Questões de Economia da Núcleo de Computação Eletrônica UFRJ (NCE)

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Durante uma recessão, os consumidores tipicamente reagirão às rendas declinantes, da seguinte maneira:

  • A.

    aumento de fração de consumo destinada aos bens duráveis;

  • B.

    substituição rápida dos bens duráveis gastos, antes que a renda caia ainda mais;

  • C.

    redução da fração de consumo destinada aos bens duráveis;

  • D.

    redução das aquisições de bens duráveis com substituição rápida por bens não duráveis;

  • E.

    aumento da fração de consumo destinada aos bens não duráveis.

Considere o mercado de grampos no país A, caracterizado pelas curvas de oferta e de demanda:

Supondo que o governo desse país decide eliminar um imposto sobre as importações de $1 por unidade importada, igualando, dessa forma, o preço interno ao internacional, os impactos da abertura comercial em termos do preço pagos pelos consumidores (p1), da quantidade produzida internamente (q1), da quantidade importada (q2) e da variação do nível de bem-estar (B1), medida pela variação da soma dos excedentes do consumidor e produtor, serão de:

  • A.

    p1 = 5; q1 = 5; q2 = 5; B1 = 0

  • B.

    p1 = 4; q1 = 9; q2 = 1,5; B1 = +0,75

  • C.

    p1 = 4; q1 = 9; q2 = 1,5; B1 = -0,75

  • D.

    p1 = 6; q1 = 9,5; q2 = 1,5; B1 = +0,75

  • E.

    p1 = 6; q1 = 9,5; q2 = 1,5; B1 = -0,75

Considere um contexto de duopólio, uma demanda de mercado dada pela equação P = 30 – Q, uma situação de custos nulos e uma interação estratégica modelada através do instrumental da Teoria dos Jogos. As possíveis soluções em termos das quantidades produzidas por cada agente, a partir de uma análise baseada, nas premissas: (i) geração do máximo lucro conjunto e (ii) equilíbrio de Nash em jogo instantâneo, são, respectivamente, iguais a:

  • A.

    (i) q1= 15; q2 = 15 (ii) q1= 10 ; q2 = 10;

  • B.

    (i) q1= 10; q2 = 10 (ii) q1= 7,5 ; q2 = 7,5

  • C.

    (i) q1= 10; q2 = 10 (ii) q1= 7,5; q2 = 7,5;

  • D.

    (i) q1= 7,5; q2 = 7,5 (ii) q1= 15; q2 = 15;

  • E.

    (i) q1= 7,5; q2 = 7,5 (ii) q1= 10; q2 = 10;

A utilidade total que determinado consumidor obtém a partir do consumo de gás (G) e eletricidade (E) é dadas pela função: U = 2G1/2E1/2.

Admitindo-se que o consumidor dispõe de 40 reais para adquirir esses serviços e que o preço unitário do gás (por litro) é de 2 reais, enquanto o preço da eletricidade (por Kw/hora) é de 8 reais. A partir dessas informações, pode-se chegar a seguinte conclusão:

  • A.

    a quantidade adquirida de gás será o dobro da adquirida de eletricidade;

  • B.

    a demanda de gás apresenta elasticidade constante e unitária;

  • C.

    se o preço do gás dobrar, a demanda do mesmo se reduzirá em um quarto;

  • D.

    a curva de Engel associada ao consumo de gás apresenta uma inclinação equivalente ao dobro da observada no caso do consumo de eletricidade;

  • E.

    no equilíbrio, o gasto total com aquisição de eletricidade será quatro vezes superior ao gasto com a aquisição de gás.

Dentre os fatores que favorecem a implementação de práticas colusivas baseadas na formação de cartéis, podese enunciar como elemento de destaque a:

  • A.

    presença de custos marginais elásticos entre os produtores do cartel;

  • B.

    curva de demanda elástica para o conjunto da indústria;

  • C.

    presença de assimetrias de custo significativas entre os membros do cartel;

  • D.

    presença de um número elevado de firmas entre os membros do cartel;

  • E.

    tendência dos membros do cartel venderem o produto no mesmo ponto de distribuição.

Quanto às características e ao impacto das barreiras à entrada na dinâmica competitiva de diferentes indústrias destaca-se a seguinte relação:

  • A.

    quanto menor for a escala mínima eficiente, maiores tendem a ser as barreiras à entrada em uma determinada indústria.

