Questões de Artes do ano 2004

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"A criança aprende a formar seus próprios signos configuracionais principalmente por meio da observação do comportamento-de-fazer-signos-configuracionais de outras pessoas, por observar inicialmente que outras pessoas fazem desenhos, verificando a maneira pela qual são feitos, as razões pelas quais são feitos, as situações nas quais são feitos a variedade de signos configuracionais feitos e as diversas formas que os signos tomam em nossa cultura." Partindo desta premissa de Brent Wilson e Marjorie Wilson a respeito do comportamento do ato de desenhar, pode-se concluir que para os autores:

  • a.

    apresentar modelos para serem seguidos contribui para a ação de realizar signos visuais nas crianças.

  • b.

    as atividades de releitura de obras de arte com ênfase na cópia potencializam o ato de desenhar nas crianças.

  • c.

    oferecer desenho mimeografado é o modo mais adequado de levar a criança a imitar signos visuais.

  • d.

    as aulas de desenho devem se iniciar nos modelos acadêmicos pela aproximação espontânea com o desenho figurativo das crianças.

  • e.

    trabalhar com signos não figurativos é um procedimento metodológico adequado para alunos que tem dificuldades para construir signos visuais.

Um processo de leitura da obra de arte que tem sido usado em alguns museus brasileiros defende uma leitura que segue os seguintes passos: descrever, analisar, interpretar, fundamentar e revelar. O teórico que propõe esse processo de leitura é

  • a.

    Robert Saunders.

  • b.

    Edmund Burke Feldman.

  • c.

    Robert Ott.

  • d.

    Ana Mae Barbosa.

  • e.

    Elliot Eisner.

Considere as premissas abaixo.

I. Um objeto de pesquisa e estudo.

II. Uma seqüência de situações de aprendizagem.

III. A utilização dos códigos da linguagem da arte.

IV. O ato de desvelar/ampliar.

Para as autoras Martins, Picosque & Guerra, são premissas para um processo de ensino-aprendizagem em arte sob a ótica de projetos em ação o contido em

  • a.

    II, III e IV, apenas.

  • b.

    I, II, III e IV.

  • c.

    I e II, apenas.

  • d.

    I, II e III, apenas.

  • e.

    I e IV, apenas.

Para responder às questões de números 24 e 25 considere as três obras abaixo.

 

Observando as obras acima pode-se afirmar que:

  • a.

    a perspectiva representa uma esquematização de dados matemáticos que era desconhecida na Idade Média.

  • b.

    a perspectiva é um conceito unificador que se mostra como o mais adequado para dimensionar a natureza do espaço.

  • c.

    na Idade Média e no Barroco a perspectiva não era importante, ao contrário do Renascimento, pois a narrativa dominava a cena.

  • d.

    a perspectiva não é uma configuração realista do espaço e sim racionalista, constituindo-se uma esquematização cultural, com significados e valores próprios.

  • e.

    no Barroco, para além da perspectiva medieval e renascentista, o ponto de fuga se colocava no centro ótico da tela.

Para responder às questões de números 24 e 25 considere as três obras abaixo.

 

As três obras poderiam gerar diferentes propostas de leitura e de produções a partir de diferentes metodologias difundidas por Ana Mae Barbosa em seu livro: A imagem no ensino da arte. Partindo da metodologia preconizada por Feldman, a proposta incluiria:

  • a.

    o trabalho apenas com obras modernistas e contemporâneas.

  • b.

    cada obra analisada separadamente, para o aprofundamento necessário.

  • c.

    partir do descrever, analisar, interpretar e fundamentar de cada obra isoladamente.

  • d.

    as releituras de cada obra analisadas para se chegar à conclusões e julgamentos sobre elas, considerando especialmente a estética, a crítica, a história da arte e o trabalho em ateliê .

  • e.

    as três obras seriam analisadas, permitindo a leitura comparada de problemas visuais propostos de maneira similar ou diversa nas diferentes obras.

Para Walter Benjamin, citado por Lúcia Santaella em (arte) & (cultura) equívocos do elitismo, o cinema é a forma de arte que corresponde à vida cada vez mais perigosa, destinada ao homem de hoje. A necessidade de se submeter a efeitos de choque constitui uma adaptação do homem aos perigos que o ameaçam. O cinema equivale a modificações profundas no aparelho receptivo, aquelas mesmas que vivem atualmente, no curso da existência privada, o primeiro transeunte surgido numa rua de grande cidade e, no curso da história, qualquer cidadão de um Estado contemporâneo. Partindo de sua idéia sobre cinema e pensando sobre o ensino de arte, o que Walter Benjamin poderia ter dito sobre a TV e a internet se tivesse vivido para vê-los?

