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A Portaria em vigor n. 2.616, de 12 de maio de 1998, do Ministério da Saúde, normatiza a prevenção e o controle das infecções hospitalares, agora denominadas infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS). Em relação aos critérios de diagnóstico determinados, é CORRETO afirmar:
Convenciona-se nomear infecção hospitalar toda manifestação clínica de infecção que se apresenta a partir de 72 horas após a admissão, caso se desconheça o período de incubação do microrganismo e haja evidência de infecção clínica e/ou dado laboratorial de infecção no momento da internação.
As infecções no recém-nascido são hospitalares, incluindo-se as transmitidas de forma transplacentária e aquelas associadas à bolsa rota superiores a 24 (vinte e quatro) horas.
É considerado IRAS quando, na mesma topografia em que foi diagnosticada infecção comunitária, for isolado um germe diferente, seguido do agravamento das condições clínicas do paciente.
Os pacientes provenientes de outro hospital e que lá foram internados com infecção são considerados portadores de infecção hospitalar.
Não são consideradas infecções hospitalares aquelas manifestadas antes de 72 horas da internação, quando associadas a procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos realizados durante esse período.
Enfermagem - Administração de medicamentos - Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC - PR) - 2012
A dopamina é o precursor imediato da noradrenalina. Tem efeitos diretos alfa e beta adrenérgicos e dopaminérgicos, que são dose-dependentes. Por ser uma molécula polar, não atravessa a barreira hematoencefálica, não apresentando ação no SNC. As indicações baseiam-se nos efeitos adrenérgicos desejados que se obtêm pela quantidade infundida que se dá em μ/kgpeso/min. Com relação aos cuidados em sua administração, é importante:
Observar PA, ECG, PVC, FC, BH e débito cardíaco, cor e temperatura das extremidades; uso exclusivo EV e em bomba infusora, desprezar após 12 h, pois se deteriora.
Avaliar nível de consciência, PA, PVC, FC, BH e débito cardíaco, cor e temperatura das extremidades; uso exclusivo EV em acesso central e em bomba infusora, desprezar após 24h, pois se deteriora.
Monitorar PA, ECG, PVC, FC, BH e débito cardíaco, cor e temperatura das extremidades; uso exclusivo EV em acesso central único e em bomba infusora, desprezar após 24 h, pois se deteriora.
Monitorar PA, ECG, PVC, FC, BH, nível de consciência, cor e temperatura das extremidades; uso exclusivo EV e em bomba infusora, desprezar após 24 h, pois se deteriora.
Monitorar cor e temperatura das extremidades PA, ECG, PVC, FC, BH e debito cardíaco; uso exclusivo EV em acesso periférico e em bomba infusora, desprezar após 24 h, pois se deteriora.
A Portaria em vigor n. 2.616, de 12 de maio de 1998, do Ministério da Saúde, define a vigilância epidemiológica das infecções hospitalares como a observação ativa, sistemática e contínua de sua ocorrência e de sua distribuição entre pacientes, hospitalizados ou não, e dos eventos e condições que afetam o risco de sua ocorrência, com vistas à execução oportuna das ações de prevenção e controle.
Sobre esse assunto, é CORRETO afirmar:
A taxa de pacientes com infecção hospitalar deve ser calculada tomando-se como numerador o número de doentes que apresentaram infecção hospitalar no período considerado, e como denominador o total de episódios de infecções hospitalares no período.
O coeficiente de sensibilidade aos antimicrobianos deve ser calculado tendo como numerador o número de cepas bacterianas de um determinado microrganismo sensível a determinado antimicrobiano e como denominador o número de episódios de infecções hospitalares.
A taxa de infecção hospitalar deve ser calculada tomando-se como numerador o número de episódios de infecção hospitalar no período considerado e como denominador o total de saídas (altas, óbitos e transferências) ou entradas (admissões) no mesmo período.
O percentual de pacientes que usaram antimicrobianos (uso profilático ou terapêutico) no período considerado é calculado tendo como numerador o total de pacientes em uso de antimicrobiano e como denominador o número total de episódios de infecções hospitalares no período.
