Questões de Psiquiatria do ano 2020

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Em uma entrevista psiquiátrica, a depender da orientação epistemológica a que obedeça uma dada prática psiquiátrica, se calcada em um Modelo Bio-Médico ou em um Modelo baseado nos princípios de uma Medicina Humanizada, os dados coligidos são interpretados diferentemente. Sobre isso, assinale a única alternativa CORRETA.

    A) Religião, até porque a psiquiatria deve ser laica, no Prontuário de Atendimento, é apenas dado a ser coligido com finalidades estatísticas, vez que aspectos religiosos nunca interferem em práticas médicas.

    B) Para a psiquiatria, quer seja praticada em moldes bio-médicos, quer humanísticos, o nome do paciente é apenas um dado burocrático, devendo, o paciente, ser chamado obrigatoriamente pelo nome constante no Prontuário de Atendimento.

    C) No Prontuário de Atendimento, o endereço ou procedência é dado que apenas serve para eventual localização do paciente e/ou seus familiares, não se prestando a fornecer informações indiretas e/ou a priori sobre o status sócio-econômico familiar a que possam pertencer.

    D) Para uma psiquiatria de base bio-médica, sexo é dado biológico; para uma psiquiatria de base humanística, gênero é dado sócio-cultural. Para a primeira, raça remete sobretudo à predição estatística de transtornos; para a segunda, raça é etnia e possibilidade de variação cultural dos costumes.

    E) Mais importante que o estabelecimento de um bom rapport entre entrevistador e entrevistado, o que mais interessa, em uma entrevista/anamnese psiquiátrica, é firmar, o mais rapidamente possível, o diagnóstico definitivo de um dado transtorno mental.

Sobre Psicopatologia Geral, assinale a alternativa CORRETA.

    A) Mesmo quando intenso e desprovido de crítica, o ciúme é facilmente diferenciável do delírio erotomaníaco (ou de Clérambault) – o qual, de resto, não representa interesse de investigação e análise no campo da Psiquiatria Clínica nem Forense.

    B) Com relação à função psíquica da Atenção, temos que tenacidade é a capacidade de mudar o foco da atenção, constantemente, para vários e diferentes estímulos, enquanto vigília (ou vigilância) é a capacidade de manter preso o foco da atenção em apenas um objeto, durante longo tempo.

    C) Assim como o mutismo e o negativismo são elementos semiológicos ditos “negativos” comuns nos Transtornos Esquizofreniformes, é exclusivamente nas Neuroses que ocorre ansiedade.

    D) Sendo, uma ilusão, distorção sensoperceptiva de objeto real e concreto, uma alucinação é percepção anobjetal.

    E) Enquanto à Psicopatologia Fenomenológico-Descritiva interessa a análise dos fatores subconscientes determinantes do conteúdo de sintomas psíquicos, à Psicopatologia Dinâmica interessa descrever e classificar tais tipos de sintomas.

