Questões de Geografia da Fundação Getúlio Vargas (FGV)

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A resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas intitulada “O futuro que queremos” data de 2012 e se inscreve no âmbito da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). O documento reconhece que cidades bem planejadas e construídas podem fomentar sociedades sustentáveis em termos econômicos, sociais e ambientais. Nesse sentido, as formas e os usos urbanos foram considerados como dimensões a serem repensadas e planejadas.

Para tornar as cidades ambientalmente sustentáveis, o documento “O futuro que queremos” preconiza:

  • A. a desdensificação das áreas centrais;
  • B. a supressão gradual de espaços livres;
  • C. o adensamento da franja rural-urbana;
  • D. a remoção de assentamentos informais;
  • E. o incentivo ao uso misto do solo urbano.

Na produção de dados geoespaciais, as fotografias aéreas estão entre os inúmeros produtos que podem ser classificados como imagem. Outro exemplo é o Mosaico, a respeito do qual, é correto afirmar que:

  • A. a qualidade de sua construção é dependente, basicamente, da ligação geométrica entre feições e da continuidade radiométrica dos níveis de cinza ou das cores;
  • B. sua construção se restringe ao espaço imagem, e não é possível sua transformação para o espaço objeto, sua principal desvantagem;
  • C. devido à extensão da área imageada, apresenta pouca qualidade posicional, dadas as distorções das lentes usadas nas câmaras fotogramétricas;
  • D. teve forte aplicabilidade em sua forma analógica, o que não acontece na forma digital devido ao uso atual da visão computacional;
  • E. as informações métricas obtidas através dele têm uso expedito, já que não podem ser ortorretificadas.

A estimativa das emissões de origem antrópica dos gases associados ao efeito estufa constitui um importante indicador do desenvolvimento sustentável. Muitos especialistas consideram o aumento do dióxido de carbono (CO2) na atmosfera como o principal responsável pela intensificação do efeito estufa. Os padrões de emissão diferem entre os países em termos dos setores responsáveis pelas emissões e de sua evolução. O gráfico abaixo apresenta a evolução das estimativas anuais de emissão de dióxido de carbono (CO2), segundo os três principais setores de emissão, no Brasil.

O setor que mais contribuiu para a emissão de CO2 no período e um fator responsável pela queda de sua participação a partir de 2004 são, respectivamente:

  • A. processos industriais; decréscimo da produção do minério de ferro;
  • B. processos industriais; extinção da produção e do uso de barrilha;
  • C. energia; incentivo ao desenvolvimento de fontes de energia alternativa;
  • D. mudanças no uso da terra e florestas; redução das taxas de desmatamento na Amazônia;
  • E. tratamento de resíduos; diminuição da prática de queima de lixo domiciliar nas áreas rurais.

Entre as características das imagens geradas pelo sensoriamento remoto, encontra-se a resolução. Sobre os diversos tipos de resolução, é correto afirmar que:

  • A. a resolução espacial é função direta da altitude e da orientação do sensor, seja ele passivo ou ativo;
  • B. a resolução espectral é função da quantidade de bandas do sensor e de quanto é o intervalo de cada banda. Portanto, quanto maior forem os intervalos espectrais, maior será a resolução espectral do sensor;
  • C. a resolução temporal diz respeito à repetitividade do imageamento, função das características orbitais dos sensores, constituindo um valor que não pode ser alterado;
  • D. a resolução azimutal é típica dos sensores ativos, sendo função da razão entre a velocidade do sensor e da variação de uma certa frequência, conhecida por efeito Doppler;
  • E. a resolução radiométrica é aquela que descreve a capacidade do sensor de distinguir a intensidade do sinal emitido pelo alvo. Quanto maior for a diferença entre os sinais emitidos, maior será a resolução.

O estudo dos riscos constitui uma importante ferramenta para a prevenção e a mitigação dos efeitos dos desastres. Esse estudo leva em consideração duas dimensões: a existência de ameaças e a vulnerabilidade.

Nas análises tradicionais de risco, a vulnerabilidade é mensurada a partir:

  • A. da abrangência espaço-temporal dos desastres no interior das zonas de risco;
  • B. dos danos potenciais de uma ameaça sobre pessoas, bens e ambientes;
  • C. dos efeitos multiplicadores decorrentes das formas de ocupação do solo;
  • D. da magnitude das perdas humanas que sucedem os eventos catastróficos;
  • E. da probabilidade de ocorrência de processos naturais não constantes.

