Questões de Sociologia da FUNRIO Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Assistência (FUNRIO)

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No entendimento de Max Weber, o racionalismo econômico, embora dependa parcialmente da técnica e do direito racional, é ao mesmo tempo determinado pela capacidade e disposição dos homens em adotar certos tipos de conduta racional. As forças mágicas e religiosas e os ideais éticos de dever decorrentes sempre estiveram no passado entre os mais importantes elementos formativos da conduta. Analisando a contribuição da religião para a afirmação do espírito do capitalismo, Weber descreve a relação do calvinismo com a promoção do comércio e o desenvolvimento do capitalismo especialmente nos países baixos. Uma das características dos calvinistas e que foi qualificada como “essência da economia da capitalista” por Gothein, autor citado por Weber, consiste em

  • A.

    a diáspora que contribui para a decomposição das relações tradicionais.

  • B.

    o espírito hedonista que contribui para a criação de novas relações de trabalho.

  • C.

    o estrito afastamento de toda religião.

  • D.

    o altruísmo como preceito bíblico.

  • E.

    a contenção racional dos impulsos e das emoções.

No entendimento de Max Weber, as atividades de associações capitalistas financeiramente independentes existiram também na Antiguidade, mas, comparadas às modernas empresas mercantis, elas apenas constituem modestos primórdios. Antes de mais nada, por que lhes faltavam, ou nelas apenas começavam a desenvolver-se os requisitos essenciais a esta independência, entre os quais

  • A.

    a separação jurídica dos bens da empresa dos do indivíduo e o surgimento de uma contabilização racional.

  • B.

    a tendência geral da constituição de empresas como parte de uma casa real e estruturas racionais do direito.

  • C.

    estruturas racionais de administração e um sistema de comunicação adequado nas cidades.

  • D.

    a criação de uma moeda de circulação nacional e a produção de bens de capital.

  • E.

    o estabelecimento de uma rígida disciplina de trabalho e a produção de bens de consumo.

Anthony Giddens reconhece as sociedades capitalistas como um subtipo específico das sociedades modernas em geral. Para este autor, uma sociedade capitalista é um sistema que conta com diversas características específicas, entre as quais

  • A.

    a tendência a uma inovação tecnológica inconstante e difusa.

  • B.

    o completo controle do Estado por parte dos acumuladores do capital.

  • C.

    a baixa influência dos relacionamentos econômicos sobre outras instituições.

  • D.

    o insulamento da economia com relação a outras arenas sociais, em particular das instituições políticas.

  • E.

    a relação de dependência mútua entre a economia e as instituições políticas.

Loïc Wacquant em seu livro As Prisões da Miséria, discute as reformulações sobre o papel do Estado no contexto neo-liberal. Analisando o caso inglês, Wacquant cita que, no final de 1989, o Institute of Economic Affairs organizou uma série de encontros e publicações em torno do pensamento de Charles Murray. Este último conclamava todos os britânicos a se prepararem para comprimir severamente o Estado-providência. Seu argumento principal ancorava-se na visão de que era preciso

  • A.

    estancar o surgimento de uma pretensa “underclass” de pobres alienados, dissolutos e perigosos originados de pródigas medidas sociais da década de 60.

  • B.

    estimular o surgimento de uma nova elite intelectual que propagasse exemplos inspiradores para uma “underclass” de pobres.

  • C.

    desenvolver novos programas sociais que combatessem o permissivismo dos anteriores impondo obrigações de comportamento a seus usuários.

  • D.

    dirigir a ação social para as necessidades específicas de atendimento a uma “underclass “de pobres alienados, dissolutos e perigosos no sentido de uma política de inclusão social.

  • E.

    reabsorver a pobreza com mais empregos e mais oportunidades para os pobres.

Um dos aspectos polêmicos das reflexões de Clifford Geertz sobre o trabalho antropológico consiste na percepção de que a fonte do conhecimento antropológico não é a realidade social, mas um artifício erudito. Em outras palavras, Geertz considera os textos etnográficos como

  • A.

    observações fidedignas da realidade.

  • B.

    verdades científicas que podem ser comprovadas.

  • C.

    ficções no sentido de algo construído ou fabricado.

  • D.

    experimentos verificáveis.

  • E. cópias ou retratos do que se passou no real obtidos por meio de um método próprio.

No entendimento de Clifford Geertz, o conceito iluminista de natureza humana pressupõe que o homem constitui uma só peça com a natureza e partilha da uniformidade geral de composição que a ciência natural descobriu sob o incitamento de Bacon e a orientação de Newton. Neste contexto, as enormes e amplas variedades de diferenças entre os homens são consideradas

  • A.

    as bases para os estudos relativistas que servirão para completar e iluminar o que é verdadeiramente humano no homem.

  • B.

    as chaves para o surgimento das ciências sociais fundadas no espírito mecanicista.

  • C.

    as características essenciais e definidoras que ampliam o significado do que há de constante e verdadeiramente humano no homem.

  • D.

    os meros acréscimos, até mesmo distorções, sobrepondo e obscurecendo o que é verdadeiramente humano no homem.

  • E.

    as expressões genuínas que exemplificam o espírito do universalismo humano.

Clifford Geertz, no ensaio A Interpretação das Culturas, defende o ponto de vista de que a Antropologia deve ser

  • A.

    uma ciência interpretativa em busca do significado.

  • B.

    uma ciência experimental em busca de leis.

  • C.

    uma ciência positiva em busca da verdade dos fatos.

  • D.

    uma ciência positiva que se ancora nos diários de campos.

  • E.

    uma etnociência que produz verdades relativas.

Segundo Michel Foucault, os castigos, assim como a prisão, se destinam, geralmente, a

  • A.

    distinguir, distribuir e utilizar as infrações.

  • B.

    suprimir as infrações.

  • C.

    disciplinar os comportamentos.

  • D.

    vigiar os comportamentos e punir as más condutas.

  • E.

    corrigir as faltas e normalizar os indivíduos.

O sociólogo francês Marcel Mauss, estudando distintos regimes de direito contratual e sistemas de prestações econômicas, vigentes em distintas sociedades ditas primitivas, elaborou em um ensaio a noção de dádiva. O autor buscou comparar noções e termos específicos, em documentos e textos filológicos que, segundo ele, permitiriam acessar o que chamava de “consciência” das próprias sociedades estudadas. Descrevendo os fenômenos de troca e de contratos nas sociedades que classificou como modernas, “anteriores aos mercadores e à moeda”, Mauss propôs visualizar a moral e a economia dessas transações. Considerando as opções abaixo, escolha aquela que sintetiza o conjunto de práticas estruturantes da noção de dádiva:

  • A.

    dar, receber, compartilhar.

  • B.

    produzir, coletar, distribuir.

  • C.

    dar, receber, retribuir.

  • D.

    ocupar, defender, resistir.

  • E.

    dar, receber, poupar.

Para Michel Foucault, o poder está diretamente relacionado ao exame. Este último supõe a

  • A.

    visibilidade do poder, e não daqueles que estão submetidos a ele.

  • B.

    invisibilidade do exercício do poder e a visibilidade daqueles que se submetem a ele.

  • C.

    visibilidade do poder, visto que a ele é associada uma ênfase minuciosa em registros, uma acumulação documentária e a visibilidade dos casos.

  • D.

    visibilidade do poder, visto que a ele é associada uma ênfase minuciosa em registros, uma acumulação documentária e a visibilidade dos casos.

  • E.

    invisibilidade do exercício do poder e daqueles que a ele estão submetidos.

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