Questões de Pedagogia do ano 2012

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OLIVEIRA (2008) fala da influência do consumo que a sociedade atribuiu para o mundo das crianças:

  • A. no caso dos brinquedos, estes já estão prontos, fazem toda a simulação como choro, som, movimento e a criança apenas permanece frente ao brinquedo passivamente, olhando e observando como pesquisadora.
  • B. neste contexto a cultura do consumo tem moldado o campo pedagógico, construindo desde muito cedo na criança e no adolescente a experiência do consumo. Assim, brinquedos e jogos industrializados, informatizados fazem parte da vida destas como fundamental ao seu desenvolvimento.
  • C. essa sociedade apela, incansavelmente, para o consumo, criando, no indivíduo, a necessidade de consumir mercadorias. Para o público infantil, os brinquedos industrializados são referências marcantes, além de outros acessórios, como roupas de marcas, enlatados, CDs infantis, etc.
  • D. a influência da mídia é boa na vida da criança, pois o novo ambiente midiático que está surgindo fornece a todos, simultaneamente, a mesma informação, sendo impossível reter quaisquer segredos. Sem segredos, evidentemente, a infância se amplia e se enriquece.
  • E. o brincar como algum propósito externo, como renome, dinheiro, condicionamento físico, ascensão social, orgulho, status. À medida que a infância desaparece, aumenta a autoestima da criança.

Gabriel Junqueira (2008), ao tratar sobre o planejamento, o organiza como parte cheia e parte vazia. Para o autor:

  • A. o planejamento tem nas duas partes a distribuição dos conteúdos programáticos, tendo presente que cabe ao professor preencher a segunda parte junto com a comunidade escolar.
  • B. planejamento tem nas duas partes a distribuição dos conteúdos programáticos, tendo presente que cabe ao professor preencher a segunda parte junto com a comunidade escolar.
  • C. a parte cheia do planejamento é tudo aquilo que a professora irá planejar para seus alunos, tudo o que ela acredita ser importante para eles.
  • D. a parte cheia do planejamento é o espaço que devemos "encher", completar com conhecimentos que as crianças trazem de casa; A organização do professor fica para o segundo momento do planejamento chamado de parte vazia.
  • E. a segunda parte do planejamento, chamada de parte vazia, fica em aberto, em branco. Uma lacuna a ser preenchida conjuntamente pelas crianças e famílias.c

Se referindo ao fato de muitas professoras serem chamadas de tias, Paulo Freire argumenta:

  • A. aceitar ser chamada de tia e não de professora qualifica o ser professora, pois aproxima as crianças de seu universo mais afetivo.
  • B. a tentativa de reduzir a professora à condição de tia é uma “inocente” armadilha ideológica em que, tentando-se dar a ilusão de adocicar a vida da professora, o que se tenta é amaciar a sua capacidade de luta ou entretê-la no exercício de tarefas fundamentais.
  • C. é possível ser tia sem amar os sobrinhos, sem gostar de ser tia. Assim como é possível ser professora sem amar os alunos e sem gostar do que se faz.
  • D. que a professora tem todo o direito de querer ser chamada de tia, mas não pode desconhecer as implicações escondidas nas manhas pedagógicas que envolve a redução da condição de professora à tia.
  • E. ser chamada de tia ou de professora não é o mais importante. Importa a relação de ensinante e de aprendente dado ao profissional da educação e do aluno.

Organizar o cotidiano das crianças na Escola Infantil para BARBOSA e HORN, 2001, precisa levar em conta:

  • A. o direcionamento onde as crianças podem brincar e serem conduzidas no turno com rotinas determinas no dia, como estas brincadeiras se desenvolvem, o que mais gostam de fazer, em que espaço preferem ficar, o que lhes chamam mais atenção, em que momentos do dia estão mais tranquilos ou mais agitados.
  • B. que a organização espaço-temporal é determinado pelas crianças que vivem o universo da sala da aula, são eles que dão vida a ele.
  • C. o conhecimento a respeito do desenvolvimento e das necessidades das crianças, só assim conseguiremos fazer o registro apropriado do que as crianças precisam.
  • D. a padronização do cotidiano escolar em todas as turmas, gerando o enriquecimento das experiências vividas pelas crianças, pois todos os dias faziase a mesma coisa, todos os dias as crianças repetiam a mesma oração, cantavam as mesmas músicas e vivenciavam atividades muito parecidas
  • E. que o estabelecimento de uma sequência básica de atividades diárias é, antes de mais nada, o resultado da leitura que fazemos do nosso grupo de crianças, a partir, principalmente, de suas necessidades e do plano de atividades pensadas para cada idade.

Vygotsky afirma que as características ou elementos fundamentais da brincadeira são:

  • A. imitação, o jogo e a representação simbólica.
  • B. situação imaginária, imitação e as regras.
  • C. ludicidade, coletivo, jogo.
  • D. representação simbólica, regras, imitação.
  • E. jogo, imaginário, faz de conta.

