Questões de Fonoaudiologia do ano 2013

A deglutição normal

• A.

  inicia-se logo após o nascimento e é composta pelas fases preparatória, orofaríngea e esofágica.

• B.

  é uma função inconsciente e aprendida, tendo como centro de controle neurológico o corpo caloso.

• C.

  especificamente no estágio preparatório oral, independe da mastigação e é caracterizada pela posteriorização da língua.

• D.

  tem seu reflexo disparado pelo toque da base da língua na epiglote.

• E.

  pode ser disparada por diferentes centros nervosos, não necessitando da participação do córtex cerebral para os estágios faríngeo e esofágico.

Assinale a alternativa correta.

• A.

  Para a correta avaliação do processamento auditivo central, é necessário que a função da orelha interna esteja normal.

• B.

  Os efeitos dos fatores massa, rigidez e atrito (resistência) relacionam-se para resultar na impedância final.

• C.

  A hipertrofia das tonsilas palatinas (amígdalas) é causa direta das perdas auditivas neurossensoriais.

• D.

  A função da orelha média é transformar a energia sonora em impulsos nervosos.

• E.

  A maioria da informação transmitida ao cérebro origina- se nas células ciliadas externas.

Nos casos de fissuras labiopalatinas,

• A.

  o grau de inabilidade de sucção ao seio materno está diretamente relacionado ao tipo de fissura.

• B.

  os distúrbios articulatórios compensatórios devem ser corrigidos após a intervenção cirúrgica da insuficiência velofaríngea.

• C.

  as fissuras pré-forame incisivo e as submucosas ocultas acarretam problemas alimentares mais graves que os demais tipos de fissuras.

• D.

  os exercícios de sopro intensivos isolados são a forma mais indicada para adequar a articulação da fala.

• E.

  o uso de chupeta, mesmo a ortodôntica, é contraindicado, pois favorece a posteriorização e a hipotonia da língua.

A disfagia orofaríngea

• A.

  é um distúrbio caracterizado por alterações na fase oral ou faríngea da deglutição, podendo ser congênita ou adquirida, porém de caráter exclusivamente neurológico.

• B.

  é causada por doenças degenerativas que acometem o sistema nervoso central e se caracteriza principalmente por apresentar alterações na fase esofágica da deglutição.

• C.

  nos casos de acidente vascular encefálico é caracterizada pelo aumento na sensibilidade laríngea e no reflexo de tosse, sendo menos frequente e grave nos primeiros dias pós-acidente vascular encefálico.

• D.

  mecânica é causada pela perda sensorial e/ou muscular de estruturas responsáveis pela deglutição fisiológica normal, sendo que, geralmente, o controle neurológico central e de nervos periféricos está intacto.

• E.

  de grau leve é caracterizada pela ocorrência de estase em recessos faringeais com sinais sugestivos de penetração laríngea e pequena quantidade de material aspirado, além de pneumonias esporádicas.

A técnica vocal do bocejo promove

• A.

  abaixamento do véu palatino, afastamento das pregas vocais e aumento do diâmetro da laringe.

• B.

  aproximação das bandas ventriculares e hiperconstrição glótica.

• C.

  relaxamento da base da língua e encurtamento do trato vocal.

• D.

  aumento da projeção vocal por meio da hiperextensão do músculo tireoaritenóideo.

• E.

  abaixamento da laringe, elevação velar e alongamento do trato vocal.

A disartria atáxica é uma alteração motora da fala classicamente associada com lesões encefálicas envolvendo o cerebelo ou suas conexões. Além da disartria e da ataxia, seus sinais clínicos incluem

• A.

  hipertonia e perda auditiva severa.

• B.

  voz pastosa e aumento na movimentação da língua.

• C.

  espasticidade e hipercinesia.

• D.

  hipotonia, monoaltura e monointensidade.

• E.

  aumento da velocidade de fala e voz fluída.

A avaliação do processamento auditivo central normalmente é indicada quando a criança apresenta

• A.

  alterações visuoespaciais.

• B.

  paralisia facial súbita.

• C.

  dificuldades escolares.

• D.

  síndrome de Asperger.

• E.

  disfonia espasmódica.

Na afasia de Wernicke, a compreensão da linguagem oral

• A.

  está gravemente comprometida, o discurso é fluente e abundante e a fala é logorréica e jargonafásica.

• B.

  está preservada, e o discurso é pobre e marcado por graves alterações na articulação da fala.

• C.

  e escrita está normal, e a fala é marcada pela presença de muitos substantivos e verbos.

• D.

  está relativamente preservada, a fluência da fala é alterada e a escrita está íntegra.

• E.

  está alterada, o paciente não se dá conta de seu déficit e a fala é lenta e realizada com grande esforço devido à fraqueza muscular.

Considerando-se a intervenção fonoaudiológica no recém- -nascido, pode-se afirmar que

• A.

  a eletronistagmografia é uma avaliação objetiva de baixo custo e fácil aplicabilidade, sendo o teste mais recomendado para o diagnóstico das perdas auditivas de origem neural associadas à vestibulopatias.

• B.

  a estimulação do sistema sensório motor oral é ineficaz no recém-nascido pequeno para a idade gestacional (RNPIG), uma vez que a coordenação sucção/deglutição/ respiração encontra-se seriamente comprometida.

• C.

  os recém-nascidos pré-termo, devido à sua imaturidade neurológica, podem apresentar alteração nos resultados da avaliação do potencial evocado auditivo de tronco encefálico (PEATE).

• D.

  a introdução da alimentação via oral é a maneira mais segura e eficaz para a estimulação da sucção nos recém- nascidos pré-termo, pois permite rapidamente que o bebê supere suas dificuldades de sucção/deglutição.

• E.

  a triagem auditiva neonatal (TAN) deve ser efetuada por meio do exame de audiometria de tronco cerebral, conhecido como “teste da orelhinha”, devendo ser realizado entre o sexto e nono mês de vida.

Criança de quatro anos portadora de ceceio anterior durante a articulação dos sons [s] e [z]. Durante a avaliação, foi verificada normalidade dos aspectos ósseo, oclusal e muscular. As demais funções de respiração, sucção, mastigação e deglutição estão normais. A conduta mais apropriada a ser adotada nesse momento é

• A.

  sugerir aos pais avaliação psicológica.

• B.

  reavaliar a criança a cada seis meses até o nascimento dos quatro primeiros molares definitivos para melhor acomodação da língua na cavidade oral.

• C.

  começar a fonoterapia imediatamente.

• D.

  encaminhar para avaliação otorrinolaringológica e neurológica.

• E.

  solicitar aos pais que digam constantemente para a criança falar com a língua mais para trás, evitando que o hábito inadequado permaneça para sempre.