Questões de Veterinária do ano 2006

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É correto afirmar sobre a esquistossomose no Brasil, EXCETO:

  • A. As esquistossomoses são infecções provocadas por vermes do gênero Schistosoma, trematódeo digenético, da família Schistosomatidae, que apresentam sexos separados e são parasitos de vasos sangüineos de mamíferos e aves.
  • B. De todas as espécies de Schistosoma que parasitam o homem, somente a S. mansoni se fixou no Brasil, seguramente pela adaptação em bons hospedeiros intermediários e pelas condições ambientais favoráveis.
  • C. A maioria das pessoas infectadas pode permanecer assintomática, dependendo da intensidade da infecção; a sintomatologia clínica corresponde ao estágio de desenvolvimento do parasito no hospedeiro.
  • D. As ações de controle da esquistossomose dirigidas aos hospedeiros intermediários (Biomphalaria glabrata, Biomphalaria straminea e Biomphalaria tenagophila) são de natureza complementar e indicadas somente para as áreas de altas prevalências.

Os gêneros das aranhas de importância médica no Brasil podem ser identificados, respectivamente, pelas denominações cientificas:

Aranha marrom, encontrada em todo o país, de importância destacada na regi-ão Sul, particularmente no Paraná, onde vem proliferando de maneira significativa na última década.

Conhecidas popularmente como aranhas armadeiras, pelo fato de assumirem comportamento de defesa, apresentam os ferrões bem visíveis, no momento de picar.

Conhecidas popularmente como viúvas-negras, as fêmeas são pequenas e de abdome globular, apresentando no ventre um desenho característico em forma de ampulheta.

As denominações científicas, respectivamente, estão CORRETAS em:

  • A. Phoneutria, Lycosidae, Loxosceles.
  • B. Loxosceles, Phoneutria, Lycosidae.
  • C. Loxosceles, Phoneutria, Latrodectus.
  • D. Phoneutria, Latrodectus, Loxosceles.

Os acidentes por escorpião no Brasil apresentam distribuição diferenciada ao longo do ano, com maior número de casos nas épocas de calor e chuvas, que coincidem com o período de maior atividade biológica dos aracnídeos. Quanto ao escorpionismo, é correto afirmar, EXCETO:

  • A. A espécie Tityus bahiensis é a responsável pelos acidentes de maior gravi-dade registrados no país, incluindo óbitos.
  • B. A gravidade do escorpionismo está relacionada à proporção entre quantida-de de veneno injetado e a massa corporal do indivíduo picado.
  • C. O veneno escorpiônico, independentemente da espécie, leva à estimulação de nervos periféricos sensitivos, motores e do sistema nervoso autônomo.
  • D. O tempo entre o acidente e o início de manifestações sistêmicas graves é curto, o que justifica a prescrição imediata de soro específico para crianças com sinais e sintomas de envenenamento.

No que se refere à raiva (encefalite viral aguda) no Brasil, é correto afirmar, EXCETO:

  • A. Nas agressões por morcegos em humanos, deve-se proceder a soro-vacinação contra a raiva, independentemente do tempo decorrido do acidente.
  • B. Os morcegos podem albergar o vírus rábico em sua saliva e ser infectante antes de adoecer, por períodos maiores que os de outras espécies.
  • C. O risco de transmissão do vírus rábico pelo morcego é sempre elevado, in-dependentemente da espécie e gravidade do ferimento. Por isso, toda a-gressão por morcego deve ser classificada como grave.
  • D. No Brasil, o morcego é o principal responsável pela manutenção da cadeia de transmissão da raiva urbana, outros reservatórios são: macaco, raposa, coiote, chacal, gato-do-mato, jaritataca, guaxinim e mangusto.

A doença de Chagas é causada pelo Trypanossoma cruzi, um protozoário fla-gelado da família Trypanosamatidae. O nome da doença é uma homenagem ao sanitarista brasileiro Carlos Chagas, que descobriu o ciclo da doença. Quanto às características epidemiológicas da doença de Chagas, podemos afirmar, EXCETO:

  • A. No sangue dos vertebrados, o Trypanosoma cruzi se apresenta sob a forma de amastigotas e, nos tecidos, como trypomastigota.
  • B. Nos invertebrados (insetos vetores), ocorre um ciclo com a transformação dos tripomastigotas em epimastigotas, que depois se diferenciam em formas infectantes acumuladas nas fezes do inseto.
  • C. Além do homem, mamíferos domésticos e silvestres têm sido naturalmente encontrados infectados, tais como gato, cão, suínos, rato doméstico, maca-cos, tatu, gambá, cuíca, morcego, dentre outros.
  • D. Os mais importantes reservatórios são aqueles que coabitam ou estão muito próximos do homem. As aves e animais de "sangue frio" são refratários à infecção.

