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Um senhor de 85 anos comparece à consulta relatando dois episódios de síncope nos último mês. Estes episódios ocorreram quando foi a duas sessões de um julgamento no fórum da cidade, como testemunha. O paciente refere que, ao sair de casa, apresentou sensação de visão turva, sudorese fria, náuseas, seguidas de um apagão e, quando acordou, estava sendo socorrido por outras pessoas. Aesposa, que o acompanhava nestes dois episódios, nega que tenham ocorrido abalos musculares, liberação esfincteriana ou traumatismo craniano. O paciente não tem comorbidades prévias nem faz uso de medicação diária. Trouxe eletrocardiograma e ecocardiograma, ambos normais. O cardiologista então solicitou um tilt test. Durante o exame, a compressão do seio carotídeo provocou pausa sinusal de 4,5 segundos, reproduzindo os sintomas de lipotimia. Das opções abaixo, assinale a alternativa correta.
esse paciente tem indicação de implante de marca-passo, preferencialmente o tipo DDD.
o tratamento de escolha é clínico, através do aumento da ingesta hídrica e evitando medicamentos hipotensores e diuréticos.
meias elásticas e midodrina são as melhores opções de tratamento não invasivo.
o tratamento inicial deve ser com propranolol e fludrocortisona, ajustando a dose conforme a resposta clínica.
deve ser feito um ultrassom com doppler das artérias carótidas, pois na presença de placas ateroscleróticas com estenose luminal acima de 50% há indicação de intervenção cirúrgica para melhoria dos sintomas.
Em um hospital geral de nível terciário, há na equipe de emergência dois médicos, dois enfermeiros e três técnicos de enfermagem, todos com treinamento adequado. Um paciente é admitido em parada cardiorrespiratória e a equipe instala monitorização cardíaca e oxigênio suplementar, obtém um acesso venoso periférico e inicia compressões torácicas. O ritmo identificado ao monitor é de assistolia. Um dos médicos realiza intubação orotraqueal com sucesso. A relação número de compressões/ventilação adequada neste momento é:
15:1
15:2
30:1
30:2
manter mínimo de 100 compressões por minuto e uma ventilação a cada 6 a 8 segundos, sem sincronização entre ambas.
Sobre o tema Cardiopatia Chagásica e com base na I Diretriz Latino-Americana para o Diagnóstico e Tratamento da Cardiopatia Chagásica, marque a afirmativa INCORRETA.
O mecanismo fisiopatológico mais comum é uma inflamação crônica e incessante do miocárdio, com destruição celular e fibrose extensa. A depleção neuronal, principalmente do sistema parassimpático, contribui para uma disautonomia cardíaca, que é causa importante de morbidade nestes pacientes.
A cardiopatia chagásica pode ser classificada pela sua apresentação clínica nas fases aguda e crônica. Esta última é subdividida em forma indeterminada, com disfunção ventricular e sem disfunção ventricular (usualmente denominada forma arritmogênica).
Na fase crônica da cardiopatia chagásica, os testes parasitológicos têm pouca utilidade. São indicados os testes sorológicos, sendo os mais empregados o ensaio imunoenzimático (ELISA), a imunofluorescência indireta (IFI) e a hemaglutinação indireta (HAI).
Alterações eletrocardiográficas são frequentes no paciente com cardiopatia chagásica, sendo a mais comum a combinação de bloqueio do ramo direito com hemibloqueio anterior esquerdo (> 50% dos pacientes). O Holter de 24 horas também tem papel importante, principalmente no paciente com síncope, pois a presença de taquicardia ventricular não sustentada confereum maior risco e, portanto, pior prognóstico.
Onifurtimox e o benzonidazol são os parasiticidas de escolha no tratamento da doença de Chagas. Todavia, só estão indicados na fase aguda e nos casos de contaminação acidental, onde há relação direta entre parasitemia e intensidade da inflamação miocárdica.
Um senhor de 50 anos, hipertenso e com dislipidemia, foi para consulta de risco cirúrgico para colecistectomia, devido à litíase biliar. É assintomático, tem boa capacidade funcional e está em uso de anlodipino 5 mg/dia e benazepril 20 mg/dia.Oexame físico é normal, a pressão arterial está em 124 x 78 mmHg e a frequência cardíaca em 72 bpm. Trouxe hemograma, bioquímica, hepatograma, radiografia de tórax, EAS urinário e eletrocardiograma, todos normais. Utilizando o algoritmo de Lee, baseado no índice de risco cardíaco modificado, proposto na II Diretriz de Avaliação Perioperatória da Sociedade Brasileira de Cardiologia, entre as opções abaixo a conduta mais apropriada é:
iniciar clonidina e atenolol com o objetivo de atingir frequência cardíaca entre 50 a 60 bpm e pressão arterial sistólica < 120 mmHg, e só então liberar o paciente para o procedimento.
iniciar atenolol com o objetivo de atingir frequência cardíaca entre 50 a 60 bpm e só então liberar o paciente para o procedimento.
liberar o paciente para o procedimento cirúrgico.
solicitar teste ergométrico para estratificação de risco cardiovascular.
iniciar atenolol 50 mg/dia e solicitar teste ergométrico, em uso da medicação, para estratificação de risco cardiovascular.
Sobre o tema Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e com base na VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão, marque a afirmativa INCORRETA.
