Questões de Medicina do ano 2020

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Idosa de 74 anos vem à consulta acompanhada pela filha, a qual alega que a mãe tem tido problemas de memória nos últimos 04 meses. Estes começaram depois de ter sofrido uma queda em que fraturou o joelho direito quando ainda morava sozinha no interior, precisando se mudar para a casa da filha em João Pessoa. Viúva há 03 anos, 04 filhos, agricultora aposentada, estudou até a 5ª série e nunca aceitou a ideia de mudar de cidade. A filha relata que a mãe tem esquecido onde tem colocado objetos pessoais e às vezes não consegue evocar o nome de parentes e até situações do passado remoto. Após avaliação da função cognitiva da paciente, aplicando o Mini Exame do Estado Mental (MEEM), obteve-se ao final um score de 26 pontos. Considerando a história e o resultado do MEEM, assinale a alternativa que contém a interpretação e a conduta mais adequadas.

    A)

    A paciente apresenta um score baixo e necessita ser encaminhada para avaliação neuropsicológica específica.



    B) A história e a pontuação no MEEM confirmam a hipótese diagnóstica de demência de Alzheimer, sendo necessário tratamento farmacológico.

    C) A paciente apresenta uma pontuação adequada no MEEM e o médico deveria aprofundar o diagnóstico diferencial com depressão.

    D) A paciente apresenta uma pontuação adequada no MEEM e isso já é suficiente para descartar diagnósticos relacionados a demências ou transtornos de humor.

    E) A história e a pontuação no MEEM sugerem a hipótese diagnóstica de demência de origem vascular.

Paciente, sexo masculino, 42 anos, apresentando tosse com pouca expectoração há 03 meses sem outras queixas. Refere que a tosse piora à noite ao deitar e atrapalha o sono. Há cerca de um mês fez uso de azitromicina por 05 dias sem melhora. Nega tabagismo ou patologias prévias. Considerando a história do paciente, assinale a alternativa correta.

    A) Trata-se de rinossinusite aguda, cujo diagnóstico é clínico. Tratamentor com amoxicilina + clavulanato por 21 dias.

    B) A Doença do Refluxo Gastroesofágico é uma hipótese plausível e pode ser tratada com mudanças de hábitos de vida e Inibidores da bomba de prótons.

    C) Trata-se de um sintomático respiratório e Tuberculose não pode ser excluída, logo, sendo discreta a expectoração, é mandatório realização de lavado brônquico alveolar.

    D) A ausência de febre, perda de peso e expectoração (tríade de Westapem) excluem a hipótese de tuberculose.

    E) A radiografia de seios da face é o padrão ouro na identificação de sinusite crônica e deve ser solicitada.

Homem de 31 anos, recém-chegado à cidade (cerca de 02 meses), procurou a UBS relatando quadro de tosse produtiva, com febre e calafrios vespertinos. Afirma que há 03 meses apresentou esse mesmo quadro associado a uma perda ponderal de cerca de 04 Kg. Na ocasião, a baciloscopia de escarro deu positiva e iniciou o tratamento para Tuberculose, percebendo melhora parcial dos sintomas, mas suspendeu 03 semanas depois quando se mudou para a cidade atual. Considerando a história do paciente, qual seria a melhor conduta neste momento?

    A) Reiniciar o tratamento com o Esquema Básico (2RHZE/4RH).

    B) Solicitar cultura com teste de sensibilidade, iniciar o esquema básico e encaminhar ao serviço de referência secundária.

    C) Encaminhar para a referência secundária, já que necessitará de esquemas especiais.

    D) Iniciar o tratamento com o esquema 3RHZE/6RH.

    E) Referenciar para nível terciário, considerando a falha terapêutica e o risco de multirresistência.

Mãe retorna com seu filho de 02 anos após 02 dias da última consulta, quando, em razão de um quadro de febre alta persistente há 03 dias, foi diagnosticada sindromicamente com uma doença febril aguda de origem provavelmente viral, não sendo então possível fechar um diagnóstico preciso. Agora, a mãe diz que a febre desapareceu desde a noite anterior, mas que surgiram lesões avermelhadas no peito da criança. Nega outras queixas. Ao exame, constata-se que a criança está ativa, afebril, sem linfadenopatias, com um exantema maculopapular de tipo morbiliforme no tórax. Ausculta respiratória e exame de orofaringe normais. Diante do quadro, qual a hipótese diagnóstica mais provável?