Para Sônia Kramer pensar uma proposta pedagógica para a infância pressupõe:

  • A. compreender as crianças, jovens e adultos como inseridos e produtores de história e cultura, que se concebam a infância e a adolescência como categorias individuais e efêmeras que precisam ser aligeiradas em nome da modernidade e de sua ânsia de futuro e superação.
  • B. compreender e respeitar a criança e o adulto nas suas particularidades e diferenças, sem a qual se estaria apenas perpetuando a desigualdade, a opressão, o autoritarismo, a discriminação de gênero, o racismo e tantas outras formas de preconceito sempre contrárias à democracia.
  • C. construir a diversidade na unidade e contra a desigualdade; eis um desafio para a construção de uma proposta pedagógica que aposta na seriedade e na qualidade, também um pressuposto para orientar esta avaliação.
  • D. trabalhar com as vantagens e especificidades da realidade brasileira, de cada região, estado ou município, zona urbana ou rural.
  • E. falar não de uma proposta, mas, sim, de várias, porque são múltiplas as situações que o Brasil congrega, porque são diversificadas as formas de concretização de uma dada proposta numa mesma localidade, porque são desiguais as condições concretas em que acontecem as práticas educativas, os contextos em que estão inseridos os profissionais e as populações com que trabalham.

Os séculos XIX e XX estabeleceram um corpo de saberes e fazeres que possibilitaram tanto a construção social do conceito de infância como a constituição de instituições de educação infantil e de pedagogias para educá-la e cuidá-la. É considerada núcleo central em que operam essas pedagogias:

  • A. a organização de espaços sociais adequados para a educação e cuidado das crianças.
  • B. o nascimento de um profissional para atuar na educação infantil.
  • C. a seleção de metodologias e de conteúdo.
  • D. a categoria rotina.
  • E. a organização da vida cotidiana das instituições e das pessoas sob a forma de rotina.

Alguns educadores e pesquisadores têm voltado sua atenção para a organização dos espaços para o cuidado e educação, também, de bebês. Para ROSSETTI-FERREIRA (2007):

  • A. o berçário deve ter espaços programados para dar à criança a oportunidade de se movimentar, interagindo tanto com objetos como com a professora. Devemse oferecer ao bebê situações desafiadoras, possibilitando o desenvolvimento de suas capacidades.
  • B. o espaço do berçário precisa levar em conta três partes da sala: o chão, o teto e as paredes. Em cada uma dessas partes, há possibilidades de garantir experiências interessantes e desafios para as crianças, por meio do uso de divisórias de diversos tamanhos e em diversas alturas, caixas de papelão recortadas e transformadas, brinquedos, canaletas para os bebês passarem por dentro, muretas para impedi-los de seguir em frente e obrigá-los a experimentar outros trajetos, cortinas, espelhos, móbiles.
  • C. os espaços devem ser sempre atraentes e estimulantes para os bebês. O interessante é manter o espaço permanente como forma de oferecer mais segurança.
  • D. existe uma boa forma de arrumar o berçário, organizando-o com colchonetes, caixas vazadas, móveis baixos, que permite as cuidadoras observar todo o movimento da sala e o bebê também. Dessa forma, o bebê pode tranquilamente ir em busca de um objeto que tenha despertado sua curiosidade, pois ele está vendo que o educador continua na sala.
  • E. é preciso oferecer espaços com propostas diferenciadas, situações diversificadas, que ampliem as possibilidades de exploração. As crianças ampliam suas possibilidades de exercitar a autonomia, a liberdade, a iniciativa, a livre escolha, quando o espaço está adequadamente organizado.

De acordo com Rinaldi, se a criança é portadora de teorias, interpretações, perguntas, ela é co-protagonista do processo de construção do conhecimento. Neste processo, o lugar do registro e da documentação na infância se dá:

  • A. pela evolução do raciocínio lógico das crianças e para o professor compreender e refletir sua ação pedagógica sobre a aprendizagem das crianças.
  • B. pelo caminho traçado das ações realizadas com as crianças durante um período a partir dos resultados positivos, podendo ser usadas na avaliação.
  • C. pelo olhar do professor sobre suas ações pedagógicas, com um olhar crítico, reflexivo a respeito de sua caminhada pedagógica. É uma forma de memória escolar da criança.
  • D. pelo caráter fundamentado das escritas do professor que tem a finalidade de contemplar a criança em sua objetividade, para não haver conclusões contraditórias sobre a aprendizagem.
  • E. como meio importante na construção da memória, pois, através deste, a história é marcada pelas manifestações artísticas das crianças.

Para Gabriel Junqueira é um conjunto articulado de situações de aprendizagem selecionadas pelo professor – e, muitas vezes, com a participação das crianças nessa seleção –, cujo objetivo é abordar – desenvolver, problematizar; responder, devolver às crianças, de forma organizada – o tema-assunto-conteúdo-linguagem que, naquele momento da vida de um grupo, as crianças “querem porque precisam” saber mais do que qualquer outro.

  • A. Temas culturais.
  • B. Tema gerador.
  • C. Projetos de trabalho.
  • D. Aula integrada.
  • E. Situações de estudos.
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