A maior parte da radiação UV que alcança o planeta é UVB (comprimento de onda de 290 a 320 nm).
Os esfigmomanômetros de mercúrio estão sendo gradualmente substituídos, em razão do risco de toxicidade e contaminação ambiental. Os aparelhos de escolha são os aneroides tradicionais, uma vez que os equipamentos semiautomáticos, pelo método oscilométrico, ainda não estão validados para uso clínico.
Um paciente que apresenta, na consulta ambulatorial, média de pressão arterial de 146 x 94 mmHg e na MAPA (monitorização ambulatorial da pressão arterial) média de pressão arterial nas 24 horas de 128 x 76 mmHg é classificado como hipertenso do jaleco branco. Alguns estudos mostram que, em longo prazo, estes pacientes têm pior prognóstico que os normotensos.
Na estratificação de risco cardiovascular do paciente hipertenso, são fatores de risco adicionais: idade (homens > 55 anos e mulheres > 65 anos), diabetes melito, tabagismo, história familiar de doença cardiovascular em idade precoce e dislipidemia.
Um paciente com diagnóstico recente de HAS estágio 1 e cuja estratificação tenha classificado o seu risco cardiovascular como baixo, poderá receber tratamento não medicamentoso para a hipertensão por até 6 meses. Se, ao final deste prazo, não atingir a meta de pressão arterial (< 140 x 90 mmHg), dever-se-á associar tratamento medicamentoso.
Com relação ao diabete e gravidez, marque a alternativa correta.
O diabete pré-gestacional cursa com melhor prognóstico perinatal que o diabete gestacional.
A insulina é a conduta de primeira escolha no diabete gestacional.
O diabete pré-gestacional cursa com melhor prognóstico perinatal que o diabete gestacional.
Glicemia de jejum na primeira consulta pré-natal entre 92-125 mg/dL diagnostica diabete gestacional.
Pacientes com diabete gestacional cursam com risco mais elevado de apresentar malformações fetais e abortamento do que aquelas com diabete pré-gestacional.
Com relação à doença hemolítica perinatal, marque a alternativa correta.
A dopplerfluxometria da artéria cerebral média é fundamental para acompanhar o grau de anemia nos fetos hidrópicos.
As gestantes aloimunizadas pelo antígeno Rh na primeira gravidez de vem realizar acompanhamento com teste de Coombs indireto trimestralmente na gravidez subsequente (enquanto este estiver menor que 1:8).
Gestantes não imunizadas pelo antígeno Rh devem receber imunoglobulina anti Rh, apenas dentro das 72 horas após o parto.
Não é necessário utilizar imunoglobulina anti Rh nos casos de gestantes não imunizadas pelo antígeno Rh que cursem com abortamento ou gravidez ectópica.
A incompatibilidade do sistema Rh, é a principal causa de doença hemolítica perinatal.
Sobre a pré-eclampsia, marque a alternativa correta.
Há ausência de migração da primeira onda de fluxo trofoblástico nas artérias espiraladas.
Há aumento na produção de prostaciclina e óxido nítrico.
A principal causa de morte materna na pré-eclampsia é a hemorragia cerebral.
A microalbuminúria faz o diagnóstico da proteinuria na pré-eclampsia.
As biopsias renais são importante clinicamente para atestar endoteliose capilar glomerular, na pré-eclampsia.
Marque a alternativa correta sobre a profilaxia da infecção pelo estreptococo beta hemolítico na gravidez.
Seu rastreio não deverá ser feito de forma universal, apenas baseado nos fatores de risco gestacional.
Deve ser feito rastreio universal com cultura vaginal e retal entre 35-37 semanas de gestação; utilizando-se penicilina G anteparto nos casos de colonização e via de parto de indicação obstétrica.
Deve ser feito rastreio universal com cultura vaginal e retal entre 35-37 semanas de gestação; utilizando-se penicilina anteparto nos casos de colonização e cesariana para evitar a contaminação fetal no canal de parto.
Deve-se realizar a profilaxia anteparto com penicilinaGem casos de amniorrexe com mais de 18h e febre materna com mais 38 °C, mesmo nos casos em que a cultura para estreptococo beta-hemolítico tenha sido negativa.
Deve-se realizar a profilaxia anteparto com penicilina G em casos de parto pretermo (menos de 37 semanas de gestação), mesmo nos casos em que a cul tura para est reptococo beta-hemolítico tenha sido negativa.
Paciente de 19 anos, primigesta, com pressão arterial de 170x110 mmHg, cursa com sangramento vermelho vivo, súbito e dor em baixo ventre de grande intensidade. Ao dar entrada na maternidade, é prontamente examinada, não sendo possível ident i f icar os bat imentos cardiofetais à ultrassonografia feito na admissão. Qual o diagnóstico do caso e qual a conduta inicial mais apropriada?
Placenta prévia-total. Administrar Sulfato de magnésio e Nifedipina. Operação cesariana.
Rotura de seio marginal . Administ rar Benzodiazepínico e Hidralazina. Operação cesariana.
Descolamento prematuro de placenta. Administrar Sulfato de magnésio e Hidralazina. Operação cesariana.
Placenta prévia-marginal. Administrar Sulfato de magnésio e Hidralazina. Parto vaginal após amniotomia.
Descolamento prematuro de placenta. Administrar Sulfato de magnésio e Hidralazina. Parto vaginal após amniotomia.
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