Questões de Pedagogia da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (FADESP)

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Sobre a brincadeira no processo de ensino-aprendizagem, é correto afirmar que

  • A.

    o brinquedo e a brincadeira são ferramentas importantes para a socialização das pessoas, mas sua influência do desenvolvimento cognitivo é pouco significativa, pois não propicia a aquisição do saber formal.

  • B.

    é uma atividade humana criadora, na qual imaginação, fantasia e realidade interagem na produção de novas possibilidades de interpretação, de expressão e de ação pelas crianças, assim como de novas formas de construir relações sociais com outros sujeitos, crianças e adultos.

  • C.

    não se deve dar muito tempo para brincadeiras na escola porque o mais importante é cumprir o programa comprometido com a aprendizagem efetiva e formal dos alunos. Com isso, o jogo deve ficar restrito às atividades dos pátios e aos horários de intervalos das aulas.

  • D.

    as brincadeiras infantis devem ser tratadas pelos professores como momentos de relaxamento e prazer. Tratá-las como recurso didático empobrece a relação espontânea entre o brinquedo e a criança; por isso, a brincadeira não deve ser alvo dos processos de ensino-aprendizagem.

Leia com atenção o texto abaixo:

 "Frases do tipo 'vamos acertar isso lá fora?' e até tapas já fazem parte do dia-a-dia de professores. Segundo a pesquisa da Unesco, um dos principais motivos das ameaças dos alunos a professores é a desavença causada por notas baixas, pelo nível de exigência e por falhas disciplinares. Em 19 anos de profissão, S. G., de 37, nunca imaginou apanhar de aluno. 'Ele tinha 10 anos e começou a agredir um colega na sala de aula. Quando falei que iria mandá-lo para a direção, comecei a receber vários tapas. Gritei e o vigia me salvou. Fiquei com hematomas', lembra. As carteiras são empilhadas até o teto da sala de aula. Os alunos divertem-se escalando a torre que, sem capacidade de resistir a tanto peso, desmorona e espalha destroços; na maioria das vezes as paredes são pichadas. Essa cena é comum numa escola estadual do bairro Santa Terezinha, na região metropolitana de São Paulo. É quase uma tradicional brincadeira das sextas-feiras. Resignado, o diretor se sente impotente para conter a baderna. Por um simples motivo: 'Tenho medo', reconhece, acostumado a consertar semanalmente as carteiras depredadas".

 DIMENSTEIN, Gilberto. Ao mestre com porrada. Folha de S.Paulo, São Paulo, 3 jun. 2001. Cotidiano, p. 10)

Considerando-se as reflexões de Dimenstein e o papel do lúdico na formação de crianças e adolescentes, pode-se afirmar que

  • A.

    a desvalorização do movimento natural e espontâneo da criança, em favor do conhecimento formal, é prejudicial para sua formação, visto que a brincadeira e o jogo são importantes meios de estimular a atividade construtiva da criança. É necessário que o professor procure favorecer cada vez mais o contato da criança com o ambiente físico, com brinquedos, com brincadeiras e com outras crianças, transformando a escola em um ambiente atraente.

  • B.

    os alunos, na adolescência, buscam superar seus limites, o que os leva, muitas vezes, a testar a autoridade, a desrespeitar os mecanismos sociais repressivos e até a praticar atos criminosos. Nessa fase natural do desenvolvimento humano, as atividades de caráter lúdico pouco interferem.

  • C.

    há necessidade de que os alunos sejam mais disciplinados; por isso, o papel da escola é estabelecer limites por meio de punições capazes de controlar a agressividade e as transgressões das regras escolares. Tratar essas questões de forma simbólica é pouco eficiente.

  • D.

    a escola tem vivenciado um aumento da agressividade e da violência, em diversos momentos, especialmente nos intervalos entre as atividades formais. Isso decorre da existência de muitos espaços de recreação livre.

Leia atentamente o texto abaixo:

"Nos dias de hoje o que se percebe é que, as crianças não brincam mais; primeiro, por falta de tempo e segundo, por falta de espaço. Muito cedo a criança vai à escola, à aula de computação, à aula de inglês, para não ficar fora do mercado. Quando há tempo para brincar, a brincadeira preferida é num computador, num videogame, isolado de pessoas, sem interação alguma, um com o outro. A participação dos pais nas brincadeiras, então, é quase inexistente. Não há tempo a perder, é preciso trabalhar, trabalhar muito, para poder dar tudo de bom para os filhos. E assim, desta forma, as crianças deixam de brincar, de interagir com outras crianças e, principalmente, de interagir com os pais."

PINTO, Anabela. O papel do lúdico para a aprendizagem de crianças com TDAH na Psicopedagogia Clínica. Monografia Especialização) – Universidade Estadual ale do Acaraju, Disponível em: .

Com base no texto, é correto afirmar que

  • A.

    as escolas precisam ser prudentes quando inserem em seus currículos espaço para jogos e brincadeiras, pois o excesso de atividades livres aumenta a possibilidade de agressões.

  • B.

    os jogos de games interativos, quando bem orientados, substituem outros processos de socialização e têm a vantagem de não gerar comportamentos agressivos, já que o indivíduo que joga tem pouco contato com outras pessoas.

  • C.

    a constante evolução do mundo, o estilo de vida das famílias, o aumento populacional e o crescimento das cidades exercem uma grande influência sobre as crianças.

