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Utilize o texto abaixo para responder a questão
Naquela mulata estava o grande mistério, a síntese das impressões que1 ele recebeu chegando aqui: ela era a luz ardente do meio-dia; ela era o calor vermelho das sestas da fazenda; era o aroma quente dos trevos e das baunilhas, que2 o atordoara nas matas brasileiras; era a palmeira virginal e esquiva que3 se não torce a nenhuma planta; era o veneno e era o açúcar gostoso; era o sapoti mais doce que4 o mel e era a castanha de caju, que5 abre feridas com seu azeite de fogo; ela era a cobra verde
Aluísio Azevedo. O cortiço
Analise as afirmativas feitas sobre o texto 1.
1. As palavras ardente, calor, vermelho, aroma, quente, palmeira, virginal, veneno, açúcar, gostoso, mel, azeite, fogo, cobra trazem conotações de prazer e erotismo na descrição da mulata.
2. A descrição da mulata também evoca sensações gustativas.
3. Considerando-se que sapoti é descrito como mais doce que o mel, tem-se que ele é um doce semelhante a ele, apenas menos adocicado.
4. Azeite é veneno e abriu feridas de fogo no personagem masculino citado no texto.
5. O verbo atordoara está no pretérito mais- -que-perfeito do indicativo e, como tal, expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado. Pode ser substituído por tinha atordoado.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Leia o texto para responder à questão.
Um dia, numa expedição na África, um cachorrinho começa a brincar de caçar mariposas e quando se dá conta já está muito longe do grupo do safari. Nisso vê bem perto uma pantera correndo em sua direção.
Ao perceber que a pantera vai devorá-lo pensa rápido no que fazer. Vê uns ossos de um animal morto e se coloca a mordê-los. Então, quando a pantera está a ponto de atacá-lo, o cachorrinho diz:
Ah, que delícia esta pantera que acabo de comer!
A pantera para bruscamente e sai apavorada correndo do cachorrinho, pensando:
Que cachorro bravo! Por pouco não come a mim também!
Um macaco que estava trepado em uma árvore perto e que havia visto a cena, sai correndo atrás da pantera para lhe contar como ela foi enganada pelo cachorro. O macaco alcança a pantera e lhe conta toda a história. Então, a pantera furiosa diz:
Cachorro maldito! Vai me pagar!
Agora vamos ver quem come quem!
Depressa!, disse o macaco. Vamos alcançá-lo.
E saem correndo para buscar o cachorrinho.
O cachorrinho vê que a pantera vem atrás dele de novo e desta vez traz o macaco montado em suas costas.
Ah, macaco desgraçado! O que faço agora?, pensa o cachorrinho.
Ao invés de sair correndo, o cachorrinho fica de costas como se não estivesse vendo nada e, quando a pantera está a ponto de atacá-lo de novo, o cachorrinho diz:
Maldito macaco preguiçoso! Faz meia hora que eu o mandei me trazer outra pantera e ele ainda não voltou!
autor desconhecido
A frase Por pouco não come a mim também! pode ser reescrita da seguinte forma: Por pouco não me come também! Isso é possível haja vista os termos sublinhados em ambas as frases receberem a mesma classificação morfológica: pronomes oblíquos átonos.
Leia o texto para responder à questão.
Um dia, numa expedição na África, um cachorrinho começa a brincar de caçar mariposas e quando se dá conta já está muito longe do grupo do safari. Nisso vê bem perto uma pantera correndo em sua direção.
Ao perceber que a pantera vai devorá-lo pensa rápido no que fazer. Vê uns ossos de um animal morto e se coloca a mordê-los. Então, quando a pantera está a ponto de atacá-lo, o cachorrinho diz:
Ah, que delícia esta pantera que acabo de comer!
A pantera para bruscamente e sai apavorada correndo do cachorrinho, pensando:
Que cachorro bravo! Por pouco não come a mim também!
Um macaco que estava trepado em uma árvore perto e que havia visto a cena, sai correndo atrás da pantera para lhe contar como ela foi enganada pelo cachorro. O macaco alcança a pantera e lhe conta toda a história. Então, a pantera furiosa diz:
Cachorro maldito! Vai me pagar!
Agora vamos ver quem come quem!
Depressa!, disse o macaco. Vamos alcançá-lo.
E saem correndo para buscar o cachorrinho.
O cachorrinho vê que a pantera vem atrás dele de novo e desta vez traz o macaco montado em suas costas.
