Questões sobre Cardiologia

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Um homem de 62 anos portador de hipertensão arterial, dislipidemia e passado de infarto agudo do miocárdio (IAM) há cerca de 5 anos, tratado conservadoramente, foi encaminhado para a realização de um risco cirúrgico. A cirurgia proposta é de hemicolectomia esquerda devido à neoplasia de cólon. Após o IAM, o paciente realizou um programa de reabilitação cardíaca e atualmente caminha 4 vezes por semana durante 1 hora. Nega qualquer episódio de dor torácica após o infarto e está em uso de aspirina 100mg/d, atenolol e sinvastatina. Frequência cardíaca: 58 bpm; pressão arterial: 120x70 mmHg e o restante do exame físico normal. Eletrocardiograma: ritmo sinusal + zona inativa antero-septal. Laboratório sem alterações. Em relação ao manejo do risco cardiovascular na avaliação pré-operatória, a opção mais adequada é:

  • A. o paciente deve ser submetido a um teste não invasivo para avaliação de isquemia miocárdica e, se necessário, uma coronariograia.
  • B. o paciente não precisa de outros exames cardiológicos, mas deverá suspender o uso da aspirina 7 dias antes do procedimento e reintroduzi-lo 2 dias após o mesmo, salvo qualquer complicação hemorrágica pós-operatória.
  • C. o paciente pode ser liberado para o procedimento com as medicações de uso habitual, mas se fosse uma cirurgia vascular estaria indicada uma coronariograia pré-operatória
  • D. o paciente deve manter as medicações de uso habitual e ser liberado para a cirurgia sem outros exames cardiológicos.
  • E. segundo dados do estudo POISE, em pacientes que utilizam algum betabloqueador, este deverá ser suspenso no pré-operatório, porque a sua manutenção está associada a um aumento da mortalidade, embora com um menor percentual de infartos.

Considerando os principais estudos relacionados ao uso do cardiodesibrilador implantável (CDI) para a prevenção de morte súbita, é correto airmar que:

  • A. no estudo MADIT I, que avaliou o uso do CDI na prevenção primária de morte súbita em pacientes com passado de infarto do miocárdio, houve uma redução da mortalidade associada ao uso do dispositivo, mesmo com 80% dos pacientes estando em uso de betabloqueadores.
  • B. o estudo AVID, que avaliou o benefício do CDI em pacientes com história de taquiarritmias ventriculares sintomáticas, mostrou que este dispositivo estava associado à redução da mortalidade global em relação à terapias antiarritmicas diversas, embora a análise de subgrupo tenha sugerido um benefício apenas nos pacientes com fração de ejeção do ventrículo esquerdo ≤35%
  • C. o estudo MADIT II, que avaliou o uso do CDI na prevenção primária de morte súbita em pacientes com passado de infarto do miocárdio, o benefício do implante foi restrito aos pacientes com fração de ejeção do ventrículo esquerdo <30% e taquicardia ventricular sustentada induzida no estudo eletroisiológico.
  • D. no estudo SCD-HeFT, que avaliou o uso do CDI na prevenção primária de morte súbita em pacientes com cardiopatia isquêmica e não-isquêmica, a amiodarona foi inferior ao implante do dispositivo, mas nos pacientes em classe funcional III da NYHA ela foi superior ao placebo.
  • E. o estudo DINAMIT, que avaliou o uso do CDI na prevenção primária de morte súbita em pacientes com um infarto do miocárdio recente (menos de 40 dias), mostrou que este grupo apresentou uma redução da mortalidade global com o implante do dispositivo.

No contexto da prevenção primária de eventos cardiovasculares, a alternativa correta é:

  • A. um escore de cálcio coronariano >100 é capaz de reposicionar o risco cardiovascular do paciente para um nível mais elevado, e ensaios clínicos randomizados mostraram que neste contexto a mudança de alvos terapêuticos de colesterol LDL está associada à redução de eventos cardiovasculares.
  • B. a aspirina em baixas doses é capaz de reduzir a incidência de infartos em mulheres acima de 55 anos e acidentes vasculares cerebrais isquêmicos em homens acima de 45 anos, sem afetar a letalidade cardiovascular.
  • C. o acompanhamento posterior dos pacientes do estudo UKPDS, que avaliou os benefícios do controle glicêmico rigoroso em pacientes com diabetes tipo 2, sugeriu que essa conduta na fase inicial da doença está associada à redução de eventos macrovasculares a longo prazo, fenômeno conhecido como “memória metabólica”.
  • D. o tratamento da hipertrigliceridemia com fibratos está associado à redução da letalidade cardiovascular a longo prazo, sem alterar a mortalidade global.
  • E. segundo o estudo JUPITER, que avaliou o benefício da rosuvastatina neste contexto de prevenção primária, após uma média de 1,9 anos de acompanhamento tal medicamento foi capaz de prevenir eventos cardiovasculares em pacientes diabéticos com LDL<130mg>2 mg/L.