    A) Eritema Infeccioso

    B) Sarampo

    C) Exantema súbito

    D) Escarlatina

    E) Rubéola

Homem de 47 anos foi diagnosticado há cerca de 09 meses com Diabetes Melito tipo 2. Mesmo adotando dieta hipoglicêmica e mudanças no estilo de vida, não conseguiu o controle glicêmico adequado, sendo instituído o tratamento farmacológico com metformina 850mg/dia há cerca de 03 meses. Nega tabagismo, consome bebidas alcoólicas esporadicamente e desde que foi diagnosticado pratica exercícios físicos 03 vezes por semana, tendo perdido 04 Kg. Não tem histórico familiar nem pessoal de doenças cardiovasculares ou cerebrovasculares. No momento, assintomático. Traz os resultados dos exames laboratoriais solicitados há 01 mês: glicemia de jejum 127mg/dL, HbA1c 7,2%, hemoglobina 13,3g/dL, colesterol total 172 mg/dL, LDLc 95 mg/dL, HDLc 55mg/dL creatinina 0,9 mg/dL, potássio 5,2 mEq/L e sumário de urina sem alterações. Sinais vitais e dados antropométricos medidos pela enfermagem: PA 110/70mmHg, FC 84 bpm, FR 18 irpm, T 36,2 °C, peso 79g, altura 1,73m. Tendo em vista a otimização do cuidado ao paciente diabético quanto à prevenção, ao rastreamento a ao manejo das complicações macro e microvasculares, assinale a alternativa correta.

    A) Está indicada a coleta de amostra de urina isolada, primeira da manhã ou amostra casual, para se medir o índice albumina/creatinina ou a concentração de albumina.

    B) Não se deve indicar estatinas para o paciente uma vez que as mesmas são efetivas apenas na prevenção secundária de eventos cardiovasculares.

    C) O benefício do AAS na prevenção primária de eventos cardiovasculares tem evidências inequívocas, razão pela qual o paciente deve iniciar terapia antiplaquetária.

    D) O rastreamento da retinopatia diabética está indicada no momento do diagnóstico e, se não houver evidências desta complicação, o exame deve ser repetido em 05 anos.

    E) Diante da suspeita de neuropatia diabética deve-se iniciar o tratamento com antidepressivo tricíclico (amitriptilina, por exemplo), primeira escolha nesta situação.

O Programa Saúde da Família (PSF) é o modelo de organização da atenção primária (APS) adotado no Brasil em 1994. Elevado à condição de Estratégia Saúde da Família ao final dos anos 1990, na medida em que é reconhecido como a estratégia de reorientação da atenção básica brasileira, adota uma concepção de APS integral, pautada nas seguintes características: primeiro contato/porta de entrada, longitudinalidade, integralidade e coordenação de cuidado. Considerando esses quatro atributos essenciais da APS, analise qual deles se relaciona com exemplos abaixo de situações em que os mesmos são afirmados ou negados. Em seguida, assinale a alternativa com a sequência correta.

Exemplo 1: Sheila, 41 anos, vai ao médico da UBS e se queixa de que sua menstruação tem sido mais volumosa nos últimos meses e acompanhada de dores intensas. Além disso, tem se sentido ansiosa e fragilizada emocionalmente, pois não percebe carinho e afeto por parte do esposo. Entretanto, é interrompida pelo médico: “Nesse caso, você precisa de um psicólogo. Vou fazer seu encaminhamento.”

Exemplo 2: Caio tem 04 anos e sua mãe o traz novamente à UBS, pois está, mais uma vez, com falta de ar e sibilância. O médico recupera as informações das últimas consultas no prontuário para buscar classificar adequadamente a asma brônquica e rever o tratamento.

Exemplo 3: Francisco tem 67 anos e é portador de múltiplas comorbidades: hipertensão, diabetes, osteoartrose e doença do refluxo gastroesofágico. Procura o médico da UBS porque diz não estar se dando bem com os anti-inflamatórios prescritos pelo reumatologista particular que procurou.

Exemplo 4: Aldemir, 65 anos, apresentou episódios de evacuação com discreta quantidade de sangue nas fezes nas últimas semanas, motivo pelo qual procurou a UBS. Todavia, foi informado de que a agenda de consultas seria aberta daqui a 15 dias e que até lá só havia possibilidade de encaixar urgências.

    A) Coordenação do Cuidado – Longitudinalidade – Integralidade – Porta de Entrada

    B) Longitudinalidade – Integralidade – Coordenação do Cuidado – Porta de Entrada

    C) Integralidade – Longitudinalidade – Coordenação do Cuidado – Porta de Entrada

    D) Coordenação do Cuidado – Integralidade – Porta de Entrada – Longitudinalidade

    E) Integralidade – Coordenação do Cuidado –Porta de Entrada – Longitudinalidade

Leia a história seguinte:


Sebastiana, 36 anos, doméstica diarista, separada há 01 ano, mãe de três crianças (08, 06 e 04 anos) procura pela terceira vez na semana a unidade básica de saúde de seu bairro para atendimento médico, preocupada com uma tosse seca que vem sentindo há cerca de 20 dias. Todavia, novamente as fichas já tinham acabado e ela não consegue a consulta. “Você precisa chegar mais cedo, pois a fila começa aqui bem antes de abrir o posto”, diz a recepcionista. Sebastiana vai para casa preocupada sobre como vai fazer para obter uma ficha se tem que arrumar as crianças e deixá-las na escola cedo e não tem mais ninguém em casa que possa ajudá-la nisso.


