Questões de Sociologia do ano 2009

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As economias e direitos de sociedades tribais ou arcaicas constituem objeto de estudo de Marcel Mauss no “Ensaio sobre a Dádiva. Forma e Razão da Troca nas Sociedades Arcaicas”. Comparando com as economias e direitos modernos podemos concluir que, no primeiro caso,

  • A.

    são as coletividades que se obrigam, trocam e contratam enquanto, que no segundo, são os indivíduos.

  • B.

    são trocados bens economicamente úteis enquanto no segundo, a ênfase recai no valor simbólico das trocas.

  • C.

    as trocas envolvem importantes rituais entre indivíduos enquanto, no segundo, as trocas são ritualizadas entre pessoas morais.

  • D.

    não há regras claras para a circulação de riquezas enquanto, no segundo, as regras são bem definidas.

  • E.

    as trocas são atribuições dos chefes tribais, enquanto, no segundo, foram abolidas as trocas.

Clifford Geertz analisando o impacto do conceito de cultura sobre o conceito de homem, assinala que “tornar-se humano é tornarse individual, e nós nos tornamos individuais sob a direção dos padrões culturais, sistemas de significados criados historicamente em termos dos quais damos forma, ordem, objetivo e direção às nossas vidas. Os padrões culturais envolvidos não são gerais, mas específicos (...). Com esta afirmação, Geertz está se contrapondo

  • A.

    à perspectiva relativista de certos antropólogos, entre os quais Margareth Mead.

  • B.

    à perspectiva estrutural-funcionalista.

  • C.

    ao estruturalismo lévi-straussiano.

  • D.

    à perspectiva iluminista de natureza humana.

  • E.

    à perspectiva comportamental da Psicologia Social.

Anthony Giddens sistematiza algumas características do significado da noção de democracia comparando várias abordagens. Do seu ponto de vista, a democracia consiste em assegurar “relações livres e iguais” entre os indivíduos para promover alguns resultados, entre os quais a criação de circunstâncias em que as pessoas possam desenvolver suas potencialidades e a expansão da oportunidade econômica para o desenvolvimento dos recursos disponíveis. A democracia não implica apenas o direito a um autodesenvolvimento livre e igual, mas também algumas medidas restritivas como a contenção

  • A.

    do uso da força policial com relação aos pobres.

  • B.

    da liberdade de imprensa com relação aos chefes de Estado.

  • C.

    da “liberdade do forte” ou a limitação constitucional do poder.

  • D.

    da “liberdade dos fracos” em período eleitoral.

  • E.

    dos lucros das empresas estatais garantindo as livres disputas no mercado.

Norbert Elias define o conceito de estigmatização como um aspecto da relação entre estabelecidos e outsiders onde muitas vezes é criado pelo grupo dos estabelecidos um tipo de fantasia coletiva para justificar a aversão e o preconceito deste grupo sobre o dos outsiders. Como justificativa para comprovar a veracidade deste tipo infundado de fantasia coletiva, é habitual

  • A.

    a sistematização de atributos jurídicos ao estigma social.

  • B.

    a desqualificação da religiosidade do grupo estigmatizado.

  • C.

    a demarcação espacial como estratégia de separação de um grupo do outro.

  • D.

    a negação dos atributos humanos do grupo estigmatizado.

  • E. a objetificação e a atribuição de características inatas ou biológicas ao estigma social.

Norbert Elias assinala que “a sociologia só poderá ser reconhecida como uma disciplina científica se ficar claro que não existe caos em sentido absoluto. Nenhum agrupamento humano, por mais desordenado e caótico que seja aos olhos daqueles que o compõem ou aos olhos dos observadores, é desprovido de estrutura.” Desse modo, o conceito formulado por Durkheim de “anomia” deve ser entendido como

  • A.

    um tipo específico de estrutura social.

  • B.

    uma má ordem social.

  • C.

    uma ordem em que o comportamento social não é bem regulado.

  • D.

    uma ordem tradicional rompida pela industrialização crescente.

  • E. uma falência da estrutura social pela falta de integração de seus membros.

