Questões sobre História Geral

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Em relação ao período compreendido entre 1957 e 1967, especialmente no que tange às disputas travadas entre Estados Unidos e União Soviética, assinale a alternativa INCORRETA.

    A) Tanto a União Soviética quanto os Estados Unidos estavam desenvolvendo um míssil balístico intercontinental (ICBM) capaz de carregar uma ogiva nuclear.

    B) Em outubro de 1957, a União Soviética lançou o primeiro satélite artificial no espaço, o Sputnik, que contornou o planeta Terra em apenas 95 minutos. Um mês depois, foi lançado o Sputnik II, colocado em órbita com um cachorro a bordo, o que permitiu que os cientistas soviéticos estudassem as condições de sobrevivência no espaço, acelerando a corrida espacial.

    C) Em janeiro de 1958 os Estados Unidos lançam seu primeiro satélite, programado para estudar a topografia terrestre e angariar informações militares estratégicas.

    D) Em que pese a União Soviética tenha aceitado negociar a possibilidade de suspensão de testes nucleares, estas foram frustradas com a manobra do submarino nuclear americano Nautilus, que se posicionou, após passar pelo estreito de Behring, a uma distância que lhe permitia disparar mísseis em direção a Leningrado e Moscou.

    E) Em resposta à ofensiva americana, a União Soviética retirou-se das negociações e anunciou que estava prestes a retomar os testes nucleares, a fim de alcançar o Ocidente.

A respeito da Dinastia Ming (China, 1368-1644), assinale a alternativa correta.

    A) Hongwu governou um longo período de paz em que as punições cruéis deixaram de ser usadas e foram substituídas por práticas de concórdia e de interação entre as sociedades políticas e religiosas daquele contexto.

    B) O terceiro imperador da dinastia reconstruiu amplamente a Grande Muralha e mudou a capital para Beijing, onde pôde vigiar mais de perto os mongóis, somado à atuação dos confucionistas, que colaboravam nas estratégias de defesa da cidade.

    C) No início do século XV ocorreram expedições marítimas que foram organizadas com o propósito de exploração de terras, estabelecimento de colônias e comercialização.

    D) Toda a China foi dividida em comunidades de 110 famílias, cada uma subdividida em 11 grupos de 10 famílias cada e, em cada comunidade, o grupo de famílias mais próspero deveria indicar um chefe a representá-los em suas relações com o governo.

    E) No campo religioso, o confucionismo, o budismo e o islamismo tornaram-se dominantes em oposição à perseguição aos cultos taoísta e do lamaísmo tibetano.

Sobre a história contemporânea da África, Martin Meredith assinala que, na altura da década de 1980, “a África era conhecida por seus ‘Big Men’, ditadores militares e presidentes de partido único que ocupavam o cargo reforçando seu controle pessoal, reprimindo qualquer oposição ou dissidência, autorizando polícias secretas a silenciar seus críticos, intimidando a imprensa, limitando o poder dos tribunais de justiça e tornando-se extremamente ricos” (O destino da África. Cinco mil anos de riquezas, ganância e desafios. Rio de Janeiro: Zaahar, 2017).
Acerca de referido período histórico, assinale a alternativa INCORRETA.

    A) Embora fizesse um progresso acelerado em frequência escolar e assistência médica, a maioria dos governos africanos não conseguia desenvolver programas econômicos eficazes para melhorar a situação de suas populações, notadamente porque as recompensas da independência foram colhidas por pequenos grupos privilegiados.

    B) O foco na industrialização e na agricultura como motor do desenvolvimento foi desastroso. Em pouco tempo os estados africanos estavam repletos de indústrias e grandes produtores rurais que sofriam fortes ingerências políticas, exigindo subsídios enormes do governo para mantê-las funcionando.

    C) Na Tanzânia, um experimento socialista na agricultura, que envolvia o desenraizamento de populações dispersas, deslocando-as para grandes aldeias comunais, em que teriam serviços básicos à disposição, como escolas e clínicas, mostrou-se desastroso, conduzindo à queda drástica da produção de alimentos e aumentando o espectro da fome.

    D) Com o aumento da taxa de crescimento populacional, os governos africanos passaram a não conseguir lidar com a demanda por escolas, hospitais, habitação e serviços básicos, como o abastecimento de água, o que foi especialmente agravado pelos impactos da crise do petróleo, como reflexo das guerras árabe-israelense e entre Irã, que encareceram o preço dos combustíveis e fertilizantes, além de impactar na disponibilidade de equipamentos agrícolas.

