Questões de Geografia do ano 2016

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A abordagem neopositivista na Geografia vinculou a noção de região ao funcionalismo, vendo o espaço como um sistema de fluxos em que cada parcela ou subsistema desempenha um conjunto específico de funções. Funda-se, então, a distinção entre as regiões homogêneas ou uniformes e as regiões funcionais ou polarizadas.

Adaptado de: HAESBAERT, R. Regional-global: dilemas da região e da regionalização na geografia contemporânea. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010

Diferentemente das regiões funcionais, as regiões homogêneas:

  • A. baseiam-se nos princípios de coesão e fluidez;
  • B. constituem-se a partir de fenômenos reticulares;
  • C. definem-se a partir da hierarquização de polos;
  • D. distinguem-se pelas relações de complementaridade;
  • E. configuram-se espacialmente em áreas ou zonas.

Na organização do espaço urbano brasileiro na contemporaneidade, observa-se uma expansão impulsionada por duas lógicas, a da localização dos empregos nos núcleos das aglomerações e a da localização das moradias nas áreas periféricas. A incorporação de novas áreas residenciais, o aumento da mobilidade e a oferta de transporte eficiente favorecem a formação de arranjos populacionais de diferentes magnitudes que aglutinam diferentes unidades espaciais.

Adaptado de: IBGE. Arranjos populacionais e concentrações urbanas no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2015. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) identificou 294 arranjos populacionais no País, formados por 938 municípios e que representam 55,9% da população residente no Brasil em 2010.

Os critérios utilizados na identificação dos arranjos populacionais empregam a noção de integração, medida:

  • A. pelos movimentos pendulares para trabalho e estudo e/ou pela contiguidade urbana;
  • B. pelas funções urbanas e/ou pelo rendimento dos responsáveis por domicílio;
  • C. pelos fluxos telefônicos e/ou pelas unidades locais das empresas de serviços à produção;
  • D. pela densidade demográfica e/ou pela estrutura da População Economicamente Ativa;
  • E. pelo tamanho populacional e/ou pelo fluxo de bens, mercadorias, informações e capitais.

A rede urbana brasileira convive atualmente com um padrão espacial do tipo clássico, em que a hierarquia entre as cidades é bem definida, e um padrão urbano em que algumas cidades, de maior dinamismo, graças à maior eficiência das comunicações, subvertem as noções de hierarquia e de proximidade entre cidades. Cidades com redes técnicas avançadas estão “próximas” a cidades muito distantes, enquanto que cidades vizinhas, em que as redes técnicas são deficientes, mantêm fracas relações entre si. A revolução tecnológica torna as redes urbanas cada vez mais diferenciadas e complexas.

O padrão dominantemente não hierarquizado pode ser observado:

  • A. na estrutura das redes de gestão pública;
  • B. na distribuição de bens e serviços centrais;
  • C. nos fluxos baseados em especializações produtivas;
  • D. nas conexões determinadas pela gestão empresarial;
  • E. na direção dos movimentos pendulares para trabalho.

O mapa abaixo mostra a dispersão das cidades de porte médio no Brasil, em 2010.

De acordo com a classificação adotada para a elaboração do mapa acima, as cidades de porte médio correspondem às sedes dos municípios cuja população urbana se situa entre 100 mil a 500 mil habitantes.

Um dos fenômenos indutores da difusão de cidades de porte médio no Brasil a partir da década de 1970 foi:

  • A. a desconcentração industrial;
  • B. o remembramento municipal;
  • C. a dissolução das Regiões Metropolitanas;
  • D. o esgotamento da fronteira amazônica;
  • E. o crescimento negativo das metrópoles.

Considerando a repartição espacial dos diferentes tipos de tecnologia de acesso fixo à internet no Brasil, observa-se que:

  • A. o acesso por meio de fibra ótica é o mais difundido no país, porém apresenta um forte efeito de fronteira em relação às regiões Sul e Centro-Oeste, em razão da baixa qualidade do serviço;
  • B. o acesso via satélite encontra-se pulverizado em praticamente todo o país, mas, em termos percentuais, constitui a tecnologia preferencial em alguns estados da região Norte;
  • C. o acesso por meio de rádio está concentrado nas regiões metropolitanas do Centro-Sul, porém se estende ao longo do litoral, de sul a nordeste, não alcançando as áreas interiores do território;
  • D. o acesso por meio da rede de telefonia fixa efetiva uma proporção baixa de conexões, pois se localiza, prioritariamente, nas capitais estaduais e regiões metropolitanas;
  • E. o acesso por meio da tecnologia de cabeamento não apresenta concentrações específicas, pois é mais adequado às áreas isoladas ou com entraves técnicos para o uso das tecnologias mais difundidas.

