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"(...) se procura fazer a colônia de Mato Grosso tão forte e poderosa que contenha os vizinhos em respeito e organize a administração." (Conselho Ultramarino)
A partir do texto acima, pode-se afirmar que a criação da capitania de Mato Grosso, em 1748, está ligada ao interesse português em:
garantir a posse da região que pertencia a Portugal desde a assinatura do Tratado de Tordesilhas (1494), mas que fora relegada a segundo plano durante os séculos XVI e XVII;
afirmar o poderio da Coroa portuguesa na região após o fracasso do empreendimento do donatário da capitania de Minas Gerais que englobava a região matogrossense;
consolidar o domínio no território a oeste da linha de Tordesilhas, conquistado e ocupado pelos colonos portugueses, evitando o avanço das missões jesuíticas espanholas sobre essas terras;
combater os sucessivos conflitos entre colonos portugueses e os comerciantes espanhóis que desde meados do século XVII pretendiam explorar as riquezas da floresta;
neutralizar a ação dos comerciantes franceses, pois desde o fim da França Equinocial faziam investidas sobre a região mato-grossense com o objetivo de aí instalar uma nova colônia.
Nas décadas de 80 e 90, as áreas de Cerrado, do estado de Mato Grosso, passaram por um grande crescimento agrícola. A cultura que teve maior destaque nesse período foi:
o algodão;
o milho;
a laranja;
o arroz;
a soja.
Uma das vertentes do fazer histórico que mais vem sendo desenvolvida nos últimos anos reporta-se à reconstituição dos indícios de resistência sócio-política, culturalmente inscritos. Com base nestes estudos, é possível afirmar, a respeito do regime ditatorial instaurado em 1964, que:
I- Com a vigência do AI-5, a partir de 1968, intensificouse a violência repressiva e a censura a qualquer manifestação cultural tornou-se cotidiana.
II- O regime ditatorial estabeleceu uma ordem autoritária pouco institucionalizada, com regras cambiantes, mantendo distorcidas instituições e liturgias próprias do sistema democrático.
III- O regime buscou estabelecer sua legitimidade através de uma intensa propaganda do crescimento econômico, com uma linguagem técnica que exaltava a modernização.
A(s) afirmativa(s) historicamente correta(s) é/são somente:
A música e a literatura foram duas expressões relevantes para a configuração identitária dos afro-descendentes no Brasil. Algumas dessas manifestações, por denunciarem as condições de vida cotidianamente enfrentadas por esses segmentos, em paralelo à valorização dos elementos não-brancos da sociedade, suscitaram, ainda que implicitamente, uma leitura política da realidade. Pode(m) ser considerada(s) como exemplo desta cultura política de contornos afro-brasileiros a(s) seguinte(s) produção(ões) musical(is):
I- O maxixe, que dançado nos cabarés do Rio de Janeiro ao final do século XIX, estendeu-se com sucesso aos palcos do teatro de revista.
II- O lundu, citado no oitocentos como uma dança licenciosa, mas que neste mesmo século disseminou-se em saraus e bailes das casas grandes e dos sobrados.
III- A polca, que bastante apreciada nos salões imperiais, foi apropriada por diferentes camadas sociais, chegando a compor o repertório de sociedades carnavalescas.
Com o fim do Estado Novo, a intelligentsia brasileira buscou novas interpretações para a realidade. O Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB), fundado em 1955, tornou-se um dos mais destacados pólos deste debate intelectual. Assinale a alternativa que melhor define a matriz do pensamento isebiano:
a formulação de alternativas econômicas para a questão da produção agrícola, numa reafirmação da vocação agrária do Brasil;
a ponderação acerca do potencial industrial do Brasil e a necessidade de uma produção cultural que sustentasse um projeto nacional de longo alcance;
a reiteração acerca da necessidade de conciliação dos variados setores produtivos, numa perspectiva integradora da vida material e cultural da nação;
a reflexão acerca das contradições presentes na sociedade brasileira, consolidando uma visão dualista da questão nacional, entendida como a luta entre o setor arcaico e o setor moderno;
a afirmação da necessidade da construção de um Estado nacionalista, em que o engajamento político domina a produção cultural, cuja missão pedagógica é de conscientização e organização dos trabalhadores.
