Questões de Direito Processual Penal da Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista (VUNESP)

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Nos termos do parágrafo terceiro do art. 5.º do CPP: “Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das informações, mandará instaurar inquérito policial”. Assim, é correto afirmar que

  • A. sempre que tomar conhecimento da ocorrência de um crime, a autoridade policial deverá, por portaria, instaurar inquérito policial.
  • B. por delatio criminis entende-se a autorização formal da vítima para que seja instaurado inquérito policial.
  • C. o inquérito policial será instaurado pela autoridade policial apenas nas hipóteses de ação penal pública.
  • D. a notícia de um crime, ainda que anônima, pode, por si só, suscitar a instauração de inquérito policial.
  • E. é inadmissível o anonimato como causa suficiente para a instauração de inquérito policial na modalidade da delatio criminis, entretanto, a autoridade policial poderá investigar os fatos de ofício.

A fiança

  • A. poderá ser prestada em todas as hipóteses de prisão, salvo no caso de prisão em decorrência de pronúncia.
  • B. poderá ser prestada em qualquer termo do processo, inclusive após o trânsito em julgado da sentença.
  • C. poderá ser prestada em qualquer termo do processo, enquanto não transitar em julgado a sentença condenatória.
  • D. somente poderá ser prestada durante o inquérito policial.
  • E. poderá ser prestada nas hipóteses de prisão temporária.

O minucioso relatório policial que encerra determinado inquérito conclui pela ocorrência do crime de estelionato praticado por “X”. O promotor de justiça, entretanto, com base nas descrições contidas no referido documento, denuncia “X” pela prática do crime de furto mediante fraude. Ao receber a peça acusatória, o magistrado

  • A. deverá, em juízo preliminar, modificar a classificação jurídica do crime feita na denúncia, a fim de que fique em consonância com o relatório policial, sob pena de inépcia da denúncia.
  • B. poderá, em juízo preliminar, modificar a classificação jurídica do crime feita no relatório policial, a fim de que fique em consonância com a denúncia, sob pena de nulidade da sentença.
  • C. poderá devolver os autos ao delegado de polícia responsável, caso entenda que a classificação do crime deva ser retificada.
  • D. se não a rejeitar preliminarmente, deverá recebê-la e ordenar a citação do réu “X” para responder à acusação por crime de furto mediante fraude.
  • E. deverá devolver os autos ao delegado de polícia responsável pelo relatório, a fim de que seja feita a retificação da classificação do crime, sob pena de inépcia da denúncia.

A lei processual penal

  • A. tem aplicação imediata, sem prejuízo dos atos realizados sob a vigência de lei anterior.
  • B. somente pode ser aplicada a processos iniciados sob sua vigência.
  • C. tem aplicação imediata, devendo ser declarados inválidos os atos praticados sob a vigência de lei anterior.
  • D. tem aplicação imediata, devendo ser renovados os atos praticados sob a vigência da lei anterior.
  • E. é retroativa aos atos praticados sob a vigência de lei anterior.

No delito de homicídio, o exame de corpo de delito

  • A. é prova pericial fundamental, sem a qual não pode haver o oferecimento da denúncia.
  • B. deve, em regra, ser realizado por perito oficial, portador de diploma de curso superior.
  • C. é dispensável, no caso de confissão do crime.
  • D. é dispensável, caso existam outras provas da prática delituosa.
  • E. deve ser realizado por dois peritos médicos pertencentes ao Instituto Médico Legal.

No Direito pátrio, o sistema que vige no processo penal é o

  • A. inquisitivo formal.
  • B. acusatório formal.
  • C. inquisitivo.
  • D. inquisitivo unificador.
  • E. acusatório.

Cabe recurso de ofício da sentença

  • A. que conceder habeas corpus.
  • B. que absolver o réu por inexistência do crime.
  • C. de pronúncia.
  • D. de absolvição sumária.
  • E. que denegar habeas corpus.

No processo penal, as intimações

  • A. serão sempre pessoais.
  • B. do defensor constituído serão feitas pelo órgão incumbido da publicidade.
  • C. não são obrigatórias quando se trata do Ministério Público.
  • D. são atos que, se desrespeitados, causam nulidade absoluta do processo.
  • E. serão pessoais, salvo se o réu estiver preso.

Quando o réu estiver fora do território da jurisdição processante,

  • A. será citado mediante carta precatória.
  • B. será citado por hora certa.
  • C. será julgado à revelia.
  • D. deverá ser dispensado de comparecer nas audiências, devendo ser interrogado por videoconferência.
  • E. deverá solicitar que o processo seja remetido para a comarca de sua residência, a fim de que possa se defender melhor dos fatos que lhe são imputados na denúncia.

Dentre os recursos a seguir, aquele em que não é possível a desistência é:

  • A. apelação.
  • B. em qualquer recurso interposto pelo Defensor Público.
  • C. protesto por novo júri.
  • D. em qualquer recurso interposto pelo Ministério Público.
  • E. recurso em sentido estrito.
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