Questões sobre Cardiologia

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Em todas as situações clínicas abaixo devemos realizar a proilaxia da endocardite infecciosa, EXCETO nos pacientes:

  • A. com prolapso de valva mitral com regurgitação que serão submetidos a procedimento do trato urinário.
  • B. com prótese valvar cardíaca e história de endocardite infecciosa
  • C. com valva aórtica bicúspide.
  • D. submetidos à plastia valvar.
  • E. com cardiomiopatia hipertróica com obstrução latente.

Em relação aos fármacos anti-hipertensivos, a alternativa correta é:

  • A. todos os betabloqueadores, incluindo o carvedilol e nebivolol, pioram o peril lipídico e glicídico.
  • B. o alisquireno é um anti-hipertensivo que comprovadamente reduz a morbimortalidade cardiovascular em diabéticos, principalmente quando associado a um inibidor da enzima conversora de angiotensina ou bloqueador do receptor AT1.
  • C. os bloqueadores do receptor AT1 estão associados ao mesmo risco de desenvolvimento de angioedema do que os inibidores da enzima conversora de angiotensina.
  • D. o diltiazem e o verapamil apresentam a mesma potência inotrópica, cronotrópica e dromotrópica negativa.
  • E. os idosos, obesos e tabagistas são mais sensíveis aos efeitos anti-hipertensivos dos tiazídicos, que também estão associados à redução da perda de massa óssea em mulheres na pós-menopausa.

Diversas drogas utilizadas fora da cardiologia podem apresentar efeitos cardiovasculares adversos, de gravidade variável. Nesse contexto, a opção que apresenta correlação INCORRETA entre a droga e o respectivo efeito adverso cardiovascular é:

  • A. ciclofosfamida / miopericardite
  • B. paclitaxel / infarto agudo do miocárdio
  • C. dexfenluramina / hipertensão arterial pulmonar
  • D. azitromicina / torsades des pointes
  • E. amitriptilina / ibrilação atrial

Um homem de 78 anos é atendido no serviço de emergência com dor torácica retroesternal em aperto, de início há 2 horas. Ele é hipertenso, diabético e ex-tabagista. Estava em uso de metformin e enalapril. Nega alergias, passado de doença cerebrovascular ou insuiciência renal. Ao exame está taquipneico, sudoreico e com o sinal de Levine. Frequência cardíaca: 90 bpm; pressão arterial: 160x90 mmHg, Peso relatado de 75kg. Murmúrio universalmente audível sem ruídos adventícios; ritmo cardíaco regular, 3 tempos (B4), bulhas normofonéticas, sem sopros; abdome e membros inferiores sem alterações. O eletrocardiograma revelou ritmo sinusal com supra de ST de 3mm V1-V4. Assumindo que o paciente não apresenta contraindicações à trombólise, assinale a opção correta em relação à terapêutica antitrombótica via oral (VO), subcutânea (SC) e intravenosa (IV).

  • A. Aspirina 200mg VO indeinidamente; clopidogrel 75mg VO por 14 dias; enoxaparina 0,75mg/kg SC 12/12h por 2 a 8 dias; tenecteplase 40mg IV em bolus.
  • B. Aspirina 200mg VO indeinidamente; clopidogrel 75mg VO por 14 dias; enoxaparina 0,75mg/kg SC 12/12h por 2 a 8 dias; tenecteplase 40mg IV em bolus.
  • C. Aspirina 200mg VO indeinidamente; clopidogrel ataque de 300mg seguido de 75mg VO por 14 dias; enoxaparina bolus IV de 30mg seguido de 0,75mg/kg SC 12/12h por 2 a 8 dias, tenecteplase 40mg IV em bolus.
  • D. Aspirina 200mg VO indeinidamente; enoxaparina bolus IV de 30mg seguido de 1mg/kg SC 12/12h por 2 a 8 dias; tenecteplase 40mg IV em bolus.
  • E. Aspirina 200mg VO indeinidamente; clopidogrel 75mg VO indeinidamente; enoxaparina 1mg/kg SC 12/12h por 2 a 8 dias; alteplase 100mg IV em 60 minutos.

