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A bacia do Paraná abriga uma sucessão sedimentar-magmática com idades entre o Neo-Ordoviciano e o Neocretáceo, que se estendem pelo sul do Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai. A respeito da bacia do Paraná, afirma-se que
se formou a partir de um processo de estiramento crustal que gerou o rifte do Paraná, em resposta à fragmentação do Gondwana, dando origem à sinéclise que acomoda os sedimentos e basaltos nela presentes.
sua coluna estratigráfica revela um registro sedimentar contínuo, com sedimentação em ambientes marinhos e continentais.
seu registro estratigráfico documenta a tendência progressiva de continentalização dos sistemas deposicionais, onde os estratos marinhos, ali presentes desde o Neo-Ordoviciano, são dominados, no Mesozoico, pelos desertos arenosos.
o Carbonífero e o Eotriássico marcam uma fase de quietude tectônica, com pouca subsidência da bacia, com registros de fenômenos de glaciação continental e pequenas ingressões marinhas.
a reativação Sul-Atlantiana (Wealdeniana) não afetou essa bacia, como indicam a ausência de estruturas e a deposição contínua associada aos espessos arenitos eólicos da formação Botucatu.
A bacia do Recôncavo é um rifte intracontinental abortado durante o Eocretáceo, cuja evolução geológica é dividida nas fases tectônicas Pré-rifte, Rifte e Pós-rifte. Com respeito a essa bacia, afirma-se que
os depósitos lacustres da formação Candeias e durante a fase inicial do rifte do Recôncavo, foram depositados sob condições de intenso aporte sedimentar, que suplantou a taxa de subsidência da bacia.
o rifte do Recôncavo possui uma forma de graben, limitado a sudeste pelo Sistema de Falhas de Salvador, sendo que os mais espessos depocentros do rifte encontram-se em sua margem noroeste.
a fase Pós-rifte da bacia do Recôncavo é representada pela sedimentação da formação Marizal, que constitui a mais expressiva unidade sedimentar dessa bacia.
o comportamento cíclico da subsidência, ao longo da falha principal da bacia do Recôncavo, governou os ciclos sedimentares de preenchimento dessa bacia, que revelam um forte sincronismo entre tectônica e sedimentação.
os conglomerados da formação Salvador são pós- -tectônicos e foram formados em ambientes de leques aluviais e fandeltas.
A supersequência rifte da bacia Potiguar foi depositada em suas porções emersa e submersa, durante o Cretáceo Inferior. A esse respeito, analise as afirmativas abaixo.
I - A supersequência rifte pode ser subdividida em duas fases, durante as quais se observou a passagem de um regime tectônico distensivo inicial, com altas taxas de subsidência, para uma fase posterior de implantação de um regime transcorrente.
II - Falhas normais, com direção preferencial NE-SW, definem meio-grábens assimétricos e altos internos do embasamento, que representam importantes elementos estruturais que condicionam em parte os sistemas petrolíferos da bacia.
III - Os sistemas deposicionais que caracterizam a fase inicial do rifte representam ambientes lacustrinos, flúvio-deltaicos e fandeltas.
IV - O topo da seção rifte é marcado por uma forte discordância angular sobre a qual se depositaram os sedimentos da formação Alagamar, que marca a passagem dos sistemas deposicionais continentais para marinhos.
V - Os folhelhos marinhos da fase Rifte, pertencentes à formação Pendências são considerados os principais geradores dessa bacia.
Estão corretas APENAS as afirmativas
I e II.
I e III.
II e V.
II, III e V.
I, II, III e IV.
A bacia de Barreirinhas, na margem equatorial brasileira, tem sua origem e evolução associadas à separação transformante dos continentes sul-americano e africano. Com relação a essa bacia, tem-se que sua
forma rômbica pode ser associada ao processo de deriva continental e intenso estiramento crustal e vulcanismo que ocorreram durante o Albiano.
sedimentação da fase Rifte é caracterizada por poucas variações na sedimentação, o que reflete longos períodos de quiescência tectônica.
fase Rifte final é caracterizada por uma discordância regional que separa dois estilos tectônicos distintos: as falhas planares e rotacionais da seção rifte inferior e as falhas lístricas normais da seção drifte superior, onde predominam processos gravitacionais.
pequena espessura sedimentar da seção drifte indica processos ativos de remoção sedimentar.
fase final de preenchimento é representada pelos carbonatos da formação Pirabas, que marcam um evento regressivo importante que provocou a exposição e instalação da plataforma carbonática.
A bacia de Sergipe-Alagoas apresenta exposta a mais completa sucessão estratigráfica dentre as bacias marginais brasileiras. Com respeito a essa bacia, analise as afirmativas abaixo.
I - Apresenta estágios evolutivos de sinéclise, pré-rifte, rifte, transicional e drifte, com limites graduais entre eles, que refletem modificações do estilo tectônico e sedimentar desde o Neocarbonífero até o Recente.
II - Os evaporitos da formação Muribeca depositaram-se no Aptiano, marcando as primeiras incursões marinhas nessa bacia.
III - Sua subsidência termal, que teve início no Albiano, resultou na concentração dos depósitos fluviais que caracterizam os arenitos de granulação grossa a média da formação Penedo.
IV - A depressão afro-brasileira corresponde a um conjunto de depressões periféricas preenchidas por sedimentos fluviais e lacustres durante o estágio pré-rifte dessa bacia.