  • a.

    Promovida por imperativos econômicos-políticos, estes meios facilitam a manipulação e a despolitização.

  • b.

    Os meios de reprodução de linguagem não são apenas meios de consumo, mas são, simultaneamente, meios de produção.

  • c.

    Voltadas para a ação e não para a contemplação, para o global e não para o regional, os novos meios levam à massificação.

  • d.

    Alienação é o perigo maior destes novos meios, pois devora quaisquer outras alternativas de estímulo ao desenvolvimento de outras formas de produção e criação de linguagens e mensagens.

  • e.

    O olhar se move sobre as telas e monitores de modo superficial, consumista e com muita rapidez, o que prejudica a contemplação de obras de arte.

O modo de trabalhar o ensinar/aprender arte através de projetos tem uma dinâmica própria que poderá ser transformada e adequada às diferentes realidades de cada grupo de alunos, não se constituindo como método, mas como uma atitude pedagógica que envolve

  • a.

    o sentido sempre interdisciplinar que oportuniza tanto o grupo-classe a investigar um mesmo tema em diferentes áreas de conhecimento como os professores a desenvolverem o trabalho docente em parceria.

  • b.

    uma nova maneira de fazer do professor, na qual o planejamento seqüencial das aulas decorre do tema escolhido pelo grupo-classe a ser desenvolvido em paralelo ao planejamento anual que normatiza os objetivos e os conteúdos a serem cumpridos no decorrer do ano.

  • c.

    dar ênfase à aprendizagem de valores e atitudes mais do que conteúdos informativos.

  • d.

    a investigação do professor, que se coloca atento ao seu grupo-classe e ao conteúdo que quer ensinar e do grupo de alunos, que fica conectado e implicado no que deseja pesquisar.

  • e.

    a valorização da autonomia pessoal, o senso crítico e o sentido democrático de cidadania e participação.

Na dinâmica do ensinar/aprender arte através de projetos, o sentido da aprendizagem não se produz de forma linear, sendo necessário a realização de momentos de sistematização do conhecimento em duas circunstâncias: ao encerrar cada aula ou quando termina-se um projeto. Isso implica

  • a.

    assumir o sentido da avaliação como parte do processo de aprendizagem.

  • b.

    utilizar como instrumento de avaliação a auto-avaliação escrita.

  • c.

    verificar o que foi e o que ainda não foi aprendido através de uma prova de avaliação.

  • d.

    elaborar uma avaliação informal com o objetivo de julgar o que deu certo ou errado no projeto.

  • e.

    criar um modelo de avaliação iniciante que identifique os interesses e faltas dos alunos durante o processo de aprendizagem.

Em A língua do mundo: poetizar, fruir e conhecer arte, as autoras propõem a nutrição estética com o objetivo de

  • a.

    provocar leituras que possam desencadear atividades de releitura de obras de arte ampliando o fazer artístico.

  • b.

    provocar leituras que possam desencadear um aprendizado de arte ampliando as redes de significação do fruidor.

  • c.

    promover o acesso a artistas vivos, contemporâneos e brasileiros.

  • d.

    promover atividades provocantes que geram o interesse dos alunos pela arte para pesquisa posterior.

  • e. provocar desafios estéticos para desvelar/ampliar o repertório de arte próximo ao meio cultural dos alunos.

Para responder às questões de números 30 e 31 considere as imagens abaixo.

Imagine que estas quatro obras foram selecionadas para uma Avaliação Iniciante com o objetivo de levantar o que os alunos já sabem. O que NÃO poderia ser referendado a partir delas?

  • a.

    Conhecer obras de diferentes culturas para encaminhar um possível projeto sobre a multiculturalidade.

  • b.

    Diferenciar obras bi e tridimensionais.

  • c.

    Perceber o uso de diferentes materiais e suas implicações na significação das obras.

  • d.

    Despertar interesse sobre o tema da figura humana para um projeto sobre o corpo na arte.

  • e.

    Reafirmar o conhecimento sobre retratos através dos auto-retratos acima dos respectivos artistas.

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