Questões sobre Ortopedia

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Um lactente jovem, de dois anos de idade inicia durante uma noite de inverno, tosse metálica, estridor inspiratório, respiração lenta e dificultada. Também apresenta taquicardia sem febre ou cianose. Este quadro é sugestivo de:

  • A. Pneumonia bacteriana.
  • B. Hipertrofia de adenóidesdifteria.
  • C. Laringite espasmática aguda.
  • D. Epiglote sub aguda.

Sobre a Síndrome do Desfiladeiro Torácico (SDT) é afirmativa CORRETA:

  • A. O desfiladeiro cervicotoracobraquial (referido apenas como desfiladeiro torácico ou apenas desfiladeiro) é formada pelos músculos escaleno anterior e médio, pela clavícula, primeira costela, músculo subclávio e peitoral menor; por ele transitam os vasos subclávio-axilares e o plexo braquial.
  • B. Manifestam-se com dor intensa, podendo ter localização imprecisa, seguida de fraqueza, paralisia, principalmente em mãos e dedos. Em geral, quando há compressão do cordão superior do plexo braquial (C4, C5, C6) as dores são em região lateral da cabeça e do pescoço, em região do músculo rombóide e supraescapular.
  • C. Quanto à compressão arterial, os sintomas são de sensação de peso, dor e ingurgitamento da extremidade superior, aumento da temperatura da pele, cianose, edema, turgência venosa, especialmente em ombro e região peitoral.
  • D. Nenhuma das alternativas.

A osteomielite hematogênica aguda é uma infecção óssea causada por germes piogênicos que se proliferam no tecido ósseo após disseminação pela circulação sanguínea. Sobre o isolamento do agente etiológico e o tratamento da osteomielite hematogência aguda, está CORRETO afirmar:

  • A. Hemograma e hemocultura. A contagem de leucócitos é um marcador “padrão ouro” para osteomielite hematogênica aguda, sendo que 35% dos pacientes apresentaram alteração no momento da admissão. Em crianças de 1 a 36 meses de vida, níveis de PC-R abaixo de 5mg/dl afastam a possibilidade de uma infecção bacteriana de maior gravidade, sendo que a osteomielite hematogênica aguda está entre essas infecções. O uso de antibioticoterapia endovenosa deve iniciar-se imediatamente após a coleta de material para cultura.
  • B. Hemocultura. A aspiração do local suspeito é crítica na identificação do diagnóstico bacteriológico e deve ser realizada precocemente, mesmo se não houver abscesso subperiostal detectado. O uso de antibioticoterapia endovenosa deve iniciar-se imediatamente após a coleta de material para cultura. A drenagem cirúrgica está indicada sempre que houver a suspeita de abscesso subperiostal.
  • C. Hemograma e VHS. A leucocitose e o aumento da velocidade de hemossedimentação (VHS) são específicos de infecção óssea. O uso de antibioticoterapia endovenosa deve iniciar-se imediatamente após a coleta de material para cultura. A drenagem cirúrgica está indicada sempre que houver a suspeita de abscesso subperiostal.
  • D. Nenhuma das alternativas.

A síndrome do túnel do carpo (STC) é definida pela compressão do nervo mediano no punho. É a mais frequente das síndromes compressivas e a causa mais frequente é a idiopática. Ainda que as regressões espontâneas sejam possíveis, o agravamento dos sintomas é a regra. O diagnóstico é, acima de tudo, clínico pelos sintomas e testes provocativos. Sobre a anatomia envolvendo a STC, podemos afirmar:

