Questões de Veterinária da Fundação Mariana Resende Costa (FUMARC)

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Os acidentes por escorpião no Brasil apresentam distribuição diferenciada ao longo do ano, com maior número de casos nas épocas de calor e chuvas, que coincidem com o período de maior atividade biológica dos aracnídeos. Quanto ao escorpionismo, é correto afirmar, EXCETO:

  • A. A espécie Tityus bahiensis é a responsável pelos acidentes de maior gravi-dade registrados no país, incluindo óbitos.
  • B. A gravidade do escorpionismo está relacionada à proporção entre quantida-de de veneno injetado e a massa corporal do indivíduo picado.
  • C. O veneno escorpiônico, independentemente da espécie, leva à estimulação de nervos periféricos sensitivos, motores e do sistema nervoso autônomo.
  • D. O tempo entre o acidente e o início de manifestações sistêmicas graves é curto, o que justifica a prescrição imediata de soro específico para crianças com sinais e sintomas de envenenamento.

No que se refere à raiva (encefalite viral aguda) no Brasil, é correto afirmar, EXCETO:

  • A. Nas agressões por morcegos em humanos, deve-se proceder a soro-vacinação contra a raiva, independentemente do tempo decorrido do acidente.
  • B. Os morcegos podem albergar o vírus rábico em sua saliva e ser infectante antes de adoecer, por períodos maiores que os de outras espécies.
  • C. O risco de transmissão do vírus rábico pelo morcego é sempre elevado, in-dependentemente da espécie e gravidade do ferimento. Por isso, toda a-gressão por morcego deve ser classificada como grave.
  • D. No Brasil, o morcego é o principal responsável pela manutenção da cadeia de transmissão da raiva urbana, outros reservatórios são: macaco, raposa, coiote, chacal, gato-do-mato, jaritataca, guaxinim e mangusto.

A doença de Chagas é causada pelo Trypanossoma cruzi, um protozoário fla-gelado da família Trypanosamatidae. O nome da doença é uma homenagem ao sanitarista brasileiro Carlos Chagas, que descobriu o ciclo da doença. Quanto às características epidemiológicas da doença de Chagas, podemos afirmar, EXCETO:

  • A. No sangue dos vertebrados, o Trypanosoma cruzi se apresenta sob a forma de amastigotas e, nos tecidos, como trypomastigota.
  • B. Nos invertebrados (insetos vetores), ocorre um ciclo com a transformação dos tripomastigotas em epimastigotas, que depois se diferenciam em formas infectantes acumuladas nas fezes do inseto.
  • C. Além do homem, mamíferos domésticos e silvestres têm sido naturalmente encontrados infectados, tais como gato, cão, suínos, rato doméstico, maca-cos, tatu, gambá, cuíca, morcego, dentre outros.
  • D. Os mais importantes reservatórios são aqueles que coabitam ou estão muito próximos do homem. As aves e animais de "sangue frio" são refratários à infecção.

Algumas das principais zoonoses incluídas na lista de doenças de notificação compulsória, conforme a Portaria nº 2.325/GM/2003 do Ministério da Saúde, no Brasil, são, EXCETO:

  • A. Leptospirose, Dengue, Doença de Chagas, Febre amarela, Febre do Nilo, Febre maculosa, Raiva, Tularemia.
  • B. Leishmanioses, Leptospirose, Malária, Doença de Chagas, Esquistossomo-se, Febre do Nilo, Febre tifóide, Tularemia.
  • C. Botulismo, Carbúnculo ou "antraz", Leishmanioses, Leptospirose, Dengue, Doença de Chagas, Peste, Esquistossomose.
  • D. Botulismo, Dengue, Peste, Febre amarela, Febre do Nilo, Febre maculosa, Hantaviroses, Tularemia.