De acordo com Max Weber, a ética medieval não apenas tolerava a mendicância, como a glorificou nas ordens mendicantes. Até os mendigos seculares, embora não dispusessem dos meios para fazer boas obras pela salvação das almas, foram por ela considerados e valorizados como uma “classe”. Na Inglaterra, também a ética social anglicana dos Stuarts se conservou muito próxima a essa posição. Posteriormente, uma dura legislação dos pobres alterou esta situação. O principal fator desta mudança foi

  • A.

    o enobrecimento das fortunas burguesas que passaram a desprezar os mais pobres.

  • B.

    o surgimento de uma nova ética social calcada numa retomada de valores católicos.

  • C.

    o temor diante do crescimento da violência nas cidades burguesas.

  • D.

    o ascetismo puritano que introduziu a ideia do trabalho como vocação e meio de atingir a graça.

  • E.

    o hedonismo burguês que tinha como meta manter o controle sobre os pobres.

No entendimento de Max Weber, o racionalismo econômico, embora dependa parcialmente da técnica e do direito racional, é ao mesmo tempo determinado pela capacidade e disposição dos homens em adotar certos tipos de conduta racional. As forças mágicas e religiosas e os ideais éticos de dever decorrentes sempre estiveram no passado entre os mais importantes elementos formativos da conduta. Analisando a contribuição da religião para a afirmação do espírito do capitalismo, Weber descreve a relação do calvinismo com a promoção do comércio e o desenvolvimento do capitalismo especialmente nos países baixos. Uma das características dos calvinistas e que foi qualificada como “essência da economia da capitalista” por Gothein, autor citado por Weber, consiste em

  • A.

    a diáspora que contribui para a decomposição das relações tradicionais.

  • B.

    o espírito hedonista que contribui para a criação de novas relações de trabalho.

  • C.

    o estrito afastamento de toda religião.

  • D.

    o altruísmo como preceito bíblico.

  • E.

    a contenção racional dos impulsos e das emoções.

No entendimento de Max Weber, as atividades de associações capitalistas financeiramente independentes existiram também na Antiguidade, mas, comparadas às modernas empresas mercantis, elas apenas constituem modestos primórdios. Antes de mais nada, por que lhes faltavam, ou nelas apenas começavam a desenvolver-se os requisitos essenciais a esta independência, entre os quais

  • A.

    a separação jurídica dos bens da empresa dos do indivíduo e o surgimento de uma contabilização racional.

  • B.

    a tendência geral da constituição de empresas como parte de uma casa real e estruturas racionais do direito.

  • C.

    estruturas racionais de administração e um sistema de comunicação adequado nas cidades.

  • D.

    a criação de uma moeda de circulação nacional e a produção de bens de capital.

  • E.

    o estabelecimento de uma rígida disciplina de trabalho e a produção de bens de consumo.

Anthony Giddens reconhece as sociedades capitalistas como um subtipo específico das sociedades modernas em geral. Para este autor, uma sociedade capitalista é um sistema que conta com diversas características específicas, entre as quais

  • A.

    a tendência a uma inovação tecnológica inconstante e difusa.

  • B.

    o completo controle do Estado por parte dos acumuladores do capital.

  • C.

    a baixa influência dos relacionamentos econômicos sobre outras instituições.

  • D.

    o insulamento da economia com relação a outras arenas sociais, em particular das instituições políticas.

  • E.

    a relação de dependência mútua entre a economia e as instituições políticas.

Loïc Wacquant em seu livro As Prisões da Miséria, discute as reformulações sobre o papel do Estado no contexto neo-liberal. Analisando o caso inglês, Wacquant cita que, no final de 1989, o Institute of Economic Affairs organizou uma série de encontros e publicações em torno do pensamento de Charles Murray. Este último conclamava todos os britânicos a se prepararem para comprimir severamente o Estado-providência. Seu argumento principal ancorava-se na visão de que era preciso

  • A.

    estancar o surgimento de uma pretensa “underclass” de pobres alienados, dissolutos e perigosos originados de pródigas medidas sociais da década de 60.

  • B.

    estimular o surgimento de uma nova elite intelectual que propagasse exemplos inspiradores para uma “underclass” de pobres.

  • C.

    desenvolver novos programas sociais que combatessem o permissivismo dos anteriores impondo obrigações de comportamento a seus usuários.

  • D.

    dirigir a ação social para as necessidades específicas de atendimento a uma “underclass “de pobres alienados, dissolutos e perigosos no sentido de uma política de inclusão social.

  • E.

    reabsorver a pobreza com mais empregos e mais oportunidades para os pobres.

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