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Na concepção do historiador Fernando A. Novais, em Portugal e Brasil na crise do antigo sistema colonial, a formação social do Brasil colonial tinha intrínsecas relações com o regime de trabalho compulsório imposto pelo colonizador. Para ele, essa formação social fazia parte de um modo de produção que se organizava
com o objetivo de estimular a produção manufatureira nas colônias e elevar a arrecadação de impostos nas mãos da nobreza real metropolitana.
com a finalidade de realizar a apropriação de grandes extensões de terras voltadas quase que exclusivamente para a economia de subsistência.
no intuito de proporcionar as bases para o estabelecimento de colônias de povoamento europeu, visando o escoamento do excedente populacional.
visando desenvolver a industrialização de bens de consumo duráveis e alimentícios, suprindo, dessa forma, o mercado consumidor europeu.
no sentido de promover a primitiva acumulação capitalista e estimular o progresso burguês nos quadros da sociedade ocidental.
Fernando A. Novais afirma que ocorreram no Brasil colonial, no século XVIII, pelos menos dois momentos de tomada de consciência da situação colonial, projetando-se a mudança e intentando-se a tomada do poder. Para o autor, nesses momentos ocorreram
a vinda da família real portuguesa e a abertura dos portos.
a Revolução Pernambucana e a Confederação do Equador.
a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana.
a crise do sistema colonial e o fim do tráfico de escravos.
os acordos comerciais ingleses e a Constituição de 1824.
Considere o texto para responder as questões de números 7 e 8.
O depoimento do artesão inglês
I. expressa, por meio de sua experiência pessoal, um sentimento de satisfação pelo fim da coesão comunitária que existia no interior da Inglaterra antes do século XVIII.
II. deixa claro a sua crítica ao sistema industrial doméstico ou familiar que vigorou em quase todas regiões da Inglaterra até o século XVII.
III. revela sua indignação total com as péssimas condições de vida e de trabalho advindas do sistema manufatureiro inglês do século XVII.
IV. expressa o processo de deterioração das condições de vida e de trabalho engendradas pelo sistema fabril inglês no fim do século XVIII e início do século XIX.
É correto o que se afirma APENAS em
I e II.
II e IV.
I e III.
III.
IV.
Considere o texto para responder as questões de números 7 e 8.
Ao analisar o texto do depoimento do artesão com seus alunos, o professor de história, que tendo assimilado as novas diretrizes curriculares nacionais, deve enfatizar que:
I. o texto deve ser analisado dentro de um contexto espacial e temporal, tendo intrínsecas relações com a história e com outros componentes curriculares.
II. ele pressupõe que os alunos dominem o vocabulário do texto, já que essa competência é de responsabilidade de especialista de outro componente curricular.
III. o tema tratado no texto é importante como ilustração do saber histórico, porém, difícil de ser interpretado pelos alunos, por estar distante do seu imaginário.
IV. o texto tem importância para história local, mas pouca importância para a história geral, por tratarse de um relato sob a ótica individual de um simples artesão.
É correto o que se afirma APENAS em
I.
II.
III.
IV.
III e IV.
Considere a frase.
A máquina libertou o capital da opressão do trabalho.
(Buret, De la Misère, 1840. In: Michelle Perrot. Os Excluídos da História. Trad. Rio de Janeiro. Paz e Terra, 1988. p. 23)
Identifique as afirmações que estão em consonância com a idéia contida na frase.
I. A perfeição do trabalho que se obtém com a nova máquina será um estímulo a se fazer melhor e o operário finalmente entenderá que, quando as máquinas substituem em todos os sentidos o trabalho do homem, produz melhor e mais barato do que ele.
II. O surgimento da máquina a vapor libertou os �operários de ofícios� de suas péssimas condições de trabalho, fato que, ao elevar sua auto-estima, estimulou sua promoção a postos de engenharia mecânica, e, portanto, de sua valorização profissional.
III. O que está em jogo não é apenas o emprego e sim o controle: controle das matérias primas, controle dos produtos em qualidade e quantidade, controle dos ritmos e dos homens.
IV. Os operários adquiriram maior liberdade com o advento da máquina, quando puderam, inclusive, dispor do tempo indispensável para intensificar sua organização sindical e a formação de partidos dos trabalhadores.
É correto o que se afirma APENAS em
I e II.
I e III.
II e III.
II e IV.
III e IV.
