Questões de Direito Civil do ano 2009

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De acordo com o Código Civil, NÃO podem se casar

  • A.

    o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros.

  • B.

    o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal.

  • C.

    os parentes afins em linha colateral.

  • D.

    o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.

  • E.

    o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas.

A respeito da paternidade, é correto afirmar:

  • A.

    Cabe ao marido o direito de contestar a paternidade dos filhos nascidos de sua mulher, decaindo, porém, desse direito se não o exercitar em até 4 anos após o término da relação conjugal.

  • B.

    O reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento é irrevogável, exceto quando feito em testamento.

  • C.

    São nulas a condição e o termo apostos ao ato de reconhecimento do filho.

  • D.

    O filho reconhecido, enquanto menor, ficará sob a guarda do genitor que o reconheceu, e, se ambos o reconheceram e não houver acordo, sob a da genitora conforme pacífico entendimento do Superior Tribunal de Justiça.

  • E.

    A filiação materna ou paterna pode resultar de casamento declarado nulo, ainda mesmo sem as condições do putativo.

De acordo com o Direito da Infância e da Juventude:

  • A.

    Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade completos, e adolescente aquela entre treze e dezoito anos de idade.

  • B.

    O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer restrição, em procedimento dotado de ampla publicidade com vistas à preservação de interesses de terceiros.

  • C.

    A colocação em família substituta estrangeira constitui medida excepcional, somente admissível na modalidade de adoção ou de tutela.

  • D.

    É proibido qualquer trabalho a menores de dezesseis anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir de doze anos de idade.

  • E.

    Sem prévia e expressa autorização judicial, nenhuma criança ou adolescente nascido em território nacional poderá sair do País em companhia de estrangeiro residente ou domiciliado no exterior.

De acordo com o Estatuto do Idoso, é correto afirmar que aos idosos que não possuam meios para prover sua subsistência, nem de tê-la provida por sua família, é assegurado, a partir de

  • A.

    65 anos, o benefício mensal de meio salário-mínimo, nos termos da Lei Orgânica da Assistência Social, não sendo computado para os fins do cálculo da renda familiar per capita benefício similar já concedido a qualquer membro da família.

  • B.

    65 anos, o benefício mensal de meio salário-mínimo, nos termos da Lei Orgânica da Assistência Social, sendo computado para os fins do cálculo da renda familiar per capita benefício similar já concedido a qualquer membro da família.

  • C.

    65 anos, o benefício mensal de um salário-mínimo, nos termos da Lei Orgânica da Assistência Social, não sendo computado para os fins do cálculo da renda familiar per capita benefício similar já concedido a qualquer membro da família.

  • D.

    70 anos, o benefício mensal de meio salário-mínimo, nos termos da Lei Orgânica da Assistência Social, sendo computado para os fins do cálculo da renda familiar per capita benefício similar já concedido a qualquer membro da família.

  • E.

    70 anos, o benefício mensal de um salário-mínimo, nos termos da Lei Orgânica da Assistência Social, não sendo computado para os fins do cálculo da renda familiar per capita benefício similar já concedido a qualquer membro da família.

É nulo o casamento contraído

  • A.

    por quem não completou a idade mínima para casar, podendo a declaração de sua nulidade ser promovida por qualquer interessado ou pelo Ministério Público.

  • B.

    por incompetência da autoridade celebrante.

  • C.

    com infringência de impedimento, e a declaração de sua nulidade pode ser promovida pelo Ministério Público.

  • D.

    pelo divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal.

  • E.

    do viúvo que se casar antes de dar a inventário os bens deixados pela mulher pré-morta.

Presume-se concebido na constância do casamento

  • A.

    qualquer filho de pessoas que vierem a se casar.

  • B.

    o filho havido por fecundação artificial homóloga, somente se for vivo o marido, na data do seu nascimento.

  • C.

    o filho havido por inseminação artificial heteróloga, independentemente de autorização do marido.

  • D.

    somente o filho nascido cento e oitenta dias, pelo menos, depois de estabelecida a convivência conjugal ou até trezentos dias subsequentes à dissolução da sociedade conjugal pela morte do marido.

