Questões de Engenharia Florestal da Fundação Carlos Chagas (FCC)

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A dormência de sementes é um processo caracterizado pelo atraso da germinação, com as sementes germinando em uma estação mais propícia ao seu desenvolvimento, possibilitando às plantas a perpetuação da espécie ou colonização de novas áreas. Sendo a quebra da dormência uma opção para uma germinação rápida e homogênea, assinale a alternativa correta quanto à descrição do método e os respectivos exemplos.

  • A.

  • B.

  • C.

  • D.

  • E.

A propagação vegetativa, também conhecida como propagação assexuada ou clonagem, consiste na produção de mudas ou novas plantas a partir de partes ou órgãos da planta. Em relação à propagação é correto afirmar:

  • A.

    A estaquia é o processo de propagação no qual porções dos caules são colocadas sob condições propícias ao enraizamento, dando origem a uma nova planta, sendo que quanto mais adulta for a estaca maior será sua capacidade de enraizamento.

  • B.

    A técnica de utilização de brotações de plantas propagadas pelo método de estaquia convencional como fontes de propágulos vegetativos é chamada de miniestaquia, com as miniestacas sendo colocadas para enraizamento em casa de vegetação com umidade relativa abaixo de 40% visando a rustificação.

  • C.

    A micropropagação, ou propagação vegetativa in vitro, destina-se principalmente àquelas espécies que são de difícil propagação pelos métodos convencionais, sendo que, de modo geral, a micropropagação de espécies lenhosas é mais fácil que a de espécies herbáceas.

  • D.

    O ácido indolbutírico (AIB) é um dos hormônios mais comumente usados no processo de enraizamento de estacas, com a concentração variando de 20 a 10.000 mg L−1, de acordo com a espécie, sendo as maiores concentrações utilizadas para estacas de enraizamento mais difícil.

  • E.

    A propagação in vitro é facilmente utilizada, pois não requer que se ajuste a metodologia para cada clone com que se trabalhe.

Na frase: A nutrição mineral pode influenciar o enraizamento de estacas em decorrência do vigor vegetativo da planta matriz e da própria condição nutricional do propágulo coletado. O elemento X é requerido para elongação e divisão celular, o que sugere uma grande importância desse elemento na iniciação radicular. o elemento X aqui destacado é o

  • A.

    nitrogênio.

  • B.

    potássio.

  • C.

    boro.

  • D.

    cálcio.

  • E.

    zinco.

Considere: O zoneamento constitui um instrumento de ordenamento territorial, usado como recurso para se atingir melhores resultados no manejo da Unidade de Conservação da Natureza (UC), pois estabelece usos diferenciados para cada zona, segundo seus objetivos. (Galante et al., 2002) Sobre normas de manejo, é correto afirmar:

  • A.

    Instalações de infraestrutura serão permitidas em uma zona intangível no caso da realização de pesquisa com fins científicos.

  • B.

    As atividades permitidas em uma zona primitiva serão a pesquisa, o monitoramento ambiental, a visitação e a fiscalização.

  • C.

    A matéria orgânica gerada nas UC localizadas em áreas remotas deverá sofrer tratamento local, permitindo-se a queima em condições controladas.

  • D.

    Na recuperação induzida em uma UC poderão ser utilizadas espécies exóticas no início do processo, desde que essenciais para o estabelecimento de uma cobertura vegetal.

  • E.

    Em um Parque Nacional, considerado como zona de uso intensivo, os materiais para a reforma de infraestruturas poderão ser retirados dos recursos naturais da Unidade mediante licença especial concedida pelo IBAMA.

Um agricultor possui uma propriedade rural com 26 ha de área no Estado do Paraná. Um curso d’água de 5 m de largura passa por dentro da sua propriedade em uma extensão de 800 m de comprimento, sendo que a Área de Preservação Permanente respectiva já atende, e tão somente, o estabelecido pelo Código Florestal. O proprietário cultiva 2 ha de laranja em consórcio com espécies florestais nativas e pretende averbar a área correspondente à Reserva Legal. Sabendo-se que no Estado do Paraná a lei exige uma parcela mínima para Reserva Legal de 20% da área das propriedades rurais, e contemplando-se as possíveis exceções, para atingir o limite estabelecido por lei

  • A.

    falta 0,4 ha.

  • B.

    não falta nenhum hectare (0 ha).

  • C.

    faltam 2,8 ha.

  • D.

    falta 0,8 ha.

  • E.

    faltam 1,2 ha.

Está correta a descrição da espécie florestal:

  • A.

    bracatinga (Mimosa scabrella): árvore perenifólia, com 4 a 18 m de altura, ocorrendo de Minas Gerais até o Rio Grande do Sul, sementes sem dormência, apresenta rápido crescimento inicial e boa capacidade de rebrota após corte, madeira com densidade básica entre 0,51 a 0,61 g.cm−3, com uso em compensados, embalagens leves, lenha, sendo espécie recomendada para recuperação de solos degradados.