A taxa de letalidade associada à infecção hospitalar deve ser calculada tendo como numerador o número de óbitos ocorridos de pacientes com infecção hospitalar e, como denominador, o número de episódios de infecção hospitalar no período considerado.
Enfermagem - Administração de medicamentos - Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC - PR) - 2012
Paciente J.S., 78 anos, renal crônico, fazendo hemodiálise 3 a 4 vezes por semana, está internado no Hospital X por infecção generalizada e sob prescrição de Imipenem/Cilastatina Sódica 500 mg EV a cada 12 horas. Trata-se de um agente antibacteriano de amplo espectro que se distribui rápida e amplamente nos fluído e tecidos corporais, é metabolizado pelos rins e apresenta alto risco para tromboflebite. A dose é calculada com base na gravidade da doença, na suscetibilidade a patógenos, na condição do paciente, idade, peso e no clearence de creatinina. O medicamento foi diluído em 100 mL com a recomendação de administrar em veias de grande calibre, instalado em sistema gravitacional para infundir gota a gota em 40 minutos.
Com base nessas informações, calcule o gotejamento/minuto da solução e assinale a alternativa que apresenta os cuidados de enfermagem que devem ser considerados para garantir a administração segura dessa droga.
Administrar, antes da hemodiálise, 25 gotas/min, observar sangue nas fezes e o local de aplicação.
Administrar, após a hemodiálise, 50 gotas/min, observar as eliminações e o local de aplicação.
Administrar, antes da hemodiálise, 2,5 gotas/min, observar sangue nas fezes e o local de aplicação.
Administrar, após a hemodiálise, 25 gotas/min, observar níveis séricos de ureia e creatinina.
Considerando as ações e limitações do álcool como agente microbicida na prevenção e no controle das IRAS, é CORRETO afirmar:
O álcool etílico e o isopropílico apresentam ação contra esporos e vírus não envelopados (por exemplo, vírus da hepatite A e rinovírus), caracterizando-se como desinfetantes e antissépticos, porém sem propriedade esterilizante.
A atividade do álcool ocorre provavelmente pela desnaturação de proteínas inclusive dos envelopes de alguns vírus. Não age, porém, na remoção de lipídios destas estruturas.
O álcool apresenta as seguintes características: ser volátil e de rápida evaporação em temperatura ambiente, ser altamente inflamável e possuir importante atividade residual em superfícies.
O álcool etílico e o isopropílico possuem atividade contra bactérias na forma vegetativa, vírus envelopados, micobactérias e fungos.
Apesar de o álcool apresentar inabilidade de penetração em alguns materiais e ausência de atividade esporicida, sua aplicação é indicada no preparo de materiais cirúrgicos.
O profissional de saúde ao assumir seu papel no controle e na prevenção dos agravos decorrentes das infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), depara-se com as denominadas bactérias de importância médica, entre as quais os estafilococos. Em relação a esse gênero de bactérias, é CORRETO afirmar:
Indivíduos sadios são colonizados intermitentemente por Staphylococcus aureus desde a amamentação. Essas bactérias podem albergar o microrganismo principalmente no trato gastrointestinal e raramente na vagina.
Para identificação do Staphylococcus aureus multirresistente, o swab retal deve ser encaminhado ao laboratório imediatamente após a coleta, sem refrigerar.
A identificação dos estafilococos, bactérias Gram negativas, é baseada na morfologia que apresenta em meios líquidos, mostrando-se em forma de cocos aos pares, com cachos de uva ou agrupadas.
Existem cerca de 31 espécies de estafilococos coagulase negativa conhecidas, das quais uma das mais frequentes é o Staphylococcus epidermidis, causador de infecções de cateteres e próteses e mais frequente microrganismo encontrado nas fezes.
Os estafilococos são as bactérias não esporuladas que mais resistem no meio ambiente e podem sobreviver por meses em amostras clínicas secas.
A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (SESA), tendo em vista a emergência das bactérias multirresistentes, publicou, em 2010, a Resolução SESA n. 0674/2010, que estabelece as ações para o controle das bactérias multirresistentes. Com base nessa resolução, assinale a afirmativa CORRETA:
A circulação do paciente portador de bactéria multirresistente pela unidade hospitalar é livre, desde que ele tenha sido orientado sobre as medidas de precaução.
