Questões sobre Enfermagem Clínica

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A cetoacidose é uma complicação potencialmente letal, ocorre particularmente em pacientes com Diabetes tipo I, sendo algumas vezes a primeira manifestação da doença. O diabetes tipo II, que mantém uma reserva pancreática de insulina, raramente desenvolve essa complicação, mas isso pode ocorrer em intercorrências em que há elevada produção de hormônios contra-reguladores. Sobre a Cetoacidose podemos afirmar, exceto:

  • A.

    Os principais fatores precipitantes são: infecção, omissão da aplicação de insulina, abuso alimentar, uso de medicações hiperglicemiantes, entre outros

  • B.

    O quadro clínico consiste em polidipsia, poliúria, enurese, hálito cetônico, fadiga, visão turva, náuseas e dor abdominal, além de vômitos, desidratação, hiperventilação e alterações do estado mental

  • C.

    Intercorrências graves como: Acidente Vascular Cerebral, Infarto Agudo do Miocárdio ou traumas não interferem no aparecimento desta complicação

  • D.

    Complicações como: Choque, Distúrbio Hidroeletrolítico, Insuficiência renal, Pneumonia de aspiração, Síndrome de Angústia Respiratória e Edema Cerebral em crianças, ocorrem quando o seu quadro se agrava

Sobre a Síndrome Hiperosmolar Não-Cetótica, podemos afirmar, exceto:

  • A.

    A síndrome hiperosmolar é um estado de hipoglicemia grave (< 60 a 70mg/dL), desidratação e alteração do estado mental, na ausência de cetose

  • B.

    Os indivíduos de maior risco são os idosos (> 60 anos), cronicamente doentes, debilitados ou institucionalizados, com mecanismos de sede ou acesso à água prejudicada

  • C.

    Fatores precipitantes são doenças agudas (acidente vascular cerebral, infarto do miocárdio ou infecções, particularmente pneumonia), uso de glicocorticóides ou diuréticos, cirurgias, entre outros

  • D.

    Ocorre apenas no diabetes tipo II, porque um mínimo de ação insulínica preservada nesse tipo de diabetes pode prevenir a cetogênese

Neuropatia diabética é a complicação mais comum do diabetes, compreendendo um conjunto de síndromes clínicas que afetam o sistema nervoso periférico sensitivo, motor e autonômico, de forma isolada ou difusa, nos segmentos proximais ou distais, de instalação aguda ou crônica, de caráter reversível ou irreversível, manifestando-se silenciosamente ou com quadros sintomáticos dramáticos. Sobre a Neuropatia podemos afirmar, exceto:

  • A.

    Nos casos de neuropatia simétrica sensitivomotora distal pode se manifestar por sensação de queimação, choques, agulhadas, formigamentos, dor a estímulos não-dolorosos, câimbras, fraqueza, sem alteração de percepção da temperatura

  • B.

    Pacientes com diabetes devem ser avaliados, anualmente, para presença de neuropatia periférica distal, usando testes de sensação dolorosa, táctil, térmica, vibratória, motora e limiar percepção cutânea

  • C.

    O diagnóstico da neuropatia autonômica cardiovascular é feito pela taquicardia em repouso ou por teste provocativo e por hipotensão postural medida por redução de pressão sistólica

  • D.

    O tratamento sintomático da neuropatia periférica e da neuropatia autonômica requer controle glicêmico e analgesia simples

Acidente causado por serpentes do gênero Micrurus, leva a quadro neuroparalítico, como: paralisia neuromuscular (ptose palpebral, distúrbios de acomodação visual, de olfato e paladar, sialorréia, ptose mandibular) sem outros sinais e sintomas concomitantes. Este tipo de acidente é reconhecido como, assinale alternativa correta:

  • A.

    Acidente laquético

  • B.

    Acidente elapídico

  • C.

    Acidente botrópico

  • D.

