Questões de Medicina do ano 2013

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Paciente de 25 anos, portador de anemia falciforme, evoluiu durante crise vaso-oclusiva com hemólise e queda de hemoglobina de 7,0g/dL (habitual) para 4,0g/dL. Recebeu 02 concentrados de hemácias. Em 48 horas apresentou urina escura e contagem de hemoglobina de 3,0g/dL. Assim a principal hipótese diagnóstica é:

  • A. anemia hemolítica auto-imune
  • B. incompatibilidade ABO
  • C. sequestro esplênico
  • D. crise megaloblástica
  • E. reação transfusional hemolítica retardada

A hidroxiureia é o único medicamento capaz de modiicar a história da anemia falciforme. Quanto ao seu uso, é INCORRETO airmar:

  • A. A dose inicial deve ser de 15mg/kg/dia, com aumento gradual até chegar a 30 a 35mg/kg/dia ou mielotoxicidade.
  • B. Pacientes que apresentaram 3 ou mais crises vaso-oclusivas no último ano, síndrome torácica aguda ou transfusão fora de crise por anemia sintomática e hemoglobina <7,0g/dL têm indicação de uso de hidroxiureia.
  • C. São efeitos adversos observados: neutropenia, trombocitopenia e ulcerações em perna.
  • D. A dose inicial deve ser de 30mg/kg/dia, com aumento progressivo, até se obter mielotoxicidade.
  • E. Gestantes não devem usar o medicamento e homens, em uso da hidroxiureia, devem suspender o medicamento pelo menos 3 meses antes de tentar ter ilhos.

Paciente de 14 anos de idade, portador de anemia falciforme, com história de várias crises vaso-oclusivas e múltiplas transfusões, já em uso de hidroxiureia, apresenta um episódio de isquemia cerebral transitória. Neste caso, a(s) melhor(es) opção(ões) terapêutica(s) são:

  • A. transfusão de troca mensal para manter hemoglobina >8,0g/dL.
  • B. transfusão de troca mensal com objetivo de manter hemoglobina S <50%; considerar transplante alogênico de medula óssea HLA compatível ou haploidêntico.
  • C. transfusão simples para manter hemoglobina S <60%; considerar transplante alogênico de medula óssea com doador HLA compatível.
  • D. transfusão de troca mensal com objetivo de manter hemoglobina S <30%; considerar transplante alogênico de medula óssea, com doador HLA compatível.
  • E. transfusão de troca para manter hemoglobina >8,0g/dL; considerar transplante alogênico de medula óssea com doador HLA compatível.

Em relação à pericardite aguda, assinale a opção correta.

  • A. A pericardite que ocorre precocemente após um infarto agudo do miocárdico é conhecida como síndrome de Dressler e deverá ser tratada com anti-inlamatórios como a indometacina.
  • B. Assim como os anti-inlamatórios, os corticoides são considerados medicamentos de primeira linha para o tratamento da pericardite viral ou idiopática, e estão associados a um menor percentual de recorrências.
  • C. A colchicina deve ser mantida por no mínimo 1 ano após um primeiro episódio de pericardite idiopática, uma vez que estudos recentes demonstraram um menor percentual de recorrências em relação à recomendação prévia de 3 meses.
  • D. A pericardiocentese com biópsia pericárdica pode estar indicada nos casos suspeitos de etiologia bacteriana, tuberculosa ou neoplásica.
  • E. Embora a pericardite urêmica apresente boa resposta à terapia dialítica, sua incidência não apresenta relação com os níveis séricos de uréia e depende diretamente com a etiologia de base da doença renal.

Paciente do sexo feminino, 30 anos, portadora de síndrome de Marfan, ecocardiograma de rotina realizado há aproximadamente 1 ano revelou aorta ascendente de 40mm. Novo exame ecocardiográico realizado pelo mesmo experiente ecocardiograista, revela aorta ascendente de 45mm com insuiciência aórtica trivial. A conduta nessa situação é:

  • A. monitorar a paciente com ecocardiograma semestral até que atinja 50mm de diâmetro interno e partir daí indicar a cirurgia da aorta;
  • B. esperar a evolução da insuiciência aórtica enquanto a aorta não atingir 50mm de diâmetro interno para evitar implante precoce de prótese valvar aórtica. A partir daí, indicar a cirurgia da aorta.
  • C. indicar a cirurgia com tubo valvado, atualmente a única opção cirúrgica possível nestes casos.
  • D. preparar a paciente para cirurgia eletiva da aorta o mais breve possível além de medicação especíica.
  • E. aumentar a posologia do beta-bloqueador para reduzir a expansão da aorta e realizar ecocardiograma semestralmente.

A recomendação correta para cirurgia de revascularização do miocárdio é:

  • A. a artéria torácica interna esquerda deve ser empregada para o sistema da artéria circunlexa preferencialmente;
  • B. a artéria radial deve ser empregada para revascularizar a artéria coronária direita quando sua obstrução for superior a 70%.
  • C. a patência da artéria torácica esquerda como enxerto coronariano, na maioria dos estudos é aproximadamente 90% em 10 anos, devendo ser empregada preferencialmente na artéria interventricular anterior, incluindo diabéticos e obesos.
  • D. a artéria radial será empregada preferencialmente para a revascularização da artéria interventricular anterior nos casos de impossibilidade do uso da artéria torácica esquerda.
  • E. o emprego de ambas as artérias torácicas não está associado a maior incidência de mediastinite.