Em 2014, o IBGE publicou um estudo sobre as ligações aéreas no Brasil, com dados de 2010. Entre as conclusões do estudo, destaca-se que: 

* Existem ligações entre a maioria das cidades brasileiras que possuem aeroportos. A princípio, de qualquer cidade com aeroporto é possível acessar a outra, já que são poucos os centros que necessitam de mais de um passo para se ligar com as demais cidades da rede. 

* A ligação das seis metrópoles mais populosas do país com São Paulo era responsável por mais de 25% do total de passageiros transportados. 

* Em geral, as viagens para cidades menores e mais periféricas tendem a ser mais longas e apresentar custo mais elevado.

As conclusões acima descrevem três aspectos da estrutura da rede de transporte aéreo brasileira. Esses aspectos são, respectivamente:

  • A. fraca centralidade; primazia; extensão variável;
  • B. baixa conectividade; difusão; amplitude variável;
  • C. alta concentração; assimetria; mobilidade desigual;
  • D. forte centralidade; concentração; mobilidade parcial;
  • E. alta conectividade; polarização; acessibilidade desigual.

A partir da década de 1970, o aprofundamento da globalização reestrutura o espaço econômico mundial, dando a ele uma feição de arquipélago cujos centros produtivos mais competitivos são interconectados por redes logísticas multiescalares. Nesse processo, as atividades portuárias são submetidas à adoção de novos padrões de organização e localização. A sincronização da produção, do transporte e da distribuição insere os portos em arquiteturas logísticas organizadas segundo princípios de flexibilidade operacional e de minimização das rugosidades espaciais e funcionais.

Adaptado de: MONIÉ, F. e VASCONCELOS, F. “Evolução das relações entre cidades e portos: entre lógicas homogeneizantes e dinâmicas de diferenciação”, Confins [Online], n. 15, 2012

Entre as mudanças observadas nos padrões de organização e localização das atividades portuárias nas últimas décadas, com reflexos no território brasileiro, destaca-se uma tendência à:

  • A. polarização dos fluxos de commodities pelos portos generalistas;
  • B. ampliação da associação espacial e funcional entre cidade e porto;
  • C. expansão da área retroportuária para os centros antigos das cidades;
  • D. concentração das estações de desembaraço aduaneiro na zona portuária;
  • E. regionalização das atividades tradicionalmente realizadas nos retroportos.

A navegação interior é aquela realizada em hidrovias de percurso nacional (estadual ou interestadual) ou internacional. A tabela abaixo apresenta as quantidades transportadas, em toneladas, nos principais corredores hidroviários do país, para o ano de 2014.

Dentre os perfis de carga transportados na navegação interior brasileira, há uma predominância de:

  • A. cargas gerais;
  • B. animais vivos;
  • C. granéis sólidos;
  • D. madeira em tora;
  • E. cargas conteinerizadas.

A tabela abaixo apresenta a população residente autodeclarada indígena e sua variação relativa, segundo as grandes regiões brasileiras, de acordo com os Censos Demográficos de 1991, 2000 e 2010:

Para muitos estudiosos, o crescimento da população autodeclarada indígena registrado nas últimas décadas se deve, em grande medida, ao fenômeno da etnogênese, que consiste:

  • A. no aumento das taxas de fecundidade da população indígena, que se aproximam daquelas registradas entre não indígenas;
  • B. na contabilização de indivíduos declarados como indígenas após o contato com povos isolados assentados em territórios não explorados;
  • C. no incremento dos fluxos migratórios de comunidades dispersas nas áreas urbanas para aldeamentos rurais delimitados;
  • D. na assunção ou recriação por povos indígenas de suas tradições após um período de ocultamento ou negação de suas identidades;
  • E. no aumento da tutela estatal e da assimilação cultural das sociedades indígenas por meio da demarcação de suas terras.

A estrutura etária da população brasileira tem passado por transformações profundas, sobretudo a partir da década de 1980, como se pode observar nos gráficos a seguir:

Um dos fenômenos resultantes das alterações acima ilustradas é o chamado bônus demográfico, período no qual se observa a diminuição substancial do peso da população considerada inativa sobre a população potencialmente ativa, ou disponível para as atividades produtivas. No caso brasileiro, o bônus demográfico, que deve ocorrer ao longo das primeiras décadas do século XXI, está associado:

  • A. à diminuição da razão de dependência de crianças;
  • B. ao declínio da proporção de idosos na população;
  • C. ao acréscimo das taxas brutas de mortalidade infantil;
  • D. à redução da expectativa de vida ao nascer da população;
  • E. à elevação das taxas de fecundidade de mulheres jovens.
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