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Ao brincar a criança se comporta além do comportamento habitual de sua idade e além de seu comportamento diário; no brinquedo é como se ela fosse maior do que é na realidade. Como no foco de uma lente de aumento, a brincadeira contém todas as tendências do desenvolvimento sob forma condensada. Neste sentido, segundo Vigotsky, a brincadeira é:
um aspecto freqüente da infância, sem importância para o desenvolvimento;
uma situação imaginária, sem vínculo com a realidade da criança de qualquer faixa etária;
uma atividade condutora que determina o desenvolvimento da criança;
uma forma lúdica, sem propósito, que a criança utiliza como passatempo;
um comportamento relativo ao campo perceptivo imediato, desprovido de significado.
Segundo Vigotsky, o nível de desenvolvimento real é determinado através da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial é determinado através da solução de problemas sob orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes. A distância entre o desenvolvimento real e o desenvolvimento potencial é denominada pelo autor com o conceito:
limiar de aprendizado;
limiar de desenvolvimento;
zona de aprendizado por interação;
zona de desenvolvimento proximal;
zona de desenvolvimento distal.
Sobre o desenvolvimento do ato de pensar, os estudos de Piaget apontam que os ciclos de desenvolvimento precedem os de aprendizado. Nas teorias que se baseiam no conceito de reflexo, aprendizado e desenvolvimento ocorrem simultaneamente. No ponto de vista dos gestaltistas o desenvolvimento é sempre um conjunto maior que o aprendizado. Embora rejeite as três visões, Vigotsky afirma que:
qualquer situação de aprendizado com a qual a criança se defronta na escola tem sempre uma história prévia;
o aprendizado deve ser dissociado do desenvolvimento da criança para que um processo não influencie o outro;
é o aprendizado formal escolar que determina o desenvolvimento e a maturação sócio-afetiva e não a educação familiar;
o desenvolvimento somente ocorre com o reforçamento condicionado de estímulos e de respostas;
esquemas de reforçamento dos comportamentos adequados e punição dos inadequados formam esta categoria de desenvolvimento.
No que concerne à aprendizagem mediada por modelos, Bandura aponta que "o fornecimento de modelos sociais é também um meio indispensável de transmitir e modificar o comportamento em situações em que os erros podem, provavelmente, levar a conseqüências fatais. Na verdade, se a aprendizagem social ocorresse exclusivamente em termos de conseqüências reforçadoras e punitivas, a maioria das pessoas não sobreviveria ao processo de socialização... De fato seria difícil imaginar um processo de socialização no qual a linguagem, as obrigações, os direitos, os costumes familiares e as práticas educacionais de uma cultura fossem modelados, em cada novo membro, através de reforçamento seletivo, sem a resposta de orientação de modelos que contêm os repertórios culturais acumulados em seu próprio comportamento". Esta crítica de Bandura à teoria tradicional se refere primordialmente ao fato de que:
a aprendizagem por modelo só é possível considerando-se o mecanismo de deslocamento como estrutura básica para a formação de personalidade, na medida em que os sintomas psiconeuróticos advém deste mecanismo;
considerando-se a influência dos fatores externos sobre o comportamento, o homem não é capaz de se autodirecionar ou de se automotivar sem que existam intervenções de reforçamento bem planejadas;.
desde o período de operações concretas está sendo formado o egocentrismo, em que o pensamento lúdico mistura a realidade com fantasia, o que determina uma percepção muito distorcida da realidade;
sobre o conjunto inicial de reflexos (alimentares, posturais e defensivos) sempre são estabelecidos os processos corticais que formam a base determinadora da capacidade de adaptação à realidade social;
somente através de um processo lento e gradual de condicionamento seriam impossíveis a acumulação e transmissão de hábitos, valores, crenças, usos e costumes que atuam em uma dada sociedade.
Ao longo de sua vida Piaget observou que existem formas diferentes de interagir com o ambiente nas diversas faixas etárias. A estas maneiras típicas de agir e pensar, Piaget denominou estágio ou período. O período em que a tendência lúdica do pensamento é substituída por uma atitude crítica chama-se:
pré-operacional;
sensório-motor;
operações formais;
operações concretas;
operações críticas.
No aspecto orgânico, sabemos que o nosso corpo é formado de várias estruturas unitárias que se organizam em elementos maiores ou em sistemas de funcionamento. No aspecto mental, segundo Piaget, há também uma estrutura unitária básica, que pode ser simples (como, por exemplo, sugar o dedo quando este encosta nos lábios) ou complexa (como, por exemplo, a maneira de solucionar problemas matemáticos ou científicos). Quanto ao aspecto mental, esta estrutura unitária básica é denominada:
assimilação;
adaptação;
esquema;
acomodação;
potenciação.
A preocupação central de Piaget, no que se refere ao desenvolvimento humano, foi o estudo dos processos de pensamento presentes desde a infância até a idade adulta. Esses estudos sobre o sujeito epistêmico têm como objetivo principal:
entender quais os mecanismos mentais que o sujeito usa nas diferentes etapas da vida para poder entender o mundo;
enfatizar que a presença de impulsos primitivos são a base da conduta humana no que concerne aos processos emocionais irracionais;
mostrar a conduta como resultante de processos de aprendizagem, que podem ser controlados pela estimulação ambiental;
corroborar a hipótese de que não existe herança biológica que define a inteligência, porque a percepção depende dos estímulos do ambiente;
demonstrar que a assimilação mental ocorre de forma oposta à assimilação biológica.
Segundo a teoria psicanalítica, as fases de desenvolvimento apresentam um período de latência que se caracteriza pela canalização das energias sexuais para o desenvolvimento social, através de sublimações. Este período de latência configura-se como intermediário entre a genitalidade infantil (fase fálica) e a adulta (fase genital). Enquanto a sexualidade permanece dormente, as grandes conquistas da etapa situar-se-ão nas realizações intelectuais e na socialização. É por isso que este é o período:
em que ocorre a formação do inconsciente como depositário básico da simbologia onto e filogenética;
diferente daquele em que a criança estabelece filiações significativas com ideologias religiosas definidas pelo tabu do incesto;
típico do início da escolaridade formal ou da profissionalização, em todas as culturas do mundo;
que explica, no caso de Ana O, o encobrimento do desejo conflitivo como defesa para o temor do ataque corporal;
essencial para a introjeção de fantasias na fase fálica ou anal, enquanto que a realidade se deslocará para a fase da genitalidade.
A escola certamente não é neutra. Via de regra, com algumas exceções, a escola atua como instrumento de dominação, funcionando como reprodutora das classes sociais, através dos processos de seleção e exclusão dos mais pobres, e, ao mesmo tempo, da dissimulação desses processos. Discordando desta posição, Saviani conceitua a educação como:
instituição que deve iniciar a criança no processo de socialização;
uma atividade mediadora no seio de uma prática social global;
organização que prepara as forças operacionais para o mercado de trabalho;
socialização terciária que, como a religião, corrige inadequações da socialização primária;
um meio de socialização que promove a manutenção de valores tradicionais.
Alguns professores conseguem aproximar-se dos interesses e da linguagem das crianças sem sacrificar a tarefa de ensinar, o que Wallon chama de:
poder espontâneo de simpatia intelectual;
extroversão cognitiva;
competência cognitivo-comportamental;
fenômeno percepto-intelectual;
empatia fenomenológica.
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