  • B.

    cedro (Cedrela fissilis): árvore perenifólia, com 10 a 25 m de altura, espécie pioneira ocorrendo do norte ao sul do Brasil, crescimento variável dependendo do ataque da broca Hypsipyla grandella, madeira com massa específica aparente variando de leve a moderadamente densa (0,47 a 0,61 g.cm−3), muito utilizada na construção civil.

  • C.

    guanandi (Calophyllum brasiliense): árvore perenifólia, ocorrendo do norte ao sul do Brasil, podendo atingir 40 m de altura, sementes com dormência dispersas principalmente por animais, regeneração abundante na sombra, brotando a touça após o corte, crescimento lento a demorado, com uso da madeira na fabricação de móveis e construção civil.

  • D.

    ipê-amarelo (Tabebuia alba): árvore caducifólia, altura variável de 3 até 30 m, sementes com dormência e dispersão zoocórica, ocorrência da Bahia até o Rio Grande do Sul, espécie secundária inicial com crescimento lento, massa específica aparente densa (0,80 a 1,00 g.cm−3), com uso da madeira para tacos, dormentes e marcenaria, espécie bem adaptada aos efeitos da poluição urbana.

  • E.

    paineira (Caesalpinea ferrea): árvore caducifólia, com 10 até 30 m de altura, sementes com dispersão principalmente autocórica, espécie secundária de crescimento rápido a moderado, madeira leve (0,22 a 0,34 g.cm−3) de baixa resistência, utilizada em aeromodelismo, caixas e tamancos.

Considere a frase: Doenças podem ocorrer na produção de mudas clonais de eucalipto. Os sintomas de uma delas são a mela das folhas, morte de plantas e crescimento epifítico de micélio sobre as estacas. O fungo, em geral, não esporula, mas frequentemente produz escleródios sobre o órgão afetado. Esse fungo é o

  • A.

    Cylindrocladium scoparium.

  • B.

    Quambalaria eucalypti.

  • C.

    Botrytis cinerea.

  • D.

    Rhizoctonia solani.

  • E.

    Colletotrichum gloeosporioides.

Sobre o desenvolvimento do eucalipto em condições de campo é correto afirmar que o

  • A.

    Eucalyptus cloeziana é uma das espécies de Eucalyptus menos susceptíveis à doença da ferrugem.

  • B.

    Eucalyptus pilularis é uma das espécies mais resistentes ao cancro causado pelo fungo Cryphonectria cubensis.

  • C.

    Eucalyptus paniculata tem plantio recomendado em regiões com ocorrência da gomose, caracterizada pela exsudação e escorrimento de goma a partir de pontos localizados no tronco.

  • D.

    Eucalyptus globulus é favorecido por chuvas de inverno e altamente resistente a geadas.

  • E.

    Eucalyptus dunnii não tem plantio recomendado em áreas com possibilidade de ocorrência de geadas.

A Instrução Normativa no 5 (11/12/2006), sobre os procedimentos técnicos para elaboração, apresentação, execução e avaliação técnica de Planos de Manejo Florestal Sustentável − PMFSs nas florestas primitivas e suas formas de sucessão na Amazônia Legal, dispõe que

  • A.

    o ciclo de corte inicial será de, no mínimo, 15 anos e de, no máximo, 25 anos para o PMFS Pleno e de, no mínimo, 20 anos para o PMFS de Baixa Intensidade.

  • B.

    o Diâmetro Mínimo de Corte (DMC) será de 25 cm para todas as espécies para as quais ainda não se estabeleceu o DMC específico.

  • C.

    a intensidade máxima de corte a ser autorizada pelo órgão ambiental competente será de 30 m3.ha−1 para o PMFS Pleno com ciclo de corte inicial de 35 anos.

  • D.

    a intensidade de corte planejada deverá observar a manutenção de todas as árvores das espécies cuja abundância de indivíduos com Diâmetro da Altura do Peito (DAP) superior ao DMC seja igual ou inferior a 50 árvores por 100 hectares de área de efetiva exploração da Unidade de Produção Anual (UPA).

  • E.

    o aproveitamento de resíduos das árvores exploradas e daquelas derrubadas em função da exploração florestal não será permitido.

A Equação Universal das Perdas de Solo (EUPS) tem sido muito utilizada no Brasil para estimar a perda média anual de material do solo removido por erosão laminar e/ou em sulcos, incluindo em seu modelo os seguintes fatores:

  • A.

    erosividade da chuva, erodibilidade do solo e largura do declive.

  • B.

    prática de controle da erosão, densidade do solo e grau do declive.

  • C.

    uso do solo e manejo da cultura, comprimento do declive e erosividade da chuva.

  • D.

    grau do declive, erodibilidade e porosidade do solo.

  • E.

    índice de cone, largura do declive e uso do solo e manejo da cultura.

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