Questões de Pedagogia do ano 2013

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Observe a figura abaixo.

A Taxonomia de Bloom é uma ferramenta prática e útil, contribuindo para o planejamento, organização e controle dos objetivos educacionais. A Taxonomia de Bloom do Domínio Cognitivo é estruturada em níveis de complexidade crescente, o que significa que

  • A. o papel do professor é aumentar a incerteza, de tal modo que ela só possa ser reduzida por meio de ação mental que resulte em mudança permanente nas habilidades e conhecimentos.
  • B. o desenvolvimento cognitivo é produzido pelo processo de interiorização da interação social, com materiais fornecidos pela cultura. Durante o processo de ensino e aprendizagem, as potencialidades do aprendiz devem ser levadas em conta. O sujeito não é apenas ativo, mas sim interativo, pois forma conhecimento e constitui-se a partir de relações intrapessoais.
  • C. para adquirir uma nova habilidade pertencente ao próximo nível, o aluno deve ter dominado e adquirido a habilidade do nível anterior. No entanto, os educadores decidem o que querem que os aprendizes saibam.
  • D. os alunos são passivos, recebem toda a informação necessária do professor e dos livros didáticos, procuram respostas certas ao invés de formular respostas novas. O aluno reproduz o que o professor diz. Ele aprende se o professor ensinar, sendo ele completamente dependente e repetidor dos ensinamentos do professor.
  • E. o professor deve solicitar ao aluno: planejar, decidir, prever, julgar, criar e não se lembrar de algo.

Paulo Freire afirma: “Ninguém educa ninguém, nem ninguém aprende sozinho, nós homens (mulheres) aprendemos através do mundo”. A Andragogia significa “ensino para adultos”. Busca promover o aprendizado através da experiência, fazendo com que a vivência estimule e transforme o conteúdo, impulsionando a assimilação. Quanto aos princípios da Educação da Andragogia, assinale a alternativa incorreta.

  • A. O professor e os alunos compartilham as experiências de um com as experiências do outro, mas compete ao professor o domínio e o ensino dos conteúdos, assim também o aprendizado andragógico é um caminho de mão única.
  • B. O processo de aprendizagem se desenvolve na seguinte ordem: sensibilização (motivação), pesquisa (estudo), discussão (esclarecimento), experimentação (prática), conclusão (convergência) e compartilhamento (sedimentação).
  • C. A essência do relacionamento é o diálogo, portanto, a comunicação só se efetiva através dele.
  • D. Ter como foco central a aprendizagem, não o ensino.
  • E. Compartilhar experiências, tanto para reforçar suas crenças, como para influenciar as atitudes dos outros ou transformar a sua própria prática.

Leia os trechos abaixo.

“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar a possibilidade para a sua própria produção ou a sua construção”. (Paulo Freire)

“Treinar vem do latim trahere significa trazer ou levar alguém a fazer algo. Treinar é então levar alguém a ser capaz de fazer algo que ele nunca fez antes, e fazê-lo sem a assistência de quem o ensina.” (Carvalho, 1994)

Com base no pensamento de Paulo Freire, é correto afirmar que os processos formativos, nos lugares de trabalho, têm como finalidades

  • A. criar um ambiente propício à aprendizagem e à inovação. Aos operários devem ofertar treinamentos operacionais e aos gerentes treinamentos gerenciais, ferramenta para melhorar o planejamento, organizar e controlar.
  • B. propiciar o acesso generalizado à Educação e melhorar a distribuição do conhecimento, da informação, do poder e da recompensa. Meta de acesso à Educação.
  • C. garantir o treinamento corporativo, aumentando o respeito e a valorização pelo indivíduo e o reconhecimento da subjetividade humana, desenvolvendo o individualismo exacerbado.
  • D. preparar os funcionários para lidarem com as mudanças. O ensino a distância é uma técnica útil e necessária à tarefa de treinamento empresarial.
  • E. não apenas transmitir conhecimentos, mas também fazer com que as pessoas e grupos, em seu processo de aprendizagem, desenvolvam e criem novos conhecimentos. Essa aprendizagem coletiva gera inovação e transforma as empresas em organizações aprendentes.