V - O início da fase Drifte nela ocorrida se caracteriza pela sedimentação em uma ampla e rasa plataforma carbonática, que, por sua vez, foi completamente afogada a partir do Cenomaniano, sendo recoberta posteriormente pelos siliciclásticos do grupo Piaçabuçu.
São corretas APENAS as afirmativas
I e II.
I e IV.
II, III e V.
I, II, III e IV.
I, II, IV e V.
Da bacia de Campos se extraem cerca de 90% do petróleo produzido no Brasil. Tem-se que, nessa bacia,
a linha de charneira, representada pela falha de Campos, separa a porção leste mais espessa de depósitos do Cretáceo, da porção oeste da Bacia, onde sedimentos do Terciário depositam-se diretamente sobre o embasamento.
basaltos neocomianos, intercalados com rochas sedimentares e vulcanoclásticas, formam o embasamento comercial e não têm nenhum interesse exploratório.
a tectônica salífera foi fundamental para a formação de rotas de migração dos hidrocarbonetos que se acumularam nos turbiditos de águas profundas do Aptiano.
os principais reservatórios atualmente explorados são carbonatos de águas rasas e lacustres, formados em ambientes hipersalinos.
os horsts, como o Alto Regional de Badejo e o Alto Externo, são estruturas do embasamento, que dificultaram grandemente a migração do petróleo na bacia.
A bacia de Pelotas, no extremo sul da margem continental do Brasil, pode ainda ser considerada uma área de fronteira exploratória, em função do escasso conhecimento atual sobre essa bacia. Sobre a bacia de Pelotas, afirma-se que
há ausência de estruturas afetando sua seção pós-rifte, o que constitui uma das maiores dificuldades exploratórias, em função da ausência de claras armadilhas estruturais.
seu embasamento, em sua porção mais externa, apresenta uma profusão de refletores mergulhantes em direção ao oceano (Seaward Dipping Reflectors) que têm sido associados à natureza vulcânica da margem continental nesta porção meridional do Brasil.
seu registro sedimentar tem início com a deposição da supersequência rifte, com os depósitos vulcânicos síncronos à formação Serra Geral.
importantes depósitos carbonáticos de idade pós-paleocênica são encontrados na porção proximal dessa bacia, enquanto que, em águas profundas, se desenvolvem os espessos depósitos de folhelhos e turbiditos que caracterizam o leque submarino do Rio Grande.
desde o Eoceno a sedimentação em águas profundas registra a deposição dominantemente lamosa, em ambiente tranquilo, de baixa energia, com pouco ou nenhum retrabalhamento do fundo submarino.
Os sistemas petrolíferos incluem as rochas geradoras, os reservatórios e as armadilhas de acumulação. No que diz respeito aos reservatórios de petróleo, tem-se que
qualquer rocha porosa pode constituir um bom reservatório.
os carbonatos são péssimos reservatórios de petróleo, em função da facilidade de dissolução e reprecipitação do carbonato de cálcio das rochas durante a diagênese, o que causa a diminuição de porosidade.
a porosidade de um reservatório siliciclástico diminui com o selecionamento dos grãos e com sua maturidade, portanto, os arenitos arcoseanos, formados em depósitos de barras de rios entrelaçados em ambientes semiáridos, têm pior probabilidade de formar bons reservatórios do que os arenitos líticos de leques aluviais em regiões vulcânicas.
a porosidade primária dos reservatórios siliciclásticos é controlada, em grande parte, pelo ambiente deposicional, enquanto a porosidade secundária é resultante das modificações das condições climáticas durante a deposição.
a intensidade e a orientação das fraturas, nos reservatórios fraturados, são importantes fatores no controle da permeabilidade, pois afetam a isotropia dos reservatórios.
catagênese ocorre na fase inicial de maturação da matéria orgânica, quando há formação de metano, por processos abióticos e por decomposição bacteriana da matéria orgânica.
catagênese ocorre nas condições existentes no campo C da figura, sendo a fase final de maturação da matéria orgânica, quando inicialmente é gerado o gás e, posteriormente, o petróleo.
metagênese ocorre na fase final de maturação da matéria orgânica, como ilustrado no campo C, que culmina com a formação da grafita.
metagênese ocorre sob condições de baixa temperatura e pressão, gerando principalmente hidrocarbonetos com alta razão hidrogênio/carbono, conforme as condições existentes no campo A da figura.
liberação de metano, dióxido de carbono e água ocorre durante a diagênese sob as condições ilustradas no campo B da figura.
a migração primária é o deslocamento do hidrocarboneto entre a rocha geradora e a rocha reservatório, como indicado pelas setas grandes e brancas na figura.
as acumulações de óleo e gás geralmente estão estratificadas, indicando que inicialmente o gás e posteriormente o óleo foram expulsos da rocha geradora.
a migração secundária entre a rocha geradora e a armadilha de acumulação de hidrocarbonetos só acontece após eventos de deformação que permitem a formação de novas rotas de migração de óleo e gás, como indicado pelas setas pequenas na figura.
a migração secundária dentro do reservatório promove a acumulação de óleo na armadilha.
com o soterramento progressivo e a maturação do querogênio há, inicialmente, a formação de óleo e, posteriormente, de gás, promovendo a migração primária do óleo e a migração secundária do gás em direção à armadilha.
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