Questões de Economia da Núcleo de Computação Eletrônica UFRJ (NCE)

Uma curva de possibilidades de produção:

• A.

  deslocar-se-á para a direita, afastando-se da origem dos eixos cartesianos, se diminuir o preço do fator de produção mais escasso;

• B.

  deslocar-se-á para a esquerda, aproximando-se da origem dos eixos cartesianos, se for incorporada ao processo produtivo maior quantidade do fator de produção menos escasso;

• C.

  reflete a escassez de pelo menos um recurso produtivo;

• D.

  é convexa em relação à origem dos eixos cartesianos, em função da hipótese de que os recursos produtivos apresentam produtividade marginal decrescente;

• E.

  indica combinações de fatores produtivos que geram um mesmo nível de produto.

Em Formação econômica do Brasil (São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2003), Celso Furtado considera errôneo supor que a elevação do nível de preços e a redistribuição da renda sejam dois problemas autônomos.

Conforme a concepção do autor, é correto afirmar:

• A.

  a redistribuição da renda real é o meio pelo qual o sistema econômico procura expandir o processo inflacionário, com o fim de alcançar novo equilíbrio;

• B.

  se todos os grupos sociais desenvolvessem mecanismos de defesa para impossibilitar a distribuição de renda, haveria uma espécie de inflação neutra, sem efeitos reais;

• C.

  o estudo do processo inflacionário mostra que o aspecto da expansão monetária ocupa, de forma inequívoca, o primeiro plano no processo de redistribuição de renda;

• D.

  a inflação é fundamentalmente uma luta entre grupos pela redistribuição da renda real e a elevação do nível de preços é apenas uma manifestação exterior desse fenômeno;

• E.

  a elevação do nível de preços é a forma como o sistema econômico corrobora uma redistribuição de renda que já existia virtualmente, sempre que ocorre um desequilíbrio.

Em relação aos programas de transferência de renda implementados no país pelo Governo Federal, NÃO é correto afirmar que:

• A.

  nas regiões Norte e Nordeste, as carências não se limitam à insuficiência de renda, mas também ao acesso aos serviços essenciais, de modo que as ações das esferas de poder estadual e federal devem ser preponderantes em relação ao poder municipal;

• B.

  nas periferias dos grandes centros urbanos, os governos Federal, Estadual e Municipal têm de atuar de forma integrada, com o apoio da sociedade civil;

• C.

  os gigantescos níveis de desigualdade social brasileiros devem ser combatidos preponderantemente por programas de transferência de renda tais como o Fome Zero;

• D.

  dados os níveis atuais de desigualdade de renda, de violência urbana e de acesso a serviços essenciais por parte de parcela significativa da população, os programas devem ser planejados com uma perspectiva de longa duração;

• E.

  na implementação dos programas, devem ser priorizadas as situações mais críticas de pobreza, de desigualdade, de carências essenciais.

Crescimento econômico e preservação do meio ambiente não podem ser entendidos como princípios mutuamente excludentes. Empresas que, por suas atividades, afetam o meio ambiente, causando poluição, por exemplo, podem e devem adotar medidas mitigadoras.

Em relação a esta temática, observe as afirmativas a seguir:

I - Empresas que poluem devem adotar práticas ecologicamente corretas não apenas por exigência da sociedade, mas também por razões estratégicas empresariais.

 II - Empresas que incluem preocupações ambientais em suas estratégias ficam necessariamente menos competitivas mas ganham em imagem junto ao público consumidor.

III - As regulações ambientais que obriguem as empresas a adotar ações menos degradantes são instrumentos importantes principalmente quando as empresas têm a convicção de que investimentos ambientais representam apenas custos.

 IV - Investimentos ambientais são induzidos basicamente pelas pressões das regulamentações ambientais, dos consumidores finais e intermediários, dos stakeholders e dos investidores.

Estão corretas as afirmativas:

• A.

  I e II, apenas;

• B.

  II e IV, apenas;

• C.

  I, III e IV, apenas;

• D.