Ah, macaco desgraçado! O que faço agora?, pensa o cachorrinho.
Ao invés de sair correndo, o cachorrinho fica de costas como se não estivesse vendo nada e, quando a pantera está a ponto de atacá-lo de novo, o cachorrinho diz:
Maldito macaco preguiçoso! Faz meia hora que eu o mandei me trazer outra pantera e ele ainda não voltou!
autor desconhecido
Analise as afirmativas abaixo em relação ao texto 2.
1. Em Vê uns ossos de um animal morto, as palavras sublinhadas exercem a mesma função sintática e possuem a mesma classificação morfológica.
2.A frase Faz meia hora tem como sujeito simples a expressão meia hora.
3. A frase sublinhada no texto completa o sentido do verbo ver e, como tal, é uma oração subordinada substantiva objetiva direta.
4. Compare as frases: A pantera furiosa diz: cachorro maldito! e Diz furiosa a pantera: maldito cachorro!. A ordem das palavras foi alterada e, mesmo assim, as palavras sublinhadas continuam a exercer a mesma função sintática: complemento nominal das palavras a que se referem.
5. Em A pantera para bruscamente e sai apavorada os dois verbos são intransitivos e as palavras que a eles se referem são adjuntos adverbiais.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Escolha a palavra adequada, colocada entre parênteses, de modo a estabelecer a correta coesão textual.
Para expressar uma condição: (Quando/Se) vocês arrumarem o quarto, terão uma surpresa.
Para expressar simples adição de ações: Não quero saber de política (nem/apenas) de entender de filosofia.
Para expressar oposição: Meu colega aceitou o novo emprego, (porquanto/porém) não está feliz.
Para expressar contradição: (Embora/Ao passo que) estivesse atrasado, parou para ver a cena.
Para estabelecer finalidade: Fiz um sinal (afim de que/que) lhe calasse.
Assinale a alternativa que indica as palavras corretas, de cima para baixo.
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ) considerando o meme.
( ) O texto da propaganda inicia com um adjunto adverbial de tempo.
( ) O primeiro período colocado depois da imagem tem sentido de explicação.
( ) O termo logo é uma conjunção coordenativa com valor de conclusão.
( ) A expressão mais velho completa o sentido do verbo estar; é, pois, um objeto direto.
( ) O sujeito em todas as orações do meme é classificado como implícito ou subentendido, mas a imagem altera essa classificação para sujeito simples, pois por ela (a imagem) ele se torna visível.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
A flor e a náusea
Preso à minha classe e a algumas roupas,
vou de branco pela rua cinzenta.
Melancolias, mercadorias espreitam-me.
Devo seguir até o enjoo?
Posso, sem armas, revoltar-me?
Olhos sujos no relógio da torre
Não, o tempo não chegou de completa justiça.
O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações
e espera.
O tempo pobre, o poeta pobre
fundem-se no mesmo impasse.
Em vão me tento explicar, os muros são surdos.
Sob a pele das palavras há cifras e códigos.
O sol consola os doentes e não os renova.
As coisas. Que tristes são as coisas, consideradas
sem ênfase.
Vomitar esse tédio sobre a cidade.
Quarenta anos e nenhum problema
resolvido, sequer colocado.
Nenhuma carta escrita nem recebida.
Todos os homens voltam para casa.
Estão menos livres mas levam jornais
e soletram o mundo, sabendo que o perdem.
Crimes da terra, como perdoá-los?
Tomei parte em muitos, outros escondi.
Alguns achei belos, foram publicados.
Crimes suaves, que ajudam a viver.
Ração diária de erro, distribuída em casa.
Os ferozes padeiros do mal.
Os ferozes leiteiros do mal.
Pôr fogo em tudo, inclusive em mim.
Ao menino de 1918 chamavam anarquista.
Porém meu ódio é o melhor de mim.
Com ele me salvo
e dou a poucos uma esperança mínima.
Uma flor nasceu na rua!
Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do
tráfego.
Uma flor ainda desbotada
ilude a polícia, rompe o asfalto.
Façam completo silêncio, paralisem os negócios,
garanto que uma flor nasceu.
Sua cor não se percebe.
Suas pétalas não se abrem.
Seu nome não está nos livros.
É feia. Mas é realmente uma flor.
Sento-me no chão da capital do país às cinco horas
da tarde e lentamente passo a mão nessa forma
insegura.
Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.
Pequenos pontos brancos movem-se no mar,
galinhas em pânico.