Algumas das principais zoonoses incluídas na lista de doenças de notificação compulsória, conforme a Portaria nº 2.325/GM/2003 do Ministério da Saúde, no Brasil, são, EXCETO:

  • A. Leptospirose, Dengue, Doença de Chagas, Febre amarela, Febre do Nilo, Febre maculosa, Raiva, Tularemia.
  • B. Leishmanioses, Leptospirose, Malária, Doença de Chagas, Esquistossomo-se, Febre do Nilo, Febre tifóide, Tularemia.
  • C. Botulismo, Carbúnculo ou "antraz", Leishmanioses, Leptospirose, Dengue, Doença de Chagas, Peste, Esquistossomose.
  • D. Botulismo, Dengue, Peste, Febre amarela, Febre do Nilo, Febre maculosa, Hantaviroses, Tularemia.

A Portaria nº 2.325/GM/2003 do Ministério da Saúde define uma relação de doenças de notificação compulsória sob responsabilidade das Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde e do próprio Ministério. A legislação define ainda, EXCETO:

  • A. Os gestores municipais e estaduais do Sistema Único de Saúde poderão incluir outras doenças e agravos no elenco de doenças de notificação com-pulsória, em seu âmbito de sua competência, de acordo com o quadro epi-demiológico local.
  • B. A ocorrência de agravo inusitado à saúde, independentemente de constar da relação listada pela Portaria, deverá também ser notificada imediatamen-te às autoridades sanitárias.
  • C. A definição de caso, o fluxo e os instrumentos de notificação para cada do-ença relacionada pela Portaria deverão obedecer à padronização definida pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
  • D. A inclusão de outras doenças e agravos no elenco de doenças de notifica-ção compulsória deverá ser definida pelo gestor estadual e comunicada à Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

O termo zooantroponose é definido por Neves (2005) como:

  • A. Doença que acomete exclusivamente os animais.
  • B. Doença primária dos animais, que pode ser transmitida ao homem.
  • C. Doença primária do homem, que pode ser transmitida aos animais.
  • D. Infecção ou doença infecciosa, naturalmente transmitida entre animais ver-tebrados e o homem.

O Ministério da Saúde reconhece uma série de dificuldades para que os muni-cípios assegurem o pleno desenvolvimento de um sistema de vigilância epide-miológica sensível e efetivo. Estão listadas entre essas dificuldades, EXCETO:

  • A. Incipiente capacidade instalada para diagnóstico, investigação e implemen-tação de ações de controle.
  • B. Deficiência nos instrumentos específicos para análise de informações e execução das ações de vigilância.
  • C. Insuficiência de recursos humanos e limitações dos recursos disponíveis para o setor saúde.
  • D. Resistências institucionais ao processo de descentralização das ações de vigilância.

De acordo com o Guia de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde (2005), podemos definir doenças transmissíveis como doenças:

  • A. causadas por um agente infeccioso específico ou pela toxina por ele produzida, por meio da transmissão desse agente ou de seu produto tóxico, a partir de uma pessoa ou animal infectado, ou ainda de um re-servatório para um hospedeiro susceptível, direta ou indiretamente in-termediado por vetor ou ambiente.
  • B. de baixa transmissibilidade, que requerem notificação nacional imediata à Organização Mundial da Saúde, isolamento de casos clínicos e dos comunicantes, além de outras medidas de profilaxia, com o intuito de evitar sua introdução em regiões até então indenes.
  • C. decorrentes da exposição a agentes físicos, químicos e biológicos que agri-dem o organismo humano, legalmente reconhecidas como adquiridas ou desencadeadas em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente.
  • D. que envolvem as alterações do pensamento (raciocínio), das emoções e do comportamento, causadas por interações complexas entre influências físi-cas, psicológicas, sociais, culturais e hereditárias.
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