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"Na sociedade ocidental, sobretudo a partir do século XVII, a criança costuma ser percebida como um ser assexuado, fato esse que se interliga à idéia do sexo mau, sujo, pecaminoso, entre outras numerosas conotações negativas dadas à sexualidade. Nesse sentido, importa desvelar estas relações no cotidiano da instituição escola". (Proposta Curricular SC:1998, p.21). Na perspectiva de superar esse viés, de acordo com a referida proposta, é correto afirmar que o/a educador/a
deve procurar inibir as manifestações da sexualidade infantil na escola, através de jogos e brincadeiras que desviem sua atenção de comportamentos inadequados;
deve procurar compreender as expressões e/ou manifestações sexuais da criança no cotidiano escolar, sob a ótica da aquisição de uma base científica e da perspectiva da transformação social, buscando uma nova ética e uma educação dialética em que se pressupõe um trabalho de forma positiva, coerente e afetiva com as crianças;
deve deixar exclusivamente com a família a questão da educação sexual na infância;
deve analisar com extremo cuidado os materiais didáticos com os quais irá trabalhar, descartando aqueles que possam contribuir para despertar a curiosidade infantil na área da sexualidade.
Como coloca a Proposta Curricular de Santa Catarina: 1998, "a sexualidade vem sendo considerada um importante objeto de estudo, consolidando-se, nos últimos tempos, como subsídio também da ação pedagógica". Por isso faz-se necessário explicitar o que se entende por sexualidade como um pressuposto teórico fundamental, para se pensar sobre Educação Sexual. Na referida proposta, a sexualidade:
é o ato sexual reprodutivo
é a caracterização biológica do ser humano, como espécie animal;
constitui-se numa elaboração histórica e cultural que se explica e se compreende no contexto e nas relações nas quais se produz;
é a atividade sexual genital, reprodutiva ou não, que marca o ser humano em sua essência.
A Educação Sexual tem sido alvo de discursos diversos, sobretudo nos últimos anos, em função do surgimento da AIDS. Contudo, tem preponderado nas campanhas educativas um viés médico-biologizante, que reduz a sexualidade à genitalidade e a um "problema" de saúde pública. "Não está em jogo a formação do homem e sim a informação de como se evitar contágio de doenças que se transmitem pelo sexo". (Proposta Curricular SC:1998, p. 20). Para superar esse viés, a referida proposta postula
que a educação sexual deve ter como conteúdo principal uma sólida informação sobre os aparelhos reprodutores, a concepção, a reprodução e as doenças sexualmente transmissíveis;
que a educação sexual necessita buscar elementos conceituais e teóricos nos diversos campos das ciências e, de modo multidisciplinar, deve compor e transitar pela interdisciplinaridade
que a educação sexual incentive os jovens a postergar o sexo, por entendê-lo numa perspectiva reprodutiva, vinculado ao matrimônio, baseado em sólidos valores morais e nos bons costumes;
que a educação sexual utilize o animismo como recurso didático, dando vida e inteligência a seres inanimados, para explicar as questões mais elementares, no caso da curiosidade sexual infantil.
A teoria de Vygotsky entende o desenvolvimento e a aprendizagem como relacionados desde o nascimento da criança. O desenvolvimento é entendido como um processo:
previsível, universal e linear;
em que o sujeito é passivo e seu comportamento é condicionado pela influência dos estímulos do ambiente
determinado por conteúdos mentais de caráter individual, dos quais não se tem consciência
construído no contexto social e promovido pela aprendizagem.
O Inatismo é uma concepção da aprendizagem segundo a qual o ser humano já nasce com potencialidades, dons e aptidões a serem desenvolvidas, biologicamente determinadas. O(a) professor(a) que trabalha apoiando-se nessa concepção, entenderá que
deve oferecer ao aluno atividades que o desafiem para a construção do conhecimento;
a aprendizagem estará condicionada à quantidade e à qualidade dos estímulos oferecidos ao aluno;
quanto menor for sua interferência no processo de aprendizagem, mais estará facilitando para que o aluno revele a sua essência;
deve conhecer o contexto em que o aluno vive, para mediar seu acesso ao conhecimento formal.
A psicanálise de Freud, a Epistemologia genética de Piaget e o Behaviorismo de Skinner foram criticados por se preocuparem em explicar o ser humano a partir de uma única dimensão. Essa dimensão seria, para cada um deles, respectivamente:
a cultura, a afetividade e o pensamento;
a memória, a aprendizagem e o inconsciente;
o inconsciente, a inteligência e o comportamento
a motivação, a linguagem e a inteligência.
O Art. 37. da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional refere-se à Educação de Jovens e Adultos, destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio, na idade própria. É incorreto afirmar que os exames, a que se refere esse artigo:
serão realizados no nível de conclusão do ensino fundamental, para os maiores de quinze anos;
serão realizados no nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de dezoito anos
terão os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por meios informais aferidos e reconhecidos;
serão realizados no nível de conclusão do ensino fundamental, para os maiores de dezoito anos
Assinale a alternativa correta, quanto ao uso das novas tecnologias na educação, na perspectiva da Proposta Curricular de Santa Catarina
As novas tecnologias, utilizadas como fim em si mesmas, na construção do conhecimento, devem estar a serviço da reprodução do capital e da competitividade.
As novas tecnologias são também objetos sociais e mediadores da relação entre o ser humano e o mundo
As novas tecnologias vêm substituir as "antigas" tecnologias intelectuais, para traçar estratégias que possibilitem repensar a educação
As novas tecnologias intelectuais na educação devem ser definidas pelas forças hegemônicas do mercado capitalista
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o conceito científico de desvantagem, relacionado às pessoas que necessitam de condições especiais de atendimento, refere-se à:
condição social de prejuízo decorrente da deficiência e/ou incapacidade;
restrição de atividades decorrentes de uma deficiência;
conseqüência em termos de desempenho e atividade funcional do indivíduo;
perda ou anormalidade de estrutura ou função orgânica.
Em relação à pessoa que necessita de condições especiais de atendimento, em uma proposta histórico-cultural que concebe que o indivíduo se humaniza em um ambiente social, em interação com outros indivíduos, podemos afirmar que:
é impossível considerar que o desenvolvimento dessa pessoa possa ocorrer em um processo previsível, linear e gradual;
o processo de desenvolvimento dessa pessoa realiza-se sob parâmetros;
homogêneos e individuais para cada grupo específico, os espaços específicos de aprendizagem devem privilegiar os procedimentos reabilitadores e terapêuticos;
as diversidades pessoais, culturais e sociais atuam como limitadores do processo de aprendizagem e desenvolvimento.
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