Questões de Direito Constitucional do ano 2015

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A Constituição Federal atribui competência à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para instituir impostos, taxas e contribuições de melhoria. Essas pessoas jurídicas de direito público também têm competência para instituir contribuições.

De acordo com a Constituição Federal, os Municípios podem instituir contribuições

  • A.

    1. para o custeio do serviço de iluminação pública, na forma das respectivas leis,

    2. sociais e

    3. cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário estatutário.

  • B.

    1. para o custeio do serviço de iluminação pública, na forma das respectivas leis,

    2. cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário esta tutário e

    3. de intervenção no domínio econômico.

  • C.

    1. de intervenção no domínio econômico e

    2. de interesse das categorias profissionais ou econômicas.

  • D.

    1. de intervenção no domínio econômico,

    2. sociais e

    3. de interesse das categorias profissionais ou econômicas.

  • E.

    1. cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário estatutário e

    2. para o custeio do serviço de iluminação pública, na forma das respectivas leis.

Com base nas disposições da Constituição Federal de 1988 (CF), julgue os itens que se seguem. O fato de a CF prever que o Estado brasileiro é laico não impede que seja homologada, pelo STJ, sentença eclesiástica estrangeira para que produza efeitos civis no Brasil.

  • C. Certo
  • E. Errado

O filósofo norte-americano John Elster, no seu clássico livro "Ulisses e as sereias" defende a ideia da Constituição como um instrumento de pré-compromisso ou de autolimitação, de acordo com o qual retira-se do alcance das maiorias eventuais direitos que constituem condições de possibilidade para a própria democracia. Servindo-se dessa ideia, a Constituição brasileira de 1988 também se protegeu das paixões partidarizadas e resguardou os seus valores fundamentais das maiorias de ocasião. Nesse sentido, dentre os apresentados, NÃO possui uma proteção jurídica reforçada (superrigidez) em face do poder constitucional de reforma:

  • A. o voto direito, secreto, universal e periódico.
  • B. os direitos e garantias individuais.
  • C. a separação de poderes.
  • D. a forma federativa de Estado.
  • E. a forma e sistema de governo.

Corresponde à forma de Estado, à forma de governo e ao sistema de governo brasileiros, respectiva e corretamente:

  • A. Estado unitário, República e presidencialismo.
  • B. Federação, República e presidencialismo.
  • C. República, Federação e parlamentarismo.
  • D. Monarquia constitucional, Estado unitário e parlamentarismo.
  • E. República, Federação e presidencialismo.

Acerca das Constituições e das normas constitucionais, assinale a opção correta.

  • A. O uso da analogia em matéria constitucional pode ser visto como uma imposição do princípio da isonomia.
  • B. Por ser uma Constituição analítica, a CF não admite lacuna de nenhuma espécie.
  • C. Por não ser dotado de caráter normativo, o preâmbulo da CF não pode ser utilizado pelo aplicador como vetor de interpretação.
  • D. Entende-se por “silêncio eloquente” da Constituição um lapso do legislador constituinte que, pretendendo deliberadamente contemplar determinada hipótese de fato, acabe omitindo, por desaviso, a respectiva norma disciplinadora.
  • E. Em modelos de Constituição formal e rígida como o da brasileira, é inadequado falar-se em normas constitucionais implícitas.

Em relação à hermenêutica e interpretação constitucional, c onsidere as seguintes afirmações abaixo:

I. Segundo Mauro Cappelletti, as atividades legislativa e jurisdicional constituem processos de criação do direito, porém o legislador se depara com limites substanciais menos frequentes e menos precisos. Portanto, do ponto de vista substancial, a única diferença entre essas atividades não é de natureza, mas de grau.

II. No processo de concretização das normas constitucionais de Konrad Hesse, a tópica é pura, ou seja, o intérprete só pode utilizar na tarefa de concretização aqueles pontos de vista relacionados ao problema. Ao mesmo tempo, o intérprete está obrigado a incluir na interação do ciclo hermenêutico, composto pelo programa normativo (análise dos elementos linguísticos) e pelo âmbito normativo (análise da realidade concreta), os elementos de concretização que lhe ministram a norma constitucional e as diretrizes contidas na Constituição.

III. Nos casos difíceis, a ideia de Dworkin é a limitação da discricionariedade do juiz, impondo-lhe o dever de decidir conforme as exigências morais da comunidade, evitando a arbitrariedade interpretativa do jusrealismo. O juiz é obrigado a se separar do preceito legal quando estiver em contradição com o sentimento moral da maioria. Os princípios são criados para substituir o ingênuo silogismo e afastar a arbitrariedade, atendendo às exigências da comunidade.