Em relação às miocardiopatias primárias, é correto airmar que:

  • A. na miocardiopatia hipertróica, apenas 15% dos pacientes apresentam algum gradiente no trato de saída do ventrículo esquerdo em repouso ou durante o exercício.
  • B. na miocardiopatia arritmogênica do ventrículo direito, o ventrículo esquerdo pode ser acometido em até 75% dos casos.
  • C. no miocárdio não compactado, o risco de tromboembolismo não justiica a anticoagulação como prevenção primária, independentemente da função do ventrículo esquerdo.
  • D. a miocardiopatia periparto é mais comum em mulheres com <30 anos, nulíparas e com gestações não-gemelares.
  • E. o padrão eletrocardiográico característico da síndrome de Brugada pode ser intermitente e tende a desaparecer durante a manobra vagal, ingestão alcoólica e nos estados febris.

Em relação ao acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico, podemos airmar que:

  • A. os ensaios clínicos RESPECT e PC-Trial, que avaliaram o benefício do fechamento percutâneo do forame oval patente após um AVC criptogênico, conirmaram que tal procedimento reduz o percentual de recorrências de eventos cerebrovasculares.
  • B. em jovens, a identiicação de anticorpos anticardiolipina em duas ocasiões com mais de 12 semanas de intervalo é indicação de anticoagulação oral por tempo indeterminado, visando um INR entre 2 e 3.
  • C. os casos associados à ibrilação atrial devem ser tratados com controle rigoroso do ritmo cardíaco para a prevenção de novos eventos embólicos, sendo essa uma indicação de ablação da arritmia.
  • D. nos pacientes que apresentam endocardite infecciosa com indicação cirúrgica, o procedimento deve ser postergado por 6 semanas após o evento cerebrovascular.
  • E. nos casos de AVCs lacunares, está indicada a associação de aspirina com clopidogrel para a prevenção secundária de novos eventos, uma vez que a eicácia é maior e o peril de segurança semelhante quando comparado ao uso de apenas um antiplaquetário.

Considere um ensaio clínico hipotético de prevenção primária de doença coronariana que comparou uma nova droga “X”, utilizada para reduzir o colesterol, contra o placebo, para prevenir eventos cardiovasculares. O estudo mostrou que a droga “X” foi capaz de reduzir o risco de infarto agudo do miocárdio (IAM) em relação ao placebo. A população foi acompanhada durante 6 anos, e o resultado foi estatisticamente signiicante (7% de IAM no grupo placebo x 5% no grupo tratado com a nova droga). O estudo, então, concluiu que a população em questão teria benefício ao utilizar o novo tratamento. Entretanto, o cálculo do NNT (número necessário para tratar) em 6 anos revelou que a maior parte dos pacientes não se beneiciaria do novo medicamento. O valor do NNT no exemplo dado acima é:

  • A. 50
  • B. 200
  • C. 300
  • D. 150
  • E. 100

A doença que NÃO está associada ao desenvolvimento de insuiciência aórtica é:

  • A. artrite reumatóide
  • B. doença de Crohn
  • C. doença de Whipple
  • D. lupus eritematoso sistêmico
  • E. esquistossomose