É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo
e o ódio.
ANDRADE, Carlos Drummond de. A rosa do povo. São Paulo: Círculo do Livro, 1987. p. 13-14.
A flor e a náusea
Preso à minha classe e a algumas roupas,
vou de branco pela rua cinzenta.
Melancolias, mercadorias espreitam-me.
Devo seguir até o enjoo?
Posso, sem armas, revoltar-me?
Olhos sujos no relógio da torre
Não, o tempo não chegou de completa justiça.
O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações
e espera.
O tempo pobre, o poeta pobre
fundem-se no mesmo impasse.
Em vão me tento explicar, os muros são surdos.
Sob a pele das palavras há cifras e códigos.
O sol consola os doentes e não os renova.
As coisas. Que tristes são as coisas, consideradas
sem ênfase.
Vomitar esse tédio sobre a cidade.
Quarenta anos e nenhum problema
resolvido, sequer colocado.
Nenhuma carta escrita nem recebida.
Todos os homens voltam para casa.
Estão menos livres mas levam jornais
e soletram o mundo, sabendo que o perdem.
Crimes da terra, como perdoá-los?
Tomei parte em muitos, outros escondi.
Alguns achei belos, foram publicados.
Crimes suaves, que ajudam a viver.
Ração diária de erro, distribuída em casa.
Os ferozes padeiros do mal.
Os ferozes leiteiros do mal.
Pôr fogo em tudo, inclusive em mim.
Ao menino de 1918 chamavam anarquista.
Porém meu ódio é o melhor de mim.
Com ele me salvo
e dou a poucos uma esperança mínima.
Uma flor nasceu na rua!
Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do
tráfego.
Uma flor ainda desbotada
ilude a polícia, rompe o asfalto.
Façam completo silêncio, paralisem os negócios,
garanto que uma flor nasceu.
Sua cor não se percebe.
Suas pétalas não se abrem.
Seu nome não está nos livros.
É feia. Mas é realmente uma flor.
Sento-me no chão da capital do país às cinco horas
da tarde e lentamente passo a mão nessa forma
insegura.
Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.
Pequenos pontos brancos movem-se no mar,
galinhas em pânico.
É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo
e o ódio.
ANDRADE, Carlos Drummond de. A rosa do povo. São Paulo: Círculo do Livro, 1987. p. 13-14.
A flor e a náusea
Preso à minha classe e a algumas roupas,
vou de branco pela rua cinzenta.
Melancolias, mercadorias espreitam-me.
Devo seguir até o enjoo?
Posso, sem armas, revoltar-me?
Olhos sujos no relógio da torre
Não, o tempo não chegou de completa justiça.
O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações
e espera.
O tempo pobre, o poeta pobre
fundem-se no mesmo impasse.
Em vão me tento explicar, os muros são surdos.
Sob a pele das palavras há cifras e códigos.
O sol consola os doentes e não os renova.
As coisas. Que tristes são as coisas, consideradas
sem ênfase.
Vomitar esse tédio sobre a cidade.
Quarenta anos e nenhum problema
resolvido, sequer colocado.
Nenhuma carta escrita nem recebida.
Todos os homens voltam para casa.
Estão menos livres mas levam jornais
e soletram o mundo, sabendo que o perdem.
Crimes da terra, como perdoá-los?
Tomei parte em muitos, outros escondi.
Alguns achei belos, foram publicados.
Crimes suaves, que ajudam a viver.
Ração diária de erro, distribuída em casa.
Os ferozes padeiros do mal.
Os ferozes leiteiros do mal.
Pôr fogo em tudo, inclusive em mim.
Ao menino de 1918 chamavam anarquista.
Porém meu ódio é o melhor de mim.
Com ele me salvo
e dou a poucos uma esperança mínima.
Uma flor nasceu na rua!
Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do
tráfego.
Uma flor ainda desbotada
ilude a polícia, rompe o asfalto.
Façam completo silêncio, paralisem os negócios,
garanto que uma flor nasceu.
Sua cor não se percebe.
Suas pétalas não se abrem.
Seu nome não está nos livros.
É feia. Mas é realmente uma flor.
Sento-me no chão da capital do país às cinco horas
da tarde e lentamente passo a mão nessa forma
insegura.
Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.
Pequenos pontos brancos movem-se no mar,
galinhas em pânico.
É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo
e o ódio.
ANDRADE, Carlos Drummond de. A rosa do povo. São Paulo: Círculo do Livro, 1987. p. 13-14.
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