Os quartos com pacientes portadores de bactérias multirresistentes devem ter afixadas na porta as recomendações necessárias para as precauções de contato.
As roupas provenientes dos pacientes em isolamento ou precauções de contato devem passar por um ciclo de lavagem especial na lavanderia.
Todo paciente admitido na instituição deve ser submetido à coleta de material para cultura de vigilância.
O avental de contato ou contágio deve ser de manga longa com ribana, não estéril e descartável.
As luvas são usadas para prevenir contaminação nas mãos dos profissionais de saúde em diferentes situações. Sobre esse assunto, marque a afirmativa CORRETA:
A higienização das mãos não se faz necessária após a remoção das luvas, uma vez que as luvas são consideradas uma eficiente barreira contra a penetração de contaminantes.
No contato com sangue durante o cuidado do paciente não cirúrgico, o uso de duplo par de luvas é indicado como barreira de proteção.
As luvas devem ser usadas quando os profissionais entram em contato com sangue ou fluidos, mucosa ou pele não íntegra ou outro material infeccioso.
No atendimento de paciente em precauções de contato, deve-se colocar a luva imediatamente antes de tocar no paciente.
Em caso de sujidade presente nas luvas durante a prestação do cuidado a um mesmo paciente, basta que elas sejam lavadas para dar continuidade ao procedimento.
Aproximadamente 10% dos pacientes hospitalizados infectam-se pelo fato de serem submetidos a procedimentos invasivos ou pelo uso de terapia imunossupressora. O uso excessivo e indiscriminado de antimicrobianos tem resultado no surgimento de cepas bacterianas multirresistentes. Essa situação tem se transformado ao longo dos últimos anos em um grave problema para a prevenção e o controle das infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS). Em relação a essa problemática, é CORRETO afirmar:
O Staphylococcus aureus é o agente que causa principalmente infecções de corrente sanguínea relacionada a cateteres e infecções de pele e partes moles, frequente nas pneumonias associadas à ventilação mecânica. É um germe Gram-negativo.
Entre os bacilos Gram-positivos não fermentadores de glicose estão o Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter spp, cuja sobrevivência em água e em outros ambientes com requisição de nutrientes favorece sua presença no trato respiratório.
As cepas multirresistentes de A. baumannii são definidas como susceptíveis aos carbapenems, amicacina, sulbactam, inclusive às polimixinas.
As precauções de contato são indicadas para os casos de infecção por bactérias multirresistentes passíveis de transmissão por contato direto, enquanto que nos casos de colonização por agentes multirresistentes, essa indicação não se aplica.
O gênero Enterococcus habita, principalmente, o trato gastrointestinal e trato urinário, cresce em solução salina e em detergentes, sendo que a preocupação atual é a resistência à vancomicina (VRE).
Conforme Pedreira (2011, p. 21) As medidas para a prevenção de infecção relacionada à utilização da terapia intravenosa devem fazer parte de todas as ações planejadas pela equipe multiprofissional para o alcance do sucesso esperado com a terapia e de bons resultados para o paciente A autora ainda afirma que uma das estratégias de sucesso no controle de infecção se refere à efetiva e consistente aplicação de boas práticas, em forma de conjunto, estratégia denominada em inglês de infection control bundles, ou pacote de prevenção de infecção. Para a prevenção de infecção relacionada ao uso de cateteres intravenosos centrais, considera-se indispensável a adoção de medidas indicadas pelas afirmativas a seguir:
I. Higienização das mãos.
II. Antissepsia da pele com clorexidina ou PVPI.
III. Seleção do melhor sítio de inserção do cateter, priorizando subclávia e femoral no adulto.
IV. Uso de barreira máxima de proteção na inserção do cateter.
V. Rever diariamente a necessidade de manter o cateter.
Está(ão) CORRETA(S):
Somente as afirmativas I e IV.
Somente as afirmativas I, II, IV e V.
Somente as afirmativas I, II e IV.
Somente as afirmativas I, II e V.
Somente as afirmativas I, III e V.
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