Questões de Psicologia da Fundação Carlos Chagas (FCC)

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O Sr. Marcelo possui a guarda de seu filho Tales, mas, entra com ação judicial para suspender as visitas da exmulher em relação ao filho. Em suas alegações, afirma que o atual namorado da genitora é pessoa desequilibrada e pouco preparada para estar em contato com uma criança de 5 anos de idade. Vilma, a genitora, inconformada, alega que Marcelo está, na verdade, agindo deste modo motivado por ciúmes do seu atual relacionamento. Como estratégia para avaliar esse caso, levando ao juiz uma análise de cunho pericial, o psicólogo poderia

  • A.

    aplicar testes gráficos na criança e no atual namorado da genitora, com o intuito de comparar a veracidade das informações trazidas por um e outro genitor.

  • B.

    focar-se apenas na análise da criança, uma vez que as colocações que a criança relata ao pai podem ser fantasiosas.

  • C.

    focar-se apenas no estudo do casal de pais, uma vez que as colocações devem ser analisadas sob a óptica do casal parental.

  • D.

    observar a criança e os pais conjuntamente, valorizando o espaço e a interlocução familiar construída.

  • E.

    entrevistar todos os principais envolvidos com a questão e aplicar materiais diagnósticos que o assegurem sobre possíveis distorções nos discursos manifestos.

A autora que desenvolveu amplamente em nosso meio a posição kleiniana e que afirma que durante a primeira hora de jogo ou primeira vez de hora de jogo diagnóstico, a criança expressa as suas fantasias de doença e cura foi

  • A.

    Arminda Aberastury.

  • B.

    M. Baranger.

  • C.

    Françoise Dolto.

  • D.

    Maud Mannoni.

  • E.

    D. W. Winnicott.

Em se tratando das avaliações realizadas pelo psicólogo no contexto judiciário, a adequação dos instrumentos na situação judiciária está relacionada

  • A.

    à natureza científica das questões; grau de aceitação dos indivíduos em participarem da avaliação; tempo disponível pelas partes; interesse pessoal do profissional.

  • B.

    às previsões da Constituição Federal; artigos do Código de Ética; grau e interesse despertado pela matéria; número de elementos da família a ser analisada.

  • C.

    às previsões do ECA; postulados do Código de Processo Civil; tempo disponível para o estudo e flexibilidade de horários das partes.

  • D.

    à natureza do processo judicial; natureza e gravidade das questões; tempo e livre escolha do profissional.

  • E.

    ao número de casos existentes no cartório; previsões do ECA; interesse científico da ação.

A teoria da entrevista foi enormemente influenciada por conhecimentos provenientes da psicanálise, da Gestalt, da topologia e do behaviorismo. A Gestalt

  • A.

    levou a delinear e reconhecer o campo psicológico e suas leis, assim como o enfoque situacional.

  • B.

    influenciou com o conhecimento da dimensão inconsciente do comportamento, da transferência e da contratransferência, da resistência e a repressão, da projeção e a introjeção.

  • C.

    reforçou a compreensão da entrevista como um todo no qual o entrevistador é um de seus integrantes, considerando o comportamento deste como um dos elementos da totalidade.

  • D.

    influenciou com a importância da observação do comportamento.

  • E.

    conduziu à possibilidade de realizar a entrevista em condições metodológicas mais restritas, convertendo- a em instrumento científico no qual a "arte da entrevista" foi reduzida em função de uma sistematização das variáveis.

No psicodiagnóstico clínico, a linguagem gráfica e a lúdica são valorizadas na avaliação diagnóstica porque

  • A.

    oferecem uma avaliação completa e sempre dispensam a aplicação de outros materiais.

  • B.

    são de alto impacto quando apresentadas para indivíduos sem escolaridade.

  • C.

    estão mais próximas das situações que envolvem o complexo edipiano.

  • D.

    são de alto impacto para aquelas crianças diferenciadas culturalmente.

  • E.

    estão mais próximas do inconsciente e do ego corporal.

O uso do psicodiagnóstico constituiu-se em um interjogo de circunstâncias conjugando práticas e teorias diversas. O psicólogo atuante nas instituições deve

  • A.

    evitar questionamentos, análises e intervenções nas instituições em que se inserir para realizar o trabalho psicodiagnóstico, uma vez que sua entrada é sempre pontual e está desvinculada da natureza das demandas institucionais.

  • B.

    valorizar a utilização dos testes psicológicos, já que são a única prática exclusiva da profissão e se não utilizados poderão ser banalizados por outras áreas profissionais.

  • C.

    aplicar o mesmo raciocínio utilizado para o psicodiagnóstico clínico ao psicodiagnóstico solicitado pela instituição, independentemente da natureza desta.

  • D.

    desvincular o setor de triagem do setor que realiza psicodiagnóstico, uma vez que o profissional experiente poderá suprir os elementos trazidos por essas equipes de triagem e desburocratizar o trabalho desejado pela instituição.

  • E.

    considerar que a possibilidade de mudanças para a melhor adequação do emprego do psicodiagnóstico em instituições deve ser focalizada como parte de um conjunto que envolve o trabalho institucional.

Há fatores não-cognitivos que podem aumentar ou diminuir o desempenho no WAIS-III. Como fatores que podem aumentar o desempenho, podemos citar, entre outros:

  • A.

    ansiedade, superficialidade e pressão do tempo.

  • B.

    obssessividade para detalhes, perfeccionismo e flexibilidade do raciocínio.

  • C.

    juízo crítico, raciocínio indutivo e estado depressivo.

  • D.

    impulsividade, minimização da importância das regras e lentidão de raciocínio.

  • E.

    compulsividade, rapidez e pressão do tempo.

As escalas de Quoeficiente de Inteligência produzidas pela aplicação do WISC-III, podem ser organizadas enquanto QI

  • A.

    Prático; Fatorial e Quantitativo.

  • B.

    Oral; Aritmético e Total.

  • C.

    Verbal; de Execução e Total.

  • D.

    Perceptual; de Processamento e Parcial.

  • E.

    de Vocabulário; Aritmético e Qualitativo.

Tradicionalmente, as Escalas Wechsler têm sido incluídas entre os instrumentos mais conhecidos para a avaliação do QI. Levando-se em consideração a aplicação dos subtestes, podemos dizer que, quando o sujeito atinge o número de fracassos previstos, devemos:

  • A.

    administrar mais alguns itens, ainda que o sucesso nestes não possa ser computado para o cálculo do QI.

  • B.

    orientar o sujeito que preste maior atenção na atividade proposta.

  • C.

    administrar imediatamente outro subteste.

  • D.

    interromper a aplicação e propor materiais gráficos ou que causem menor ansiedade.

  • E.

    deixar de aplicar subtestes ligados àquela modalidade.

A utilização de testes gráficos e de personalidade deve ser submetida à consulta

  • A.

    prévia ao Manual de Documentos Escritos editado pelo Conselho Federal de Psicologia.

  • B.

    dos interessados na avaliação psicológica quando a situação-problema envolver transtornos psicopatológicos.

  • C.

    ao ECA − Estatuto da Criança e do Adolescente, para definir os instrumentos psicodiagnósticos que poderão ser utilizados e fornecerão a base interpretativa para a confirmação das hipóteses levantadas.

  • D.

    prévia ao Conselho Federal de Psicologia que editou resolução regulamentando a avaliação dos testes psicológicos.

  • E.

    prévia à Corregedoria Geral da Justiça, que dispõe sobre o tempo necessário para a aplicação e avaliação dos testes gráficos e de personalidade.

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