Questões de Medicina da Fundação Professor Carlos Augusto Bittencourt (FUNCAB)

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Um senhor de 85 anos comparece à consulta relatando dois episódios de síncope nos último mês. Estes episódios ocorreram quando foi a duas sessões de um julgamento no fórum da cidade, como testemunha. O paciente refere que, ao sair de casa, apresentou sensação de visão turva, sudorese fria, náuseas, seguidas de um “apagão” e, quando acordou, estava sendo socorrido por outras pessoas. Aesposa, que o acompanhava nestes dois episódios, nega que tenham ocorrido abalos musculares, liberação esfincteriana ou traumatismo craniano. O paciente não tem comorbidades prévias nem faz uso de medicação diária. Trouxe eletrocardiograma e ecocardiograma, ambos normais. O cardiologista então solicitou um tilt test. Durante o exame, a compressão do seio carotídeo provocou pausa sinusal de 4,5 segundos, reproduzindo os sintomas de lipotimia. Das opções abaixo, assinale a alternativa correta.

  • A.

    esse paciente tem indicação de implante de marca-passo, preferencialmente o tipo DDD.

  • B.

    o tratamento de escolha é clínico, através do aumento da ingesta hídrica e evitando medicamentos hipotensores e diuréticos.

  • C.

    meias elásticas e midodrina são as melhores opções de tratamento não invasivo.

  • D.

    o tratamento inicial deve ser com propranolol e fludrocortisona, ajustando a dose conforme a resposta clínica.

  • E.

    deve ser feito um ultrassom com doppler das artérias carótidas, pois na presença de placas ateroscleróticas com estenose luminal acima de 50% há indicação de intervenção cirúrgica para melhoria dos sintomas.

Em um hospital geral de nível terciário, há na equipe de emergência dois médicos, dois enfermeiros e três técnicos de enfermagem, todos com treinamento adequado. Um paciente é admitido em parada cardiorrespiratória e a equipe instala monitorização cardíaca e oxigênio suplementar, obtém um acesso venoso periférico e inicia compressões torácicas. O ritmo identificado ao monitor é de assistolia. Um dos médicos realiza intubação orotraqueal com sucesso. A relação número de compressões/ventilação adequada neste momento é:

  • A.

    15:1

  • B.

    15:2

  • C.

    30:1

  • D.

    30:2

  • E.

    manter mínimo de 100 compressões por minuto e uma ventilação a cada 6 a 8 segundos, sem sincronização entre ambas.

Sobre o tema Cardiopatia Chagásica e com base na I Diretriz Latino-Americana para o Diagnóstico e Tratamento da Cardiopatia Chagásica, marque a afirmativa INCORRETA.

  • A.

    O mecanismo fisiopatológico mais comum é uma inflamação crônica e incessante do miocárdio, com destruição celular e fibrose extensa. A depleção neuronal, principalmente do sistema parassimpático, contribui para uma disautonomia cardíaca, que é causa importante de morbidade nestes pacientes.

  • B.

    A cardiopatia chagásica pode ser classificada pela sua apresentação clínica nas fases aguda e crônica. Esta última é subdividida em forma indeterminada, com disfunção ventricular e sem disfunção ventricular (usualmente denominada forma arritmogênica).

  • C.

    Na fase crônica da cardiopatia chagásica, os testes parasitológicos têm pouca utilidade. São indicados os testes sorológicos, sendo os mais empregados o ensaio imunoenzimático (ELISA), a imunofluorescência indireta (IFI) e a hemaglutinação indireta (HAI).

  • D.

    Alterações eletrocardiográficas são frequentes no paciente com cardiopatia chagásica, sendo a mais comum a combinação de bloqueio do ramo direito com hemibloqueio anterior esquerdo (> 50% dos pacientes). O Holter de 24 horas também tem papel importante, principalmente no paciente com síncope, pois a presença de taquicardia ventricular não sustentada confereum maior risco e, portanto, pior prognóstico.