A Portaria nº 2.325/GM/2003 do Ministério da Saúde define uma relação de doenças de notificação compulsória sob responsabilidade das Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde e do próprio Ministério. A legislação define ainda, EXCETO:

  • A. Os gestores municipais e estaduais do Sistema Único de Saúde poderão incluir outras doenças e agravos no elenco de doenças de notificação com-pulsória, em seu âmbito de sua competência, de acordo com o quadro epi-demiológico local.
  • B. A ocorrência de agravo inusitado à saúde, independentemente de constar da relação listada pela Portaria, deverá também ser notificada imediatamen-te às autoridades sanitárias.
  • C. A definição de caso, o fluxo e os instrumentos de notificação para cada do-ença relacionada pela Portaria deverão obedecer à padronização definida pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
  • D. A inclusão de outras doenças e agravos no elenco de doenças de notifica-ção compulsória deverá ser definida pelo gestor estadual e comunicada à Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

O termo zooantroponose é definido por Neves (2005) como:

  • A. Doença que acomete exclusivamente os animais.
  • B. Doença primária dos animais, que pode ser transmitida ao homem.
  • C. Doença primária do homem, que pode ser transmitida aos animais.
  • D. Infecção ou doença infecciosa, naturalmente transmitida entre animais ver-tebrados e o homem.

O Ministério da Saúde reconhece uma série de dificuldades para que os muni-cípios assegurem o pleno desenvolvimento de um sistema de vigilância epide-miológica sensível e efetivo. Estão listadas entre essas dificuldades, EXCETO:

  • A. Incipiente capacidade instalada para diagnóstico, investigação e implemen-tação de ações de controle.
  • B. Deficiência nos instrumentos específicos para análise de informações e execução das ações de vigilância.
  • C. Insuficiência de recursos humanos e limitações dos recursos disponíveis para o setor saúde.
  • D. Resistências institucionais ao processo de descentralização das ações de vigilância.

De acordo com o Guia de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde (2005), podemos definir doenças transmissíveis como doenças:

  • A. causadas por um agente infeccioso específico ou pela toxina por ele produzida, por meio da transmissão desse agente ou de seu produto tóxico, a partir de uma pessoa ou animal infectado, ou ainda de um re-servatório para um hospedeiro susceptível, direta ou indiretamente in-termediado por vetor ou ambiente.
  • B. de baixa transmissibilidade, que requerem notificação nacional imediata à Organização Mundial da Saúde, isolamento de casos clínicos e dos comunicantes, além de outras medidas de profilaxia, com o intuito de evitar sua introdução em regiões até então indenes.
  • C. decorrentes da exposição a agentes físicos, químicos e biológicos que agri-dem o organismo humano, legalmente reconhecidas como adquiridas ou desencadeadas em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente.
  • D. que envolvem as alterações do pensamento (raciocínio), das emoções e do comportamento, causadas por interações complexas entre influências físi-cas, psicológicas, sociais, culturais e hereditárias.

Por ser uma doença de notificação compulsória, todo caso suspeito e/ou con-firmado de dengue deve ser comunicado ao Serviço de Vigilância Epidemiológica. A coleta e o fluxo dos dados devem permitir o acompanhamento da curva endêmica, com vistas ao desencadeamento e avaliação das medidas de controle.

Considere a curva endêmica do dengue em série histórica de cinco anos, no município de Belo Horizonte. Avalie o comportamento da doença no ano de 2002, quando foram registrados 201, 918, 1.082, 975, 680 e 193 casos da do-ença nos primeiros seis meses do ano, respectivamente. Pelo exposto, é CORRETO afirmar:

  • A. Os meses de março, maio e junho foram considerados meses epidêmicos.
  • B. Nos meses de janeiro, fevereiro e abril, a doença esteve sob controle.
  • C. Nos meses de março e maio, o número de casos se manteve na zona de alerta da curva endêmica.
  • D. Nos meses de março, maio e junho, a doença se apresentou abaixo do índice endêmico.

Considerando as bases históricas e conceituais da "vigilância epidemiológica", é CORRETO afirmar:

  • A. A expressão vigilância epidemiológica foi introduzida no Brasil na década de 1930, quando passou a ser aplicada ao controle das doenças transmissí-veis, a partir de atividades posteriores à etapa de erradicação da febre ama-rela.
  • B. Originalmente, vigilância epidemiológica significava um conjunto de atividades de "observação sistemática e ativa de casos confirmados de doenças transmissíveis e de seus contatos". Tratava-se, portanto, de medidas aplicadas individualmente e não de forma coletiva.
  • C. As novas metodologias introduzidas na década de 1960 foram fundamentais para a erradicação da febre amarela e serviu de base para a organização de sistemas nacionais de vigilância epidemiológica.
  • D. Na década de 1960, novos procedimentos foram incorporados às atividades de vigilância epidemiológica, ampliando o campo de ação para busca ativa de casos, detecção precoce de surtos e o bloqueio imediato da transmissão das doenças.
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