IV. As consequências práticas das decisões remetem ao pragmatismo norte-americano, em que a justiça é medida pelas consequências, e não pelo direito. A grande vantagem é a percepção de que determinada interpretação pode gerar resultados indesejáveis na prática. Entretanto, a extrema flexibilização do direito e o antiformalismo do pragmatismo conduzem à insegurança jurídica.

V. O originalismo norte-americano consagra a living Constitution, ou seja, a abertura das normas constitucionais à realidade e às mutações da sociedade para a contínua evolução do texto constitucional.

Está correto o que se afirma APENAS em

  • A. I, II e V.
  • B. I, III e IV.
  • C. II, III e IV.
  • D. III, IV e V.
  • E. II e III.

A Corte Constitucional deve “entender a si mesma como protetora de um processo legislativo democrático, isto é, como protetora de um processo de criação democrática do direito, e não como guardiã de uma suposta ordem supra-positiva de valores substanciais. A função da Corte é velar para que se respeitem os procedimentos democráticos para uma formação da opinião e da vontade políticas de tipo inclusivo, ou seja, em que todos possam intervir, sem assumir a mesma o papel de legislador político”. (Más Allá del Estado Nacional. Madrid: Trotta, 1997, p. 99)

O trecho acima citado, acerca da postura de um Tribunal Constitucional durante o seu processo de interpretação da Constituição, corresponde à obra e concepção

  • A. procedimental de Jürgen Habermas da teoria do discurso.
  • B. mista de John Hart Ely de democracia.
  • C. procedimental de John Rawls do fórum público de princípios.
  • D. substancial de Ronald Dworkin de proteção dos direitos fundamentais.
  • E. procedimental de Robert Alexy da teoria da argumentação e princípios.

A interpretação normativa

  • A. teleológica, também chamada de histórica, busca a vontade do legislador no momento da elaboração da norma.
  • B. histórica prevalece sobre a sistemática, a qual busca o sentido literal de uma determinada norma.
  • C. dá-se pela aplicação da analogia, dos costumes e dos princípios gerais do direito, em caso de silêncio eloquente ou de lacuna legal.
  • D. deve ser realizada, preferencialmente, de maneira sistemática e teleológica, considerando o ordenamento em que a norma está inserida e a finalidade para a qual se destina.
  • E. deve ser realizada, em regra, de maneira sistemática, considerando a norma em si mesma, em sua literalidade, sem levar em conta o ordenamento em que está inserida.

A prática constitucional brasileira, por se tornar a cada dia mais complexa, exige o incremento do estudo da teoria da Constituição com o objetivo de se compreender e justificar a atuação cada vez mais proeminente do Poder Judiciário. Acerca desse assunto, assinale a opção correta.

  • A. De acordo com o positivismo de Hans Kelsen, a escolha de uma interpretação dentro da moldura de possibilidades proporcionada pela norma jurídica realiza-se segundo a livre apreciação do tribunal, e não por meio de qualquer espécie de conhecimento do direito preexistente.
  • B. Para Ronald Dworkin, princípios constitucionais são conceituados como mandamentos de otimização que conduzem à única resposta correta.
  • C. A corrente doutrinária denominada não interpretacionismo defende que os juízes, ao decidirem questões constitucionais, devem limitar-se a fazer cumprir as normas explícitas ou claramente implícitas na Constituição escrita.
  • D. A teoria da Constituição dirigente, por conceber um projeto bastante ambicioso e totalizante da Constituição, implica a adoção de uma concepção procedimentalista do papel institucional das cortes constitucionais.
  • E. Segundo a teoria substancialista, o Poder Judiciário deve decidir os casos constitucionais de maneira estreita e rasa, utilizando-se apenas dos argumentos estritamente necessários para a solução do litígio, deixando de parte questões morais controversas.

Acerca da interpretação das normas constitucionais, assinale a opção correta.

  • A. Em razão do caráter aberto e indeterminado de muitas de suas normas, a CF admite o fenômeno da construção jurídica, sem que isso configure necessariamente usurpação de poder constituinte.
  • B. Lacunas constitucionais devem ser preenchidas por meio dos processos formais de mudança constitucional, não se admitindo a via interpretativa como mecanismo de solução dessas deficiências.
  • C. A existência de métodos específicos de interpretação constitucional exclui a incidência dos métodos tradicionais.
  • D. A normatividade constitucional não é compatível com as chamadas normas implícitas.
  • E. Interpretação extensiva e analogia são procedimentos estranhos ao direito constitucional.
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