Questões de Comunicação Social da Fundação José Pelúcio Ferreira (FJPF)

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O Código Brasileiro de Auto-Regulamentação Publicitária estabelece, em seu artigo 9º, que a atividade publicitária “será sempre ostensiva, com indicação clara da marca, da firma ou da entidade patrocinadora”.

O parágrafo único deste artigo, porém, excetua do preceito acima:

  • A.

    o merchandising, veiculação de menções ou aparições de produtos ou serviços, de forma aparentemente casual, em programas de televisão;

  • B.

    a propaganda política, caracterizada pela comunicação persuasiva com fins ideológicos, sob a responsabilidade de partido político reconhecido;

  • C.

    a publicidade governamental, bem como a de subsidiárias, autarquias, empresas públicas, entidades paraestatais e sociedades de economia mista;

  • D.

    as campanhas em fase de teaser, mensagens que visam criar expectativa ou curiosidade, sobretudo em torno de produtos a serem lançados;

  • E.

    a propaganda subliminar, técnica baseada na transmissão de mensagens que não são percebidas conscientemente pelo público.

José H. Pereira, em seu livro Curso Básico de Teoria da Comunicação, afirma serem os signos “elementos componentes de uma mensagem”.

Uma mensagem significativa supõe um processo de significação, podendo-se assim definir esta última:

  • A.

    proposição de um nome dado a uma coisa, à qual se refere em situações de comunicação;

  • B.

    conjugação semiótica de um signo à principal idéia de que é parte indissociável;

  • C.

    relação associativa entre uma materialidade significante e um conceito ao qual remete;

  • D.

    simbolização expressiva de um contato comunicativo estabelecido por toda espécie de signos;

  • E.

    expressão semiológica de uma referência associativa entre um signo e seu significado natural.

Em suas abordagens teóricas e de ordem crítica, estudiosos da comunicação se ocuparam, tanto da comunicação, quanto da cultura de massa. Acerca das conclusões às quais chegaram sobre ambas, aponte a opção correta:

  • A.

    comunicação de ordem propagandística, a primeira; e cultura de feitio popular, a outra, com as quais milhares de indivíduos se incluem em sociedades de classe;

  • B.

    comunicação intermitente, a primeira; e cultura multifária, a outra, por cuja mediação privilegiada as massas devem subir ao palco da história;

  • C.

    comunicação de natureza dialógica, a primeira; e cultura polivalente, a outra, pelas quais a massa modela sua experiência da realidade cotidiana;

  • D.

    comunicação supra-segmentada, a primeira; e cultura do nacional-popular, a outra, servindo à difusão generalizada de informações de interesse do povo;

  • E.

    comunicação monológica, a primeira; e cultura industrialmente elaborada, a outra, pelas quais os meios de comunicação motivam uma audiência generalizada.

Entre os estudos dedicados à recepção de mensagens figura a hipótese de agenda ou agenda-setting. Com esta designação, está-se propondo o seguinte:

  • A.

    o registro agendado de dados atualizados sobre tendências à manipulação típicas da mídia em relação à massa;

  • B.

    a elaboração de um pensamento acerca de produtos midiáticos, com respeito ao tempo de sua referência simbólica;

  • C.

    a construção doutrinária de uma hipótese pela qual fatos, eventos e ocorrências sempre merecerão destaque em uma agenda;

  • D.

    a constituição de um conjunto de temas de pesquisa e de conhecimento sobre a mediação simbólica exercida pela mídia;

  • E.

    a conjectura pela qual, na contemporaneidade, a mídia efetiva um agenciamento de pautas jornalísticas de interesse coletivo.

“Mais recentemente, apresenta-se para os gestores organizacionais a perspectiva de uma ação gerencial dialógica, baseada nas idéias de Jurgüen Habermas e de outros teóricos frankfurtianos, entre eles Herbert Marcuse, Horkheimer e Adorno (...) A racionalidade comunicativa se coloca como crítica à racionalidade instrumental ou funcional, conceito descrito por Max Weber”.

(NASSAR, Paulo. Comunicação interna: a força das empresas. São Paulo: Aberje, 2005, p. 18)

Nos estudos de Comunicação Empresarial, o conceito de racionalidade comunicativa está alinhado ao chamado modelo simétrico de duas vias, desenvolvido por Grunig e Hunt. Tal modelo tem como característica o fato de:

  • A.

    apresentar cunho jornalístico, disseminando informações objetivas por meio da mídia em geral e de veículos específicos;

  • B.

    utilizar pesquisa e outros métodos de comunicação como instrumentos para criar mensagens persuasivas e manipular os públicos;

  • C.

    despertar a atenção da mídia para promover a organização, seus produtos e serviços, empregando técnicas propagandísticas;

  • D.

    buscar um equilíbrio entre os interesses da organização e os de seus respectivos públicos, utilizando a comunicação para administrar conflitos;

  • E.

    revelar pouca preocupação com feedback, pesquisa e planejamento, sendo uma alternativa à comunicação estratégica ou integrada.