  • B.

    a existência de elevados custos fixos pode reforçar as barreiras à entrada em uma determinada indústria, podendo gerar, no limite, situações de “monopólio natural”.

  • C.

    a presença de “economias de escopo” em uma determinada indústria contrabalança o peso das “economias de escala”, resultando numa diminuição das barreiras à entrada de novas firmas em seu interior.

  • D.

    as barreiras à entrada “estratégicas” referem-se às condições objetivas da produção, sendo independentes da forma de reação das firmas estabelecidas à ameaça representada pelos entrantes potenciais.

  • E.

    o nível do “preço-limite” proposto na análise de Bain necessariamente localiza-se acima do preço de Concorrência Perfeita e abaixo do preço de Monopólio.

No que se refere à utilização de medidas de concentração na análise da dinâmica competitiva de diferentes indústrias, é correto afirmar o seguinte conceito:

  • A.

    o Grau de Concentração (CR) permite uma ordenação clara das indústrias segundo a concentração prevalecente, independentemente do número de firmas utilizadas no cálculo desse índice;

  • B. o Índice de Herfindahl-Hirschman (HHI) é uma medida unicamente de concentração “absoluta” que não captura os diferenciais de porte entre as empresas quanto à unidade de medida utilizada para o cálculo do índice;
  • C.

    no cálculo do Índice de Herfindahl-Hirschman (HHI), a participação das pequenas empresas é amplificada na construção do índice, o que possibilita captar de forma mais efetiva a concentraçào “relativa” prevalecente no mercado;

  • D.

    numa indústria cujas fatias de mercado (“market shares”) encontram-se igualmente distribuídas entre as firmas, o Índice de Gini utilizado como medida de concentração tende a aumentar na medida em que ocorre a entrada de uma firma de maior porte;

  • E.

    numa indústria cujas fatias de mercado (“market shares”) encontram-se igualmente distribuídas entre as firmas, o Índice de Gini e o Índice de Herfindahl-Hirschman (HHI) fornecem o mesmo resultado em termos da medida de concentração.

Suponha que no mercado aberto todos os automóveis brasileiros sejam vendidos por 20.000 reais cada e todos os automóveis japoneses por 80.000 ienes cada, e que a taxa de câmbio seja 2 (um real compra dois ienes). Então, em termos reais são necessários:

  • A.

    dois automóveis japoneses para comprar quatro automóveis brasileiros;

  • B.

    dois automóveis japoneses para comprar dois automóveis brasileiros;

  • C.

    dois automóveis brasileiros para comprar quatro automóveis japoneses;

  • D.

    dois automóveis brasileiros para comprar um automóvel japonês;

  • E.

    dois automóveis japoneses para comprar um automóvel brasileiro.

Admita que, no âmbito de um acordo comercial, a Turquia (T) e o Cazaquistão (C) decidem abrir as suas fronteiras ao comércio recíproco. Os dois países produzem Bolsas (B) e Abacates (A), sendo as quantidades de trabalho requeridas para a produção de uma unidade de cada bem dadas na tabela a seguir. Sabe-se ainda que existem 180 trabalhadores em T e 200 trabalhadores em C.

A alternativa que contempla essa realidade é:

  • A.

    nenhum país tem vantagem comparativa na produção de B;

  • B.

    T tem vantagem absoluta na produção de A;

  • C.

    T tem vantagem comparativa em B;

  • D.

    C tem vantagem comparativa em B;

  • E.

    ambos os países têm vantagens absolutas em A.

O Ciclo de Vida de um determinado produto é caracterizado por diferentes fases (Introdução, Crescimento, Maturidade e Declínio). A característica que corresponde a uma das fases desse ciclo é:

  • A.

    na fase de Introdução, observam-se barreiras à entrada elevadas, que restringem o crescimento do mercado;

  • B. na fase de Crescimento, a competição tende a se intensificar, com desdobramentos em termos da redução do grau de concentração na indústria;
  • C.

    na fase de Crescimento a introdução gradual de métodos de produção em massa eleva a intensidade do capital;

  • D.

    na fase de Maturidade observa-se uma maior estabilidade tecnológica, num contexto de forte concentração industrial e de crescente diferenciação de produto;

  • E.

    na fase de Declínio a formação de acordos colusivos entre as empresas possibilita uma ampliação das margens de lucro.

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