Acerca das psicofarmacoterapia básica e medicalização: Prescrever ou não prescrever medicamentos é questão polêmica entre uma Psiquiatria de orientação bio-médica e uma Psiquiatria de orientação sócio-política. Leia o texto abaixo, fazendo-lhe a necessária hermenêutica e de seu conteúdo inferindo a resposta para a única alternativa a ser assinalada como CORRETA.
“Medicalização é o processo pelo qual o modo de vida dos homens é apropriado pela medicina e que interfere na construção de conceitos, regras de higiene, normas de moral e costumes prescritos – sexuais, alimentares, de habitação – e de comportamentos sociais. Este processo está intimamente articulado à ideia de que não se pode separar o saber - produzido cientificamente em uma estrutura social - de suas propostas de intervenção na sociedade, de suas proposições políticas implícitas. Amedicalização tem, como objetivo, a intervenção política no corpo social. Outro uso frequente do termo é “medicalização do social”, expressão que possui um campo semântico amplo, podendo se referir a uma série diferenciada de fenômenos, o que impõe especificarmos alguns aspectos que podem ser a ele associados. Essa expressão pode ser entendida como a forma pela qual a evolução tecnológica vem modificando a prática da medicina, por meio de inovações dos métodos de diagnóstico e terapêutico, da indústria farmacêutica e de equipamentos médicos; por outro lado, pode ser usado numa referência às consequências que acarreta para o jogo de interesses envolvidos na produção do ato médico. Embora estes e outros sejam fatores reais que propiciam a reprodução do processo de medicalização, não é diretamente deste conjunto de fenômenos que iremos tratar. O fenômeno da medicalização social surge e se desenvolve, historicamente, no contexto das sociedades disciplinares, tal como foi analisado por Foucault, em vários de seus estudos. Esse fenômeno promoveu a ampliação do campo de função da medicina, estendendo-o ao plano político. Razão médica e ciência moderna são focos dos estudos de Madel Luz, que continuam se ampliando no Instituto de Medicina Social da UERJ, no grupo de pesquisa sobre Racionalidades Médicas, produzindo matriz teórica para muitos trabalhos já publicados e outros em andamento, dentre eles teses e dissertações.” Cf. LUZ, Madel Therezinha. Natural, racional, social: razão médica e racionalidade científica moderna. Rio de Janeiro, Campus, 1988; LUZ, Madel Terezinha. Racionalidades médicas: diagnose e terapêutica: médicos e pacientes no dia-a-dia institucional. (Relatório técnico final da segunda fase do projeto Racionalidades Médicas). Rio de Janeiro, Departamento de Planejamento e Administração em Saúde, Instituto de Medicina Social, UERJ, 1997. Cf. também, a série de relatórios, seminários e trabalhos produzidos para o Projeto Racionalidades Médicas, arquivados na biblioteca do IMS/UERJ. Fonte: http://www.histedbr.fe.unicamp.br/navegando/glossario/verb_c_medicalizacao.htm

    A) “Medicar” é ato médico enquanto “Medicalizar” é, para Foucault, medida através da qual também se pode disciplinar uma dada sociedade.

    B) Discussões sobre “medicalização” não são pertinentes ao exercício da Psiquiatria.

    C) Nos processos de “medicalização da sociedade” a atuação de psiquiatras é irrelevante.

    D) À Psiquiatria apenas interessa o correto diagnóstico de um dado transtorno mental e seu tratamento, não lhe cabendo discutir questões sócio-políticas sobre Saúde Mental.

    E) No exercício da Psiquiatria, a medicalização é questão a ser descartada, dado que cabe ao psiquiatra sempre medicar, dado que é por essa exclusiva via que se pode abordar um transtorno mental como, por exemplo, a ansiedade.

Sobre Ética em Psiquiatria, marque o CORRETO.

    A) O psiquiatra que trabalha em Instituição Pública de Saúde pode e deve fornecer a terceiros, não-familiares e não representantes legais, informação alusiva a paciente sob seus cuidados, considerando o Princípio da Transparência que deve reger os Serviços Públicos.

    B) Embora os Princípios da Bioética sejam três, respectivamente, a Autonomia, a Não-maleficência e a Justiça, o primeiro não se aplica ao portador de transtornos mentais, dada a sua condição de pessoa destituída de Razão e, por conseguinte, sem capacidade de escolha.

    C) É ético o psiquiatra participar de execução penal legalmente autorizada, nos países onde existe a pena de morte.

    D) O psiquiatra não pode e não deve, em nenhuma circunstância, fornecer informação confidencial sobre paciente sob seus cuidados, ainda que mediante determinação/intimação judicial.

    E) Não é conduta ética, ainda quando por conta de eventual imposição policial e sob pena de punição, participar, o psiquiatra, direta ou indiretamente, da aplicação de tortura.

Acerca da Psiquiatria Forense, assinale a alternativa CORRETA.

    A) Em Psiquiatria, a simulação, decorrente do desejo de obtenção de algum ganho ou benefício, é rara, assim como a dissimulação raramente ocorre por medo de internação, por exemplo.

    B) Em Psiquiatria Forense, simulação é o ato de negar voluntariamente a presença de sinais e/ou sintomas psicopatológicos reais, ao passo que dissimulação é a tentativa, por parte do paciente, de encenar, voluntariamente, um sintoma ou sofrimento psíquico de que realmente não padece.

    C) Em Psiquiatria Forense, dissimulação é o ato, por parte do paciente, de negar, voluntariamente, a existência de sintomas/doenças/transtornos realmente nele existentes, enquanto, por outro lado, simulação é a tentativa, de encenar, voluntariamente, um sintoma/doença/transtorno que de fato não apresenta.