  • E.

    Onifurtimox e o benzonidazol são os parasiticidas de escolha no tratamento da doença de Chagas. Todavia, só estão indicados na fase aguda e nos casos de contaminação acidental, onde há relação direta entre parasitemia e intensidade da inflamação miocárdica.

Um senhor de 50 anos, hipertenso e com dislipidemia, foi para consulta de risco cirúrgico para colecistectomia, devido à litíase biliar. É assintomático, tem boa capacidade funcional e está em uso de anlodipino 5 mg/dia e benazepril 20 mg/dia.Oexame físico é normal, a pressão arterial está em 124 x 78 mmHg e a frequência cardíaca em 72 bpm. Trouxe hemograma, bioquímica, hepatograma, radiografia de tórax, EAS urinário e eletrocardiograma, todos normais. Utilizando o algoritmo de Lee, baseado no “índice de risco cardíaco modificado”, proposto na II Diretriz de Avaliação Perioperatória da Sociedade Brasileira de Cardiologia, entre as opções abaixo a conduta mais apropriada é:

  • A.

    iniciar clonidina e atenolol com o objetivo de atingir frequência cardíaca entre 50 a 60 bpm e pressão arterial sistólica < 120 mmHg, e só então liberar o paciente para o procedimento.

  • B.

    iniciar atenolol com o objetivo de atingir frequência cardíaca entre 50 a 60 bpm e só então liberar o paciente para o procedimento.

  • C.

    liberar o paciente para o procedimento cirúrgico.

  • D.

    solicitar teste ergométrico para estratificação de risco cardiovascular.

  • E.

    iniciar atenolol 50 mg/dia e solicitar teste ergométrico, em uso da medicação, para estratificação de risco cardiovascular.

Sobre o tema Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e com base na VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão, marque a afirmativa INCORRETA.

  • A.

    A maior parte da radiação UV que alcança o planeta é UVB (comprimento de onda de 290 a 320 nm).

  • B.

    Os esfigmomanômetros de mercúrio estão sendo gradualmente substituídos, em razão do risco de toxicidade e contaminação ambiental. Os aparelhos de escolha são os aneroides tradicionais, uma vez que os equipamentos semiautomáticos, pelo método oscilométrico, ainda não estão validados para uso clínico.

  • C.

    Um paciente que apresenta, na consulta ambulatorial, média de pressão arterial de 146 x 94 mmHg e na MAPA (monitorização ambulatorial da pressão arterial) média de pressão arterial nas 24 horas de 128 x 76 mmHg é classificado como “hipertenso do jaleco branco”. Alguns estudos mostram que, em longo prazo, estes pacientes têm pior prognóstico que os normotensos.

  • D.

    Na estratificação de risco cardiovascular do paciente hipertenso, são fatores de risco adicionais: idade (homens > 55 anos e mulheres > 65 anos), diabetes melito, tabagismo, história familiar de doença cardiovascular em idade precoce e dislipidemia.

  • E.

    Um paciente com diagnóstico recente de HAS estágio 1 e cuja estratificação tenha classificado o seu risco cardiovascular como baixo, poderá receber tratamento não medicamentoso para a hipertensão por até 6 meses. Se, ao final deste prazo, não atingir a meta de pressão arterial (< 140 x 90 mmHg), dever-se-á associar tratamento medicamentoso.

Com relação ao diabete e gravidez, marque a alternativa correta.

  • A.

    O diabete pré-gestacional cursa com melhor prognóstico perinatal que o diabete gestacional.

  • B.

    A insulina é a conduta de primeira escolha no diabete gestacional.

  • C.

    O diabete pré-gestacional cursa com melhor prognóstico perinatal que o diabete gestacional.

  • D.

    Glicemia de jejum na primeira consulta pré-natal entre 92-125 mg/dL diagnostica diabete gestacional.

