Questões de Terapia Ocupacional do ano 2006

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Em atendimentos de crianças com Paralisia Cerebral, NÃO podemos afirmar que

  • A.

    a espasticidade, manifestação clínica mais comumente associada à encelofatia, deve ser alvo de ação da Terapia Ocupacional visando á funcionalidade, diminuição do estresse e melhora da qualidade de vida.

  • B.

    o déficit cognitivo não determina diretamente o prognóstico motor da criança, mas interfere no processo e vínculo terapêutico, na adesão às orientações e na motivação parcial

  • C.

    a criança com paralisia cerebral no Nível IV tem mobilidade limitada, geralmente, necessita da cadeira de rodas para sua locomoção em seu lar, na família e na comunidade.

  • D.

    os comprometimentos são rígidos, não apresentam alterações ao longo da vida, portanto, nestes usuários, quando envelhecem, não se observam deteriorização ou perdas funcionais progressivas

  • E.

    o principal fator relacionado à possibilidades de deambulação por crianças atáxicas é a presença de reações de proteção perante desequilíbrios, quando estão na posição ortostática.

As afecções reumatológicas alteram o cotidiano do indivíduo, portanto NÃO podemos afirmar que

  • A.

    a proteção articular visa modificar a inadequada realização das AVDS, orientando o equilíbrio entre atividade e repouso, sem uso excessivo da articulação.

  • B.

    o uso de garra em vez de pinça, ou seja, da mão em vez dos dedos, necessita de uma diminuição do peso dos utensílios, alargamento dos cabos e uso bimanual dos objetos e de outras necessidades.

  • C.

    as órteses estáticas para correção de desvios articulares devem imobilizar o mínimo de articulações possíveis, para dar suporte às articulações envolvidas.

  • D.

    o tratamento terapêutico ocupacional é indicado, apenas, no pós-operatório visando à independência funcional, não existindo ações terapêuticas para o pré-cirúrgico.

  • E.

    as posições antálgicas assumidas pelo usuário favorecem o edema, a rigidez, o encurtamento muscular adaptativo e a fraqueza muscular, devendo o terapeuta ocupacional manter a amplitude do movimento.

Nos casos de comprometimentos reumatológicos, NÃO podemos afirmar que

  • A.

    as doenças reumáticas apresentam inúmeros fatores, como a cronicidade, variabilidade, complexibilidade imunológica, alterando o estilo de vida do usuário, auto-imagem, atividades laborativas, etc

  • B.

    o tratamento deve levar em conta a apresentação da doença, com ou sem processo inflamatório, tipo de acometimento, desempenho das AVDS.

  • C.

    a prescrição de órteses e/ou adaptações são geralmente necessárias nesses casos, sendo indicada de forma permanente, independente das mudanças no processo da doença.

  • D.

    o tratamento deve visar a melhoria do desempenho ocupacional e sua reinserção social a retomada das relações sociais e vida ocupacional.

  • E.

    a análise da atividade para a simplificação do trabalho e conservação de energia, mudanças de posições ou métodos de realização de atividades buscam a superação dos desafios físicos.

Nos comprometimentos traumato-ortopédicos, é INCORRETO afirmar que o terapeuta ocupacional na intervenção visa à(ao)

  • A.

    prevenção de deformidades com indicações de posicionamentos, órteses e adaptações.

  • B.

    ganho de amplitude de movimento e força muscular.

  • C.

    reeducação motora, não sendo indicada reeducação sensitiva para esses comprometimentos.

  • D.

    treino de independência nas Atividades da Vida Diária e Atividades Instrumentais da Vida Diária.

  • E.

    exploração dos potenciais funcionais máximos, de acordo com o comprometimento e autonomia do indivíduo.

A Terapia Ocupacional atua com pacientes em diversas clínicas, em situação de hospitalização. Dessa forma, é INCORRETO afirmar que

  • A.

    o Terapeuta Ocupacional atua buscando incentivar a autonomia, minimizando o sentimento do usuário de impotência diante do controle sobre si mesmo, sua história, seu desejo, seu corpo.

  • B.

    a abordagem terapêutica ocupacional com usuários hospitalizados deve dirigir-se, apenas, às questões de comprometimentos ou disfunções, sem se considerar a hospitalização e seus impactos.

  • C.

    o uso puro e simples da atividade humana não configura o caráter da Terapia Ocupacional, mas, a aplicação destes em condições e situações determinadas.

  • D.

    em uma situação terapêutica, é necessário que a atividade tenha um significado para o indivíduo, que proporcione lazer e segurança.

  • E.

    em uma situação terapêutica, é necessário que a atividade tenha um significado para o indivíduo, que proporcione lazer e segurança.