    E) Na década de 1980, foram criados vários pacotes internacionais de resgate para lidar com o declínio econômico da África, tendo o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional para ajudar os governos africanos com apoio financeiro, desde que concordassem com uma reforma econômica radical, que passava pelo aumento dos preços das mercadorias agrícolas, remoção de subsídios urbanos, corte de burocracias inchadas e venda ou fechamento de empresas estatais, desvalorização de moedas e redução de déficits orçamentários e da dívida pública.

No final do século XV, os europeus conquistaram partes do litoral da África. Começou, então, a escravidão comercial e o tráfico negreiro. O tráfico de escravos movimentou portos da América, como os do Rio de Janeiro, de Salvador e de Recife. Nos portos, eram vendidos para novos senhores, que os levavam para o trabalho forçado em suas propriedades. Essas foram as condições de formação da sociedade brasileira.
A partir de seus conhecemos acerca da formação social do Brasil, faça a CORRETA associação entre as colunas.


Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA, de cima para baixo:

    A) 2, 1, 4, 3.

    B) 2, 1, 3, 4.

    C) 1, 2, 3, 4.

    D) 1, 2, 4, 3.

    E) 4, 2, 3, 1.

“O historiador François Hartog (2013), elaborou o conceito de “Regime de historicidades”, para nomear como as maneiras como dadas sociedades em dados momentos perceberam, pensaram e se relacionaram com o tempo, para indicar como elaboraram e articularam, através de suas narrativas, as categorias de passado, presente e futuro, para descrever como um dado indivíduo ou grupamento humano se instaurou e se desenvolveu no tempo”.


Sobre esse conceito de Regime de Historicidades de Hartog (2013) é CORRETO afirmar que:

    A) O regime de historicidades é a hipótese (o presentismo) e o instrumento (o regime de historicidade), que são solidários, completam-se mutuamente. O regime de historicidade permite formular a hipótese e a hipótese leva a elaborar a noção. Pelo menos de início, um não anda sem o outro. "Por que, perguntaram-me, preferir o termo regime ao de forma (de historicidade)"? E por que "regime de historicidade" em vez de "regime de temporalidade"? Regime: a palavra remete ao regime alimentar (regimen, em latim, diaita, em grego), ao regime político (politeia), ao regime dos ventos e ao regime de um motor. São formulações conceituais para história, que compartilham, pelo menos, o fato de se organizarem em torno das noções de mais e de menos, de grau, de mescla, de composto e de equilíbrio sempre provisório ou instável.

    B) O regime de historicidade é a maneira de engrenar passado, presente e futuro ou de compor um misto das três categoriais, justamente como se falava, na teoria política grega, de constituição mista (misturando aristocracia, oligarquia e democracia, sendo dominante de fato um dos três componentes). Portanto é legítimo falar de historicidade antes da formação do conceito moderno de história, entre o fim do século XVIII e o início do século XIX, se por "historicidade" se entender esta experiência primeira de afinidade, de distância de si para si mesmo que, justamente, as categorias de passado, presente e futuro permitem apreender e dizer, ordenando-a e dando-lhe sentido individualizado frente ao conjunto social.

    C) O regime de historicidade pode ser tanto amplo, como restrito: macro ou micro histórico. Ele pode ser um artefato para esclarecer a biografia de um personagem histórico, ele pode questionar a arquitetura de uma cidade, ontem e hoje, ou então comparar as grandes escansões da relação com o tempo de diferentes sociedades, próximas ou distantes. E, a cada vez, por meio da atenção muito particular dada aos momentos de crise do tempo e às suas expressões, visa-se a produzir mais inteligibilidade. Ele pode estabelecer uma relação próxima com o empirismo e outras escolas históricas com o objetivo de estabelecer uma hipótese formulada para confirma-la como conceito teórico.

    D) O regime de historicidade não é uma realidade dada. Nem diretamente observável nem registrado nos almanaques dos contemporâneos; é construído pelo historiador. Não deve ser assimilado às instâncias de outrora: um regime que venha suceder mecanicamente a outro, independentemente de onde venha. Não coincide com as épocas e não se calca absolutamente nestas grandes entidades incertas e vagas que são as civilizações. Ele é um artefato que valida sua capacidade heurística. Noção, categoria formal, aproxima-se do tipo-ideal weberiano. Conforme domine a categoria do passado, do futuro ou do presente, a ordem do tempo resultante não será evidentemente a mesma.

