Questões de Direito Penal

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Conforme jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça,

  • A. não há que se falar em aplicação do princípio da consunção para os crimes de falsidade ideológica e de uso de documento falso quando cometidos com desígnio autônomos.
  • B. o Conselheiro do Tribunal de Contas Estadual que mantém sob sua guarda munição de arma de uso restrito comete o crime do art. 16 da Lei no 10.826/2003.
  • C. configura o crime de desobediência (art. 330 do CP) a conduta de Defensor Público Geral que deixa de atender à requisição judicial de nomeação de defensor público para atuar em determinada ação penal.
  • D. no crime de estelionato o eventual ressarcimento ou devolução da coisa elidem a prática criminosa.
  • E. a emissão de cheque sem fundos para pagamento de serviços postais não permite a majorante de crime praticado em detrimento de entidade de direito público, instituto de economia popular, assistência social ou beneficência.

Em relação à classificação doutrinária dos crimes, marque V ou F, conforme as afirmações a seguir sejam verdadeiras ou falsas.

( ) Nos chamados “delitos de resultado” o tipo penal prevê um resultado típico, natural ou material vinculado à conduta pelo nexo causal.

( ) “Delitos vagos” são aqueles que têm por sujeito passivo entidades sem personalidade jurídica, como a família, o público ou a sociedade.

( ) O “crime falho” é também denominado “quase- crime”.

( ) “Crime multitudinário” é o praticado por uma multidão em tumulto, espontaneamente organizada no sentido de um comportamento comum contra pessoas ou coisas.

( ) “Crime transeunte” é o que deixa vestígios; “crime não transeunte” é o que não deixa vestígios.

A seqüência correta, de cima para baixo, é:

  • A. V - F - V - V - V
  • B. V - V - F - V - F
  • C. F - V - V - F - V
  • D. F - F - V - V - F

Nos crimes contra os costumes, se cometidos com abuso do pátrio poder ou da qualidade de padrasto, tutor ou curador, a ação penal será

  • A. pública condicionada à representação do ofendido.
  • B. pública incondicionada.
  • C. pública condicionada à representação, se menor o ofendido.
  • D. exclusivamente privada.
  • E. privada, mas dependendo de manifestação do Ministério Público, como condição de procedibilidade.

O crime de falsificação de documento público, do art. 297 do CP,

I. configura-se apenas se a falsificação é total, ou seja, a mera alteração de documento público verdadeiro não constitui crime;

II. também se configura se o documento trata-se de testamento particular;

III. também se configura se o documento trata-se de livro mercantil.

É correto, apenas, o que se afirma em

  • A. III.
  • B. II e III.
  • C. II.
  • D. I e II.
  • E. I.

Indique a alternativa incorreta.

  • A.

    O vocábulo peculato deriva de pecus, que foi meio de troca nas sociedades primitivas.

  • B.

    No chamado crime de peculato próprio, as condutas típicas constituem-se na apropriação ou no desvio.

  • C.

    No crime de peculato doloso, o ressarcimento do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade.

  • D.

    O crime de peculato impróprio também é chamado "peculato-furto".

O Código Penal brasileiro traz diversos crimes que podem ser praticados por uma única pessoa, mas também prevê algumas hipóteses em que o concurso de pessoas é necessário. Como regra geral, quando duas ou mais pessoas, unidas em ações e desígnios, praticam em conjunto um delito, pode-se falar em concurso de pessoas. Sobre essa tema, é correto afirmar que o Código Penal adotou, em regra, a Teoria:

  • A. Pluralista, com exceções;
  • B. Dualista, sem exceções;
  • C. Monista, com exceções;
  • D. Dualista, com exceções;
  • E. Monista, sem exceções.

Conforme jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça,

  • A. não há que se falar em aplicação do princípio da consunção para os crimes de falsidade ideológica e de uso de documento falso quando cometidos com desígnio autônomos.
  • B. o Conselheiro do Tribunal de Contas Estadual que mantém sob sua guarda munição de arma de uso restrito comete o crime do art. 16 da Lei no 10.826/2003.
  • C. configura o crime de desobediência (art. 330 do CP) a conduta de Defensor Público Geral que deixa de atender à requisição judicial de nomeação de defensor público para atuar em determinada ação penal.
  • D. no crime de estelionato o eventual ressarcimento ou devolução da coisa elidem a prática criminosa.
  • E. a emissão de cheque sem fundos para pagamento de serviços postais não permite a majorante de crime praticado em detrimento de entidade de direito público, instituto de economia popular, assistência social ou beneficência.

“Alpha”, com intenção de matar, põe veneno na comida de “Beta”, seu desafeto. Este, quando já está tomando a refeição envenenada, vem a falecer exclusivamente em conseqüência de um desabamento do teto.

No exemplo dado, é correto afirmar que “Alpha” responderá tão-somente por tentativa de homicídio, porquanto:

  • A. o desabamento é causa concomitante relativamente independente da conduta de “Alpha”, que exclui o nexo causal entre esta e o resultado “morte”.
  • B. o desabamento é causa superveniente relativamente independente da conduta de “Alpha”, que exclui o nexo causal entre esta e o resultado “morte”.
  • C. o desabamento do teto é causa superveniente absolutamente independente da conduta de “Alpha”, que exclui o nexo causal entre esta e o resultado “morte”.
  • D. o desabamento é causa concomitante absolutamente independente da conduta de “Alpha”, que exclui o nexo causal entre esta e o resultado “morte”.

Suponha que seis pessoas, em comunhão de vontades, reuniram-se para a prática de um roubo em janeiro de 2003, desfazendo tal associação, depois de consumado o fato delitivo. Em setembro de 2005, as mesmas pessoas voltaram a se reunir para o cometimento de um homicídio que, consumado, determinou nova dissolução da aludida associação. Esta união de pessoas, para a prática dos crimes mencionados, define-se como

  • A. crime de quadrilha ou bando.
  • B. quadrilha organizada para fins criminosos não específicos.
  • C. crime de quadrilha ou bando em concurso material.
  • D. circunstância qualificadora para o delito de roubo e homicídio.
  • E. concurso de pessoas ou de agentes.

A conduta do funcionário público que, antes de assumir a função, mas em razão dela, exige para outrem, indiretamente, vantagem indevida

  • A. configura crime de corrupção passiva.
  • B. não configura crime algum, pois o fato ocorre antes de assumir a função.
  • C. configura crime de corrupção ativa.
  • D. configura crime de concussão.
  • E. não configura crime algum, pois a exigência é indireta e para outrem.
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