Em relação à prescrição de órteses, é INCORRETO afirmar que

  • A.

    o terapeuta ocupacional deve proceder à identificação do problema, ao reconhecimento dos princípios compensatórios e ao treinamento.A avaliação não é periódica, pois a indicação da órtese é permanente, não suscetível a modificações.

  • B.

    deve ser considerada a praticidade, funcionalidade e aceitabilidade da órtese na indicação ao usuário.

  • C.

    a órtese é um dispositivo que se acrescenta ao corpo, para substituir ou restaurar uma função motora ausente ou comprometida.

  • D.

    as órteses podem ser estáticas ou dinâmicas, podendo ter diversas funções, como, por exemplo, apreensão e posicionamento de polegar.

  • E.

    a verificação da órtese deve ser feita antes de se estabelecer o programa de uso, sendo um processo de adaptação, função e confiabilidade junto ao desempenho e segurança do usuário.

Na intervenção terapêutica ocupacional , nas atividades da Vida Diária , é INCORRETO afirmar que

  • A.

    de acordo com a limitação, podem ser planejadas para a criança situações em que o brincar seja adaptado para que ela possa conhecer e explorar o meio de forma criativa, expressiva e participativa

  • B.

    na higienização, quando é necessário, podem ser realizadas adaptações, como: sentar-se no banho, sabonete fixado na cadeira, esponjas com cabos longos, antiderrapantes, etc

  • C.

    a orientação familiar é necessária para simplificar as tarefas cotidianas, conservação de energia, vivência do prazer, maior comodidade e conforto do usuário.

  • D.

    a prescrição de uma adaptação ou órtese deve ser de exclusiva decisão do terapeuta ocupacional, embora o usuário e a família, podem fazer escolhas de forma emocional, prejudicando os resultados .

  • E. no treinamento do vestuário, um dos princípios fundamentais do desempenho que o usuário deva iniciar pelo lado comprometido.

Em relação às Atividades da Vida Diária (AVD), NÃO podemos afirmar que

  • A.

    os fatores, como alterações da sensibilidade, dor, deformidades, alterações cognitivas, déficit de visão e audição, etc. interferem no desempenho das atividades da vida diária.

  • B.

    as atividades do autocuidado, mobilidade, comunicação, trabalho e lazer são compreendidas no contexto das AVDs, fundamentais na programação terapêutica ocupacional de caráter privativo

  • C.

    nas AVDs e AIVDs, são programadas manobras adaptativas para vestir-se, alimentar-se, transferir-se, dentre outras ações, visando à independência do indivíduo, respeitando suas decisões e escolhas.

  • D.

    existem três tipos de transferência, como: com auxílio de aparelhos mecânicos, com auxílio de terceiros ou sem auxílio. A indicação independe do grau de comprometimento e de independência do indivíduo, mas, apenas, de seu interesse.

  • E.

    na transferência sem auxílio, o terapeuta ocupacional deve treinar as técnicas mais apropriadas através do controle de tronco e força nos membros superiores.

A análise de atividade é um processo em que se determinam os componentes de uma atividade. Sobre isso, é INCORRETO afirmar que

  • A.

    o fazer individual é considerado um ato único.

  • B.

    a análise da atividade é o procedimento que legitima, cientificamente, os procedimentos de adaptação, seleção e graduação das atividades.

  • C.

    as múltiplas características identificadas, que compõem a atividade e seus componentes (o movimento, as emoções, as habilidades cognitivas requeridas, etc) subsidiam a indicação terapêutica.

  • D.

    a análise da atividade tem como propósito contribuir para a compreensão psicodinâmica do indivíduo.

  • E.

    a análise biomecânica avalia os fatores cognitivos, sensoriais e psicodinâmicos da atividade, identificando o comportamento disfuncional.

Em relação à análise de atividades, NÃO podemos afirmar que

  • A.

    o terapeuta ocupacional deve identificar o problema do indivíduo, o objetivo do tratamento, a abordagem teórica e os interesses pessoais do indivíduo para uma indicação das atividades terapêuticas ocupacionais analisadas.

  • B.

    na análise das atividades deve-se identificar as capacidades necessárias para realizá-las e os aspectos que podem melhorar, se a pessoa desempenhá-la de modo satisfatório aos objetivos do tratamento.

  • C.

    no tratamento de indivíduo com problemas de integração sensorial, a análise de atividade mais indicada é a neurocomportamental.

  • D.

    a análise de atividade deve nortear-se pelo modelo centrado no quadro patológico, nas alterações corporais e no desempenho ocupacional, sendo as questões subjetivas excluídas nesse momento para a exatidão da análise.

  • E.

    a análise da atividade de elemento pode levar a um esvaziamento pessoal e social, pois deve ser considerada a atividade e o sujeito em atividade.

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