Questões de Geografia do ano 2016

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Observe a figura a seguir:

A figura e o texto acima tratam das mudanças recentes na dinâmica de integração física e produtiva no entorno da região metropolitana de São Paulo. O deslocamento de instalações industriais para o interior do estado de São Paulo, assim como a intensificação das interações e das trocas econômicas entre as cidades, podem ser mais bem compreendidas pelo conceito de:

  • A. metropolização;
  • B. megacidade;
  • C. rurbanização;
  • D. cidade-região;
  • E. conurbação.

Apenas os países que sustentam vantagens competitivas relevantes nas etapas de criação, design, marketing e coordenação da cadeia de produção e distribuição da indústria calçadista conseguem manter um papel ativo na cadeia de valor, enquanto os países que produzem calçados com base em custos de produção baixos (principalmente mão de obra) tendem a perder competitividade.

O deslocamento geográfico da indústria de calçados no mundo é coerente com a dinâmica da concorrência nas cadeias produtivas, cuja competitividade depende de esforços no desenvolvimento dos canais de marketing, dado que a esfera da comercialização é o principal espaço de agregação de valor. Adaptado de: GUIDOLIN, S. et al. Indústria calçadista e estratégias de fortalecimento da competitividade. BNDES Setorial 31, 2010.

A indústria calçadista vem passando por transformações significativas no seu padrão de concorrência. Nas últimas décadas, registrou-se uma perda relativa da importância do baixo custo salarial como determinante da competitividade do setor, em favor de fatores como qualidade, design e prazos de entrega. As mudanças tecnológicas são incrementais. O setor se moderniza por etapas, dada a característica descontínua do processo de produção. As fases de costura e montagem ainda são muito artesanais, demandando muita habilidade da mão de obra e com isso, limitando o processo de automação, facilitando a entrada de microempresas. Devido ao forte conteúdo artesanal e fragmentação no processo produtivo, mundialmente a indústria de calçados tem características de produção localizada, estimulando, com isso, as aglomerações geográficas.

Adaptado de: GORINI, A. et al. A indústria calçadista de Franca. BNDES – Setor de calçados. 2000.

Os textos acima apontam para mudanças no setor industrial calçadista, no qual o Brasil possui uma posição de destaque, sendo o terceiro maior produtor mundial. Apresentam também diferentes aspectos de sua organização espacial.

A principal mudança no sistema de produção do setor calçadista e os aspectos de sua organização espacial destacados nos textos são, respectivamente:

  • A. a busca por baixos custos de produção; a formação de arranjos produtivos locais e a consolidação de polos de desenvolvimento;
  • B. a valorização das etapas criativas da produção; a estruturação de cadeias produtivas globais e a formação de clusters;
  • C. a automação das etapas produtivas; a exportação das indústrias com mão de obra intensiva e a estruturação de cadeias produtivas globais;
  • D. a concentração das diversas etapas da produção; a consolidação de polos de desenvolvimento e a formação de clusters;
  • E. o fortalecimento da manufatura; a exportação das indústrias com uso de trabalho humano intensivo e a formação de arranjos produtivos locais.

A extensa faixa localizada no nordeste de São Paulo e no oeste dos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, constitui uma das mais significativas áreas de especialização, domínio e predomínio agrícola no País, destacando-se cultivares de soja e milho, além de feijão, laranja, amendoim, trigo, girassol e cana-de-açúcar.

Entre os anos de 1996 e 2006, datas de realização dos dois últimos censos agropecuários, foi registrada uma intensificação da ocupação agrícola em toda esta área. Em conjunto, os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul registraram um acréscimo de cerca de 3,2 milhões de hectares em áreas de lavoura.

Adaptado de: IBGE. Censo Agropecuário 2006 – segunda apuração. Rio de Janeiro: IBGE, 2012.

O aumento nas áreas de lavouras verificado nesses estados no período intercensitário foi acompanhado pelo decréscimo das áreas de:

  • A. pastagens;
  • B. conservação;
  • C. matas naturais;
  • D. extrativismo vegetal;
  • E. cultivos permanentes.

