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Segundo o texto de Alquié, é correto afirmar:
A ontologia de Berkeley o leva ao ceticismo, já que nega a existência da matéria e a validade das idéias gerais e abstratas.
As duas definições propostas por Berkeley implicam a recusa da noção metafísica de matéria e da filosofia da representação.
Para Berkeley, todo espírito percebe alguma coisa e, portanto, é forçoso admitir a existência da matéria.
Berkeley concede um estatuto problemático à existência dos objetos da percepção, pois, para ele, o referente de nossas percepções é sempre indeterminável.
A ontologia de Berkeley o inscreve na filosofia da representação, pois nossas percepções devem sempre corresponder a algo existente fora da mente.
A partir do texto supracitado, é correto afirmar que o ateísmo de Nietzsche
é apenas um corolário de sua análise da moral, não desempenhando nenhum papel central em sua filosofia.
visa apenas a desconstruir a idéia de dever, sem realmente preocupar-se com a crítica à idéia de Deus.
antecipa o marxismo, uma vez que, nele, a gênese do dever moral é situada nas relações entre comprador e vendedor.
não implica uma mudança completa da moral, pois fica intacto o estatuto positivo para o dever.
desempenha um papel estruturante em sua filosofia, uma vez que ele é um requisito para a emancipação da vontade.
O trecho acima resume as linhas gerais da análise que o fenomenólogo Merlau-Ponty faz da percepção e, mais especificamente, da noção de "sensação", cara à filosofia moderna. A partir dele é correto inferir que:
Merleau-Ponty retoma integralmente a noção moderna de sensação adaptando-a sutilmente ao quadro conceitual da fenomenologia.
Merleau-Ponty nega a noção moderna de sensação, pois, para ele, não há percepção "pura" e toda a percepção inclui a apreensão de relações.
Para Merleau-Ponty a noção de sensação dos modernos é apenas um erro de linguagem sem maiores conseqüências.
Para Merlau-Ponty a percepção tem início com impressões sensíveis puras, desconectadas e sem relações umas com as outras.
Para Merleau-Ponty nossas sensações são dadas isoladamente à percepção e as relações entre elas são estabelecidas a posteriori pela imaginação e pela fantasia.
A passagem acima refere-se a mathesis universalis que Descartes pretendia fundar e que influenciou intensamente o racionalismo moderno. A partir do mesmo texto, é correto afirmar que a disciplina a que Descartes se refere
é aplicável apenas aos objetos da matemática, como grandezas numéricas e figuras geométricas.
é a somatória dos métodos e resultados da aritmética e da geometria.
tem escopo bastante restrito, limitando-se apenas a objetos que podem ser traduzidos em números.
tem escopo de validade irrestrito, estendendo-se a todos os objetos da razão humana.
deriva suas proposições da observação, da experimentação e da generalização por indução.
Desta maneira, a evolução não é uma simples eclosão, sem esforço e sem luta, como a da vida orgânica, mas o trabalho duro e persistente sobre si mesmo. Por outro lado, não é uma evolução no sentido formal do termo, mas a produção de um fim com um determinado conteúdo. Este fim, definimo-lo desde o início: é o Espírito tal como ele é na sua essência, o conceito de liberdade.
É correto afirmar que o texto acima é um claro exemplo de uma filosofia
da história teleológica e idealista.
da história materialista e dialética.
da história fenomenológica e existencialista.
política fundada no jusnaturalismo contratualista.
política moderna e liberal.
Dada essa definição de ciência que Aristóteles nos fornece nos Segundos Analíticos, é correto afirmar que, para ele, o conhecimento científico é sempre relativo
à opinião.
ao contingente.
ao necessário.
à moral.
às matemáticas.
A passagem acima descreve a teoria do filósofo da ciência Thomas Kuhn que procura explicar os movimentos de transformação pelos quais passam as diversas ciências. A partir dele, devemos inferir que Kuhn é partidário
da tese segundo a qual a ciência progride e evolui constante e continuamente ao longo de sua história.
da tese segundo a qual as grandes transformações científicas resultam de rupturas radicais com quadros conceituais e procedimentos previamente existentes.
da tese segundo a qual a história da ciência é um continuum, no qual cada nova teoria pode ser considerada como um desdobramento lógico das precedentes.
da tese segundo a qual o essencial para o progresso da ciência é o desenvolvimento de métodos e a aquisição de novas tecnologias que tornem a observação mais precisa.
do positivismo, pois considera a ciência como um conjunto de conhecimentos testáveis empiricamente que progride cumulativamente ao longo da história.
O contratualismo esteve entre as posições dominantes da filosofia política moderna.
A idéia de um contrato social que assegure a instituição de um estado liberal é característica de
Maquiavel.
Hobbes.
Hume.
Descartes.
Locke.
O texto acima resume bem o espírito inquiridor do Século das Luzes. Com base em sua leitura, é correto afirmar:
O Iluminismo submete toda instituição, saber e crença à crítica racional, mas preserva intacta a religião.
O Iluminismo submete todo conhecimento e todas as instituições a um exame livre e público, mas deixa intocada a legislação.
Para o Iluminismo apenas a legislação e a religião são dignos de um exame crítico detido.
Para o Iluminismo nenhum objeto deve escapar a um exame crítico, livre e público realizado pela razão.
O Iluminismo, em sua crítica irrestrita à religião e à legislação, leva ao ateísmo e antecipa posições do anarquismo.
O texto de Montaigne sintetiza uma das posições mais presentes nos debates acerca da religião ocorridos na Europa do XVI. Trata-se
de uma forma de ateísmo que reúne provas da inexistência da divindade a partir da constatação das fraquezas e limitações do entendimento humano.
do ceticismo puro e simples que parte da constatação da fraqueza de nossas faculdades para afirmar a necessidade de suspendermos o juízo acerca de todos os objetos da razão.
do fideísmo, uma forma de validar a fé e a revelação religiosa a partir da constatação das limitações e fraquezas do entendimento humano.
do teísmo que recolhe, na ordem da natureza e na estrutura de nossas faculdades, elementos que sirvam como prova da existência de Deus.
de uma exposição pura e simples da ortodoxia cristã baseada unicamente na revelação e na autoridade da Igreja.
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