Questões sobre Teorias da Personalidade

A tendência antissocial, sob a perspectiva de D. W. Winnicott, pode ser entendida como

• A. uma categoria diagnóstica, como neurose ou psicose.
• B. uma manifestação exclusiva da personalidade borderline (fronteiriça).
• C. uma organização da personalidade patológica e irreversível.
• D. uma forma de descarregar uma raiva que se alimenta da situação de duplo vínculo.
• E. um pedido de socorro que convoca uma mobilização do ambiente.

Para D. W. Winnicott, a origem da tendência antissocial reside

• A. nas sucessivas e frequentes falhas da mãe, mesmo que subsequentemente corrigidas.
• B. na instabilidade do sistema familiar, particularmente na relação entre os pais.
• C. na ausência de uma figura paterna que opere como “lei” e limite ao princípio do prazer.
• D. na experiência de abandono sofrida pela criança após um período de cuidados adequados.
• E. na ausência de modelos de identificação positivos e adequados.

De acordo com a teoria sistêmica quanto às relações interfamiliares, a enfermidade psíquica de um paciente sinaliza

• A. um distúrbio das relações objetais estabelecidas na infância precoce.
• B. um transtorno transgeracional revelado por circunstâncias catalisadoras.
• C. uma estruturação familiar de natureza rígida.
• D. uma perturbação coletiva do meio em que o paciente foi criado.
• E. problemas de comunicação em estruturas familiares assimétricas.

Para autores da abordagem sistêmica, a família pode ser entendida como

• A. um sistema aberto que influencia e é influenciado por sistemas sociais mais amplos nos quais se insere.
• B. um sistema fechado com regras e forças próprias que determinarão o modo como a criança se relacionará com o mundo externo.
• C. uma rede de relações conscientes na qual, ao nascer, a criança ocupa um lugar que lhe é deliberadamente reservado.
• D. um sistema organizado com vistas a tolerar um mínimo de mudanças, de modo a assegurar a seus membros a estabilidade necessária para a saúde mental.
• E. uma organização social que atualmente deixou de ser relevante para a constituição psíquica dos membros que a compõem.

Na visão da Psicanálise, de modo geral, uma das principais funções do pai na família é

• A. assegurar o desempenho adequado das funções de holding e handling por parte da mãe.
• B. não intervir nas relações mãe-filho de modo a assegurar o desenvolvimento de relações objetais saudáveis.
• C. impedir que os modelos das famílias de origem do casal sejam reproduzidos no sistema familiar em que se insere a criança.
• D. estabelecer uma clara divisão de papéis que permita à criança desenvolver uma identidade sexual definida.
• E. representar um princípio de realidade e de ordem na família que facilite, para a criança, passar do mundo da família para o mundo da sociedade.

A Revolução Industrial foi um fator muito importante para a transformação do papel do pai no ambiente familiar, porque

• A. a visão do filho como potencial colaborador da receita da família reduziu a importância do pai como figura afetiva.
• B. a responsabilidade do pai de assegurar o espaço privado como meio de transmissão do patrimônio material e moral rompeu os vínculos afetivos com a família.
• C. o espaço do trabalho passou a ser fora de casa, o que aumentou a autoridade da mãe no ambiente familiar, restando ao pai o papel de provedor da família.
• D. a autoridade patriarcal foi reforçada no lar, espelhando os regimes autoritários que se estabeleceram na Europa nesse período.
• E. fomentou o capitalismo e o consequente individualismo exacerbado das forças de produção, levando o homem a desconsiderar a família.

Para D. W. Winnicott, a ausência de uma mãe suficientemente boa na fase de dependência absoluta terá como consequência

• A. a tendência da criança a evitar o estabelecimento de vínculos afetivos profundos.
• B. o comprometimento do próprio aparato psíquico da criança.
• C. o estabelecimento de relações objetais marcadas pela ambivalência.
• D. a ausência de integração das posições esquizoparanoide e maniacodepressiva pela criança.
• E. a canalização dos impulsos agressivos da criança contra todo e qualquer objeto de amor.

Allport propôs-se estudar a personalidade com enfoque nos traços que a compõe. Para esse autor, um traço pode ser definido como

• A.

  formas distintas e duradouras de se reagir ao meio.

• B.

  expressões diferentes ao mesmo estímulo ambiental.

• C.

  formas constantes e duradouras de se reagir ao ambiente.

• D.

  expressões alternadas diante de situações complexas do meio.

• E.

  formas aleatórias de reação a estímulos do meio ambiente.

Para René Spitz, as relações insuficientes do bebê com a mãe

• A. terão efeitos que dependem principalmente das características da personalidade da mãe.
• B. manifestam-se inicialmente por sintomas psicossomáticos como o eczema infantil e as cólicas.
• C. têm efeitos deletérios somente nos casos em que a ausência da mãe for total e definitiva.
• D. podem evoluir para uma depressão anaclítica e desta para o hospitalismo.
• E. são particularmente observadas em mães ambivalentes em relação à maternidade.

A definição do conceito de personalidade é ampla e complexa. Entre as diferentes maneiras de se explicar e abordar esse conceito, existem as teorias psicodinâmicas, que valorizam os componentes motivacionais da personalidade, e também as teorias dos traços, que definem a personalidade como construção gradativa com base na aprendizagem. Entre os autores que adotaram a teoria dos traços, destaca-se

• A.

  Freud.

• B.

  Szondi.

• C.

  Bolwby.

• D.

  Dorsh.

• E.

  Cattel.