Teorias elaboradas acerca das origens e funções da propaganda situam suas origens em fins do século XVI. Estaria referida à formação de missionários, aos quais competiria disseminar uma crença.

Por propaganda, pode-se então entender:

  • A.

    divulgação maciça de diretrizes de comportamento e de ativa participação em campanhas de conscientização, a par de atitudes de consumo ideológico e comercial;

  • B.

    conjunto de atividades desenvolvidas com o objetivo de influenciar o comportamento humano, tendo finalidades religiosas, políticas ou cívicas;

  • C.

    modelagem e mobilização de corações e mentes à vista de uma consistente difusão de idéias, normas e princípios, pelas quais se podem pautar propostas comerciais;

  • D.

    composto de ferramentas ideológicas destinadas a promover a adesão introspectiva de neófitos a causas políticas e públicas ou, ainda, a questões religiosas;

  • E.

    formação rematada de um complexo de idéias, conceitos e regras de procedimento afirmativo, que servem de lastro ideológico à promoção de produtos de consumo.

É admissível crer-se que ações de comunicação não se restrinjam a uma pura transmissão de conteúdos. Em suas relações a outras áreas de expressão humana e social, a comunicação se inter-relaciona à arte, sem que a ela venha a se confundir. Comunicador e artista não são, necessariamente, uma só e mesma pessoa.

Dentre as opções abaixo, assinale a que, ao contrastar uma e outra, propõe de maneira adequada sua possível interrelação:

  • A.

    por ser inovadora, a comunicação é sempre criativa, ao passo que a arte, para ser criativa, deve ser renovadora;

  • B.

    a comunicação instaura uma ação de imediato efeito, deixando fluir a criatividade para técnicas e estilos da arte;

  • C.

    contando pela mensagem, a comunicação alimenta a certeza, enquanto a arte, valendo pela obra, nutre a dúvida;

  • D.

    o ato de comunicar é de natureza inefável, ao passo que o fazer artístico pode ser definido por sua falibilidade;

  • E.

    ao comunicamos, acordamos o interesse do destinatário, assim como, com a arte, atuamos sobre sua sensibilidade.

O surgimento da CONAB representou um passo importante na racionalização da estrutura do Governo Federal, porque a Companhia Nacional de Abastecimento:

  • A.

    possui uma estrutura pouco convencional, contando com Diretoria de Administração, Diretoria Fiscal e três Conselhos Colegiados – Financeiro, Logístico e de Gestão de Estoques;

  • B.

    originou-se da fusão de três empresas públicas que atuavam em áreas distintas e complementares – abastecimento, fomento à produção agrícola e armazenagem;

  • C.

    assumiu a coordenação e a gerência do Programa Fome Zero, desenvolvendo ações de combate à fome em todo o território nacional, por meio de suas 22 superintendências regionais;

  • D.

    substituiu a antiga Companhia Brasileira de Alimentos (Cobal), passando a atuar em parceria e a repartir esforços com a Companhia Brasileira de Armazenamento (Cibrazem);

  • E.

    ampliou o Programa de Apoio à Agricultura Familiar, promovendo leilões eletrônicos para viabilizar compra direta ou antecipada, bem como contratos de garantia de compra.

Nos jornais, os preços dos espaços publicitários são baseados na circulação do veículo. De acordo com Armando Sant’Anna (Propaganda: teoria, técnica e prática. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005, p. 217), “para se ter uma noção clara dos preços e poder-se comparar o custo do anúncio em veículos de preços e circulações diferentes, deve-se reduzir o preço (de página ou centímetro) de cada um ao custo por mil leitores (million-rate)”.

  • A.

    o custo por mil leitores no jornal A é maior do que no jornal B;

  • B.

    o custo por mil leitores no jornal B é maior do que no jornal A;

  • C.

    o custo por mil leitores no jornal B é a metade do verificado em A;

  • D.

    o custo por mil leitores no jornal A é a metade do verificado em B;

  • E.

    ambos têm preços diferentes, mas custo por mil leitores idêntico.

O GPR (Gross Rating Points) “é uma técnica da mídia que permite medir com segurança qual o total do públicoalvo que estamos atingindo e com que freqüência isto se verifica”.

(SANT’ANNA, Armando. Propaganda: teoria, técnica e prática. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005, p. 221).

Considerando-se um anúncio que obteve 40% de audiência na primeira inserção, 50% na segunda e 30% na terceira, a contagem de GRPs é igual a:

  • A.

    38;

  • B.

    40

  • C.

    60

  • D.

    120

  • E.

    230

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