Questões sobre Literatura

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Leia o texto abaixo e responda às questões 45, 46 e 47.

Assinale opção que apresenta a classificação correta da rima.

  • A.

    Sorriso / paraíso (perfeita e pobre)

  • B.

    Dança / cansa (imperfeita e rica)

  • C.

    Não / profissão (imperfeita e rica)

  • D.

    Deus / seus (perfeita e pobre)

  • E.

    Acabar / chorar (perfeita e rica)

O fato mesmo de nenhum desses autores reivindicar para si qualquer atributo de nacionalismo é sintomático: parece que já não temos vergonha de pleitear nosso quinhão do universal.

Deduz-se da frase acima que

  • A.

    em nossa literatura, a busca dos valores nacionais sempre constituiu um traço de maturidade cultural.

  • B.

    o nacionalismo, quando perseguido com obstinação, revela pouca confiança no alcance de uma literatura.

  • C.

    é injustificável a vergonha que provoca em alguns autores a defesa intransigente dos valores nacionais.

  • D.

    uma literatura somente se torna madura quando abdica conscientemente do desejo de ser universal.

Sem indicar propriamente uma polaridade, o texto acusa uma diferença entre as fases maduras de Drummond e João Cabral:

  • A.

    no primeiro, o lirismo se aprofunda como reflexão e lembrança; no segundo, a forma se apura como busca de exatidão.

  • B.

    o segundo, ao contrário do primeiro, abandona o caráter reflexivo da poesia para investir em temas sociais.

  • C.

    o primeiro retorna às origens de sua linguagem clássica, ao passo que o segundo se deixa atrair pelas vanguardas.

  • D.

    no primeiro, já não há a sedução dos enigmas ou do passado familiar; no segundo, a ironia passa a corroer a dureza das formas.

A polarização apontada entre Clarice Lispector e Guimarães Rosa resulta bastante clara quando se confrontam

  • A.

    a desconfiança que manifesta a autora em relação ao poder do discurso verbal e a confiança que deposita Rosa no caráter mágico das palavras.

  • B.

    o desnorteante sentimentalismo das personagens de Clarice, ingênuas e desarmadas, e a secura prosaica dos rudes sertanejos de Rosa.

  • C.

    o otimismo que mal se disfarça no plano profundo dos narradores de Clarice e o pessimismo que dá o tom das expectativas dos narradores de Rosa.

  • D.

    a feição límpida e clássica da linguagem de Clarice, sobretudo nas obras iniciais, e as contrações barrocas do estilo de Rosa, em seus momentos mais altos.

O poeta se vale, nesses versos, de um recurso poético que sugere o ritmo e o andamento de uma reza:

  • A.

    as metáforas de negras sombras e lavras de ouro.

  • B.

    a expressão interjectiva Ai de mim.

  • C.

    as anáforas representadas pelas ocorrências de por baixo.

  • D.

    a confissão traduzida pela expressão eu sei.

O título desse poema justifica-se plenamente quando se considera que, nesses versos, o poeta mineiro confessa que

  • A.

    seu exílio em terras estrangeiras fê-lo amar ainda mais sua terra natal e as lembranças de seus antepassados.

  • B.

    seu amor pelos valores do berço natal não se manteve o mesmo depois que saiu de sua terra.

  • C.

    foram determinantes e indeléveis as marcas da terra e da cultura que o formaram como indivíduo.

  • D.

    encontrou na religião uma nova conexão com os hábitos de sua terra e os valores de sua família.

Neste prólogo, há uma clara referência ao fato de que

  • A.

    no século XIX, os romances que alcançavam prestígio nas livrarias popularizavam-se em seguida nas edições dos jornais.

  • B.

    era muito comum, ao tempo dos nossos escritores românticos e realistas, publicar-se aos poucos o chamado romance de folhetim.

  • C.

    um romance de autor iniciante era costumeiramente apresentado ao público por um crítico literário já consagrado.

  • D.

    o autor se responsabiliza por ter acrescentado ao livro algumas notas de pessimismo, que o afasta do gosto predominante da época.

Ao assinar com seu nome o prólogo desse romance, Machado de Assis deixa ver que

  • A.

    ele e Brás Cubas fundem-se em uma mesma pessoa, já que compartilham as mesmas memórias e os mesmos sentimentos básicos.

  • B.

    a ironia mordaz permite que ele apresente como se fossem suas as memórias de um amigo já defunto.

  • C.

    é necessário distinguir entre a pessoa do escritor e a identidade firmada pelo narrador de sua história.

  • D.

    a narração em primeira pessoa não permite distinguir entre o autor do livro e o narrador da história nele publicada.

S. Bernardo e A hora da estrela – os dois romances a que pertencem esses textos – são exemplos, respectivamente,

  • A.

    da ficção regionalista imediatamente pós-modernista e da ficção intimista desenvolvida de maneira autocrítica.

  • B.

    do naturalismo tardio do século XX e de narrativa documental em tom de reportagem.

  • C.

    da prosa de teor psicológico, que predominou na década de 30 do século passado, e de memorialismo confessional.

  • D.

    da literatura engajada dos anos da II Guerra e do realismo fantástico de inspiração latino-americana.

Há uma tonalidade irônica em ambos os textos, representada pelas seguintes expressões:

  • A.

    imaginei construí-lo pela divisão de trabalho e a história vai ter uns sete personagens.

  • B.

    contribuir para o desenvolvimento das letras nacionais e eu sou um dos mais importantes deles, é claro.

  • C.

    Iniciei a composição de repente e como começar pelo início (...)?

  • D.

    Dirigi-me a alguns amigos e inventar modismos à guisa de originalidade.

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