Questões de Medicina da Fundação Guimarães Rosa (FGR)

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Com relação ao tratamento da Insuficiência Cardíaca Crônica, qual medicamento ou grupo de medicação apresenta como contraindicações: pacientes que apresentem bloqueio AV de segundo grau Mobitz II e terceiro grau; doença do nó sinusal sem proteção de marcapasso e em síndromes de pré-excitação; devendo ser administrado com precaução em idosos, portadores de disfunção renal e pacientes com baixo peso; e devendo-se ter cuidado adicional em relação a interações medicamentosas (amiodarona, quinidina, verapamil, diltiazem e quinolônicos) que podem elevar os níveis séricos dessa droga?

  • A.

    Furosemida (diurético).

  • B.

    Bisoprolol (Betabloqueadores).

  • C.

    Captopril (Inibidores de Enzima Conversora de Angiotensina II).

  • D.

    Digoxina (digitálico).

Com relação ao tratamento não medicamentoso da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), podemos afirmar que, EXCETO:

  • A.

    Ensaios clínicos controlados demonstraram que os exercícios aeróbios (isotônicos), que devem ser complementados pelos resistidos, promovem reduções de PA, estando indicados para a prevenção e o tratamento da HAS.

  • B.

    Observa-se uma discreta redução da Pressão Arterial com a suplementação de óleo de peixe (ômega 3) em altas doses diárias e predominantemente nos idosos.

  • C.

    Existem fortes evidências na literatura correlacionando diretamente a cessação do tabagismo com a redução da Pressão Arterial.

  • D.

    Ensaios clínicos controlados demonstraram que os exercícios aeróbios (isotônicos), que devem ser complementados pelos resistidos, promovem reduções de PA, estando indicados para a prevenção e o tratamento da HAS.

Quanto à investigação diagnóstica por imagem na Litíase Urinária, podemos afirmar que, EXCETO:

  • A.

    Os cálculos urinários produzem sinais diretos à Ressonância Magnética, podendo obter dimensões diretas precisas de seu volume, contorno e localização, sendo possível sua reconstrução em três dimensões, dependendo do aparelho utilizado.

  • B.

    O ultrassom é útil na avaliação de pacientes com insuficiência renal ou contraindicação ao uso de contraste, bem como para caracterizar falhas de enchimento que são visualizadas como cálculos na urografia venosa.

  • C.

    A urografia venosa fornece uma boa localização do cálculo no trato urinário, demonstra bem anomalias anatômicas (como cálices dilatados, divertículos calicinais, duplicação pieloureteral, entre outras) que podem predispor os pacientes para a formação de cálculos, ou que podem alterar a estratégia terapêutica.

  • D.

    Com uma sensibilidade entre 94% e 97% e uma especificidade entre 96% e 100%, a tomografia computadorizada (TC) helicoidal é o exame radiológico mais sensível para detecção, localização e caracterização de calcificações urinárias, portanto, TC helicoidal é consideravelmente mais efetiva do que a urografia venosa.

Quanto às Cefaleias, podemos afirmar que, EXCETO:

  • A.

    Uma crise intensa de Enxaqueca Comum pode requerer o uso de triptanos.

  • B.

    A prevenção de crises de Cefaléia Tensional pode ser eficientemente realizada com uso de corticóide (prednisona) e bloqueadores de canal de cálcio (verapamil).

  • C.

    Pacientes com mais de quatro crises de Enxaqueca Comum ao mês podem ser abordados com medicação profilática, como os betabloqueadores (propranolol, metoprolol, timolol), o antidepressivo tricíclico amitriptilina e o anticonvulsivante ácido valpróico.

  • D.

    O manejo da crise de Cefaleia em Salva é realizado com a orientação do paciente sobre hábitos que desencadeiam as crises, uso de oxigênio a 100% e ergotamina ou triptanos.

Com referência à Hemorragia Digestiva Alta (HDA), podemos afirmar que, EXCETO:

  • A.

    As HDA’s de etiologia não varicosa são causadas principalmente por úlcera péptica gastroduodenal, lesão aguda de mucosa gastroduodenal, laceração aguda da transição esofago-gástrica (Mallory-Weiss), câncer gástrico e esofagites.

  • B.

    Pacientes com suspeita de HDA varicosa devem ser transferidos para unidades de terapia intensiva para adequada monitorização hemodinâmica e adoção de medidas de suporte inicial, que incluem a manutenção de vias aéreas pérvias, por vezes necessitando de intubação orotraqueal, especialmente em cirróticos com encefalopatia hepática concomitante, e a obtenção de acesso venoso periférico.

  • C.