Uma mulher de 66 anos comparece para uma consulta cardiológica de “check-up”. Ela nega comorbidades ou qualquer tipo de sintoma, mas relata que fumou durante 30 anos, até os 60 anos de idade. Caminha 30 minutos 3 vezes por semana e utiliza cálcio com vitamina D como recomendação de sua ginecologista. Fez reposição hormonal durante 4 anos até os 55 anos de idade. Ao exame: eupneica, corada, acianótica, anictérica, afebril. Frequência cardíaca: 80 bpm; pressão arterial 130x80 mmHg; sopro carotídeo à direita 3+/6+; restante do exame físico sem alterações. Em seguida, foi solicitado uma ultrassonograia com doppler colorido das carótidas e vertebrais, que sugeriu uma obstrução de 70 a 99% na carótida interna direita. Em relação ao manejo da doença arterial carotídea assintomática, assinale a opção correta.

  • A. Os homens apresentam benefício na redução de eventos cerebrovasculares e da mortalidade com a endarterectomia após 5 anos, porém somente se o percentual de complicações relacionados ao procedimento for <5%.
  • B. A angioplastia é uma opção tão eicaz quanto a endarterectomia para a prevenção de eventos cerebrovasculares nos pacientes assintomáticos, uma vez que ensaios clínicos demonstraram benefícios em relação ao tratamento clínico isolado.
  • C. As mulheres apresentam um maior percentual de complicações com a endarterectomia carotídea do que os homens, o que tende a anular qualquer possível benefício oferecido pelo procedimento nesse contexto.
  • D. Nestes pacientes, o tratamento clínico e o controle dos fatores de risco devem ser rigorosos, o que inclui uma estratégia de dupla antiagregação plaquetária com aspirina e clopidogrel.
  • E. A ultrassonograia com doppler tende a subestimar a gravidade da estenose carotídea em mulheres ou quando há uma oclusão na carótida interna contralateral.

De acordo com a última deinição universal dos tipos de infarto agudo do miocárdio (IAM), elaborada em 2012, assinale a alternativa correta.

  • A. O IAM tipo 2 é o evento que ocorre espontaneamente, geralmente relacionado a uma complicação de uma placa aterosclerótica, como uma ruptura ou issura.
  • B. O IAM tipo 1 é aquele relacionado à trombose de stent, conirmado por coronariograia ou necropsia.
  • C. O IAM tipo 5 está relacionado à cirurgia de revascularização miocárdica e a sua conirmação depende apenas da elevação da creatinofosfoquinase- MB acima de 10 vezes o limite superior da normalidade.
  • D. O IAM tipo 3 corresponde aos eventos que resultam em morte, geralmente de forma súbita, quando não é possível avaliar os marcadores de necrose miocárdica.
  • E. O IAM tipo 4 corresponde aos eventos que ocorrem após procedimentos percutâneos cadíacos, como a angioplastia coronariana, a ablação de taquiarritmias, a valvuloplastia por balão e o implante de válvulas aórticas.

Os procedimentos de alta complexidade em cardiologia estão sendo cada vez mais utilizados na prática médica, apesar de, em muitos casos, não haver evidências que tais tecnologias sejam benéicas para os pacientes. Em relação ao uso do cateterismo cardíaco ambulatorial e da angioplastia coronariana no Brasil, pode-se airmar que:

  • A. a tendência nacional de realização de cateterismos cardíacos no SUS nos últimos anos é inluenciada pelas estatísticas do estado de São Paulo, uma vez que no estado do Rio de Janeiro observa-se uma variação inversa no mesmo período.
  • B. a letalidade da angioplastia eletiva com implante de 1 e 2 “stents” coronarianos no SUS é menor que 0,2% e 0,5%, respectivamente.
  • C. no Sistema Único de Saúde (SUS), o número de cateterismos cardíacos ambulatoriais realizados no país aumentou em mais de 500% ao longo da década de 2000.
  • D. estima-se que no SUS, segundo dados de Minas Gerais, o percentual de coronariograias diagnósticas sem doença coronariana obstrutiva seja de cerca de 10%, valor próximo das estatísticas estadunidenses.
  • E. E) as complicações relacionadas à angioplastia coronariana como a nefropatia por contraste, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral e as hemorragias são raras, e estudos nacionais têm mostrado uma incidência combinada menor que 2%.

Em relação às manifestações cardiovasculares da infecção pelo vírus da imunodeiciência humana (HIV) e da síndrome de imunodeiciência adquirida (SIDA), a opção correta é:

  • A. a miocardiopatia dilatada tende a ocorrer precocemente no curso da infecção, antes do desenvolvimento da SIDA.
  • B. o derrame pericárdico é um fator de mau prognóstico embora seja raro, ocorrendo em menos de 1% dos pacientes com SIDA.
  • C. os inibidores da integrase são os agentes mais frequentemente associados a efeitos desfavoráveis sobre o peril lipídico.
  • D. os pacientes infectados pelo HIV apresentam um risco maior de doença arterial coronariana, mesmo na ausência da terapia antirretroviral ou SIDA.
  • E. a hipertensão arterial pulmonar só ocorre associada ao acometimento miocárdico, quando já há disfunção sistólica do ventrículo esquerdo.
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