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Com fundamento nas diretrizes terapêuticas do Ministério da Saúde para o lúpus eritematoso sistêmico (LES), assinale a opção correta.
O LES é causa de infertilidade em mulheres.
A mortalidade dos pacientes com LES é cerca de 3 a 5 vezes maior que a da população geral e está relacionada a uma maior atividade inflamatória da doença, ao maior risco de infecções graves decorrentes da imunossupressão e, tardiamente, às complicações da própria doença e do tratamento.
O envolvimento articular é raro nos indivíduos com LES, e sua presença deve gerar suspeição diagnóstica de doença mista do tecido conjuntivo.
A miocardite é a manifestação cardíaca mais comum do LES, podendo ser clínica ou subclínica.
Uma minoria dos pacientes lúpicos apresenta fotossensibilidade após exposição à radiação solar ou artificial (lâmpadas fluorescentes ou halógenas). A clássica lesão em asa de borboleta, caracterizada por eritema malar e no dorso do nariz, é rara.
Um paciente com vinte e nove anos de idade deu entrada na emergência hospitalar com quadro de desconforto precordial, palpitação, tontura e mal-estar. Nega uso de drogas ou medicamentos de uso continuado. Refere libação etílica recente. Sua frequência cardíaca está em torno de 160 bpm e o seu pulso é irregular. Foi realizado eletrocardiograma, que revelou fibrilação atrial (FA). Com base nessas informações, assinale a opção correta.
A FA paroxística designa episódios de FA com término espontâneo em até 24 horas.
De acordo com as diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia, são considerados fatores de risco elevados para FA: sexo feminino, idade entre 65 e 74 anos, doença coronariana e tireotoxicose.
Na FA persistente, os episódios de FA duram até 7 dias e geralmente devem ser revertidos.
A relação entre FA e acidente vascular cerebral é conhecida e acontece apenas em indivíduos portadores de doença cardíaca de base.
A manifestação inicial da FA tanto pode ser uma complicação embólica quanto uma exacerbação de insuficiência cardíaca, mas a maioria dos pacientes se queixa de palpitações, dor torácica, dispneia, fadiga, tontura ou síncope.
Com referência a litíase renal, assinale a opção correta.
Cálculos compostos por ácido úrico são menos frequentes que cálculos compostos por oxalato de cálcio.
O exame de raio X simples de abdome é inespecífico e não é de grande utilidade nas emergências, pois só é capaz de identificar calcificações maiores que 8 a 10 mm, e desde que não haja sobreposição de gases, resíduos e estruturas ósseas.
Aproximadamente 80% dos cálculos presentes em pacientes com urolitíase são compostos principalmente de fosfato de cálcio.
A formação de cálculos de cálcio é significativamente aumentada na presença de hipercitratúria.
Em relação ao pH urinário, sabe-se que uma urina ácida favorece a formação de cálculos de ácido úrico, enquanto uma urina mais alcalina favorece os cálculos de oxalato de cálcio. Os cálculos de fosfato de cálcio independem do pH urinário.
Com relação a glomerulonefrites, assinale a opção correta.
A glomeruloesclerose focal e segmentar geralmente apresenta-se com hipoalbuminemia e edema.
Entre as doenças glomerulares, a glomerulonefrite membranoproliferativa é a que mais evolui para insuficiência renal crônica.
A glomerulonefrite de padrão nefrótico é caracterizada por proteinúria, que é geralmente superior a 3,5 g/dia e lipidúria.
A maioria dos casos de glomerulonefrite membranosa em adultos é de origem pós-infecciosa.
A diferenciação entre as glomerulonefrites e as nefrites tubulointersticiais é feita pela perda proteica, que é comum nas glomerulonefrites, mas que não acontece nas nefrites tubulointersticiais.
Uma jovem com dezesseis anos de idade deu entrada no hospital com histórico de acidente ofídico do tipo crotálico e desenvolveu insuficiência renal aguda.
Acerca dessa situação, assinale a opção correta.As principais complicações da insuficiência renal aguda são a sobrecarga de volume e os distúrbios de eletrólitos, principalmente a hipermagnesemia e hiperuricemia.
O diagnóstico de insuficiência renal aguda implica tanto a parada da produção e eliminação da urina como o aumento de pelo menos 5 vezes o valor basal da creatinina.
A insuficiência renal aguda é a redução aguda da função renal em horas ou dias. Refere-se principalmente à diminuição do ritmo de filtração glomerular, porém também ocorrem disfunções no controle do equilíbrio hidroeletrolítico e acidobásico.
No caso da insuficiência renal aguda, não se observam alterações hormonais, como a deficiência de eritropoietina e de vitamina D, comuns na insuficiência renal crônica.
A ocorrência da insuficiência renal aguda no acidente crotálico deve-se à hipovolemia, diátese hemorrágica e nefrite intersticial.
Um paciente com sessenta e quatro anos de idade é tabagista e tem história de dislipidemia. Já teve infarto agudo do miocárdio aos cinquenta e sete anos de idade e foi indicado tratamento medicamentoso, porém não adere ao tratamento ou a mudanças no estilo de vida. Há alguns meses, vem se queixando de cansaço progressivo e inchaço nos pés. Houve agravamento recente do quadro, passando o paciente a apresentar dispneia aos pequenos esforços e ortopneia.
A respeito dessa situação, assinale a opção correta.A melhor opção terapêutica é o tratamento com betabloqueadores, associados ao inibidor da enzima de conversão da angiotensina ou bloqueador do receptor da angiotensina. Há evidências de benefícios clínicos na mortalidade global, na morte por insuficiência cardíaca e na morte súbita, além de melhora dos sintomas e redução de novas internações.