    E) O regime de historicidades pode nos servir da noção de História antes ou independentemente da formulação posterior do conceito moderno de história, tal como a delineou bem o historiador alemão Reinhart Koselleck. Como categoria (sem conteúdo), que pode tornar mais inteligíveis as experiências do tempo, nada o confina apenas ao mundo europeu ou ocidental. Ao contrário, sua vocação é ser um instrumento comparatista: assim o é por construção e livre de uma metodologia teórica que pressupõe cuidados com a relação entre o passado, presente e futuro, mas estabelece percepções da sociedade para o indivíduo.

Para José Carlos Reis (2019), o debate epistemológico-metodológico e teórico-metodológico assumiu contornos diferenciados na cultura histórica, em alguns momentos esse debate foi quase irrelevante. Considerando essa afirmação, é correto afirmar que o debate epistemológico-metodológico e teórico-metodológico entre os Historiadores do positivismo/empirismo histórico é caracterizado por:


1. Um debate teórico-metodológico que liga e aproxima o historiador do que deve realmente interessá-lo: os fatos, as fontes, a realidade do passado. Para eles, o historiador-teórico não poderia pretender ser um historiador, uma vez que, abandonou o canteiro de obras da história, os arquivos, os museus, as fontes primárias, e ao pesquisar somente em bibliotecas, restringindo-se às obras impressas, tornou-se um filósofo, um literato, um ficcionista.


2. Uma historiografia empirista que se apoia sobre uma memória arquivada, sobre inscrições, sobre marcas exteriores, para proteger-se da contiguidade com a imaginação/ficção. O seu ponto de vista é objetivante: a lembrança é de uma experiência vivida localizada e datada. O testemunho diz: “eu estava lá, eu presenciei, eu vi”. O arquivo está lá, é um depósito, que reconhece, conserva e classifica a massa documental para consulta.


3. Pela data, que é um dado do tempo calendário, um sistema de datas extrínseco aos eventos. Pois, todo evento se inscreve neste espaço-tempo exterior: local/data. O historiador que se equivocar em relação ao local e à data do evento, estará mergulhado na imaginação, no mito, na fábula. A organização cronológica, a sucessão rigorosa dos momentos que constituem um evento e dos eventos entre si, não pode ser visível em uma documentação objetiva, sem antes ser interiorizada.


4. Uma atitude crítica, que reúne credulidade e ceticismo. A atitude crítica, primeiro, é crédula, deve receber a informação, acolher o documento; depois, cética, deve duvidar, desconfiar, suspeitar, e processá-lo, elaborá-lo. A confiança no documento não deve ser fundada na declaração de intenção do próprio documento, mas construída pela dúvida metódica do historiador.


5. Uma historiografia que busca a verdade exterior, objetiva, o seu conteúdo são os testemunhos e as provas do passado. O testemunho ocular declara que esteve presente e pede que acreditem nele, é interrogado e avaliado, confrontado com outros, e só passará a valer se for aceito. Então, ele se torna um dado estável, reiterável, que pode ser reaberto e reavaliado por qualquer um. Ele se torna uma memória arquivada.


Estão CORRETAS:

    A) 1, 3 e 5

    B) 1, 2 e 4

    C) 2, 4 e 5

    D) 1, 3 e 5

    E) 2, 3 e 4

Sobre o conceito de Cultura Histórica é CORRETO afirmar que:

    A) A Cultura Histórica busca traduzir o circuito da qualificação profissional necessária à operação histórica: a formação teórico-metodológica, a análise das experiências históricas e culturais e as formas de recepção dos conhecimentos produzidos. Entendeu-se, também, que é necessário explorar um campo de pesquisas inovador no que se vem designando como cultura histórica, tanto no que concerne aos saberes históricos escolares, formação do historiador e ensino de história, quanto na produção e difusão de uma tradição escrita e midiática à margem da ciência histórica propriamente dita, mas com notável disseminação na contemporaneidade.