Uma mulher de 35 anos, assintomática e sem comorbidades conhecidas, entrou para uma acade-mia visando praticar atividade física. Porém, o estabelecimento exigiu a realização de um teste ergométrico antes de aceitar a sua adesão. A candidata, então, foi submetida ao exame, e o laudo mostrou: exame interrompido com 11 METS pelo protocolo de Bruce devido à exaustão. Não houve relato de sintomas, arritmias ou alterações na pressão arterial, porém apresentou um infradesnível de ST retiicado de 2mm de V1-V4 com 7 METS, que voltou à linha de base com 1 minuto de recuperação. Considerando que o seu exame físico é normal, a melhor conduta a ser tomada é:

  • A. complementar a avaliação com uma cintilograia miocárdica, pois se esta for positiva, a probabilidade de doença arterial coronariana é maior que 50%.
  • B. liberar a paciente para realizar atividade física de acordo com a sua tolerância, pois provavelmente o teste é um falso positivo, com uma probabilidade pós-teste abaixo de 6% para doença coronariana.
  • C. complementar a avaliação com uma angiotomograia de coronárias, pois se for visualizada alguma lesão, pode-se conirmar o diagnóstico de doença coronariana com um valor preditivo positivo acima de 80%.
  • D. não há diferença em complementar a avaliação com uma cintilograia miocárdica, ecocardiograma de estresse, ressonância cardíaca ou angiotomograia de coronárias, pois qualquer resultado positivo entre estes exames deverá levar à realização de uma coronariograia.
  • E. indicar uma coronariograia para conirmar se a alteração no teste ergométrico é resultado um falso positivo ou falso negativo para doença coronariana.

Nos últimos anos diversos ensaios clínicos publicados na área de cardiologia, como o EINSTEIN, SYNTAX e RELY, têm utilizado um modelo que avalia a não-inferioridade de um tratamento novo em relação ao tratamento padrão. Em relação aos estudos de não-inferioridade, assinale a alternativa correta.

  • A. Este é o modelo de estudo mais adequado quando um tratamento novo é comparado ao placebo.
  • B. Este não é o melhor modelo para avaliar um tratamento novo que pode ser tão eicaz quando o padrão, mas é mais barato e fácil de administrar.
  • C. Se o estudo apresentar um alto percentual de cruzamento entre os grupos avaliados, a análise por intenção de tratar tenderá a mostrar que o tratamento novo é inferior ao padrão.
  • D. A análise “por protocolo”, em que somente são avaliados os pacientes que efetivamente receberam o tratamento para o qual eles foram randomizados, não é útil para esse tipo de estudo, principalmente se houver um alto percentual de cruzamento de pacientes entre os grupos avaliados
  • E. Nesse tipo de estudo, o teste de signiicância é unicaudal e avalia-se somente o limite superior do intervalo de coniança de 95%.

Uma mulher de 44 anos foi diagnosticada com linfoma gástrico e submetida a 6 ciclos de quimioterapia com o esquema CHOP (ciclofosfamida, doxorrubicina, vincristina e dexametasona). Três semanas após o término do tratamento começou a evoluir com cansaço, edema de membros inferiores e dispneia paroxística noturna. Nega hipertensão arterial, diabetes, tabagismo ou história familiar de cardiopatia. Ao exame: lúcida, taquipneica em ar ambiente, com leve esforço, hipocorada, acianótica, anictérica, afebril. Frequência cardíaca: 110 bpm; pressão arterial: 100x56 mmHg; ausculta com crepitação bibasal, ritmo cardíaco regular, em 3 tempos (B3), bulhas normofonéticas, sopro sistólico 2+/6+ em foco mitral, turgência jugular patológica a 90º. Abdome com fígado a 8 cm do rebordo costal direito, doloroso. Membros inferiores com edema bilateral com cacifo 2+/4+. Em relação ao quadro clínico apresentado, a opção correta é:

  • A. o dexrazoxano é um quelante intracelular que está indicado de rotina para a proilaxia de cardiotoxicidade relacionada às antraciclinas.
  • B. o risco de cardiotoxicidade relacionada às antraciclinas é diretamente proporcional à dose cumulativa administrada, embora infusões mais prolongadas e as formulações lipossomais pareçam reduzir esse risco.
  • C. o carvedilol e o enalapril comprovadamente reduzem o risco de cardiotoxicidade relacionada às antraciclinas, embora tal efeito seja perdido em doses cumulativas > 550mg/m2.
  • D. assim como as antraciclinas, a cardiotoxicidade da ciclofosfamida depende mais da dose cumulativa do que da quantidade administrada em cada ciclo e a forma tardia de toxicidade é a apresentação mais comum.
  • E. a radioterapia não inluencia o risco de cardiotoxicidade por quimioterápicos, uma vez que a irradiação só é nociva ao pericárdio.