  • D.

    a existência na escola de espaços livres, onde podem ser desenvolvidas atividades lúdicas interativas, compensa a ausência dos pais na vida das crianças.

Uma instituição educacional, ao construir seu projeto político-pedagógico, na perspectiva da participação coletiva e da gestão democrática, deve pautar-se como pressuposto a:

  • A. necessidade de especialistas em elaboração de projetos.
  • B. participação de professores, de preferência os que tiverem maior experiência educacional.
  • C. participação efetiva da comunidade escolar baseada na responsabilidade de todos numa ação integrada, como elemento norteador.
  • D. centralização das tomadas de decisões na equipe da coordenação pedagógica da escola.

A dimensão formativa da avaliação da aprendizagem caracteriza-se pelo (pela)

  • A. sua função processual, descritiva e qualitativa, capaz de indicar os êxitos e as dificuldades do aluno ao longo do trabalho escolar.
  • B. organização e pelo arquivamento de registros das aprendizagens dos alunos, selecionados por eles próprios, com o objetivo de fornecer uma síntese de seu percurso de aprendizagem.
  • C. diagnóstico da situação da aprendizagem em que se encontra o aluno no início do processo de ensino.
  • D. caráter classificatório e controlador, tendo como objetivo a certificação, no final do percurso escolar.

O aproveitamento escolar representa uma questão pedagógica fundamental para o sucesso da prática educativa. Neste sentido pode-se afirmar que o (a)

  • A. maior e principal causa da reprovação escolar reside nas práticas avaliativas adotadas pela escola.
  • B. processo burocrático instalado no âmbito da escola é o grande responsável pelos altos índices de reprovação escolar.
  • C. adoção de práticas pedagógicas que atendam as diferenças individuais do educando com a efetivação do processo avaliativo classificatório constituem os determinantes do fracasso escolar.
  • D. fracasso escolar é causado por diversos fatores sejam eles de ordem psicológica, social ou organizacional da escola, sendo a reprovação, bem como a efetivação da repetência um dos fatores determinantes desse fracasso.

No contexto da sociedade brasileira contemporânea, marcada por grandes diferenças sociais, cabe à escola

  • A. reconhecer as diferenças e formar turmas homogêneas.
  • B. ignorar as diferenças e realizar o trabalho pedagógico numa perspectiva da homogeneidade.
  • C. negar as diferenças e buscar a equidade, com vistas a humanização no ambiente de trabalho.
  • D. superar a concepção segundo a qual diferenças são deficiências e saber trabalhar com as diferenças.

Para acompanhar a gestão democrática em uma instituição escolar, existe um importante órgão com funções específicas para tal. Trata-se do (da)

  • A. Conselho Escolar.
  • B. Conselho de Classe.
  • C. Coordenação Pedagógica.
  • D. Direção do Estabelecimento de Ensino.

A matemática deve ser construída pelo aluno no seu dia-a-dia, evitando-se, assim, que a curiosidade e o interesse que caracterizam a relação inicial da criança com o conhecimento lógicomatemático, demonstrados antes de seu ingresso na escola, desapareçam nos primeiro anos de escolarização, transformando-se, na maioria das vezes, em aversão à matemática. Nessa perspectiva, a escola pode não apenas ajudar as crianças a organizar melhor as suas informações e estratégias, mas também proporcionar condições para a aquisição de novos conhecimentos matemáticos com base no seguinte princípio:

  • A.

    A matemática, implica "conhecimento e construção do conceito do número", o que exige que o professor se empenhe para que as crianças aprendam as operações matemáticas e possam desenvolver o raciocínio lógico com habilidade.

  • B.

    As atividades desenvolvidas nas séries iniciais do ensino fundamental devem considerar o papel ativo da criança na construção de sua autonomia por meio de sua ação sobre o objeto e o ambiente.

  • C.

    Os conceitos matemáticos, as estruturas lógicas fazem parte de um processo contínuo na vida da criança. Por isso, é fundamental desconsiderar os aspectos afetivos e simbólicos da imaginação infantil, para que a criança possa pensar, sentir, agir, interagindo com o meio de forma racional e lógica.

  • D. Para que a criança tenha condições de interagir com o mundo que a rodeia sob a lógica matemática, é necessário que o professor tenha um horário determinado ou um dia previamente estabelecido para as atividades matemáticas, para que possa melhor aproveitar as situações que surgem no cotidiano escolar.

Sobre o ensino do português no ensino fundamental, é correto afirmar o seguinte:

  • A.

    O ensino de português nas séries iniciais do nível fundamental deve priorizar o domínio de regras e conteúdos gramaticais para que a criança aprenda a escrever corretamente na língua padrão.

  • B.

    Nivelar todas as crianças quanto ao domínio da língua padrão deve ser a preocupação fundamental no ensino de português para os mais carentes, visto que ter esse domínio é um dos principais fatores de inserção social e de desenvolvimento da consciência crítica.

  • C.

    Levar o aluno a não apenas dominar a língua padrão, mas também a demonstrar respeito pelas outras variedades da língua deve ser o compromisso político do ensino do português.

  • D.

    O uso de outras variedades, que não a língua padrão, deve ser evitado na escola, particularmente nas aulas de português, tanto na forma escrita quanto na falada, pois o domínio da norma culta é o principal fator de inserção do indivíduo na sociedade.

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