    B) A Cultura Histórica está exclusivamente presa ao ofício do historiador, para que se aprofundem as pesquisas da comunidade de historiadores. Portanto, mostra-se relevante o fato de que, numa definição preliminar de Cultura Histórica, tenha-se, como campo de suas reflexões, as perspectivas das regionalidades e o ensino de história e dos saberes históricos. Assim, o processo histórico, com ênfase na historicidade regional, no local de cultura, da economia e da política, é um espaço de atuação que permite a formação de historiadores com melhor conhecimento de suas realidades e dos acervos documentais.

    C) A Cultura Histórica está assentada na ideia hegeliana de epocalidade, que não se afirma sem a dimensão da transformação geral, isto é, a visão das ruínas de uma magnificência anterior. A consequência mais imediata da mudança é que ela, ao mesmo tempo em que implica dissolução, traz também consigo o surgimento de uma vida nova, e que se a morte sai da vida, também a vida sai da morte. Nesse caso, os historiadores devem então estudar a revolução cultural porque, em grande medida, somos também aqueles traduzimos historicamente a cultura e o espírito do tempo escapando das experiências fascistas do século de Walter Benjamim.

    D) A Cultura Histórica deve recusar a galáxia da história cultural da sua fase heróica e tentar decifrar situações da historiografia que nasceram e se estruturaram na epocalidade hegeliana. Uma historiografia que, entre francesias da velha liberdade e inglesias do novo Império, brindou-nos com o u?ltimo “ismo” antes dos “pós” e dos “neos”: pós-modernismo, neoliberalismo, pósindustrial, fim da história. Nesse sentido, há como admitir que as primeiras críticas à hegemonia da história cultural são procedentes e radicais, partiram dos temores inerentes às emergências dos fascismos culturais e étnicos no ocaso do século XX.

    E) A Cultura Histórica se constitui como mentalidade histórica e são portadoras epistemológicas de uma mesma significação: Tucídides poderia ser o nosso colega mais antigo porque foi um testemunho vivo; Políbio poderia figurar na profissão de Clio, uma vez que foi antes de qualquer coisa um memorialista. Parece correto ver nos dois sujeitos, que eles detinham uma cultura histórica significativa de suas respectivas sociedades, do mesmo modo que poderíamos afirmar de forma categórica, que suas obras expressavam a mentalidade histórica de suas épocas.

Ao relacionarmos o pensamento relativista e as teorias pós-modernas na história podemos dizer:
I- A Historiografia chamada pós-moderna se aproxima da defesa de um mundo multicultural e de respeito às diversidades. II- A crise do conceito de verdade na História colaborou decisivamente na invenção das chamadas Fakenews. III- O relativismo fortaleceu a teoria de que não existe apenas uma única versão para os eventos históricos. IV- O relativismo cultural da historiografia possibilitou o surgimento dos terraplanistas no século XXI.
É CORRETO o que se afirma apenas em:

    A) III.

    B) I, III e IV.

    C) II, III e IV.

    D) I e III.

    E) I.

Sobre a História Cultural é possível argumentar.
I- É um campo da história que reforçou a manutenção dos temas da História como a tradicional história política sendo um problema afirmar a existência de uma Nova História Política. II- É um campo da História que ampliou o ofício historiográfico ao se dedicar ao estudo de conceitos como o de sensibilidades. III- É uma teoria da História voltada para a discussão do conceito de cultura e suas múltiplas relações com a política e a economia.
É CORRETO o que se afirma apenas em:

    A) I e II.

    B) I e III.

    C) II e III.

    D) I.

    E) III.

Assinale a alternativa que traz a CORRETA afirmação acerca do Grupo dos Annales e sua importância para a metodologia e teoria da história ao longo do século XX.

    A) Com os Annales aconteceu uma mudança extraordinária no conceito de tempo e, a partir da defesa da interdisciplinaridade, houve a inovação das fontes e dos objetos de pesquisa.

    B) Ao longo do século XX a História conquistou definitivamente o status de Ciência devido às mudanças provocadas pelo grupo dos Annales nos combates por uma história neutra, objetiva e cronológica.

    C) Braudel, Febvre e Bloch acreditavam que a História deveria ser produzida sem utilizar os conceitos de disciplinas como arqueologia, geografia e antropologia.

    D) No século XX foi provado por March Bloch que a história é a ciência que estuda apenas o passado.

    E) A partir da exaltação da interdisciplinaridade, a História Econômica e a História Política tornaram-se campos conservadores da História e foram substituídas pela produção da História das mentalidades e da História do Cotidiano.

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