Uma mulher de 60 anos comparece à consulta referindo perda ponderal de 10kg em 2 meses e cansaço aos esforços. Ela relata que nos últimos meses vinha apresentando também constipação intestinal, mas há cerca de 1 mês tem evoluído com diarreia, associada a desconforto abdominal. As fezes são líquidas, sem sangue, e as evacuações não melhoram mesmo após permanecer em jejum por várias horas. Além disso, em cerca de 3 ocasiões nas últimas semanas, apresentou subitamente durante a refeição uma sensação de calor na face e tórax, associada a rubor local e chiado ao respirar. Ao exame: eupneica, hipocorada, acianótica, anictérica, afebril. Frequência cardíaca: 88 bpm; pressão arterial: 126x70 mmHg, murmúrio universalmente audível sem ruídos adventícios, ritmo cardíaco regular, 2 tempos, bulhas normofonéticas, sopro sistólico e diastólico 2+/6+ em foco tricúspide, turgência jugular patológica a 45º e pulso venoso com ondas “a” e “v” aumentadas. Abdome sem massas palpáveis, com fígado a 8 cm do rebordo costal direito, com a borda dolorosa, endurecida e superfície irregular. Membros inferiores com edema bilateral com cacifo 2+/6+. Considerando o diagnóstico mais provável, a airmativa correta é:

  • A. esta síndrome afeta o lado esquerdo do coração em menos de 10% dos pacientes, pois na maioria dos casos os mediadores hormonais são inativados nos pulmões antes de chegarem às cavidades esquerdas.
  • B. a estenose tricúspide é a complicação valvar mais frequentemente encontrada nesta síndrome.
  • C. a troca valvar deve ser realizada precocemente independentemente dos sintomas, pois mesmo as válvulas biológicas são resistentes aos efeitos degenerativos dos mediadores hormonais.
  • D. cerca de 5% dos pacientes com a síndrome apresentam acometimento cardíaco.
  • E. além das lesões valvares, esta síndrome pode cursar com uma miocardiopatia dilatada, resultando em disfunção sistólica biventricular desproporcional ao grau das valvulopatias.

Em relação ao exame físico cardiovascular, assinale a alternativa INCORRETA.

  • A. O aumento da turgência jugular com a inspiração é conhecido como sinal de Kussmaul ou pulso paradoxal venoso e é característico de pacientes com pericardite constrictiva
  • B. O pulso paradoxal arterial pode estar presente em pacientes com tamponamento cardíaco, pericardite constrictiva, asma brônquica, embolia pulmonar ou durante a gravidez.
  • C. O pulso carotídeo bisferiens pode ser encontrado em pacientes com regurgitação aórtica grave, dupla lesão aórtica ou miocardiopatia hipertróica.
  • D. A insuiciência mitral resultante de um infarto inferior geralmente produz um sopro que não irradia para a axila e sim para a região anterior do precórdio em direção à borda esternal esquerda e focos da base.
  • E. A palpação do ictus do ventrículo esquerdo corresponde à fase de relaxamento isovolumétrico do ciclo cardíaco.

Muitos conhecimentos utilizados na medicina atual, especialmente dentro da cardiologia, são retirados de ensaios clínicos. Nesse contexto, a opção correta em relação à interpretação desse tipo de estudo é:

  • A. a utilização de desfechos substitutos nos estudos permite que eles sejam menos onerosos e mais rápidos e os seus resultados podem ser extrapolados idedignamente para desfechos clínicos sem a necessidade de outras evidências.
  • B. a interpretação do valor de p refere-se ao erro tipo II, em que a conirmação da hipótese alternativa no estudo é, na verdade, um achado ao acaso.
  • C. a redução estatisticamente signiicante de um desfecho composto (múltiplos desfechos analisados conjuntamente) signiica que o tratamento foi capaz de atuar sobre todos os seus componentes com a mesma eicácia.
  • D. a principal inalidade da análise por intenção de tratar é de preservar a alocação randômica dos pacientes para cada um dos grupos de tratamento do estudo.
  • E. quando o intervalo de coniança de 95% apresenta limites inferior e superior abaixo e acima de 1, respectivamente, já é possível afastar a possibilidade do tratamento avaliado ser maléico em relação à terapêutica padrão.
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