Para fins de detecção de construções irregulares, uma determinada prefeitura está empregando o recurso de câmeras fotográficas convencionais e drones para posterior georreferenciamento e atualização cadastral, na escala 1:2.000, de quarteirões com 500 m de lado. Sabendo-se que os negativos produzidos possuem 30 mm X 30 mm, e que a resolução típica de impressão é de 300 dpi, para que não haja perda de informação no processo de ampliação, a resolução mínima a ser utilizada para rasterização desses negativos é de:

  • A. 1.000 dpi;
  • B. 2.000 dpi;
  • C. 3.000 dpi;
  • D. 4.000 dpi;
  • E. 5.000 dpi.

A figura abaixo apresenta o mapa-múndi com as principais placas litosféricas: A teoria da tectônica de placas é um modelo para a Terra, em que a litosfera rígida e fria “flutua” sobre uma astenosfera plástica e quente.

A litosfera é segmentada por fraturas, formando um mosaico com placas que deslizam horizontalmente por cima da astenosfera. Adaptado de: GUERRA, A. e CUNHA, S. Geomorfologia: uma atualização de bases e conceitos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995, p.67. Existem diferentes tipos de limites entre placas. O tipo exemplificado pela Falha de San Andreas e um evento geológico associado a ele são, respectivamente:

  • A. divergente; a ativação do processo plutônico;
  • B. conservativo; a ocorrência de terremotos;
  • C. destrutivo; a formação de fossas oceânicas;
  • D. construtivo; a formação de cadeias montanhosas;
  • E. convergente; a subducção da placa continental.

Uma das funcionalidades dos Sistemas de Informações Geográficas reside na integração de dados que devem estar referenciados a um único sistema de coordenadas. Ao desenvolver um projeto, empregando o Quantum GIS 2.0, para o qual foram disponibilizados dados de diferentes fontes, com sistemas de referência diferentes, a cada inclusão de uma nova camada:

  • A. o sistema fará automaticamente a conversão para o SRC EPSG:4326 - WGS 84;
  • B. o sistema fará automaticamente a conversão para o SRC definido para o projeto;
  • C. o sistema fará automaticamente a conversão para o SRC padrão definido nas opções do sistema;
  • D. a decisão a ser tomada será definida, caso a caso, pelo usuário;
  • E. a decisão a ser tomada será definida nas opções do sistema.

A figura a seguir apresenta a paisagem típica dos manguezais que ocorrem nas áreas costeiras tropicais do território brasileiro.

 Dentre as características do ambiente e da vegetação dos mangues, destacam-se, respectivamente:

  • A. a variação de salinidade pelo fluxo e refluxo das marés; as raízes respiratórias que compensam a falta de oxigênio no substrato;
  • B. a elevada acidez da água pela decomposição da matéria orgânica; as espécies adaptadas às variações sazonais de umidade;
  • C. o acentuado grau de erosão pela dinâmica das ondas; as espécies com folhas em forma de agulhas que evitam a perda de água;
  • D. os solos arenosos formados pelo intemperismo químico; a grande biodiversidade da flora que equilibra as restrições edáficas;
  • E. os solos com baixo teor de matéria orgânica; as raízes-escoras da vegetação que se fixam no substrato rochoso dos estuários.

O Quantum GIS 2.0, programa utilizado em um projeto de loteamento para reforma agrária, ao longo da BR-163, empregou dados de diversas fontes com SRC's diferentes. Para a emissão dos títulos de propriedade, foi necessário calcular a área de cada lote e, por facilidade, editou-se a tabela de atributos da camada correspondente inserindo um novo campo com valor “$area”. Por medida de segurança foi realizado o cálculo da área de 3 lotes com auxílio de um outro programa e das coordenadas disponíveis nos arquivos do projeto. Apesar de a opção “on the fly” estar ativada, foram obtidos valores muito discrepantes porque os SRC's:

  • A. da função “$area” e da camada devem ser iguais;
  • B. da função “$area” e do projeto devem ser iguais;
  • C. da função “$area”, do projeto e da camada podem ser diferentes;
  • D. da função “$area” e da camada devem ser iguais, mas podem ser diferentes do SRC do projeto;
  • E. do projeto e da camada devem ser iguais, mas podem ser diferentes do SRC da função “$area”.
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