O gráfico 1 apresenta a dispersão geográfica das multinacionais brasileiras no mundo. O gráfico 2 apresenta a década da primeira internacionalização das empresas brasileiras.

Entre os fatores que explicam a dinâmica de internacionalização das empresas brasileiras nas últimas décadas, está:

  • A. a abertura econômica para as empresas brasileiras atuarem no mercado regional sul-americano na década de 1970;
  • B. a assinatura de tratados de livre comércio do Mercosul com outros blocos econômicos, como o NAFTA e a União Europeia;
  • C. as políticas protecionistas, que restringem a entrada de produtos estrangeiros, mas incentivam a internacionalização das empresas nacionais;
  • D. a criação de linhas de crédito voltadas especificamente para a internacionalização produtiva de empresas brasileiras desde a década de 1980;
  • E. a abertura da economia brasileira, a partir da década de 1990, criou condições para a internacionalização das empresas brasileiras.

A estrutura regional que caracterizava o Brasil nos anos 1960, resultante da industrialização, era constituída por três grandes unidades: a área core e sua periferia integrada, as periferias deprimidas e a fronteira de recursos. A diferenciação interna da região Centro-Sul em área core e periferia indicava a tendência de especialização regional no quadro de uma sociedade industrial.

Adaptado de: BECKER, B. e EGLER, C. Brasil: uma nova potência regional na economia-mundo. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994.

Considerando a área core e sua periferia integrada no final da década de 1960, observa-se que:

  • A. a região dos grandes complexos industriais da metrópole paulistana era circundada por uma faixa que apresentava uma economia agrária tradicional;
  • B. a área sob influência do Rio de Janeiro apresentava forte dinamismo agrícola com importante diversificação após a decadência das plantações de café;
  • C. a região de mineração e metalurgia no centro de Minas Gerais apresentava uma produção fabril diversificada, com o estabelecimento de outros gêneros de indústria;
  • D. a Zona da Mata mineira, o estado do Espírito Santo, e o norte do estado do Rio de Janeiro configuravam uma área de desenvolvimento dinâmico próxima da área core;
  • E. a região Sul apresentava estagnação do setor agropecuário e de exportação de alimentos devido ao fraco desenvolvimento de seu parque industrial.

Dois importantes fenômenos têm chamado atenção no setor financeiro nos anos recentes. O primeiro corresponde ao desenvolvimento dos mercados de microfinanças e ao crescente número de operações de microcrédito. O segundo está relacionado ao enorme crescimento verificado no uso dos correspondentes bancários como canal de atendimento dos bancos.

Adaptado de: DINIZ, E. Correspondentes bancários e microcrédito no Brasil: tecnologia bancária e ampliação dos serviços financeiros para a população de baixa renda. Relatório FGV Pesquisa. 2010.

O crescimento das operações de microcrédito e dos correspondentes bancários no Brasil são explicadas, respectivamente, pelo(a):

  • A. ampliação do acesso às redes de telecomunicação e democratização do acesso a serviços bancários;
  • B. crescimento extensivo das cidades e diminuição da informalidade no mercado de trabalho;
  • C. crescimento do número de bancos públicos e aumento da renda média da população;
  • D. ampliação do número de agências bancárias em cidades pequenas e ampliação da inadimplência;
  • E. aumento do número de bancos transnacionais e maior concentração da renda pelos responsáveis por domicílios.

Na transição do século XIX/XX, o crescimento do Rio de Janeiro, então capital federal, dependia imensamente da provisão de carvão fornecido pelas florestas da mata atlântica. Com a abolição da escravatura, os ex-escravos, quilombolas e pequenos agricultores viram no fabrico de carvão uma atividade possível. Junto com os lenhadores, os carvoeiros penetravam por toda a parte nas serranias do Rio de Janeiro, onde não se tinham estabelecido os sitiantes. Uma pesquisa feita na floresta do maciço da Pedra Branca revelou a existência de 35 ruínas de moradias e 185 platôs de antigas carvoarias. No entanto, apesar do grande desmatamento realizado pelos carvoeiros e lenhadores, a floresta voltou graças à eficiente sucessão ecológica. No entanto, a paisagem florestal ainda guarda outro tipo de vestígio dessa ancestral relação que se manifesta em sua estrutura e composição florística. No ecossistema, observa-se a presença de espécies exóticas de uso ritual, como o comigo-ninguém-pode e a espada-de-são-jorge. Destaca-se também a presença de figueiras que, por questões culturais, foram mantidas intactas quando da derrubada da floresta para a implantação de roçados.