    D) Avaliação de capacidade mental para adoção de menores; avaliação de capacidade mental para ato testamentário; avaliação da capacidade mental, de parte do paciente ou réu, quanto àquele discernir o certo do errado (elemento imprescindível na caracterização da imputabilidade ou inimputabilidade penais) são atividades ou funções proscritas à prática do psiquiatra-forense.

    E) Do ponto de vista psiquiátrico-forense e em conformidade com o Código Penal Brasileiro, em seu Artigo 26, uma pessoa que tenha mais de dezoito anos (posto que, após tal idade, ela sempre possui capacidade de pleno discernimento entre o certo e o errado) é imputável.

Sobre Psiquiatria Preventiva, assinale a alternativa CORRETA.

    A) No que concerne à Psiquiatria, a identificação precoce e o tratamento imediato, obrigatoriamente farmacológico, de um dado transtorno mental, notadamente nos transtornos ditos afetivos, são elementos alusivos à Prevenção Primária.

    B) Para prevenir-se transtornos mentais basta a suplência de necessidades biológicas e sociais.

    C) A prevenção secundária, em Psiquiatria, não envolve o diagnóstico nem o tratamento precoce dos transtornos mentais, mas apenas a sugestão ou a imposição de medidas relativas à boa alimentação, à adequada moradia e à educação em geral.

    D) Embora o objetivo da prevenção terciária seja reduzir a prevalência de defeitos psíquicos, isso não se aplica às incapacidades residuais dos transtornos mentais, de resto impossíveis de evitar e sempre presentes após transtornos mentais reativos a uma dada crise, como a reação de enlutamento, por exemplo.

    E) Diminuir a incidência, a prevalência e a incapacidade residual dos transtornos mentais são objetivos precípuos da prevenção, em sentido amplo, na Psiquiatria.

Acerca da Anamnese Psiquiátrica e Exame Mental, assinale a alternativa CORRETA.

    A) A observação detalhada do paciente, a entrevista psiquiátrica e o exame mental não são os principais instrumentos de conhecimento da psicopatologia.

    B) Em Psiquiatria Clínica a habilidade técnica do examinador fica evidenciada através das perguntas que faz, pelas perguntas que evita fazer e pela decisão de quando e como falar ou calar-se.

    C) Na prática da Psiquiatria Clínica, é comum recorrer-se a informações colhidas junto a familiares, isso se justificando pela dificuldade de coleta de dados clínicos junto ao próprio paciente e porque, não sendo portadores de transtornos mentais, parentes sempre apresentam informações corretas e objetivas.

    D) No exercício da Psiquiatria Clínica, considerando-se o sigilo profissional médico-paciente, deve-se evitar recorrer a informações prestadas por familiares, amigos ou conhecidos do portador de transtorno mental.

    E) É comum recorrer-se, no exercício da Psiquiatria Clínica, a informações prestadas por informantes ditos não privilegiados (familiares, amigos ou conhecidos do portador de transtorno mental), sobretudo considerando-se que, por não serem portadores de transtornos mentais, tais informantes sempre prestam informações destituídas de subjetivismos.

Sobre Nosologia/Nosografia em Psiquiatria, assinale a alternativa CORRETA.

    A) O Transtorno do Pânico requer diagnóstico diferencial com doenças endócrinas, cardiovasculares, pulmonares e neurológicas, dentre outras.

    B) Todo mundo experimenta ansiedade – uma sensação difusa, desagradável e vaga de apreensão, raramente acompanhada de sintomas neurovegetativos.

    C) A ansiedade, inclusive quando adaptativa, é sempre indicativa de transtorno mental a ser melhor investigado e farmacologicamente abordado.

    D) A mania é sintoma psiquiátrico típico e específico dos Transtornos Afetivos (Transtorno Bipolar I e II, Depressão Maior e Ciclotimia).

    E) Iniciar-se na juventude, instalar-se sem fatores precipitantes conhecidos, apresentar sintomas negativos e história familiar de transtornos do humor são fatores que conferem aos transtornos esquizofrênicos bom prognóstico.

Sobre Psicofarmacoterapia, assinale a alternativa CORRETA.

    A) A Eletroconvulsoterapia (ECT), por sua ação antidepressiva, antimaníaca e estabilizadora do humor, deve ser, por isso, usada em casos não resistentes à psicofarmacoterapia com Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina.

    B) A falta de adesão à psicofarmacoterapia é rara em pacientes usuários de antipsicóticos.