    Acidente crotálico

O fato de o corpo humano ser dotado de mobilidade implica em afirmarmos que a imobilidade traz consequências em diferentes graus, pois vários processos fisiológicos são facilitados ou aumentados, por causa dessa mobilidade. Os pacientes admitidos em unidades assistenciais que apresentam riscos relacionados à mobilidade corporal representam grande preocupação para a enfermagem e demais membros da equipe de saúde e Instituição. Na admissão de todo paciente, o enfermeiro deve identificar situações de risco e estabelecer medidas de prevenção. Sabendo-se que a imobilização provoca efeitos danosos nos sistemas corporais, causando a síndrome do desuso, enumere a segunda coluna de acordo com a primeira:

1. Atrofia muscular.

2. Úlcera por pressão.

3. Captação de proteína diminuída.

4. Anorexia.

5. Risco de tromboembolismo.

6. Estase de secreções.

( ) Efeito da imobilização no sistema respiratório.

( ) Efeito metabólico produzido pela imobilização.

( ) Comprometimento mais frequente do sistema tegumentar.

( ) Efeito da imobilização no sistema musculoesquelético e articular.

( ) Efeito da imobilização no sistema cardiovasvular.

( ) Efeito da imobilização no sistema gastrintestinal.

Assinale a sequência correspondente à resposta CORRETA:

  • A.

    6, 4, 2, 5, 4, 1

  • B.

    5, 6, 1, 2, 3, 4

  • C.

    6, 3, 2, 1, 5, 4

  • D.

    6, 5, 1, 2, 3, 4

  • E.

    5, 6, 2, 1, 3, 4

Senhor J.O.M., 70 anos, sofreu queda de mesmo nível (no banheiro). Queixa-se de dor intensa em MID, principalmente ao movimentá-lo. Realizado raio X com laudo de fratura de colo de fêmur D. Os achados clínicos que o enfermeiro deve identificar são:

  • A.

    Deformação do MID, movimentação de adução, abdução, flexão, rotação interna e externa, encurtamento do MID em relação ao MIE e sensibilidade em quadril D.

  • B.

    Rotação interna do MID, encurtamento do MID em relação ao MIE, sensibilidade em quadril D, edema em quadril D e hematoma em quadril D.

  • C.

    Deformação do MID, rotação interna do MID, encurtamento do MID em relação ao MIE, sensibilidade em quadril D, edema em quadril D e hematoma em quadril D.

  • D.

    Rotação interna do MID, movimentação de adução, abdução, flexão, rotação interna e externa, sensibilidade em quadril D e hematoma em quadril D.

  • E.

    Deformação do MID, encurtamento do MID em relação ao MIE, sensibilidade em quadril, edema em quadril D e hematoma em quadril D.

Considerando o caso clínico apresentado na questão anterior (questão 30), as intervenções de enfermagem que devem ser estabelecidas pelo enfermeiro para as reações das condições clínicas encontradas são:

I. Aplicar compressas de gelo em região inguinal D.

II. Mudar de decúbito em bloco e elevar cabeceira 90º.

III. Massagear as costas após mudança de decúbito em bloco.

IV. Orientar para flexionar o MID. V. Incentivar ingesta hídrica.

VI. Verificar frequentemente sinais vitais, principalmente tipo e frequência do pulso pedioso D.

VII. Verificar ao redor do curativo compressivo quanto a presença de hematomas, edema, sangramento e dor.

 Está(ão) CORRETA(S):

  • A.

    Somente as assertivas III, V, VI e VII.

  • B.

    Todas as assertivas.

  • C.

    Somente as assertivas I, III, V, VI e VII.

  • D.

    Somente as assertivas I, II, III, VI e VII.

  • E.

    Somente as assertivas III, IV, V, VI e VII.

A.N.M., 70 anos, solteira, 5 filhos, católica praticante, analfabeta, fumou durante 53 anos e parou há uma semana, nega etilismo. Hipertensa, faz uso contínuo de captopril e refere ter enfisema, com diagnóstico de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Foi internada com queixa de fraqueza, dispneia e tosse produtiva persistente. No exame físico constatou-se a paciente consciente, que deambula com auxílio, e possui pele e mucosas hipocoradas; apresentou MMSS frios com leitos ungueais pouco cianóticos; tórax simétrico, movimento respiratório torácico, amplitude superficial, taquidispneica, roncos em brônquios e crepitações bibasais e diminuição da expansibilidade. Constatou-se ainda extremidades com perfusão periférica maior que três segundos, pulsos rítmicos e filiformes, sem edema. Para essa paciente foi identificado como diagnóstico de enfermagem prioritário a desobstrução ineficaz de vias aéreas. Para o diagnóstico desse caso, constituem intervenções a serem planejadas e implementadas pelo enfermeiro:

  • A.