  • E.

    Pacientes com diabete gestacional cursam com risco mais elevado de apresentar malformações fetais e abortamento do que aquelas com diabete pré-gestacional.

Com relação à doença hemolítica perinatal, marque a alternativa correta.

  • A.

    A dopplerfluxometria da artéria cerebral média é fundamental para acompanhar o grau de anemia nos fetos hidrópicos.

  • B.

    As gestantes aloimunizadas pelo antígeno Rh na primeira gravidez de vem realizar acompanhamento com teste de Coombs indireto trimestralmente na gravidez subsequente (enquanto este estiver menor que 1:8).

  • C.

    Gestantes não imunizadas pelo antígeno Rh devem receber imunoglobulina anti Rh, apenas dentro das 72 horas após o parto.

  • D.

    Não é necessário utilizar imunoglobulina anti Rh nos casos de gestantes não imunizadas pelo antígeno Rh que cursem com abortamento ou gravidez ectópica.

  • E.

    A incompatibilidade do sistema Rh, é a principal causa de doença hemolítica perinatal.

Sobre a pré-eclampsia, marque a alternativa correta.

  • A.

    Há ausência de migração da primeira onda de fluxo trofoblástico nas artérias espiraladas.

  • B.

    Há aumento na produção de prostaciclina e óxido nítrico.

  • C.

    A principal causa de morte materna na pré-eclampsia é a hemorragia cerebral.

  • D.

    A microalbuminúria faz o diagnóstico da proteinuria na pré-eclampsia.

  • E.

    As biopsias renais são importante clinicamente para atestar endoteliose capilar glomerular, na pré-eclampsia.

Marque a alternativa correta sobre a profilaxia da infecção pelo estreptococo beta hemolítico na gravidez.

  • A.

    Seu rastreio não deverá ser feito de forma universal, apenas baseado nos fatores de risco gestacional.

  • B.

    Deve ser feito rastreio universal com cultura vaginal e retal entre 35-37 semanas de gestação; utilizando-se penicilina G anteparto nos casos de colonização e via de parto de indicação obstétrica.

  • C.

    Deve ser feito rastreio universal com cultura vaginal e retal entre 35-37 semanas de gestação; utilizando-se penicilina anteparto nos casos de colonização e cesariana para evitar a contaminação fetal no canal de parto.

  • D.

    Deve-se realizar a profilaxia anteparto com penicilinaGem casos de amniorrexe com mais de 18h e febre materna com mais 38 °C, mesmo nos casos em que a cultura para estreptococo beta-hemolítico tenha sido negativa.

  • E.

    Deve-se realizar a profilaxia anteparto com penicilina G em casos de parto pretermo (menos de 37 semanas de gestação), mesmo nos casos em que a cul tura para est reptococo beta-hemolítico tenha sido negativa.

Paciente de 19 anos, primigesta, com pressão arterial de 170x110 mmHg, cursa com sangramento vermelho vivo, súbito e dor em baixo ventre de grande intensidade. Ao dar entrada na maternidade, é prontamente examinada, não sendo possível ident i f icar os bat imentos cardiofetais à ultrassonografia feito na admissão. Qual o diagnóstico do caso e qual a conduta inicial mais apropriada?

  • A.

    Placenta prévia-total. Administrar Sulfato de magnésio e Nifedipina. Operação cesariana.

  • B.

    Rotura de seio marginal . Administ rar Benzodiazepínico e Hidralazina. Operação cesariana.

  • C.

    Descolamento prematuro de placenta. Administrar Sulfato de magnésio e Hidralazina. Operação cesariana.

  • D.

    Placenta prévia-marginal. Administrar Sulfato de magnésio e Hidralazina. Parto vaginal após amniotomia.

  • E.

    Descolamento prematuro de placenta. Administrar Sulfato de magnésio e Hidralazina. Parto vaginal após amniotomia.

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