Questões sobre Estado, sociedade civil e proteção social

No trânsito da década de 1990 para os anos 2000, mudanças profundas no processo de produção reorganizam e atualizam os mecanismos e condições de acumulação capitalista. Esse processo definido teoricamente como “acumulação flexível” possui como traços principais:

• A. Organização do processo produtivo por meio da produção em série e em massa, consumo massivo, divisão rígida de tarefas, pleno emprego e fortalecimento da classe operária.
• B. Financeirização da economia, introdução de tecnologias avançadas nos processos de produção, ênfase em processos informacionais, desregulamentação dos mercados e flexibilização do trabalho.
• C. Ampliação dos mercados, manutenção de um padrão salarial alto, preservação do poder aquisitivo da população e salários indiretos por meio de políticas sociais públicas.
• D. Dinamização da produção econômica, flexibilidade de mercados e de padrões de consumo, administração rigorosa dos gastos governamentais, ampliação da rede de serviços sociais.

Os diferentes e complexos aspectos da vida social, inclusive os de ordem estrutural, que incidem na configuração das situações singulares, quando incorporados aos estudos sociais realizados pelos Assistentes Sociais, levam em conta a perspectiva

• A. técnico-operativa.
• B. reflexiva.
• C. da singularidade.
• D. de totalidade.

Promover a redução da desigualdade com redistribuição, reconhecimento e representação; propiciar o investimento em políticas sociais e educacionais como fatores estratégicos para a inclusão econômica formal de segmentos da população com baixíssimos rendimentos e para a melhoria na distribuição de renda no sentido de minimizar as assimetrias das desigualdades causadas pela globalização dos mercados constituem os objetivos de políticas e ações desenvolvidas na América Latina na primeira década do Século XXI. Esses objetivos compõem a agenda do que se convencionou chamar de

• A. Neoliberalismo.
• B. Keynesianismo.
• C. Desenvolvimentismo.
• D. Neodesenvolvimentismo.

A emergência e o desenvolvimento do operariado, seu ingresso na vida política e social, seu reconhecimento como classe por parte do empresariado e do Estado são elementos que configuram

• A. o Estado de Bem-Estar Social.
• B. as políticas sociais.
• C. a Questão Social.
• D. os movimentos sindicais.

Constitui-se na principal medida do processo de reforma do Estado brasileiro durante a década de 1990:

• A. O fortalecimento do padrão burocrático de gestão.
• B. A ampliação das funções públicas do Estado.
• C. A substituição do modelo burocrático pelo padrão gerencial de gestão.
• D. O fortalecimento dos mecanismos de controle social.

Nos marcos da reestruturação do capitalismo mundial na década de 90 do século XX, houve, no Brasil, uma redefinição das funções do Estado e um reordenamento das políticas sociais sustentados na lógica

• A. da integração parcial da economia brasileira ao mercado mundial com priorização das questões nacionais.
• B. da submissão das funções econômicas do mercado ao interesse público e à universalização de direitos.
• C. da articulação entre as atribuições do Estado e da sociedade civil com objetivo de fortalecer a autonomia popular.
• D. de transferência de responsabilidade e funções do Estado para o mercado e para a sociedade civil.

A partir dos anos 40 do século passado, o emergente Serviço Social brasileiro, marcadamente doutrinário e conservador, inicia seu processo de tecnificação

• A. ao entrar em contato com o Serviço Social norte-americano.
• B. por influência do Serviço Social franco-belga.
• C. ao adotar os referenciais teóricos do Serviço Social latino-americano.
• D. pela influência do Movimento de Reconceituação.

O Brasil, como país capitalista de desenvolvimento monopolista avançado, tem uma estrutura de classe capitalista e um Estado Burguês moderno e eficiente frente aos interesses do capital e está plenamente inserido na ordem capitalista mundial como um de seus polos estratégicos. O Estado tem então o papel fundamental de

• A. administrar as mazelas que resultam da exploração e da opressão dos trabalhadores.
• B. incrementar os direitos humanos e sociais de todos os cidadãos.
• C. implantar a expansão universalizada da democracia.
• D. intermediar os interesses de classes na posse do fundo público.
• E. promover e implementar as revoluções passivas.

No mundo capitalista, as desigualdades são um desafio permanente, pela sua própria essencialidade. Nesse sentido, dá-se o processo de constituição das políticas sociais, mediadas pelo Estado e pela ação das classes sociais organizadas, as quais são determinadas pelas relações de

• A. expoliação/alienação e hegemonia/submissão.
• B. o empenho da despesa poderá exceder o limite dos créditos concedidos conforme percentual autorizado na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
• C. apropriação/distribuição e dominação/subalternização.
• D. riqueza/pobreza e subjugação/subalternização.
• E. justiça/equidade e dominação/subalternização.

Desde a metade do século XIX, com base em estudos biológicos e fisiológicos, a velhice foi tratada como uma fase da vida caracterizada pela decadência e pela ausência de papéis sociais. Na abordagem antropológica, duas tendências reagrupam os estudos sobre o envelhecimento: uma delas refere-se aos estudos holísticos, que buscam a forma de organização dos dados e do significado do envelhecimento a partir do interior de uma determinada cultura; a outra refere-se a uma abordagem estática dos fenômenos socioculturais, apoiando-se nos fatores que determinam a posição social dos idosos e o impacto desses fatores sobre eles. Nesses estudos, conforme Minayo e Coimbra Jr. (2011), a deterioração da condição dos idosos e a diminuição do prestígio são associadas

• A. ao processo de modernização.
• B. às relações de poder.
• C. à falta de apoio familiar.
• D. às suas conquistas acumuladas.
• E. ao nível de satisfação pessoal.