Questões de Segurança e Saúde no Trabalho (Teoria e Normas) da Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista (VUNESP)

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A respeito da metodologia de análise ergonômica do trabalho, é correto afirmar que

  • A.

    na análise das atividades e da situação de trabalho, o ergonomista deve formular um inventário exaustivo das atividades humanas no trabalho e de suas relações com as estruturas sociais.

  • B.

    na análise da demanda, o ergonomista buscará definir o padrão determinante das principais inter-relações entre as atividades para descrever o trabalho em sua totalidade.

  • C.

    na análise do ambiente técnico, econômico e social, o ergonomista deverá clarificar a diferenciação entre atividade real e atividade planejada, para melhor entender a responsabilidade pela demanda.

  • D.

    as etapas a serem cumpridas são: a análise da demanda; a discussão do contrato; a análise do ambiente técnico e social; formulação das recomendações ergonômicas e entrega do parecer conclusivo ao contratante.

  • E.

    entre as etapas que compõem a metodologia tem-se: a análise da demanda, análise do ambiente técnico, econômico e social, as recomendações ergonômicas e a validação da intervenção e eficiência das recomendações.

A respeito da regulamentação vigente dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, é correto afirmar que

  • A.

    entre os dados que devem estar presentes no requerimento encaminhado pela empresa ao órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego para registro do SESMT constam o nome dos profissionais, o grau de risco das atividades e a especificação dos turnos de trabalho por estabelecimento.

  • B.

    empreiteiras e prestadoras de serviço devem, para fins de dimensionamento, considerar como estabelecimento o local em que seus empregados estiverem efetivamente trabalhando, excetuando-se quando o grau de risco das atividades da empresa contratante for inferior ao seu próprio grau de risco.

  • C.

    as empresas que possuam mais de 30% (trinta por cento) de seus empregados em estabelecimento com atividade cuja gradação de risco seja de grau superior ao da atividade principal, deverão dimensionar os SESMT em função do maior grau de risco.

  • D.

    as alterações promovidas pelo Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho – DSST, no âmbito de estudos realizados pela Comissão Tripartite Paritária Permanente – CTPP, incluíram, no rol de profissionais integrantes do SESMT, o profissional Tecnólogo de Segurança do Trabalho.

  • E.

    os profissionais integrantes dos SESMT deverão ser empregados da empresa e lotados em estabelecimento específico, devendo a empresa zelar para que o exercício de outras atividades pelo profissional no estabelecimento não prejudique sua atuação na prevenção de acidentes e doenças do trabalho.

Entre as competências dos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT está o de registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes de trabalho, preenchendo os quesitos descritos no modelo de mapa constante no Quadro III da Norma Regulamentadora 4. A respeito de tais quesitos, é correto afirmar que

  • A.

    o Índice de Avaliação da Gravidade – IAG é obtido multiplicando-se o número de acidentes com afastamento superior a 15 dias por 106 e dividindo-se o resultado pelas Horas Homem de Exposição ao Risco.

  • B.

    para calcular Dias/Homem Perdidos, deve-se tomar o número total anual das horas efetivamente não trabalhadas pelos empregados acidentados e dividir esse número pelo número de horas da jornada diária de trabalho na empresa.

  • C.

    a Taxa de Freqüência – TF é calculada multiplicando-se o valor de Dias/Homens Perdidos por 106 e dividindo esse resultado pelo número total de acidentes do trabalho com afastamento.

  • D.

    a Taxa Ponderada de Gravidade – TPG é obtida multiplicando- se o número de Horas de Exposição ao Risco por fator relativo à gradação de risco da atividade da empresa e dividindo-se esse resultado pelo número total de acidentes.

  • E.

    o valor do Índice Relativo Total de Empregados – IRTE é obtido dividindo-se o número absoluto de acidentes com afastamento pelo número de empregados e multiplicando- se o resultado por 10³.

Conforme o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, previsto na Norma Regulamentadora 9,

  • A.

    o planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma e a estratégia e a metodologia de ação integram a estrutura mínima do PPRA.

  • B.

    a antecipação e reconhecimento dos riscos, sua avaliação, bem como da exposição dos trabalhadores por meio dos indicadores biológicos de exposição são etapas do PPRA.

  • C.

    as medidas que reduzam os níveis ou a concentração dos agentes prejudiciais à saúde se impõem, do ponto de vista hierárquico, àquelas que previnem a liberação desses agentes.

  • D.

    o levantamento ambiental realizado deverá ter densidade bastante para permitir a construção de curvas do gradiente da concentração ou intensidade dos agentes nocivos à saúde.

  • E.

    consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos, biológicos e ergonômicos existentes no ambiente de trabalho que, por sua natureza e intensidade possam causar danos à saúde dos trabalhadores.

Sobre as possibilidades das várias técnicas de identificação de perigos e análise de riscos de que a Gerência de Riscos dispõe, vale dizer que

  • A.

    a Técnica de Incidentes Críticos – TIC, ao utilizar-se de observadores selecionados entre as lideranças de vários departamentos da organização, busca identificar os fatores potenciais de acidentes que são menos evidentes.