Estudos recentes não demonstraram qualquer benefício com a dosagem do pepídeo natriurético do tipo B para o diagnóstico de congestão pulmonar e manejo da insuficiência cardíaca crônica.
A restrição de sal deve ser sempre recomendada, pois estudos clínicos demonstram a melhora da insuficiência cardíaca em todos os pacientes submetidos à restrição rigorosa de sódio da dieta (< 1 g/dia).
A utilização de hidralazina ou de nitrato deve ser considerada apenas se houver hipertensão descompensada e angina refratária, quando associadas à insuficiência cardíaca.
Os bloqueadores de canais de cálcio são medicações de primeira linha no tratamento da insuficiência cardíaca crônica de qualquer causa.
Acerca do tratamento da crise aguda de gota, assinale a opção correta.
Glucocorticoides sistêmicos, em virtude de sua superioridade terapêutica, são preferíveis ao uso de anti-inflamatórios não esteroides ou de colchicina.
Os anti-inflamatórios não esteroides são a terapia de primeira linha para a maioria dos pacientes com artrite gotosa aguda.
A aspirina está entre as drogas de primeira linha para o tratamento da gota, pois também promove a uricosúria na dose habitualmente recomendada (2 g/dia).
Altas doses de colchicina são mais eficazes e provocam menos efeitos colaterais que anti-inflamatórios não hormonais.
O alopurinol é um inibidor competitivo da enzima xantinaoxidase, reduz a síntese de ácido úrico e está indicado no tratamento da crise aguda de gota.
Um paciente com dezenove anos de idade tem diagnóstico de transtorno afetivo bipolar e recentemente desenvolveu síndrome do pânico, diagnosticado pelo quadro de medo, tremores e hiperreatividade. O paciente está em fase de ajuste de medicamentos e usa carbolítio, venlafaxina e clonazepan. Há 12 horas iniciou o uso de trazodona. Hoje deu entrada no pronto-socorro com quadro de confusão mental, desorientação, agitação e crises convulsivas reiteradas. O exame clínico do paciente revelou rubor facial, hipertermia, diaforese, taquicardia, taquipneia, hipertensão arterial, hiperreflexia e sinal de Babinski bilateral.
Dado o quadro clínico acima descrito, assinale a opção correta.O quadro clínico é mais compatível com o da síndrome neuroléptica maligna, uma vez que o quadro se desenvolveu em poucas horas e o paciente apresenta hiperreflexia, característica dessa síndrome.
A maioria dos casos de síndrome serotoninérgica inicia-se nas primeiras 24 horas de uma mudança na dose de medicamentos de ação serotoninérgica ou do acréscimo de outra droga serotoninérgica, podendo explicar o quadro do paciente.
Os sinais e sintomas apresentados são mais compatíveis com o uso abusivo de entorpecentes e esse uso deve ser investigado antes de qualquer medida terapêutica.
O paciente está com quadro séptico e deve ser investigada a existência de infecções oportunistas.
A síndrome serotoninérgica é uma condição que ameaça a vida e poderia ser aplicável ao quadro do paciente, porém não é observada em indivíduos de sua faixa etária.
Uma paciente com dezesseis anos de idade procurou atendimento médico queixando-se de caroço no pescoço. Na avaliação clínica, constatou-se nódulo de cerca de 1 x 1 cm, de consistência elástica, localizado em topografia de lobo direito da tireoide.
Acerca dos nódulos de tireoide, assinale a opção correta.O tamanho do nódulo da paciente por si só indica exame de punção por agulha fina e citopatológico.
São mais comuns em mulheres jovens que nas de idade acima de 50 anos.
Cerca de 50% dos nódulos identificáveis são malignos.
A prevalência de câncer de tireoide é mais elevada em crianças e em mulheres entre 30 anos e 60 anos de idade.
As principais características de malignidade ao exame de ultrassom são nódulos hipoecoicos, contorno irregular, halo parcial (ou ausente) e presença de microcalcificações.
Uma mulher usuária de crack e cocaína há quatro meses foi trazida ao pronto-socorro desmaiada. Os amigos informaram que ela andava agitada nas últimas semanas. Antes de desmaiar, apresentou quadro sugestivo de crise convulsiva generalizada. Durante o exame clínico, observou-se que ela se encontrava em más condições de higiene, emagrecida, desidratada e torporosa. Sua temperatura era de 37,1 °C, e a saturação de O2 de 98 %.
A respeito dessas informações, assinale a opção correta.A prioridade de atendimento inicial deve ser a estabilização clínica, hidratação vigorosa e medidas de aporte calórico e nutricional. A paciente deve ser monitorada e submetida à investigação subsidiária, pois não se devem descartar outras condições clínicas, como infecções, alterações metabólicas, sepse e acidente vascular cerebral nesse caso.
O estado nutricional da paciente favorece o aparecimento de várias infecções. A infecção prevalente em usuários de cocaína e crack é a endocardite por estreptococos viridans.
O uso crônico de crack está associado a um risco aumentado de pneumonia bacteriana, que afeta os lobos superiores dos pulmões, condição que é conhecida como pulmão de crack.
O consumo de cocaína e crack tem sido diretamente associado à infecção pelo vírus da imunodeficiência humana e essa é a principal hipótese para justificar o quadro da paciente.
O quadro de agitação e convulsão, febre baixa e perda de apetite aponta para o diagnóstico de meningoencefalite meningocócica, muito comum em usuários de crack.
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