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Para construir sua reflexão sobre a noção de cultura dominante e cultura dominada, Denys Cuche (2002) apoia-se
na noção de que a cultura dominante é sempre a cultura da classe dominante, presente tanto em Marx como em Weber.
no conceito de capital de Marx, já que Weber não tratava das relações sociais a partir de seus conflitos.
no conceito de "espírito do capitalismo" de Weber, pois a noção de exploração em Marx levava em conta apenas os aspectos ideológicos.
no conceito de classe social de Weber, que se baseia em aspectos econômicos como o estilo de vida e o nível de escolaridade.
no conceito de anomia de Durkheim, que permite identificar a função que cada cultura cumpre para a manutenção da sociedade.
Denys Cuche (2002) sustenta que As culturas nascem de relações sociais que são sempre relações desiguais. Desde o início, existe então uma hierarquia de fato entre as culturas que resulta da hierarquia social. Pensar que não há hierarquia entre as culturas seria supor que as culturas existem independentemente umas das outras, sem relação umas com as outras, o que não corresponde à realidade.
Nesse trecho, o autor
defende o ponto de vista etnocêntrico ao afirmar que é possível falar em culturas superiores e inferiores.
recusa a noção antropológica de relativismo cultural, pois de fato há culturas inferiores, como as indígenas.
sustenta que as culturas podem ser classificadas em avançadas, como as ocidentais, e primitivas, como as orientais.
afirma que a diferença entre as culturas é a origem das desigualdades sociais.
afirma que existe um sistema cultural desigual e hierárquico a partir do qual é possível identificar relações conflituosas entre as culturas.
Segundo Denys Cuche (2002), Se a cultura não é um dado, uma herança que se transmite imutável de geração em geração, é porque ela é uma produção histórica, isto é, uma construção que se inscreve na história e mais precisamente na história das relações dos grupos sociais entre si. Para analisar um sistema cultural, é então necessário analisar a situação socio-histórica que o produz como ele é.
É coerente com a abordagem do autor afirmar que
as culturas podem ser divididas em estáticas e dinâmicas, de acordo com as mudanças que experimentam a cada geração.
os sistemas culturais mudam continuamente, de modo que a cada nova geração se constitui uma cultura completamente diferente da anterior.
as culturas são dinâmicas e não podem ser analisadas separadamente das circunstâncias históricas.
a cultura é um fato social que se impõe aos indivíduos e, por isso, não possui qualquer relação com outras instâncias da realidade social, como a economia.
a cultura se constrói a partir da ação social dos indivíduos, que forjam suas identidades a partir de trajetórias biográficosubjetivas.
Leia atentamente o seguinte trecho, do livro de Harry Braverman (1987):
É correto afirmar que o autor
identificou, de maneira precursora, o fim do Estado-nação e o processo de internacionalização econômica, chamado nas décadas seguintes de globalização.
definia capitalismo monopolista como sinônimo de imperialismo em sua era moderna, tal como analisado primeiramente por Lênin.
aprofundou a análise do processo de trabalho fordista-taylorista descrito por Marx nO Capital no capítulo sobre A maquinaria e a grande indústria.
identificava o processo de centralização do capital e o imperialismo como aspectos indissociáveis do capitalismo monopolista.
contrapunha-se ao conceito de capitalismo e imperialismo de Marx, pelo fato de que este não tenha vivido as últimas décadas do século XX.
Harry Braverman trata da nova classe média como aquela que [...] ocupa sua posição intermediária não porque esteja fora do processo de aumento do capital, mas porque, como parte desse processo, ela assume características de ambos os lados. Não apenas ela recebe suas parcelas de prerrogativas e recompensas do capital como também carrega as marcas da condição proletária. Para esses empregados, a forma social assumida por seu trabalho, seu verdadeiro lugar nas relações de produção, sua condição fundamental de subordinação como tantos outros empregos assalariados, se fazem cada vez mais sentir [...] (1987, pp. 344-345).
Segundo tal concepção, os profissionais que podem ser enquadrados sob a interpretação do conceito de nova classe média são
os engenheiros e os professores.
os operários fabris e os funcionários públicos.
os administradores de empresas e os trabalhadores da economia informal.
os profissionais liberais e os pequenos proprietários.
os trabalhadores de escritório e os arrendatários.
Leia atentamente os seguintes trechos do livro de Harry Braverman (1987):
Da leitura pode-se concluir:
O autor buscava negar a teoria das classes sociais marxista por sua inaplicabilidade para explicar a divisão social do trabalho do pós-guerra no contexto de um capitalismo monopolista.
Para o autor, aqueles que executam o trabalho qualificado e mais bem remunerado, como o caso do porteiro-zelador e engenheiro, podem ser classificados na categoria de nova classe trabalhadora, enquanto o trabalho alienado e mal pago pode ser pensado como a velha classe trabalhadora.
O autor, sem negar a definição clássica de classe trabalhadora proposta pelo marxismo, busca problematizar sua aplicação para a situação da divisão social do trabalho no contexto do capitalismo monopolista do século XX.
Para o autor, a nova classe trabalhadora é composta pelas categorias profissionais surgidas após a II Guerra Mundial, que contam com um conhecimento especializado na produção e na administração, como engenheiros, professores etc., e por isso seu abandono das categorias de burguesia e proletariado.
Para o autor, tanto os porteiros-zeladores quanto os engenheiros pertencem à mesma categoria de nova classe trabalhadora, pois a distinção entre trabalho manual e qualificado não é válida para explicar a divisão social do trabalho a partir da segunda metade do século XX.
Leia os seguintes textos:
Uma interpretação adequada sobre os sites de relacionamento a partir da teoria de Berger e Luckmann é:
Os sites de relacionamento são interpretados por Dunbar como o novo caso prototípico da interação social, que Berger e Luckmann não puderam prever por terem escrito antes do advento da internet.
As conclusões de Dunbar sobre o neocórtex humano confirmam a tese de Berger e Luckmann de que a realidade da vida cotidiana é limitada pela capacidade dos seres humanos de administrar círculos sociais muito amplos.
A limitação do círculo íntimo a que faz referência Dunbar se deve à impossibilidade de estabelecer uma interação social com o outro sem que haja um contato pessoal, tal como afirmam Berger e Luckmann.
Enquanto Dunbar afirma que é impossível um círculo íntimo maior do que 150 pessoas, Berger e Luckmann não veem problema que milhares de amizades se estabeleçam em um sentido pleno sem a interação face a face.
Os sites de relacionamento analisados por Dunbar podem ser interpretados, à luz das teorias de Berger e Luckmann, como experiências de interação social, mesmo que não se constituam a partir do contato face a face.
Julgue os itens que se seguem à luz da escola de pensamento marxista.
As condições materiais de existência do homem determinam sua consciência.
Julgue os itens que se seguem à luz da escola de pensamento marxista.
As características da superestrutura determinam as condições econômicas de produção de uma dada sociedade.
Julgue os itens que se seguem à luz da escola de pensamento marxista.
Um período de revolução social pode ocorrer quando as relações de produção entram em contradição com as forças produtivas de uma dada infraestrutura societária.
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