Pode-se considerar a última atividade da elaboração do Projeto Político Pedagógico a construção de um plano de ações, ou seja, de um conjunto de propostas que se desdobram em ações voltadas a provocar mudanças na realidade da escola. Ainda é preciso identificar o que é necessário, o que é exequível e estabelecer prioridades, considerando o que é mais necessário, oportuno e urgente fazer. O plano de ação deve estabelecer

  • A. apenas as ações concretas para não dispersar. São as ações voltadas para um objetivo específico, com uma terminalidade bem definida, sustentando-se em recursos próprios devido às suas características bem delimitadas. Contemplam ações de curto prazo. Ex.: Promoção de uma capacitação sobre um tema delimitado para atender a uma necessidade específica.
  • B. apenas as orientações para ação. Não se constituem em propostas concretas, mas dizem respeito aos valores, às atitudes; procuram modificar os comportamentos e levar à partilha de referências comuns. Exemplo: Desenvolver o espírito crítico nos alunos.
  • C. diretrizes, visando a sua operacionalidade nas atividades permanentes, podendo estarem vinculadas ou não à esfera administrativa, ou seja, apenas as rotinas.
  • D. exclusivamente as determinações gerais, respeitando as normas regimentais. O plano de ação, parte integrante do PPP, deve adotar as orientações tecnicistas, pois se encontra organicamente articulado às necessidades da escola e precisa ser rígido, evitando os redirecionamentos, os ajustes ou correções. O planejamento não é práxis, não representa uma estreita articulação entre teoria e prática, entre o previsto e o realizado; é o exequível.
  • E. as ações concretas, as orientações para a ação, as determinações gerais e as atividades permanentes. Ou seja, definidas as prioridades, passa-se a definir o tipo de ação necessária ao atendimento daquela necessidade. Ainda no plano de ação, tem-se a dimensão temporal, que implica distribuição das necessidades/ações, de acordo com uma distribuição em curto, médio e longo prazo e a indicação dos responsáveis pela ação.

“Diversos estudos têm tematizado a problemática da construção do Projeto Político Pedagógico (PPP) nas escolas brasileiras.(...) Contudo, encontramos alguns pontos de convergência em torno de alguns “passos” que são apontados como importantes na elaboração do projeto: 1. a definição de um marco referencial ou conceitual, que expresse as concepções políticofilosóficas da escola com relação à Educação, à escola e suas finalidades; 2. a elaboração de um diagnóstico da realidade escolar, ou análise da realidade escolar; 3. a definição de um plano ou programação de atividades – objetivos, estratégias etc.; 4. a divulgação do PPP (tornálo um documento a ser conhecido por toda a comunidade escolar) e, por fim, 5. a aprovação do PPP em instâncias colegiadas ou em fóruns de representação direta, como assembleia da escola.” (Projeto vivencial, Escola de Gestores). O diagnóstico constitui-se em um dos momentos mais importantes na construção do PPP. É correto afirmar que o diagnóstico

  • A. é uma descrição objetiva e neutra da realidade da escola em suas dimensões: infraestrutura física, equipamentos, corpo docente, trabalho pedagógico, gestão, comunidade, qualidade da Educação, processos de formação dos estudantes, e outras indicadas pela comissão gestora.
  • B. é um levantamento de problemas. É uma lista de problemas “daquilo que vai mal na escola”. Assim, o diagnóstico é um instrumento técnico, neutro, que pode ser adaptado, aproveitado de outras organizações ou instituições sociais. Ele marca e se fundamenta em uma intencionalidade. É sustentado em valores e aponta para uma direção. Por isso, o diagnóstico da escola deve ser feito dentro de parâmetros técnicos e científicos. Implica a obtenção de dados quantitativos, verdadeiros indicadores para o planejamento das ações futuras voltadas à eficiência e à eficácia da escola.
  • C. é um fim em si mesmo. As análises realizadas sobre a realidade da escola devem ser neutras e objetivas. É o retrato da realidade, o levantamento das dificuldades. Não é o momento de realizar um confronto entre a situação que se vive e a situação que se deseja viver, sempre utópica e ideológica.
  • D. supõe avaliação, comparação, juízos de valores, tudo isso tendo como ponto de partida o que foi definido anteriormente no Marco Referencial. Sua função reside em promover um profundo processo de avaliação sobre como a escola tem se organizado e realizado sua tarefa educativa, que dificuldades têm encontrado para o cumprimento desta e que possibilidades encontra para orientar sua ação na direção de uma escola pública democrática de qualidade para todos.
  • E. faz a análise e a compreensão fragmentada da realidade, adotando perspectivas teóricometodológicas que tendem tanto a focalizar como a responder, de modo parcial e seletivo, problemas que são multidimensionais. Somente assim se consegue identificar o problema sem perder o foco. Enfim, o diagnóstico implica o desafio de apreenderse analiticamente e fragmentadamente, tudo aquilo que constitui o cotidiano da escola.