Um homem de 50 anos com história de ibrilação atrial (FA) crônica, sem outras comorbidades, foi submetido a uma ablação percutânea por radiofrequência da arritmia há cerca de 4 meses. O procedimento foi realizado com sucesso, não havendo recidiva clinicamente manifesta da FA desde então. Há cerca de 3 meses, o paciente vem apresentando dispneia progressiva, edema de membros inferiores e aumento do volume abdominal. Atualmente, encontra-se com dispneia em repouso. Nega febre ou dor torácica durante todo período. Ao exame: lúcido, orientado, taquidispneico em ar ambiente, corado, peristalse presente, ascite, anictérico, afebril. Frequência cardíaca: 96 bpm, PA: 110x60 mmHg. Murmúrio vesicular reduzido nas bases, com crepitação bilateral até nos 2/3 inferiores. Ictus do ventrículo esquerdo impalpável, ictus do ventrículo direito (VD) e choque valvar em foco pulmonar palpáveis. Ritmo cardíaco regular, em 3 tempos (B3 de VD), bulhas normofonéticas, P2>A2, sopro sistólico 3+/6+ em borda esternal esquerda que aumenta com a inspiração, turgência jugular patológica a 90º, com pressão venosa central de 16 cmH20 e onda “v” gigante no pulso venoso. Abdome: peristalse presente, ascite e, com pulsação hepática palpável, hepatimetria de 15 cm, espaço de Traube timpânico. Membros inferiores com edema bilateral 3+/4+, simétrico, frio, indolor, com cacifo, pulsos pediosos palpáveis. Eletrocardiograma: ritmo sinusal, sobrecarga de átrio e ventrículo direito. Radiograia de tórax: Aumento da área cardíaca, à custa de cavidades direitas. Inversão da trama vascular bilateralmente sugestiva de congestão pulmonar. Derrame pleural bilateral. Mediante o quadro apresentado acima, o diagnóstico mais provável e o exame mais indicado para conirmá-lo são:

  • A. estenose de veias pulmonares / ressonância nuclear magnética cardíaca.
  • B. infarto agudo do miocárdio pós-ablação da FA / coronariograia.
  • C. C) tromboembolismo pulmonar / angiotomograia pulmonar.
  • D. dissecção aórtica / ecocardiograma transesofágico.
  • E. miocardite viral / biópsia miocárdica.

A opção que NÃO representa um critério de reperfusão após a utilização de ibrinolítico no infarto agudo do miocárdio com supra de ST é:

  • A. redução de no mínimo 50% no supra de ST.
  • B. alívio da dor torácica.
  • C. pico enzimático precoce.
  • D. ocorrência do ritmo idioventricular acelerado.
  • E. ausência de disfunção ventricular segmentar no ecocardiograma.

Uma mulher de 68 anos com diabetes, hipertensão e hipotireoidismo de longa data, em uso de enalapril, levotiroxina e metformina, é levada à emergência após um quadro de síncope. O marido relata que na última semana a paciente vinha apresentando tonteira, dispneia progressiva e edema de membros inferiores. A síncope ocorrera pela manhã, ao levantar para ir ao banheiro, negando pródromos, dor torácica, traumatismo craniano ou liberação esincteriana. Além disso, estava em uso de diclofenaco 50mg 4 vezes/dia há 2 semanas devido à artralgia no joelho direito. Ao exame: sonolenta, mas facilmente despertável, com lapping induzido, taquipneica em ar ambiente e com leve esforço respiratório. Corada, acianótica, anictérica, afebril. Frequência cardíaca: 35 bpm; pressão arterial: 100x60 mmHg; murmúrio vesicular reduzido nas bases com crepitação nos 1/3 inferiores bilateralmente; ritmo cardíaco regular em 2 tempos, bulhas normofonéticas, sem sopros ou atrito pericárdico, pulso venoso com onda “a” em canhão, turgência jugular patológica a 60º; abdome lácido, levemente doloroso à palpação profunda do hipocôndrio direito; membros inferiores com edema 2+/4+ simétrico com cacifo até joelhos. O diagnóstico mais provável do quadro acima e o tratamento mais adequado, respectivamente, são:

  • A. coma mixedematoso com bradiarritmia / reposição de hormônio tireoidiano venoso e marcapasso provisório.
  • B. síndrome coronariana aguda de parede inferior com acometimento do ventrículo direito / atropina, aas, clopidogrel, enoxaparina e coronariografia de urgência.
  • C. bloqueio atrioventricular total por hipercalemia / gluconato de cálcio, glicoinsulinoterapia, marcapasso provisório e hemodiálise.
  • D. pericardite urêmica com tamponamento cardíaco / pericardiocentese de urgência e hemodiálise.
  • E. embolia pulmonar com disfunção do ventrículo direito / trombólise seguida de anticoagulação com enoxaparina.
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