A partir das argumentações presentes no texto, pode-se dizer que o autor defende a idéia de que
o sistema fabril teve o seu desenvolvimento ligado aos interesses da classe operária.
a revolução industrial engendrou e moldou a formação da classe operária.
as condições materiais determinaram o surgimento da classe operária.
a classe operária formou-se a si própria tanto quanto foi formada.
a consciência da classe operária foi uma dádiva da "vigorosa raça de seres".
Michelle Perrot, em Os Excluídos da História, ao analisar o movimento ludita (luddismo) na França, do século XIX, conclui que as mulheres trabalhadoras
se insurgiram por si mesmas contra a máquina destruidora de um modo de produção doméstico a que estavam particularmente apegadas.
foram cúmplices dos patrões na adoção da maquinaria de alto padrão, pois elas viam nesta medida a diminuição de suas tarefas mais árduas.
tornaram-se aliadas dos patrões ao impedirem que os operários destruíssem as máquinas modernas, que ofereciam a elas oportunidades de ascensão profissional.
criticavam esse movimento porque, ao quebrarem e queimarem as máquinas, os trabalhadores provocavam aumento do desemprego.
se revoltaram contra seus maridos, pois estes destruíam as máquinas e, dessa forma, minavam as possibilidades de estabilidade no emprego.
O filme Carlota Joaquina mostra uma versão sobre o contexto histórico que culminou com a independência do Brasil. Nesse contexto, o filme destaca
o papel de D. João VI como um rei estrategista e democrático, cuja liderança política levou-o à condução do processo de independência do Brasil de forma pacífica e harmoniosa.
o papel da esposa de D. João VI pela sua feminilidade e lealdade ao marido e aos súditos, e cuja determinação política acabou influenciando seu filho Pedro a conduzir, sem oposições, a independência do Brasil.
a participação dos ingleses nas decisões que culminaram com a fuga da família real portuguesa para o Brasil, assim como de seu interesse no processo de independência do Brasil.
o papel que Napoleão Bonaparte, rei da França, teve no processo de independência do Brasil, haja vista os acordos comerciais entre franceses e D. João VI para garantir a importação/exportação de açúcar e café.
a participação decisiva dos franceses no processo de independência do Brasil, uma vez que a França arquitetou a invasão de Portugal com o objetivo de tornar-se metrópole da colônia portuguesa.
Ao trabalhar em sala de aula o filme Carlota Joaquina – a princesa do Brasil, dirigido por Carla Camurati, o professor deve explicitar aos seus alunos que
o filme, por ser uma ficção, pode ser utilizado como um recurso audiovisual para ilustrar as aulas sobre a independência do Brasil, mas que as imagens, distorcem a verdade dos fatos históricos.
a diretora do filme, mesmo produzindo uma comédia, acabou revelando aspectos significativos da história política do Brasil, adotando inclusive uma versão desvinculada da necessidade de criar heróis.
a diretora do filme, ao enfatizar o papel da esposa de Dom João VI, chamando-a inclusive de princesa do Brasil, camuflou os verdadeiros fatos históricos relacionados às razões da fuga da família real.
o filme pode ser utilizado como uma fonte de conhecimentos históricos mais apropriada para alunos do ensino fundamental do que o livro didático, já que a diretora do filme analisa a história com mais imparcialidade do que os autores de livros.
o filme revela exclusivamente o ponto de vista da diretora sobre fatos da história do Brasil, sendo pouco valorizados pelos historiadores em razão da exaltação que ela faz do governo de Dom João VI, visto como um herói nacional.
Conforme Alfredo Bosi, em Dialética da colonização, nos últimos decênios do Império no Brasil, as tendências progressistas circulam pelo Partido Liberal e pelo Republicano, mas não coincidem perfeitamente nem com um nem com outro. Houve resistências conservadoras, e até escravistas, em ambos os grêmios. Para esse autor, a história desse novo liberalismo, pode ser apreendida na relação que se faz entre a
ideologia intra-oligárquica, visível desde os anos 20, e o entrosamento do país em uma rígida divisão internacional de produção já nos anos de 1825.
nova doutrina liberal, manifesta desde os anos 40, e o processo político de interferência estatal que garantia os lucros da classe exportadora nos anos de 1830.
doutrina neoconservadora, visível desde os anos 30, e o liberalismo moderno e reformista que implantou o trabalho livre já nos anos de 1880.
nova ideologia ultraliberal, presente nos anos 50, e o crescimento de atividades industriais que os movimentos abolicionista propiciou já nos anos de 1870.
nova corrente ideológica, visível desde os anos 60, e o dinamismo econômico e social que a extinção do tráfico instaurou no país já nos anos de 1850.
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