Entendendo o multiplicador como um agente de mudanças, de acordo com o aporte teórico da epistemologia genética piagetiana, o seu papel é desenhar processos formativos, nas modalidades presencial e a distância, tendo como base uma metodologia interativa e problematizadora. É correto afirmar que compete a ele apresentar

  • A. projetos de ensino de formação inicial, no qual ele pensa pelo aluno, antecipa o que ele necessita saber, define os problemas, os objetivos, indica as fontes de pesquisa e aponta as soluções.
  • B. projetos de aprendizagem nos quais, em um primeiro momento, os multiplicadores lançam problemas e formulam questões, a partir de suas certezas provisórias, conhecimento prévio e dúvidas temporárias, questões de investigação.
  • C. uma metodologia de ensino diferenciada, já que ele vai lidar com aprendizagem de adultos. O multiplicador ministra aulas. Seu papel pede generosidade para compartilhar conhecimentos e não atitudes que facilitam o aprendizado.
  • D. cursos para disseminar o conteúdo estabelecido com eficiência. É preciso desenvolver algumas técnicas para facilitar a aprendizagem e reter a atenção dos colegas. Isso implica, por exemplo, em saber usar a voz e o gestual, bem como lidar com recursos audiovisuais nas apresentações, tornandoas mais lúdicas e interessantes.
  • E. planos de treinamentos verticalizados por segmentos dos recursos humanos da organização. Os multiplicadores são profissionais dos próprios quadros da empresa que detêm um conhecimento importante para as finalidades da instituição que assumem o papel de repassar os conteúdos prontos para um grupo ou até para toda a organização.

Observe a figura abaixo.

Segundo Chiavenato, o treinamento relaciona-se com a mudança com abrangência micro e individual. Treinamento é Educação institucionalizada. É aplicado de maneira sistemática e organizada e é pelo qual as pessoas aprendem conhecimentos, atitudes e habilidades em função de objetivos definidos. São técnicas de treinamento:

  • A. leitura, instrução programada, dramatização, trabalhos em grupo, estudo de caso, jogos, simulações, conferência. É fundamental refletir e problematizar experiências já vivenciadas, estabelecer vínculos entre os conteúdos e experiências. Pedir que os alunos sempre fundamentem aquilo que realizam na prática. Aplicar os métodos de soluções de problemas.
  • B. esclarecer os alunos sobre os objetivos das aulas, a importância dos conhecimentos para o trabalho eficiente; provocar a explicitação da contradição entre ideias e experiências; estimular o aluno a defender seus pontos de vista e a combater o diferente; propor tarefas que exercitem o pensamento e soluções não criativas. Assegurar ao aluno domínio duradouro e seguro dos conhecimentos e formação da personalidade.
  • C. explicar com clareza os objetivos; desenvolver um ritmo de trabalho que seja possível de a turma acompanhar; prevenir a influência de particularidades advindas das experiências laborais desfavoráveis ao trabalho do professor; respeitar e saber diferenciar cada aluno e seus ritmos específicos. Apresentar tarefas dirigidas e orientadas pelo professor, para os alunos resolverem de maneira independente e não criativa, ou seja, estudo dirigido programado individual ou em duplas.
  • D. debates, tempestade mental, grupo de verbalização, grupo de observação, seminário, exposição pelo professor, em que o aluno assume uma posição passiva perante a matéria explanada.
  • E. transmitir o conteúdo selecionado para que o aluno receba e reproduza mecanicamente o que absorve. O ritmo do ato de ensinar não detecta o ritmo de cada aluno no aprender. A temática fica restrita às paredes da sala de aula, com vários tipos de exposição: verbal, demonstração, ilustração, exemplificação.

Leia o texto abaixo para responder à questão 62.

“A Internet está caminhando para ser audiovisual, para transmissão em tempo real de som e imagem (tecnologias streaming, que permitem ver o professor em uma tela, acompanhar o resumo do que fala e fazer perguntas ou comentários). Cada vez será mais fácil fazer integrações mais profundas entre TV e WEB (a parte da Internet que nos permite navegar, fazer pesquisas...). Enquanto assiste a determinado programa, o telespectador começa a poder acessar simultaneamente às informações que achar interessantes sobre o programa, acessando o site da programadora na Internet ou outros bancos de dados.” (José Manuel Moran. As possibilidades educacionais que se abrem são fantásticas).

O mundo também do trabalho modificou-se nas últimas décadas. As exigências atuais são por constante aperfeiçoamento técnico e político, em que o indivíduo precisa garantir sua empregabilidade na busca incessante por atualização de habilidades, atitudes e novos conhecimentos, os quais têm prazo de validade (Meister, 1999) cada vez menor.