A UBS em questão não conta com marcação prévia de consultas nem com formas alternativas de organizar o processo de acolhimento da demanda espontânea. Infelizmente essa é uma realidade ainda muito presente em inúmeros municípios brasileiros no âmbito da atenção básica. Qual dos princípios doutrinários do SUS não está sendo garantido na situação descrita acima?

    A) Universalidade

    B) Regionalização

    C) Hierarquização

    D) Integralidade

    E) Equidade

Mulher de 66 anos, hipertensa há 10 anos e diabética há 04 anos, em tratamento respectivamente com losartana 50mg 12/12h e metformina 850mg 8/8h, retorna sem queixas para apresentar o resultado dos exames laboratoriais: glicemia de jejum 113 mg/dL, HbA1c 7,3%, hemoglobina 12,3 g/dL, colesterol total 231 mg/dL, uréia 44 mg/dL, creatinina 1,4 mg/dL, potássio 5,3 mEq/L. Sinais vitais e dados antropométricos medidos pela enfermagem: PA 130/80mmHg, FC 82 bpm, FR 17 irpm, T 36,4 °C, peso 64 Kg, altura 1,55m. De acordo com os dados acima, e levando em conta a fórmula de Cockcroft-Gault, em que estágio de Doença Renal Crônica se encontra a paciente e qual deve ser a melhor conduta?

    A) Paciente com estágio 3A, deve necessariamente fazer o acompanhamento conjunto com nefrologista.

    B) Paciente com estágio 3A, sem critério de encaminhamento para o nefrologista, deve iniciar tratamento com reposição parenteral de ferro.

    C) Paciente com estágio 3B sem critério de encaminhamento para o nefrologista, deve iniciar tratamento com eritropoietina.

    D) Paciente com estágio 3B, deve necessariamente fazer o acompanhamento conjunto com nefrologista.

    E) Paciente com estágio 4, deve ser acompanhada por nefrologista para iniciar tratamento dialítico.

Idosa de 69 anos, viúva, 05 filhos, hipertensa e diabética, vem para UBS acompanhada de sua filha para consulta de rotina do Hiperdia. Em tratamento com metformina 850 mg/dia há 05 anos e hidroclorotiazida 25 mg/dia há 08 anos. PA = 130 x 70 mmHg, glicemia capilar = 126 mg/dL. Últimos exames laboratoriais há 03 meses registram a HbA1c = 7,5% e glicemia de jejum de 114 mg/dL. Nega queixas, porém a filha alega que a paciente tem apresentado incontinência urinária há mais de 03 anos, mas que sempre teve vergonha de falar isso aos médicos. Recentemente, estando gripada dias atrás, o problema se tornou mais evidente. Vem saindo menos de casa por causa do problema e também tem evitado beber líquidos com frequência. Relata constipação intestinal, que se agravou depois do diabetes. Histórico cirúrgico revela apenas uma colecistectomia há 18 anos. Afirma que o volume perdido é pequeno e que não tem dificuldades de ir ao banheiro. Nega disúria e polaciúria. Diante do quadro, qual é a hipótese diagnóstica mais provável?

    A) Incontinência Urinária de Urgência

    B) Incontinência Urinária de Esforço

    C) Incontinência Urinária de Sobrefluxo

    D) Incontinência Urinária Funcional

    E) Incontinência Urinária Mista

Paciente masculino de 58 anos, hipertenso e diabético, tabagista e sedentário, com história de um episódio de dormência e hemiparesia direita por cerca de 01 hora há 05 meses, vem à consulta de acompanhamento na unidade básica de saúde. Pressão arterial e glicemia capilar controladas. Em tratamento com losartana 50 mg/dia e metformina 1.700 mg/dia. Como novo médico da UBS, qual seria a melhor conduta inicial dentre as opções abaixo:

    A) Classificando o paciente como de alto risco cardiovascular, proibir a realização de atividade física.

    B) Encaminhar o paciente de imediato aos especialistas focais (neurologista e cardiologista).

    C) Agir intensivamente sobre os fatores de risco e as mudanças do estilo de vida, sem recorrer a intervenções farmacológicas, na perspectiva da prevenção quaternária.

    D) Como não há evidência do benefício das estatinas na prevenção primária de eventos cardiovasculares, agir intensivamente sobre os fatores de risco e introduzir o AAS.

    E) Agir intensivamente sobre os fatores de risco e introduzir estatina e AAS, se não houver contraindicações.

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