    C) São efeitos colaterais incomuns no uso de Clozapina: Hipotensão ortostática, ganho de peso, sialorreia, constipação e sedação.

    D) Os Inibidores da Recaptação Seletiva de Serotonina são medicamentos de primeira escolha no tratamento de quadros de TEPT (Transtorno de Estresse Pós-Traumático), preferentemente associados à psicoterapia.

    E) Mesmo levando em consideração os seus efeitos colaterais (nefrotoxicidade, por exemplo), no tratamento de Transtornos de Ansiedade graves, os Sais de Lítio devem ser prescritos.

Acerca das psicofarmacoterapia básica e medicalização: Prescrever ou não prescrever medicamentos é questão polêmica entre uma Psiquiatria de orientação bio-médica e uma Psiquiatria de orientação sócio-política. Leia o texto abaixo, fazendo-lhe a necessária hermenêutica e de seu conteúdo inferindo a resposta para a única alternativa a ser assinalada como CORRETA.
“Medicalização é o processo pelo qual o modo de vida dos homens é apropriado pela medicina e que interfere na construção de conceitos, regras de higiene, normas de moral e costumes prescritos – sexuais, alimentares, de habitação – e de comportamentos sociais. Este processo está intimamente articulado à ideia de que não se pode separar o saber - produzido cientificamente em uma estrutura social - de suas propostas de intervenção na sociedade, de suas proposições políticas implícitas. Amedicalização tem, como objetivo, a intervenção política no corpo social. Outro uso frequente do termo é “medicalização do social”, expressão que possui um campo semântico amplo, podendo se referir a uma série diferenciada de fenômenos, o que impõe especificarmos alguns aspectos que podem ser a ele associados. Essa expressão pode ser entendida como a forma pela qual a evolução tecnológica vem modificando a prática da medicina, por meio de inovações dos métodos de diagnóstico e terapêutico, da indústria farmacêutica e de equipamentos médicos; por outro lado, pode ser usado numa referência às consequências que acarreta para o jogo de interesses envolvidos na produção do ato médico. Embora estes e outros sejam fatores reais que propiciam a reprodução do processo de medicalização, não é diretamente deste conjunto de fenômenos que iremos tratar. O fenômeno da medicalização social surge e se desenvolve, historicamente, no contexto das sociedades disciplinares, tal como foi analisado por Foucault, em vários de seus estudos. Esse fenômeno promoveu a ampliação do campo de função da medicina, estendendo-o ao plano político. Razão médica e ciência moderna são focos dos estudos de Madel Luz, que continuam se ampliando no Instituto de Medicina Social da UERJ, no grupo de pesquisa sobre Racionalidades Médicas, produzindo matriz teórica para muitos trabalhos já publicados e outros em andamento, dentre eles teses e dissertações.” Cf. LUZ, Madel Therezinha. Natural, racional, social: razão médica e racionalidade científica moderna. Rio de Janeiro, Campus, 1988; LUZ, Madel Terezinha. Racionalidades médicas: diagnose e terapêutica: médicos e pacientes no dia-a-dia institucional. (Relatório técnico final da segunda fase do projeto Racionalidades Médicas). Rio de Janeiro, Departamento de Planejamento e Administração em Saúde, Instituto de Medicina Social, UERJ, 1997. Cf. também, a série de relatórios, seminários e trabalhos produzidos para o Projeto Racionalidades Médicas, arquivados na biblioteca do IMS/UERJ. Fonte: http://www.histedbr.fe.unicamp.br/navegando/glossario/verb_c_medicalizacao.htm

    A) “Medicar” é ato médico enquanto “Medicalizar” é, para Foucault, medida através da qual também se pode disciplinar uma dada sociedade.

    B) Discussões sobre “medicalização” não são pertinentes ao exercício da Psiquiatria.

    C) Nos processos de “medicalização da sociedade” a atuação de psiquiatras é irrelevante.

    D) À Psiquiatria apenas interessa o correto diagnóstico de um dado transtorno mental e seu tratamento, não lhe cabendo discutir questões sócio-políticas sobre Saúde Mental.

    E) No exercício da Psiquiatria, a medicalização é questão a ser descartada, dado que cabe ao psiquiatra sempre medicar, dado que é por essa exclusiva via que se pode abordar um transtorno mental como, por exemplo, a ansiedade.

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