A Educação a Distância, na perspectiva de Paulo Freire “educar-se é impregnar de sentido cada momento da vida, cada ato cotidiano”, trabalha com aprendizagem

  • A. fechada, saberes prontos. A EAD dá preferência aos processos de ensino, como a elaboração de materiais e definição de procedimentos instrucionais (Belloni, 1999; Maggio, 2001) enquanto a aprendizagem aberta enfoca processos de aprendizagem.
  • B. fechada e aberta. Considera que a tutoria é uma necessidade técnica dos sistemas de Educação a Distância, principalmente porque a existência de contato humano não é mais uma exigência do processo de ensino-aprendizagem.
  • C. de saberes que possibilitem desenvolver competências que proporcionem o desenvolvimento profissional, para que os funcionários realizem um trabalho com desempenho superior. É essencial às instituições que promovem cursos à distância dispor de órgãos específicos para acompanhamento, atendimento e apoio aos alunos, proporcionandolhes a aquisição de hábitos e técnicas de estudo, interação com tutores e com outros alunos, a fim de motivá-los a permanecer no processo de ensinoaprendizagem. O professor intervém no acompanhamento e nas avaliações.
  • D. aberta. É caracterizada pela flexibilidade e autonomia do aluno. Isso exige que a EAD incorpore as noções de autonomia e flexibilidade em seus programas instrucionais, mudando o foco dos processos de ensino, como a elaboração de materiais e definição de procedimentos instrucionais para o da aprendizagem.
  • E. profissional. As tarefas básicas e imprescindíveis que um tutor deverá desempenhar são: orientação, que se refere a uma orientação continuada ao aluno; acadêmica, na qual o tutor exerce um papel de transmissor de saberes já elaborados; institucional e de conexão, que diz respeito à ligação que o mesmo estabelece entre alunos e instituições; e as de caráter institucional e burocrático.

Educação a Distância é o processo de ensinoaprendizagem, mediado por tecnologias, no qual professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente. É mais adequado para a Educação de adultos. A Educação contínua ou continuada é aquela que se dá no processo de formação constante, de aprender sempre, de aprender em serviço, juntando teoria e prática, refletindo sobre a própria experiência, ampliando-a com novas informações e relações. As tecnologias interativas, sobretudo, vêm evidenciando, na Educação a Distância, o que deveria ser o cerne de qualquer processo de Educação, a saber

  • A. o relacionamento interpessoal. Trata-se de transpor, para o virtual, adaptações do ensino presencial, ou seja, as aulas multiplicadas ou disponibilizadas. Há uma mudança de técnica e não do papel do professor e do aluno, as relações são verticalizadas.
  • B. a interação e a interlocução entre todos os que estão envolvidos nesse processo. Tanto professores quanto alunos estarão motivados, entendendo "aula" como pesquisa e intercâmbio. O professor torna-se um supervisor, um mediador, um incentivador dos alunos na instigante aventura do conhecimento.
  • C. a conectividade. Desenvolver a aprendizagem por meio da interação virtual fria, formulários, rotinas, provas, e-mail e alguma interação on-line, ou seja, pessoas conectadas ao mesmo tempo, em lugares diferentes. O professor transforma-se em um animador do processo de busca de conhecimentos.
  • D. as relações intrapessoais. A Educação a Distância é predominantemente individual, com intensa utilização de mídias unidirecionais (como o jornal, a televisão e o rádio) e da comunicação off-line, sendo ainda pedagogicamente incorreta a utilização de um mix de comunicação off e on-line (em tempo real).O professor é um anônimo, sem identidade própria.
  • E. as relações intrapessoal e interpessoais. Alguns cursos os educandos podem fazê-los sozinhos, com a orientação virtual de um tutor, e em outros será importante compartilhar vivências, experiências, ideias. É um fast-food em que o aluno se serve de algo pronto. O professor prepara o curso para dirigir e facilitar o processo de aprendizagem.

De acordo com a proposta de avaliação formativa, o objetivo principal da avaliação da aprendizagem de matemática consiste em

  • A.

    fornecer ao professor e aos estudantes indícios das competências desenvolvidas de acordo com os objetivos previamente estabelecidos, o que permite ao professor a avaliação de suas práticas pedagógicas e sua eventual reorganização, com vistas ao alcance desses objetivos.

  • B.

    informar aos pais os resultados apresentados por seus filhos no que se refere à aprendizagem da disciplina com vistas à tomada de providências da família em caso de fracasso escolar.

  • C.

    conscientizar os estudantes da importância do trabalho desenvolvido pelo professor em sala de aula e da necessidade de os alunos se esforçarem para obter boas notas, símbolo do sucesso escolar.

  • D.

    treinar o estudante para ajustar-se ao sistema de vida contemporâneo, altamente competitivo.

  • E.

    fornecer aos estudantes informações sobre sua aprendizagem para que possam identificar as falhas e buscar reforço extraclasse para evitar o fracasso escolar.

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