cotidiano profissional em suas contradições e conflitos institucionais, no sentido de identificar possíveis mediações e estratégias que contribuam para

  • A. uma definição clara de estratégias globais para enfrentamento deste cenário.
  • B. um maior compromisso ético-político profissional.
  • C. a construção de um aparato legal que fundamenta a ação profissional.
  • D. o engajamento de toda a sociedade nesta causa.
  • E. a superação de determinações institucionais ambíguas.

Desde a metade do século XIX, com base em estudos biológicos e fisiológicos, a velhice foi tratada como uma fase da vida caracterizada pela decadência e pela ausência de papéis sociais. Na abordagem antropológica, duas tendências reagrupam os estudos sobre o envelhecimento: uma delas refere-se aos estudos holísticos, que buscam a forma de organização dos dados e do significado do envelhecimento a partir do interior de uma determinada cultura; a outra refere-se a uma abordagem estática dos fenômenos socioculturais, apoiando-se nos fatores que determinam a posição social dos idosos e o impacto desses fatores sobre eles. Nesses estudos, conforme Minayo e Coimbra Jr. (2011), a deterioração da condição dos idosos e a diminuição do prestígio são associadas

  • A. ao processo de modernização.
  • B. às relações de poder.
  • C. à falta de apoio familiar.
  • D. às suas conquistas acumuladas.
  • E. ao nível de satisfação pessoal.

Diante da cultura da violência, que assusta e ameaça a todos na sociedade contemporânea, o desafio está em vislumbrar como, em meio a uma sociedade contraditória e excludente, é possível criar referenciais positivos que revertam a trajetória de violência na qual se vê inserida parcela da juventude atual. Frente ao sentimento de pânico social, no caso específico das ameaças advindas dessa parte jovem da população, propõe-se a redução da idade de imputabilidade penal. Colocada como solução para os problemas e conflitos e referendada por políticos e pelos movimentos repressivos, essa proposta, conforme Costa (2005), relativiza a tarefa estatal de garantia de direitos individuais e

  • A. aamplia a política criminal.
  • B. compatibiliza o sentido de valorização social.
  • C. faz contraponto com os direitos sociais mais amplos.
  • D. apresenta assertividade.
  • E. revitaliza a política de atendimento à criança e ao adolescente.

Como afirma Costa (2005), na trajetória da violência, compreendida como envolvimento com o mundo do tráfico e do uso de armas, os jovens obtêm ganhos não encontrados facilmente em outros espaços sociais ou por meio de outro modo de vida na sociedade contemporânea que não o da criminalidade. Visibilidade, força e poder são alguns desses ganhos possibilitados pela mídia, pelo porte de armas, pela posição na hierarquia do tráfico e pela intimidação das pessoas, fazendo com que as possibilidades de status, autoestima e virilidade, pela inserção no mundo do tráfico, superem as parcas possibilidades do projeto de vida fora dele, possibilidades essas entendidas como vantagens

  • A. humanas.
  • B. concretas.
  • C. simbólicas.
  • D. materiais.
  • E. sociais.

Em seu estudo intitulado (In)visibilidade perversa: adolescentes infratores como metáfora da violência, Sales (2007) demonstra que a figura do criminoso foi, desde a Polis Grega até a atualidade, objeto de representações sociais em torno das razões e dos impulsos que animavam seus atos. Barbárie, maldade, selvageria, loucura e anormalidade são tentativas de explicações para atos e manifestações violentas, explicações estas que giram sempre em torno do conceito de natureza humana. Afirma a autora que, mesmo com o avanço das reformas penais no século XIX, esse componente natural demonstra, ainda, seu vigor e que a forma impiedosa e cruel de combate e punição à violência e ao crime, na mesma medida em que foi praticado, na modernidade,

  • A. tornou-se expressão de um sem número de conflitos socioeconômicos e culturais.
  • B. aviva-se na perspectiva do pensamento liberal com elementos de humanidade.
  • C. foi substituída por mecanismos que consideram a objetividade dos atos.
  • D. atualiza-se como legítima produção de um mundo regulado pela razão.
  • E. reflete as contradições intersubjetivas e fomentadas por relações sociais mais amplas.

O Brasil viveu diferentes períodos históricos, nos quais a questão dos direitos humanos foi se colocando de modo diferenciado em relação à ação da sociedade na luta por tais direitos. Foi no período do enfrentamento à ditadura militar que a luta pelos direitos humanos ganhou força social e política. A forte repressão a todo tipo de manifestação e a violação de direitos políticos e sociais foram impulsionadores da discussão sobre direitos, quando esta passou a ganhar a conotação que tem hoje: de direitos humanos e sociais, incorporados ao discurso

  • A. democrático.
  • B. emancipatório.
  • C. individualista.
  • D. solidário.
  • E. alternativo.
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