  • E.

    o filho havido, a qualquer tempo, quando se tratar de embriões excedentários, decorrentes de concepção artificial homóloga.

Sobre os alimentos no Direito de Família, considere:

I. Se um dos cônjuges separados judicialmente vier a necessitar de alimentos, será o outro obrigado a prestá-los mediante pensão a ser fixada pelo juiz, caso não tenha sido declarado culpado na ação de separação judicial.

II. Se a parte que deve alimentos em primeiro lugar não estiver em condições de suportar totalmente o encargo, serão chamados a concorrer os de grau imediato e sendo várias as pessoas obrigadas a prestar alimentos, haverá solidariedade entre elas.

III. Fixado juridicamente, o valor dos alimentos torna-se irredutível após o trânsito em julgado da sentença.

IV. O direito a alimentos é irrenunciável.

V. O novo casamento do cônjuge devedor não extingue a obrigação constante da sentença de divórcio, mas o casamento do credor faz cessar para o devedor o dever de prestar alimentos.

Está correto o que se afirma APENAS em

  • A.

    I, II e III.

  • B.

    I, III e IV.

  • C.

    I, IV e V.

  • D.

    II, III e IV.

  • E.

    III, IV e V.

As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser arguidas APENAS pelos parentes

  • A.

    consanguíneos em linha reta de um dos nubentes e pelos colaterais consanguíneos em segundo grau.

  • B.

    em linha reta de um dos nubentes, sejam consanguíneos ou afins.

  • C.

    colaterais em segundo grau, sejam consanguíneos ou afins.

  • D.

    em linha reta de um dos nubentes, sejam consanguíneos ou afins, e pelos colaterais em segundo grau, também consanguíneos ou afins.

  • E.

    consanguíneos em linha reta de um dos nubentes e pelos colaterais consanguíneos até terceiro grau.

De acordo com o Código Civil brasileiro, é nulo o casamento

  • A.

    contraído por infringência de impedimento.

  • B.

    de quem não completou a idade mínima para casar.

  • C.

    do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento.

  • D.

    realizado pelo mandatário, sem que ele soubesse da revogação do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges.

  • E.

    realizado por autoridade celebrante incompetente.

Caio, brasileiro, casado, engenheiro, residente à Rua do Acre nº 50, Belém/PA é designado para realizar tarefas profissionais na aprazível cidade de Óbidos/PA, onde mantém conhecimento com Júlia, professora, residente àquela localidade.

Após rápido relacionamento, Caio retorna para a capital do Estado, tendo notícia da gravidez de Júlia. Caio compromete-se a financiar as despesas do parto, bem como fornecer alimentos ao seu filho, de nome Túlio, voluntariamente. Em nenhum momento, houve coabitação comum, sendo certo que o genitor sempre exerceu o seu direito de visitas, participando da vida do filho, comparecendo ao colégio, quando necessário, e às festas de aniversário.

Após vinte anos, Julia ingressou com ação declaratória aduzindo longa relação afetiva com Caio, afirmando que, sendo ambos solteiros, nada impediria a transformação do relacionamento existente em casamento e requerendo que fosse proferida sentença de reconhecimento da união estável do casal. O réu, regularmente citado, aduz que, na verdade, houve relacionamento fugaz, habitando a autora e o réu em cidades distantes, não sendo caracterizada a continuidade do relacionamento capaz de transformá-lo em união estável.

Caio afirma que o seu relacionamento ocorria, exclusivamente, com o filho advindo, por força da responsabilidade legal e afetiva que portava, postulando a improcedência do pedido. Após a instrução probatória, os fatos articulados pelo réu foram devidamente comprovados.

Diante de tal contexto, analise as afirmativas a seguir.

Assinale:

  • A.

    se somente a afirmativa IV estiver correta.

  • B.

    se somente as afirmativas II e V estiverem corretas.

  • C.

    se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas.

  • D.

    se somente as afirmativas I, II e III estiverem corretas.

  • E.

    se somente as afirmativas II, III e IV estiverem corretas.

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