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A dor lombar é uma das principais queixas dentre as dores musculoesqueléticas. Normalmente é de causa mecânico-posturaldegenerativa, não exigindo investigação complementar e de tratamento clínico. Entretanto, quando existe algum sinal de alerta é necessário realizar exame complementar para melhor identificação da causa, uma vez que a presença de um sinal de alerta pode sugerir, por exemplo, uma doença tumoral. Com base nesse tema, assinale a opção em que é apresentado um desses sinais.
rigidez protocinética de cinco minutos
litígio trabalhista
dor que piora na posição ortostática
obesidade
dor noturna
No que se refere ao exame clínico do paciente reumático, assinale a opção correta.
A identificação de aumento de volume nas interfalangeanas distais sugere artrite reumatoide.
A mão em garra indica comprometimento do ramo motor do nervo mediano.
A presença de fenômeno de Raynaud e de úlceras nas polpas digitais sugere esclerose sistêmica.
O edema difuso no dorso das mãos exclui o diagnóstico de doença mista do tecido conjuntivo.
A hiperemia cutânea é observada com frequência em pacientes com artrite reumatoide.
Considere que um paciente tenha apresentado infecção aguda pelo HIV seis meses após a aquisição do vírus. Assinale a opção correta acerca das orientações que devem ser dadas pelo médico regulador.
A decisão de iniciar a terapia antirretroviral na infecção aguda carece de fundamentação e não deve ser recomendada, uma vez que a dificuldade de identificação de indivíduos com infecção precoce não permite que se realizem estudos conclusivos sobre o impacto e benefícios do tratamento precoce.
A infecção aguda pelo HIV está associada a altos níveis de RNA do HIV, com risco aumentado de transmissão viral. Estima-se que cinquenta por cento das novas infecções pelo HIV sejam transmitidas a partir de indivíduos agudamente infectados.
A presença e a severidade dos sintomas durante a infecção inicial pelo HIV não têm correlação com a progressão da doença.
A terapia antirretroviral funciona de modo diferente na infecção aguda, em comparação à infecção crónica. No primeiro caso, essa terapia não é tão eficaz na supressão de níveis séricos de RNA viral.
Trabalhos recentes têm demonstrado algum benefício com o tratamento da infecção aguda por HIV. Esse tratamento deve ser mantido até que a carga viral seja indetectável e os níveis de Cd4 retornem ao normal.
Uma paciente com sessenta e seis anos de idade tem história de diabetes melito. Há três dias apresentou quadro de febre alta, tosse mucopurulenta e dor no peito. A paciente não tem se alimentado e queixa-se de leve falta de ar. Com base no caso clínico apresentado, assinale a opção correta com relação ao procedimento do médico regulador.
Para indicação de internação, é necessário que a saturação de oxigênio esteja abaixo de 90%.
A paciente deve ser encaminhada para unidade que disponha de radiografia de tórax e exames laboratoriais. Recomenda-se que a radiografia de tórax seja feita nas incidências posteroanterior e em perfil.
É importante a realização de hemograma na paciente, pela alta sensibilidade desse exame e por ser indicador de prognóstico nesse caso clínico.
Por ser classificada como de baixo risco, a paciente pode ser tratada em unidade básica de saúde ou pelo médico de família, sem necessidade de investigação subsidiária.
Em virtude da idade da paciente, há indicação de investigação e internação hospitalar.
Um paciente recebeu diagnóstico de hepatite C havia seis meses e passou a ser tratado, desde então, com alfapeginterferona em doses adequadas. Seu médico solicitou-lhe exames laboratoriais e biopsia hepática de controle. Após os exames, o médico recomendou a associação de telaprevir um inibidor de protease para continuação do tratamento.
Em referência à recomendação do medicamento telaprevir, assinale a opção correta.Essa associação deve-se ao fato de, possivelmente, o paciente ter maior chance de cura e menor risco de progressão da doença e de morte.
Essa associação é universal e faz parte da terapêutica recentemente recomendada a todos os pacientes infectados pelo vírus da hepatite C.
Não há qualquer indicação de tratamento com inibidores de protease para pacientes com hepatite C.
Esse paciente é portador, possivelmente, também do vírus da imunodeficiência humana, o que justificaria essa associação.
O paciente pode estar infectado pelo genótipo 1 do HCV e com fibrose hepática avançada.
Considere que um paciente com trinta e três anos de idade tenha recebido o diagnóstico de hepatite C. Assinale a opção correta com relação à resposta terapêutica que deve ser dada a esse paciente.
O paciente será considerado respondedor parcial se apresentar uma queda de mais de 2-log do HCV-RNA até a décima segunda semana de tratamento.