  I, II e III, apenas;

• E.

  I, II, III e IV.

Considere a curva de custo médio de longo prazo de uma empresa que atua em um mercado perfeitamente competitivo. O formato em "U" desta curva se explica pelas seguintes propriedades de sua função de produção:

• A.

  rendimentos marginais crescentes;

• B.

  rendimentos marginais decrescentes;

• C.

  inicialmente retornos crescentes de escala, retornos constantes de escala no ponto médio e retornos decrescentes de escala a partir do ponto médio;

• D.

  inicialmente retornos decrescentes de escala, retornos constantes de escala no ponto médio e retornos crescentes de escala a partir do ponto médio;

• E.

  retornos constantes de escala no longo prazo e rendimentos marginais decrescentes a curto prazo.

No contexto da Logística de Serviços, define-se a Função de Perda de Taguchi – mensurada pela variável perda em unidades monetárias por unidade produzida. Taguchi argumenta que a inconsistência de Qualidade e Serviços conduz fatalmente a despesas imprevistas, desperdício, redução da simpatia dos clientes e oportunidades perdidas sempre que o valor pretendido em qualidade deixa de ser atingido. Sendo assim, assinale a opção que contém as variáveis expressas na Função de Perda de Taguchi:

• A. custo de oportunidade da matéria-prima e valor-alvo da variável qualidade;
• B. valor da variável qualidade, valor-alvo da variável qualidade e uma constante que depende da importância financeira da variável qualidade;
• C. valor da variável qualidade e valor da elasticidade do produto substituto mais próximo;
• D. valor da variável qualidade, valor-alvo da variável qualidade e taxa de utilização do insumo principal;
• E. custo de oportunidade da matéria-prima e taxa de utilização do insumo principal.

O determinante definitivo do poder de monopólio de uma empresa é a elasticidade da demanda por seus produtos, a qual depende basicamente dos seguintes fatores:

• A. elasticidade da demanda no mercado, quantidade de fornecedores na indústria, grau de nacionalização do produto;
• B. número de empresas atuantes no Mercado, grau de nacionalização do produto, intensidade relativa de capital na produção;
• C. quantidade de fornecedores na indústria, intensidade relativa do capital na produção, nível de contestabilidade no mercado;
• D. elasticidade da demanda no mercado, número de empresas atuantes no mercado, natureza da interação entre as empresas atuantes no mercado;
• E. intensidade relativa de capital na produção, natureza da interação entre as empresas atuantes no mercado, participação relativa dos salários nos lucros.

Quando os gastos do setor público brasileiro com juros são superiores ao superávit primário obtido, isso significa que estamos diante de:

• A.

  um déficit estrutural de longo-prazo;

• B.

  um aumento da dívida pública;

• C.

  uma redução da taxa de juros;

• D.

  uma redução da relação dívida pública/ PNB;

• E.

  uma redução do investimento público.

Num período em que a concorrência é de uma intensidade fora do comum, as firmas comerciais podem pretender reduzir seus preços que cubram os custos totais, num esforço de garantir mais negócios. Em geral, há um preço mínimo, exceto em circunstâncias raras, para as quais o preço jamais será reduzido abaixo do nível do:

• A. custo médio;
• B. custo médio mínimo;
• C. custo fixo médio;
• D. custo variável médio;
• E. custo fixo total.

Se os fatores A, B e C fabricam, juntos, o produto X, o produto físico marginal do fator A é definido como:

• A. a produção extra de X que resulta do emprego de uma unidade extra de A, com os fatores B e C aumentados proporcionalmente;
• B. a quantidade do fator A exigida para produzir uma unidade extra de X, com as quantidades de B e C mantidas constantes;
• C. a produção extra de X que resulta do emprego de uma unidade extra de A, com as quantidades dos fatores B e C mantidas constantes;
• D. a quantidade do fator A exigida para produzir uma unidade extra de X, com as quantidades dos fatores B e C aumentadas proporcionalmente;
• E. o incremento proporcional de A em relação às proporcionais marginais de B e C.