  • A. O nervo mediano é acompanhado pelos quatro tendões dos flexores superficiais dos dedos (FSD), os quatro tendões dos flexores profundos dos dedos (FPD) e o tendão flexor longo do polegar (FLP). O FLP é o elemento mais radial. Em posição neutra do punho, o nervo mediano está em frente ao FSD do indicador, entre o FLP e o FSD do indicador ou em frente ao FSD do dedo médio.
  • B. Compressão e tração nervosa podem criar, de maneira sequencial, problemas na microcirculação sanguínea intraneural, lesões no nível da bainha de mielina e no nível axonal e alterações no tecido conjuntivo de suporte. Se a pressão ultrapassar 40-50mmHg, irá interferir no retorno venoso da microcirculação intraneural e causar uma diminuição do aporte de oxigênio intraneural e estase venosa com problemas de permeabilidade originada de edema endoneural.
  • C. Todas as polineuropatias, inclusive as relacionadas ao diabetes melittus, favorecem uma STC com alterações estruturais e funcionais do nervo mediano, que o torna mais sensível a todos os fenômenos compressivos.
  • D. Nenhuma das alternativas.

As fraturas da diáfise do úmero são muito frequentes, representam cerca de 3 a 5% da ocorrência de todo tipo de fratura. São descritos bons resultados com o tratamento não-operatório. Porém, em alguns casos o tratamento cirúrgico deve ser indicado. São indicações absolutas de tratamento cirúrgico da diáfise do úmero, EXCETO:

  • A. Cotovelo e ombro flutuante; associação com lesões vasculares; fraturas abertas e expostas; segmentares; multifragmentadas; patológicas ou bilaterais.
  • B. Incapacidade de manter a redução com gesso ou órteses; pacientes com fraturas nos membros inferiores que requeiram apoio com o membro superior.
  • C. Pacientes obesos, com tórax muito largo, não aceitação do uso de imobilizações do tipo órteses ou gesso.
  • D. Nenhuma das alternativas.

Fraturas de pelve geralmente resultam de traumas de alta energia e, em cerca de 90% dos casos, há lesões associadas. A incidência de fratura de pelve nos grandes centros urbanos é de aproximadamente 23 para cada 100.000 habitantes e a mortalidade geral varia de 4 a 23%. Sobre fraturas de pelve está INCORRETO afirmar:

  • A. O ATLS (suporte à vida no traumatismo avançado) recomenda que todos os pacientes com fraturas pélvicas sejam submetidos ao toque retal para investigar a presença de sangue, pois os traumatismos graves com grande impacto podem envolver dispêndio de energia suficiente para a ruptura do anel pélvico, geralmente com lesões associadas e grande hemorragia retroperitoneal.
  • B. Os quadros complexos com grande hemorragia usualmente resultam da ruptura do complexo ósteo-ligamentar, decorrente de fratura e/ ou luxação sacro-ilíaca ou de fratura sacral, sendo que a abertura do anel pélvico esgarça os plexos venosos pélvicos e ocasionalmente rompe o sistema arterial ilíaco interno.
  • C. A estabilização do anel pélvico não permite a mobilização precoce do paciente, mas diminui o índice de mortalidade. Inúmeros dispositivos como o fixador externo anterior, o fixador pélvico e as calças antichoque promovem rápida estabilização em situações de emergência, controlando a instabilidade hemodinâmica, e são o tratamento definitivo ideal, pois controlam a instabilidade mecânica do anel pélvico posterior.
  • D. Nenhuma das alternativas.

Pela classificação de Wagner, para pés diabéticos, a infecção existe a partir do grau:

  • A. I.
  • B. II.
  • C. III.
  • D. IV.

Ellman classifica as lesões parciais do manguito rotador do ombro em:

  • A. Tipo I- menor que ¼.
  • B. Tipo II- menor que ¾.
  • C. Tipo III- menor ½.
  • D. Nenhuma das anteriores.

O sinal de Popeye é característico da:

  • A. Lesão do deltoide.
  • B. Luxação acrômio-clavicular.
  • C. Lesão do pronador quadrado.
  • D. Lesão do cabo longo do bíceps.

Segundo os estágios de Luck, na contratura de Dupuytren, o estágio residual caracteriza-se por:

  • A. Surgimento de miofibroblastos.
  • B. Alinhamento dos miofibroblastos.
  • C. Substituição dos fibroblastos por colágeno.
  • D. Nenhuma das anteriores.
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