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"Descobrimos que nada pode ser conhecido com alguma certeza, desde que todos os "fundamentos" preexistentes da epistemologia se revelaram sem credibilidade; que a "história" é destituída de teleologia e conseqüentemente nenhuma versão de "progresso" pode ser plausivelmente defendida". (Anthony Giddens, "As Conseqüências da Modernidade").
Giddens refere-se, no trecho acima, a um conjunto de teses, ditas da "pós-modernidade", que caracterizariam o período tardio do capitalismo e da modernidade. O tema da "pósmodernidade" foi introduzido, entre outros autores, por:
Jacques Lacan;
Michel Foucault;
Roland Barthes;
Jean-François Lyotard;
Jurgen Habermas.
"Assim, enquanto nos Estados Unidos a sociedade tem um código dominante que orienta todas as esferas da vida social, no Brasil há códigos específicos para cada esfera que a sociedade toma como básico. Somos uma pessoa em casa, outra na rua e ainda outra na igreja, terreiro ou centro espírita. Nossa lógica é relacional no sentido de que estamos sempre querendo maximizar as relações e a inclusão, criando com isso zonas de ambigüidade permanente".
Esse trecho de argumentação é exemplar das preocupações teóricas de um importante cientista social brasileiro:
Gilberto Freyre;
Roberto Kant de Lima;
Roberto DaMatta;
Gilberto Velho;
Wanderley Guilherme dos Santos.
Os autores, respectivamente, de "Sobrados e Mocambos", "A Integração do Negro na Sociedade de Classes" e "Parceiros do Rio Bonito", são:
Gilberto Freyre, Edson Carneiro e Oracy Nogueira;
Edson Carneiro, Florestan Fernandes e Donald Pierson;
Antônio Cândido, Edson Carneiro e Emilio Willems;
Gilberto Freyre, Florestan Fernandes e Antônio Cândido;
Edson Carneiro, Florestan Fernandes e Oracy Nogueira.
Para Pierre Bourdieu, "habitus" pode ser definido como:
costume arraigado em um grupo social, que serve de pano de fundo para as ações sociais;
sistema de disposições duráveis internalizados pelo indivíduo e que funciona como esquemas inconscientes de ação, percepção e reflexão;
o ethos próprio de um grupo social, constituído de folkways, mores e leis e que "instrui", por assim dizer, a ação do indivíduo, mesmo inconscientemente, num grupo social;
estrutura estruturada que organiza a ação individual, independente da vontade dos indivíduos, e que se transforma, com o tempo, em estrutura estruturante;
conjunto das disposições estruturadas que, através do processo de socialização, é incorporada pelos indivíduos, fazendo-o agir de modo distinto do que agiria se tomado apenas como ator racional.
Diferentes correntes e perspectivas disputam seu lugar na teoria sociológica. Assinale a afirmativa correta:
os etnometodólogos sustentam que, em geral, as práticas sociais e a linguagem possuem três propriedades essenciais: a indexicalidade, a reflexividade e a descritibilidade (accountability);
os funcionalistas sustentam que a sociedade tende ao equilíbrio e que o sistema social funciona por meio de processos de homeostase que permitem adaptação à personalidade dos agentes e às alterações do meio ambiente;
os estruturalistas defendem a tese de que a estrutura não existe senão nos seus efeitos e que entre esses se encontra o "mundo da vida" (lebenswelt) e o sistema social;
os fenomenólogos como Shutz e Luhmann insistem sobre a ruptura epistemológica entre ciência e o conhecimento comum (ou natural) e afirmam que a sociedade resulta da ação racional de indivíduos e não de normas transcendentais internalizadas por esses;
os individualistas metodológicos como Elster e Boudon enfatizam os resultados não esperados (ou efeitos perversos) que resultam das contradições sociais decorrentes da disjunção entre ação e estrutura, entre norma e interesse e entre metas culturais e normas institucionalizadas.
A sociologia do trabalho incorpora questões de diferentes dimensões, desde as de estratificação social até as da ação coletiva. A esse respeito, é INCORRETO afirmar que:
com a ajuda de tabelas de mobilidade social, é possível medir o impacto da origem social sobre os destinos individuais;
o sindicalismo construiu-se com base em "coletivos de trabalho" relativamente homogêneos;
o "fordismo" pode ser definido como um aprofundamento do "taylorismo";
os comportamentos do tipo free-rider implicam altruísmo e capacidade de mobilização;
a profissão, mesmo como indicador sintético, não representa senão parcialmente o status sócio-econômico de um indivíduo.
Autores geralmente classificados como "funcionalistas" ou "neofuncionalistas" são:
Malinowski, Radcliffe-Brown, Weber e Parsons;
Radcliffe-Brown, Parsons, Merton e Luhmann;
Durkheim, Parsons, Luhmann e Giddens;
Merton, Coleman, H. Becker e Honneth;
Malinowski, Radcliffe-Brown, Ruth Benedict e M. Sahlins.
Associe os autores a seguir a conceitos ou idéias:
1. Max Weber A – Elites
2. Robert Redfield B – Folk Society
3. Pierre Bourdieu C – Anomia
4. Karl Marx D – Campo
5. Émile Durkheim E – Sociação
6. Talcott Parsons F – Carreira
7. Georg Simmel G – Trabalho produtivo
8. Robert K. Merton H – Ética da convicção
9. Vilfredo Pareto I – Pattern Variables
10. Everett C. Hugues J – Ritualismo burocrático
A seqüência correta é:
1j, 2e, 3d, 4g, 5h, 6i, 7f, 8c, 9b, 10a;
1h, 2f, 3g, 4a, 5e, 6i, 7j, 8h, 9b, 10f;
1e, 2g, 3f, 4e, 5h, 6j, 7d, 8c, 9a, 10b;
1h, 2b, 3d, 4g, 5c, 6i, 7e, 8j, 9a, 10f;
1h, 2i, 3f, 4g, 5e, 6c, 7a, 8j, 9d, 10b;
A respeito do desenvolvimento da sociologia brasileira, julgue os itens seguintes.
O pensamento de Florestan Fernandes é marcadamente influenciado pela relação entre teoria e prática, desenvolvendo uma "sociologia militante".
A respeito do desenvolvimento da sociologia brasileira, julgue os itens seguintes.
Alberto Guerreiro Ramos teve pouco relevo na produção sociológica brasileira.
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