O fato de o médico desse paciente o considerar como nulo de resposta significa que ele não apresentou uma queda de pelo menos 2-log do HCV-RNA após o término do tratamento.
A resposta virológica sustentada será definida quando o RNA do vírus da hepatite C não for detectado após a décima segunda semana de tratamento.
Se o HCV-RNA do paciente for indetectável na vigésima quarta semana de tratamento, pode-se dizer que ele estará curado.
A doença diagnosticada será considerada como recidiva se a carga viral (HCV-RNA) for indetectável ao final do tratamento e se o paciente não atingir a resposta virológica sustentada.
Os avanços tecnológicos têm promovido mudanças significativas no tratamento dos cálculos urinários. Com relação ao tratamento dessa patologia, assinale a opção correta.
O tratamento de cálculos renais por meio de cirurgia convencional deve ser restrito aos casos em que tiver havido falha com o tratamento por litotripsia extracorpórea por ondas de choque (LECO).
A decisão sobre o tratamento conservador dos cálculos do trato urinário é determinada pelo tamanho do cálculo.
Os cálculos do trato urinário de até quatro milímetros no maior diâmetro têm grande probabilidade de serem eliminados espontaneamente.
Cálculos renais de até vinte milímetros no maior diâmetro podem ser tratados por meio de litotripsia extracorpórea por ondas de choque, mesmo em pacientes grávidas.
Os cálculos de localização na bexiga não podem ser tratados por meio de litotripsia extracorpórea.
A respeito do procedimento de colecistectomia, assinale a opção correta.
A taxa geral de complicações graves em colecistectomia aberta é mais elevada que em colecistectomia por via laparoscópica.
Não existem contraindicações para realização de colecistectomia laparoscópica.
A colangiopancreatografia por ressonância magnética (colangiorressonância) é o exame de escolha para o diagnóstico de colelitíase.
A colecistectomia por via laparoscópica é considerada o padrão-ouro para o tratamento cirúrgico da colelitíase.
A realização de colecistectomia não deve ser indicada para pacientes assintomáticos portadores de colelitíase.
Uma paciente com trinta e cinco anos de idade, casada e sem filhos, deseja engravidar. Ela procurou atendimento clínico na unidade básica de saúde para fazer checkup. No atendimento, negou problemas de saúde agudos ou crônicos, contudo ela referiu que sua mãe havia falecido de câncer do colo de útero e que seu pai é hipertenso. A paciente relatou que gostaria de emagrecer, pois se acha obesa, e que não pratica atividades físicas. O exame físico evidenciou boas condições de saúde, sem constatação de alterações. Sua pressão arterial é de 116 x 82 mmHg e seu IMC, de 28,8 kg/m2.
Com fundamento nessas informações, assinale a opção correta acerca da conduta mais adequada a ser adotada pelo clínico da unidade de atendimento básico.O clínico deve solicitar exames laboratoriais básicos, ultrassonografia mamária, de tireoide e abdominal, para complementação do diagnóstico da paciente.
Além de fornecer orientações e educação em saúde, o médico deve informar à paciente que exames de rastreamento não asseguram maior qualidade de vida e podem, ainda, dar a sensação de falsa segurança no caso de os resultados serem normais.
O IMC da paciente é compatível com obesidade grau I, o que impõe orientação dietética, exercícios e tratamento medicamentoso.
A paciente deve ser encaminhada para o programa de tratamento da infertilidade, disponível na rede pública de saúde, visto que sua idade é indicativa de infertilidade primária.
Ainda que a paciente esteja aparentemente saudável, a realização de exames de checkup deve ser incentivada pelo médico.
Um paciente com dezesseis anos de idade apresentou asma na infância; contudo, havia mais de dez anos que não apresentava crises. Ele procurou a unidade de pronto atendimento (UPA) mais próxima de sua residência, com queixa de tosse frequente, falta de ar e chiado no peito. O exame médico evidenciou pressão arterial de 110 x 70 mmHg, frequência cardíaca de 96 bpm e FR de 22 ipm. O oxímetro de pulso revelou saturação de O2 de 94%.
Com base no quadro clínico descrito acima, assinale a opção correta.No caso clínico apresentado, a presença de hipoxemia justifica o uso de corticoterapia sistêmica.
No exame de espirometria de João, são esperados uma redução do volume expirado forçado no primeiro segundo (VEF1) e um aumento da relação entre o VEF1 e a capacidade vital forçada (CVF).
Deve-se indicar o tratamento com broncodilatadores para a reversibilidade da obstrução das vias aéreas.
Caso João fosse submetido a testes de broncoprovocação, o resultado desses testes provavelmente seria compatível com hiporresponsividade brônquica.
A investigação de quadros infecciosos subjacentes, como a presença de rinossinusite bacteriana, é mandatória para o caso clínico acima apresentado.
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