  • B.

    a Análise da Árvore de Falhas – AAF é técnica de análise que se sustenta em procedimento de revisão de riscos de processos estruturado pela aplicação de roteiros de checagem específicos.

  • C.

    no Hazard and Operability Study – HAZOP, que considera os interesses securitários, os riscos são classificados nas categorias desprezível, marginal e crítica.

  • D.

    entre os principais objetivos de uma Análise de Modos de Falhas e Efeitos – AMFE consta a revisão sistemática dos modos de falhas de um componente, possibilitando deduzir as possíveis conseqüências.

  • E.

    na Análise Preliminar de Perigos – APP, é possível considerar, de forma sistematizada, as implicações das falhas humanas sobre o funcionamento seguro do sistema.

A respeito da prevenção e combate a incêndios, é certo afirmar que

  • A.

    para incêndios de classe B, envolvendo óleo, gasolina, graxa, tinta ou gás liqüefeito de petróleo, o uso do extintor tipo água só é aplicável se usado com jato pleno, pois na forma de neblina não tem qualquer eficácia.

  • B.

    ponto de inflamabilidade é a temperatura mínima em que o combustível começa a desprender vapores que, ao entrarem em contato com alguma fonte externa de calor, se incendeiam.

  • C.

    a combustão espontânea envolve a reação exotérmica que ocorre com algumas substâncias como os metais piróforos ou pirofóricos, ao entrarem em contato com o oxigênio do ar ou com agentes oxidantes.

  • D.

    um importante agente extintor é o halon, constituído por gases hidrogenados e que, em particular para incêndios da classe C, apresenta maior eficiência que o monóxido de carbono.

  • E.

    quando a propagação do calor é feita de molécula para molécula do corpo, por movimento vibratório, que será tanto mais intenso quanto maior for a condutividade térmica do material, tem-se o fenômeno da convecção.

Na formulação de um Plano de Contingência, a Brigada de Incêndio cumpre relevante papel. Segundo a Instrução Normativa n.º 17/2004 do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo, a Brigada de Incêndios tem, entre as ações

  • A.

    de prevenção, o acionamento de Corpo de Bombeiros ou de alguma outra ajuda externa e a identificação da situação.

  • B.

    de prevenção, a elaboração de relatório das irregularidades encontradas e a identificação da situação.

  • C.

    de emergência, a inspeção geral das rotas de fuga e o encaminhamento de relatório aos setores competentes.

  • D.

    de prevenção, a identificação da situação e o corte de energia.

  • E.

    de emergência, a inspeção geral dos equipamentos de combate a incêndios e a avaliação dos riscos existentes.

A prevenção de acidentes de trabalho nas obras de escavação exige algumas medidas de segurança, como

  • A.

    a garantia da estabilidade, por meio de estruturas especialmente projetadas para esse fim, dos taludes cuja altura exceda a 2 m (dois metros).

  • B.

    o escoramento de muros, edificações vizinhas e todas as estruturas que possam ser afetadas na sua estabilidade pela escavação.

  • C.

    a instalação de rampas ou escadas próximas aos postos de trabalho, para permitir a saída rápida de trabalhadores sempre que a profundidade exceder a 2,5 m (dois metros e cinqüenta centímetros).

  • D.

    a disposição do material retirado da escavação em sua periferia, a uma distância mínima que seja equivalente a um terço da profundidade final projetada para a escavação.

  • E.

    a identificação da posição e adequada sinalização de todos os cabos subterrâneos de energia elétrica existentes na área de escavação, com acompanhamento pelo responsável técnico pela obra.

Ao definir as atribuições da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, a Norma Regulamentadora 5 estabelece que cabe à Comissão

  • A.

    participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem como das prioridades de ação nos locais de trabalho.

  • B.

    paralisar máquina, equipamento ou setor onde, por motivos razoáveis, considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores.

  • C.

    promover discussões para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores.

  • D.

    elaborar, com o apoio do SESMT, onde houver, um plano de trabalho que possibilite a ação corretiva na solução de problemas relativos à segurança e saúde dos trabalhadores.

  • E.

    realizar, antes de cada reunião ordinária, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando à identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores.

De acordo com a Norma Regulamentadora 5, o SESMT da empresa poderá ministrar o treinamento aos membros de CIPA, devendo contemplar no conteúdo programático, obrigatoriamente, os seguintes itens:

  • A.

    noções da Lei Orgânica da Saúde, da Consolidação das Leis do Trabalho, da Consolidação das Leis da Previdência Social e implicações na esfera civil e criminal do acidente de trabalho.

  • B.

    toxicologia ocupacional, estudo do ambiente, das condições de trabalho, princípios gerais da higiene do trabalho e noções de ecologia e gestão ambiental.

  • C.

    noções sobre a legislação trabalhista e previdenciária relativa aos acidentes do trabalho, direção defensiva, noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes dos riscos existentes na empresa.

  • D.

    princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos, metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do trabalho e noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS, e medidas de prevenção.

  • E.

    estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscos originados do processo produtivo, noções sobre primeiros socorros, prevenção e combate a incêndios e organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício das atribuições da Comissão.

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