No estudo das ideologias constitutivas do pensamento social brasileiro da Primeira República, os discursos que entrecruzam religiosidade e poder têm sido elencados como novas fontes de investigação. Assim, com base nas pesquisas realizadas nos três últimos decênios, é possível afirmar que a maioria dos intelectuais católicos, geralmente recémconvertidos, assumiu uma postura político-cultural de cunho dogmático e proselitista, desdobrada numa concepção hierarquizante de ordem social. Contudo, um pequeno grupo de letrados mostrou-se favorável à discussão da questão social, abordada nas encíclicas de Leão XIII. Entre os autores representativos desta segunda tendência, pode ser citado:
Padre Júlio Maria, que em suas Conferências, proferidas desde 1895, afirmava ser possível a coexistência entre catolicismo e liberalismo civil e político
Jackson de Figueiredo, fundador da revista A Ordem, em 1921, na qual preconizava a "restauração" de uma sociedade idealizada, com culto ao passado e rejeição da mudança;
Alceu Amoroso Lima, que a partir de meados da década de 30, privilegiou a idéia de "liberdade" à "ordem", ainda que conferisse àquele vocábulo um sentido universalista;
Padre Leonel Franca, integrante do Conselho Nacional de Educação desde os anos 30, onde defendia o papel da religião na constituição de uma ética social;
Pandiá Calógeras, que tendo assumido os Ministérios da Guerra, da Agricultura e da Fazenda, foi indicado para presidente da Liga Eleitoral Católica em 1933.
Durante o período conhecido como "Grande Imigração", a utilização de mão-de-obra estrangeira no Brasil pode ser associada, em relação aos contextos externo e interno, aos seguintes fatores:
crescimento demográfico em fins do século XIX no contexto externo e falta de trabalhadores em função da abolição da mão-de-obra escrava no contexto interno;
rearranjo social com transformação de estruturas fundiárias no contexto externo e valorização do trabalhador estrangeiro, visto como mais racional e produtivo em comparação com o escravo liberto, no contexto interno;
disputas religiosas e/ou econômicas no contexto externo e baixa densidade populacional de algumas regiões no contexto interno;
desenvolvimento de uma cultura do trabalho associada a uma ética racionalista no contexto externo e necessidade de mão-de-obra livre objetivando o aumento da produtividade no contexto interno;
elaboração de uma prática de concentração fundiária expulsiva de mão-de-obra no contexto externo e prática de desconcentração fundiária receptiva de mão-de-obra no contexto interno.
A pesquisa histórica no Brasil tem diversificado as fontes utilizadas em sua investigação. Desta maneira, a produção de artistas plásticos, destacadamente de pintores, vem sendo inquirida acerca das representações do Brasil através delas configurada e veiculada. Assinale a alternativa cuja imagem, ao retratar os grupos populares dos séculos XIX e XX, atentou para o registro de suas especificidades culturais – constituindo-se, assim, num importante documento para a abordagem das identidades sociais –, mas de maneira diretamente subordinada à premissa iluminista-civilizatória:
Aldeia de Tapuias, Rugendas.
Os Invasores, Antônio Parreiras.
Caipira Picando Fumo, Almeida Júnior.
Criança Morta, Cândido Portinari.
Baile Popular, Di Cavalcanti.
A concepção de "tradição", circulante no imaginário brasileiro em associação ao ideário de nacionalidade, esteve perpassada, até um período bastante recente, por acentuada desqualificação, que sobrepunha traços de ausência de desenvolvimento econômico aos de atraso cultural. Em várias ocasiões, o poder público referendou esta concepção, interferindo com determinações legais e recursos financeiros para extirpação dos marcos do passado, em nome da modernidade. Indique a alternativa que exprime a atuação do Estado neste sentido:
O incêndio no Senado da Câmara, Rio de Janeiro, em 1790, com perda de grande parte da documentação existente.
A demolição do antigo prédio da Igreja da Candelária, erigido em 1630, Rio de Janeiro, com a inauguração de novo edifício, ainda inconcluso, em 1811.
O aterro da lagoa da Sentinela e dos pantanais de São Diogo, com a construção do Canal do Mangue, Rio de Janeiro, iniciado em 1857.
O fechamento do Cassino da Urca, Rio de Janeiro, em 1946, sendo o prédio ocupado a partir de 1950 pela TV Tupi.
A remoção da favela da Catacumba, próxima à Lagoa Rodrigo de Freitas, Rio de Janeiro, em 1969.
No contexto do período colonial, é correto afirmar que, no processo de conquista e colonização da Paraíba,
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