    Manter cabeceira elevada a 30º; instalar oxigênio úmido de 2 a 4 L/min; orientar a ingestão de líquidos; monitorar o estado respiratório; estimular a tossir e a realizar exercícios de respiração profunda; fornecer padrões de repouso frequentes entre as atividades.

  • B.

    Manter posição de semi-Fowler; instalar oxigênio úmido de 4 a 6 L/min; orientar a ingestão de líquidos; monitorar o estado respiratório; estimular a tossir e a realizar exercícios de respiração profunda; fornecer padrões de repouso frequentes entre as atividades.

  • C.

    Manter cabeceira elevada a 45º; instalar oxigênio úmido de 6 a 8 L/min; orientar a ingestão de líquidos; monitorar o estado respiratório; estimular a tossir e a realizar exercícios de respiração profunda; fornecer padrões de repouso frequentes entre as atividades.

  • D.

    Manter cabeceira elevada a 90º; instalar oxigênio úmido de 8 a 10 L/min; orientar a ingestão de líquidos; monitorar o estado respiratório; estimular a tossir e a realizar exercícios de respiração profunda; fornecer padrões de repouso frequentes entre as atividades.

  • E.

    Manter posição de Fowler; instalar oxigênio úmido de 1 a 2 L/min; orientar a ingestão de líquidos; monitorar o estado respiratório; estimular a tossir e a realizar exercícios de respiração profunda; fornecer padrões de repouso frequentes entre as atividades.

Dona Eugênia, 86 anos, hipertensa, diabética, no último ano, sofreu um acidente vascular encefálico (AVE) que a deixou com grave dificuldade para as atividades diárias. Como sente muito frio pela manhã, não gosta de ser acordada cedo, tem preferência por almoçar às 12h30min e banhar-se em torno das 14h00. Às 18h00 gosta de ver sua novela e, em seguida, o jornal de notícias da TV local. Sua filha Mariana, que trabalha em uma escola do bairro, combinou com sua sobrinha, que então passasse a atender a Senhora Eugênia durante o período da manhã e início da tarde, haja vista que Mariana retorna do trabalho em torno das 15h00. Ultimamente Dona Eugênia vem demonstrando irritação, pois com a chegada da sobrinha, seus costumes e horários habituais para higiene e alimentação foram alterados, pois a cuidadora não aceita as decisões da paciente. Por consequência, houve ligeiro aumento em sua pressão arterial, que há muito estava bem controlada. Com base na história acima pode-se afirmar que:

  • A.

    A sobrinha de Dona Eugênia está certa, pois a higiene corporal deve ser realizada bem cedo, o que favorecerá a saúde da tia.

  • B.

    A filha de Dona Eugênia deve negociar com sua mãe a nova rotina, levando em consideração que a sobrinha se colocou à disposição para os cuidados diários.

  • C.

    A pessoa que cuida deve aceitar as decisões de quem é cuidada, se esta preservar sua condição de autonomia e reunir condições de gerenciar sua saúde.

  • D.

    Dona Eugênia aos poucos irá incorporar a nova rotina, o que lhe trará benefícios, uma vez que terá uma vida mais regrada.

  • E.

    A filha de Dona Eugênia deverá providenciar, junto ao médico, adequação da medicação antihipertensiva de sua mãe.

Oenfermeiro, ao avaliar um paciente com excesso de volume hídrico, observa os seguintes sinais:

  • A.

    dispneia, diminuição da frequência de pulso e confusão mental.

  • B.

    distensão jugular, olhos opacos e aumento da frequência de pulso.

  • C.

    olhos opacos, ruídos crepitantes e aumento da frequência de pulso.

  • D.

    diminuição da frequência de pulso, confusão mental e dispneia.

  • E.

    aumento da frequência de pulso, distensão jugular e ruídos crepitantes.

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