    As HDA’s de etiologia varicosa muito raramente (menos de 5% dos casos) cessam espontaneamente, devendo ser abordadas de forma eminentemente cirúrgica.

  • D.

    Embora cerca de 80% das HDA’s não varicosas cessem espontaneamente, a abordagem diagnóstica necessita ser dinâmica e associada a cuidados terapêuticos no sentido de preservar o equilíbrio hemodinâmico e a vida. A magnitude do sangramento nem sempre está relacionada à etiologia, mas ligada principalmente à idade do paciente, às comorbidades e ao uso prévio de medicamentos lesivos à mucosa gástrica ou anticoagulantes.

Sobre a Hepatite C Crônica, podemos afirmar que, EXCETO:

  • A.

    Estima-se que no Brasil entre 1% e 3% da população estejam contaminados, sendo que a maioria desconhece esse diagnóstico.

  • B.

    No presente, o tratamento antiviral é eficaz em pouco mais da metade dos pacientes que o recebem, havendo fatores preditivos de resposta virológica sustentada, ligados às características do hospedeiro ou ao vírus.

  • C.

    Durante o tratamento antiviral, as determinações quantitativas do HCV-RNA, por meio da cinética viral, são também fatores preditivos tanto de resposta satisfatória, como da ausência de resposta.

  • D.

    Além do desenvolvimento de cirrose, apresenta acentuada morbimortalidade devido às suas descompensações, e eventual evolução para o carcinoma hepatocelular, porém representa pequena fatia das indicações de transplante hepático.

Com relação ao tratamento da Hepatite B Crônica, podemos afirmar que, EXCETO:

  • A.

    Na maioria absoluta dos casos, consegue-se atingir a erradicação da infecção com as drogas atualmente disponíveis no mercado para uso ambulatorial.

  • B.

    Um dos objetivos principais do tratamento é a redução na taxa de progressão da doença, bem como de suas complicações, como a cirrose descompensada e o carcinoma hepatocelular.

  • C.

    A supressão sustentada da replicação viral (HBV-DNA indetectável) é um benefício que se pode atingir com o tratamento.

  • D.

    Uma melhora da resposta histológica do fígado, com redução da atividade inflamatória e da fibrose pode ser obtida com o tratamento.

Com referência à Pancreatite Aguda podemos afirmar que, EXCETO:

  • A.

    A forma grave da pancreatite aguda acomete aproximadamente 25% dos pacientes com essa doença e apresenta uma taxa de mortalidade que varia entre 10-20%.

  • B.

    Aproximadamente 70-75% dos pacientes com pancreatite aguda apresentam a forma leve, nos quais a mortalidade é em torno de 1%.

  • C.

    Na pancreatite aguda grave, a via preferencial de escolha para a terapia nutricional deve ser sempre a parenteral.

  • D.

    pancreatite aguda leve, a terapia nutricional enteral só deve ser iniciada se não há possibilidade do paciente receber alimentos por via oral após 5-7 dias e, em pancreatite aguda grave, pode ser iniciada assim que houver estabilidade hemodinâmica.

Sobre a Doença de Chron Intestinal, podemos afirmar que, EXCETO:

  • A.

    Os locais de acometimento mais frequentes são o intestino delgado e o grosso.

  • B.

    É um processo inflamatório crônico de etiologia ainda desconhecida, curável por tratamento clínico ou cirúrgico e que acomete o trato gastrointestinal de forma uni ou multifocal, de intensidade variável e transmural.

  • C.

    Manifestações perianais podem ocorrer em mais de 50% dos pacientes.

  • D.

    Manifestações extraintestinais associadas ou isoladas podem ocorrer e atingem mais frequentemente pele, articulações, olhos, fígado e trato urinário.

Sobre a indicação de exames complementares para o diagnóstico da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), podemos afirmar que, EXCETO:

  • A.

    Um radiograma simples de tórax em PA e perfil deve ser solicitado de rotina frente à suspeita de DPOC, não para definição desta, mas para afastar outras doenças pulmonares, principalmente a neoplasia pulmonar.

  • B.

    A avaliação da oxigenação deve ser feita, inicialmente, de maneira não-invasiva pela oximetria de pulso.

  • C.

    Haverá justificativa para a realização de gasometria arterial para avaliação da PaO2 e PaCO2, se a oximetria de pulso identificar uma saturação periférica de oxigênio (SpO2) igual ou inferior a 90%.

  • D.

    A espirometria, com obtenção das curvas fluxo-volume e volume-tempo, é obrigatória frente à suspeita clínica de DPOC, devendo ser realizada somente após a administração de corticóide.

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