Adaptado de: OLIVEIRA, R. A paisagem como esconderijo: invisibilidade social e florestas urbanas do Rio de Janeiro do século XIX. In: Ferreira et al (org). Metropolização do espaço: gestão territorial e relações urbano-rurais. Rio de Janeiro: Consequência, 2013, p. 519-526.

O texto acima destaca um procedimento metodológico caro à Geografia Cultural, que consiste em:

  • A. identificar os padrões espaciais da distribuição das formas físicas que compõem uma determinada paisagem;
  • B. compreender as relações hierárquicas estruturantes dos grupos humanos que interagem com a floresta;
  • C. inventariar as formas concretas resultantes da interação entre atividades humanas e processos naturais;
  • D. evidenciar as concepções e julgamentos do pesquisador acerca da natureza e das atividades humanas;
  • E. levantar a iconografia disponível para identificar como os grupos sociais evocam sua relação com a natureza.

A resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas intitulada “O futuro que queremos” data de 2012 e se inscreve no âmbito da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). O documento reconhece que cidades bem planejadas e construídas podem fomentar sociedades sustentáveis em termos econômicos, sociais e ambientais. Nesse sentido, as formas e os usos urbanos foram considerados como dimensões a serem repensadas e planejadas.

Para tornar as cidades ambientalmente sustentáveis, o documento “O futuro que queremos” preconiza:

  • A. a desdensificação das áreas centrais;
  • B. a supressão gradual de espaços livres;
  • C. o adensamento da franja rural-urbana;
  • D. a remoção de assentamentos informais;
  • E. o incentivo ao uso misto do solo urbano.

A estimativa das emissões de origem antrópica dos gases associados ao efeito estufa constitui um importante indicador do desenvolvimento sustentável. Muitos especialistas consideram o aumento do dióxido de carbono (CO2) na atmosfera como o principal responsável pela intensificação do efeito estufa. Os padrões de emissão diferem entre os países em termos dos setores responsáveis pelas emissões e de sua evolução. O gráfico abaixo apresenta a evolução das estimativas anuais de emissão de dióxido de carbono (CO2), segundo os três principais setores de emissão, no Brasil.

O setor que mais contribuiu para a emissão de CO2 no período e um fator responsável pela queda de sua participação a partir de 2004 são, respectivamente:

  • A. processos industriais; decréscimo da produção do minério de ferro;
  • B. processos industriais; extinção da produção e do uso de barrilha;
  • C. energia; incentivo ao desenvolvimento de fontes de energia alternativa;
  • D. mudanças no uso da terra e florestas; redução das taxas de desmatamento na Amazônia;
  • E. tratamento de resíduos; diminuição da prática de queima de lixo domiciliar nas áreas rurais.

O estudo dos riscos constitui uma importante ferramenta para a prevenção e a mitigação dos efeitos dos desastres. Esse estudo leva em consideração duas dimensões: a existência de ameaças e a vulnerabilidade.

Nas análises tradicionais de risco, a vulnerabilidade é mensurada a partir:

  • A. da abrangência espaço-temporal dos desastres no interior das zonas de risco;
  • B. dos danos potenciais de uma ameaça sobre pessoas, bens e ambientes;
  • C. dos efeitos multiplicadores decorrentes das formas de ocupação do solo;
  • D. da magnitude das perdas humanas que sucedem os eventos catastróficos;
  • E. da probabilidade de ocorrência de processos naturais não constantes.
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